Datafolha: Lula e Dilma sabiam do esquema Erenice?

Publicado em 19/09/2010 18:31

Datafolha: Lula e Dilma sabiam do esquema Erenice?

De terça a quinta-feira, os entrevistadores do Datafolha vão a campo fazer a primeira pesquisa nacional que medirá os reflexos eleitorais do caso Erenice Guerra. Cinco das 30 perguntas do levantamento, encomendado pela Folha e pela Rede Globo e sem previsão para ser divulgado, têm ligação com o escândalo – as duas últimas vinculam diretamente Lula e Dilma Rousseff. Eis as perguntas:

– Você tomou conhecimento da saída da ex-ministra-chefe da Casa Civil Erenice Guerra do governo? Se sim, está bem informado, mais ou menos ou mal informado sobre esse caso?

– A ex-ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, pediu demissão após as denúncias de que seu filho teria beneficiado empresas junto ao governo pedindo comissão. Você acredita que o filho de Erenice Guerra beneficiava as empresas junto ao governo pedindo comissão?

– E, na sua opinião, Erenice Guerra sabia ou não que seu filho beneficiava empresas junto ao governo pedindo comissão?

– E o presidente Lula sabia ou não que o filho Erenice Guerra beneficiava empresas junto ao governo pedindo comissão?

– E a candidata Dilma Rousseff, sabia ou não que o filho Erenice Guerra beneficiava empresas junto ao governo pedindo comissão?

Por Lauro Jardim

O futuro de Aécio

Em Brasília - Aécio: estratégia para presidir o Senado

Nos planos do futuro senador Aécio Neves está, sim, ser presidente do Senado. Em um eventual governo Dilma Rousseff, no entanto, a estratégia é deixar para cumprir esse objetivo no fim da próxima gestão — no início, ele não teria chance de êxito.

Por Lauro Jardim

O tamanho do PMDB

Partilha - Dilma: será que o guloso PMDB se contentará com o que o PT está disposto a dar?

A quinze dias das eleições, já começaram as primeiras conversas entre PMDB e PT para a divisão de um eventual governo Dilma Rousseff. Tendo José Sarney como intermediário, o Planalto avisou que nenhum dos atuais ministérios do PMDB está garantido em 2011. Tudo será redefinido. Mas, como a correlação de forças entre PT, PMDB e outros partidos aliados não deve se alterar muito no próximo Congresso, seis ministérios (o mesmo número de hoje) estaria de bom tamanho para a turma de Michel Temer.

Por Lauro Jardim

Lula tomou posse do povo

Depois de aparelhar o estado por oito anos, numa versão petista de “o estado sou eu”, Lula  bradou ontem num comício em Campinas que “a opinião pública somos nós”. Do alto de sua popularidade, nosso Luis XIV tropical  acha definitivamente que tomou posse do povo brasileiro.

Por Lauro Jardim

Disputa pelo Senado: candidatos insones

Pimentel ou Itamar? Cesar Maia, Crivella, Picciani ou Lindberg? Netinho, Marta, Aloysio ou Tuma? Marco Maciel ou Armando Monteiro? Ana Amélia, Rigotto ou Paim?

A lista de dúvidas poderia ir além de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Chegaria fácil aos 27 estados que vão às urnas no dia 3. Faltam duas semanas para as eleições e, de acordo com as pesquisas, metade dos brasileiros ainda não escolheu pelo menos um dos dois candidatos ao Senado.

É dura a vida dessa turma – a do eleitor também é, mas este é outro assunto. Apesar da importância do cargo, o eleitor trata-os como coadjuvantes na disputa.

Seja porque o foco do brasileiro é jogado nas campanhas para presidente e para governador, seja porque o brasileiro não tem a menor idéia do que faz um senador - ou para que serve aquele salão coberto por uma cúpula que lembra um prato virado para baixo.

Veja-se o caso de Aloizio Mercadante, agora candidato ao governo de São Paulo. As pesquisas do PT são cristalinas quando detectam que o paulista não tem a menor idéia do que Mercadante fez (ou deixou de fazer) em seus oito anos como senador.

O cenário é ainda mais complicado quando o que está em disputa é a renovação de dois terços do Senado. É a eleição mais imprevisível. Até porque de oito em oito anos, religiosamente, o brasileiro vota em dois senadores, mas se esquece disso também religiosamente - e parece só descobrir a “novidade” quase na boca da urna.

Tradicionalmente, o segundo voto é definido entre poucos dias antes e já perto do posto de votação. Neste caso, um candidato que esteja num longínquo terceiro lugar uma semana antes do pleito, pode crescer arrasadoramente nos últimos dias.

Melhor ainda se esse candidato  possuir uma máquina forte no estado – ou se estiver abrigado numa chapa que vai eleger o governador e o presidente da República, por exemplo. Por isso, tantas são as escaladas retumbantes de última hora.

No Rio de Janeiro, há um caso exemplar para um cenário de virada. O Datafolha publicado ontem mostra quatro candidatos com chances, Marcelo Crivella (40%), Lindberg Farias (38%), Cesar Maia (27%) e Jorge Picciani (21%).

Não é difícil imaginar um quadro em que o lanterna Picciani cresça e eleja-se junto com Lindberg. Basta que Sergio Cabral, que deve levar a eleição para o governo do Rio já no primeiro turno, em vez de pedir votos apenas para Picciani em seus programas de TV, passe a pedir ao seu eleitor que vote em Lindberg e Picciani. Deste modo, eliminaria a chance de o segundo voto de Picciani ou de Lindberg fluir, por exemplo, para Crivella. (A propósito, desde ontem Cabral já está agindo desta maneira).

De acordo com o Datafolha, raros são os candidatos que podem dormir tranqüilos. Para ser mais exato, nos sete estados e no DF onde a pesquisa foi feita, apenas Aécio Neves pode de fato se dar a este luxo. O resto vai ficar insone até o dia 3.

Por Lauro Jardim

De Lula para Serra 1

Na madrugada de terça-feira, a cúpula do PSDB entregou à campanha de José Serra uma penca de comerciais para ser usados na TV se o marqueteiro oficial, Luiz González, topar. Beleza. Mas sabe quem foi o publicitário contratado para preparar os comerciais alternativos? Adriano Gehres. Há quatro anos, Gehres trabalhou para Lula. Integrante da equipe de João Santana, Gehres foi responsável pelos programas alardeando que os tucanos iriam privatizar todas as estatais, caso Geraldo Alckmin fosse eleito. Agora que passou para o lado dos tucanos, o tom não é menos contundente.

Por Lauro Jardim

De Lula para Serra 2

Todas as seis peças produzidas por Adriano Gehres atacam Dilma, relacionando-a às alas radicais do PT e a José Dirceu e à eventual incapacidade dela em controlá-los. Todavia, o aproveitamento desse material quase radioativo ainda não está decidido.

Por Lauro Jardim

Franklin resistiu até o fim

Às favas a ética - Franklin: por ele, Erenice Guerra ficaria

Desde terça-feira, o governo em peso já era a favor da demissão de Erenice Guerra. Foram apenas dois os ministros que resistiram até o último minuto: Franklin Martins e Alexandre Padilha. Franklin era o mais exaltado. Mandando às favas a moralidade pública, não queria ninguém fora do governo por causa de uma revelação cuja origem foi a imprensa. Ele perguntava aos colegas: “Se entregarmos a Erenice, que cabeças pedirão depois?”. Como Lula gosta de repetir: “Quem não deve não teme”.

Por Lauro Jardim

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Fonte:
Blog Lauro Jardim (veja.com)

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