Lei sobre câmbio chinês deve travar no Senado dos EUA
Ministros da Fazenda do G20, grupo de economias líderes globais e emergentes, acordaram no fim de semana na Coreia do Sul em evitar as desvalorizações cambiais competitivas e buscar políticas para reduzir os desequilíbrios externos excessivos.
Nos Estados Unidos, há pressões de legisladores e da indústria por conta das vantagens comerciais da China, fruto do câmbio chinês. O assunto tem sido tema de campanha em Estados industriais norte-americanos.
O acordo do G20 dá mais tempo ao secretário do Tesouro, Timothy Geithner, para a busca de uma saída diplomática junto aos chineses sobre o valor do yuan.
"Acho que ele ganha mais tempo com o Congresso," afirmou o especialista em China Donald Straszheim, do grupo ISI. Para ele, o Senado vai deixar o assunto para o próximo Congresso. "Há muito a perder, e não o suficiente a ganhar."
No entanto, o porta-voz da senadora Debbie Stabenow afirmou que a democrata de Michigan vai pressionar pela aprovação da lei sobre câmbio.
"Temos que parar a manipulação de câmbio que atinge os negócios e os trabalhadores de Michigan," afirmou o porta-voz.
A legislação ameaçaria a China com tarifas, se o valor do yuan não subisse.