Mercado firme propicia nova alta do frango vivo; em São Paulo e em Minas Gerais
É raro os ajustes do frango vivo ocorrerem às segundas-feiras. Porque, antes, os compradores (frigoríficos) precisam avaliar como se deram as vendas do frango abatido no final de semana. Por essa razão, o aumento de ontem pode ser considerado excepcional ou, melhor dizendo, é um perfeito indicador das novas condições do mercado, agora firme quando comparado ao de dias atrás.
Naturalmente, muita água precisa rolar até que a remuneração obtida pelo setor deixe de ser onerosa para o setor produtivo – avicultores independentes e integrações. Mas em algum momento próximo o equilíbrio será restabelecido. E quando isso for alcançado, o que não deve ser esquecido é que a remuneração aparente não tem o menor significado.
Exemplificando, o simples fato de o frango vivo obter neste momento ganho 22% superior ao de um ano atrás sugere que os resultados atuais são lucrativos. Da mesma forma que o preço (recorde) de R$2,10/kg alcançado há três meses insinuava ganhos jamais alcançados antes.
Não é bem assim – reconhece quem tem “o pé no chão”. O valor nominal recebido pelo frango – vivo ou abatido – vem se diluindo totalmente desde o ano passado com a valorização do milho no mercado interno e internacional. A ponto de, nos últimos dois meses, estar acarretando prejuízo total a todos os segmentos produtores da avicultura de corte.
Pois que isso seja lembrado diuturnamente. Porque o mercado – quer o interno, quer o externo – não está apto a receber mais do que se produz atualmente. E os custos (do milho, particularmente) estão aí para castigar os menos atentos.
Ninguém ou poucos sabem que volume – de pintos de um dia, de frango vivo, de carne de frango – vem sendo produzido neste momento. Mesmo assim fica o recado – amplo, geral, irrestrito: é proibido ir além da produção atual.