EXCLUSIVO: Ucrânia embarga carne brasileira e setor suinícola pode ser o mais afetado
A situação ainda é complicada para o suinocultor brasileiro. Na semana passada, os preços do quilo registraram um novo recuo de R$ 0,10 em Santa Catarina. Hoje, os valores de comercialização na região giram em torno de R$ 1,80 na indústria, preço considerado baixo diante dos custos de produção de R$ 2,75.
De acordo com o Presidente da ACCS, Associação Catarinense de Criadores de Suíno, Losivânio de Lorenzi, o dólar fraco, que acaba inviabilizando as exportações, o aumento de plantel de frangos no país, o endividamento da população e os embargos russos da carne bovina brasileira são um dos fatores que pressionam o mercado, porém os altos preços do milho continuam sendo um dos principais agravantes. "O preço se manteve num nível mutio alto. Não dá para produzir carne com um milho a R$ 28,00 (saca)... tem que haver uma intervenção do governo para que o produtor ossa se manter na atividade", comenta.
Outro fator que piorar ainda mais a situação do setor é a informação recente de que a Ucrânia também irá embargar a carne brasileira. Com isso, representantes pedem que governo intervenha para assegurar o setor e o repasse de informações sobre a atestada qualidade da carne suína do Brasil.
Na próxima quarta-feira acontecerá uma audiência publica na Cãmara dos Deputados em Brasília para discussão dos problemas do setor "Acreditamos que terá um diferencial, desde que haja vontade polícita", conclui.