Pecuária avalia impacto da crise dos EUA
Para o Presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Carlo Lovatelli, ainda é cedo para avaliar o quanto a crise deve perdurar. “Mas um país que começa ter um problema desse tipo começa a cortar gastos. É tendência natural se perdurar a crise”, avalia o dirigente. A avaliação foi feita durante o 10° Congresso Brasileiro do Agronegócio, realizado na segunda-feira, 8, em São Paulo.
Segundo ele, se a maior economia do mundo tem problemas sérios, isto fatalmente atingirá o Brasil dentro da sua performance de exportação. “Os mercados vão ficar mais encolhidos, mais seletivos, reduzidos às opções locais e vão tentar não importar”, disse.
Para ele, o Brasil deve trabalhar para manter os custos de seus produtos baixos, para que o país não corra o risco de não colocar os produtos no mercado externo. “E quase rezar para que a economia no Hemisfério Norte não sofra o abalo sísmico esperado por alguns especuladores.”
Por outro lado, o ex-ministro da agricultura, Roberto Rodrigues, destacou que a demanda continua firme, no caso da carne, e os países capazes de atendê-la continuam poucos. “E o Brasil, sem dúvida, é o que mais tem condições de fazer isso.” Sebastião Costa Guedes, diretor de Sanidade Animal do Conselho Nacional de Pecuária de Corte, (CNPC), cocnorda. Ele acredita que a crise “é de secundária importância no aspecto prático para a pecuária."