Cerca de 10% da soja a ser colhida na região de Maringá/PR já foi vendida
Em todo o Brasil, o comprometimento da safra, estimada em 70 milhões de toneladas, já chega a 26%, de acordo com o levantamento realizado pela empresa de assessoria de comercialização AgRural Commodities Agrícolas. A maior parte dos negócios foi fechada nos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.
Na região de Maringá, as compras antecipadas da produção são feitas pelas cooperativas e indústrias, que, por sua vez, imediatamente vendem a oleaginosa para a exportação e no mercado interno.
A Cooperativa Agroindustrial de Maringá (Cocamar), maior compradora da região, até esta quinta-feira (7) havia comprado 10% de toda a soja que será produzida nos municípios da área de abrangência dela e mantém a expectativa de evoluir as negociações para 15%, podendo chegar a 20% se maior número de produtores se interessar em antecipar as vendas.
De acordo com o gerente de Comercialização da Área de Produção de Grãos da Cocamar, Antônio Sérgio Bris, "considerando que ainda estamos no início de outubro, podemos dizer que o volume de negócios é de razoável a bom, pois em anos anteriores não chegamos ao patamar de 10% nesta época".
Segundo ele, os produtores estão entusiasmados pelos preços oferecidos hoje, variando entre R$ 38 e R$ 39 a saca. A venda da safra futura começou em setembro e se intensificou nos primeiros dias desses mês.
Bris explicou que o produtor de soja nunca negocia a totalidade do potencial de produção, procurando sempre deixar uma margem para, em uma eventual quebra rigorosa de safra, ele ter como cumprir o contrato.
"Como os valores oferecidos no momento são satisfatórios para os produtores, é possível que muitos ainda procurem negociar a safra futura e assim o porcentual de proteção de preços poderá ser o mais elevado dos últimos anos agrícolas".
Além da Cocamar, as cooperativas Coamo, Nova Produtiva, Integrada e Cocari fecham negócios na região de Maringá. A Coamo, por exemplo, é a maior compradora do Paraná, principalmente da soja produzida depois do Rio Ivaí.
De acordo com Bris, a venda da safra futura é na realidade uma proteção do preço que o produtor considera bom. Vendendo agora, ele tem a garantia de que será pago o valor combinado com a cooperativa, independentemente de quedas que eventualmente ocorram nos preços da oleaginosa.
"Geralmente é o produtor que procura a cooperativa ou a indústria e o comprador imediatamente faz a venda do óleo e o farelo, também futuros".
Segundo ele, "preço, volume, datas de entrega e de pagamento são acertados e, a partir daí, se subir ou se cair o preço, não tem como mudar o que está no contrato, o comprador vai pagar o valor combinado, com lucro maior ou com prejuízo".
Produção
18 milhões é a quantidade de toneladas da safra brasileira 2010/11 que já está comprometida.
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