Soja transgênica ocupa grande área e preocupa produtores de Mato Grosso
Os transgênicos ou Organismos Geneticamente Modificados (OGMS) tendem – segundo dados – a continuar expandido nas lavouras de Mato Grosso.
Na safra 10/11, o uso de transgênico chegou a 65% de um total de 6,41 milhões de hectares de área plantada, algo em torno de 4,11 milhões de hectares. Esse volume, representou um custo de até 2% a mais para o produtor em algumas regiões do Estado.
A estimativa segundo dados do Imea, é de que Mato Grosso pode avançar no plantio de soja transgênica na safra 2011/2012, a projeção é de um aumento de 15 p.p. na área de transgênicos, vindo a ocupar 80% da área estimada para cultivo da oleosa. Sobrando apenas 20% da área para as variedades convencionais.
Apesar dos avanços, muitos produtores se mostram preocupados, pois cada vez fica mais difícil obter semente convencional.
Nesta safra, o produtor que optou pelo plantio da soja convencional chegou a receber até R$100 a mais por hectare, ou seja, em algumas regiões o produtor teve um lucro de R$4,50 por saca do que os que optaram em semear transgênico.
Para a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), a expectativa é que de em duas safras, a área de transgênicos ocupem 90% da área cultivada de soja no Estado.
Se isso realmente acontecer o Estado pode vir a perder, pois, as sementes geneticamente modificadas vão, independentemente, continuar dominando o mercado, mas o produtor não pode perder de vista mercados potenciais que demandam o consumo de soja não-transgênica, como Europa, China e Coreia.
Segundo o presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, muitos produtores têm interesse em plantar a soja convencional, porém estão encontrando dificuldades para adquirir sementes e variedades produtivas.
Outro problema é que os produtores não estariam recebendo, das tradings, o diferencial de preços pelo grão livre de transgenia. O prometido ‘plus’ não se efetiva na hora do pagamento.
Teoricamente, a soja convencional teria de garantir um lucro em torno de US$ 15 por hectare ao produtor. Mas nem todos os compradores estão fazendo esta compensação aos produtores, o que estaria causando um desestímulo àqueles que trabalham com a soja convencional.
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