Seca: Governo Federal reverte R$ 30 milhões para prejuízos no Sul do Brasil
As ações federais antisseca também prevêem a renegociação das dívidas dos produtores rurais, com e sem seguro agrícola, atingidos pela estiagem; e uma nova linha de crédito de R$ 200 milhões para as cooperativas refinanciarem as dívidas de produtores rurais situados nos municípios com decretação de situação de emergência e calamidade pública reconhecida pelo governo federal. No caso dos produtores rurais dos municípios em situação de emergência ou calamidade, cuja renda de milho, soja e feijão seria utilizada para pagar os insumos, os recursos dessa operação serão oriundos do programa federal Prodecoop, que estimula a produção agrícola via cooperativas. As dívidas de custeio e investimento das lavouras de milho, soja e feijão serão prorrogadas até 31 de julho, incluindo as parcelas negociadas em anos anteriores, de créditos de investimento e de custeio da safra 2011/2012.
O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, destacou que as medidas darão um alívio aos produtores que tiveram prejuízos com a estiagem. Segundo Mendes, o alinhamento só foi possível graças a um alinhamento especial entre os ministérios. Nos últimos dois dias, o governo trabalhou na definição e aprovação das medidas com o objetivo de socorrer os produtores, sobretudo os pequenos e médios agricultores, afetados pela seca. “O governo está atento às necessidades dos produtores e trabalhando para amenizar os prejuízos”, disse o ministro Mendes Ribeiro Filho. A estimativa do governo é de que o socorro custe ao Tesouro cerca de R$ 1 bilhão, dinheiro desembolsado para a equalização da linha de crédito (taxa de juros), operações de prorrogação de crédito e o Proagro.
Confira as medidas anunciadas:
- criação de uma linha de crédito de R$ 200 milhões, junto ao banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para cobrir as pendências com as cooperativas. Os recursos serão oriundos do Prodecop, o crédito terá prazo de até 5 anos, com taxas de 6,7% ao ano.
- prorrogação das dívidas dos produtores rurais situados nos municípios atingidos pela estiagem e reconhecidos em situação de emergência ou calamidade, que terão as dívidas de custeio prorrogadas até 31 de julho, inclusive as parcelas negociadas em anos anteriores (para as lavouras de milho, soja e feijão).
- nas operações com seguro agrícola, este prazo (de 31/07) permitirá a elaboração dos laudos de perdas, possibilitando a cobertura do seguro.
- nas operações sem seguro, este prazo permitirá a elaboração de laudos técnicos necessários à renegociação de dívidas de produtores que tiveram perdas superiores a 30%, nas seguintes situações: prorrogar para um ano, após a última parcela prevista no contrato, as parcelas com vencimento em 2012 de operações de custeios já prorrogados em safras anteriores e de créditos de investimento; renegociar as operações de crédito de custeio da safra 2011/2012 por até 5 anos, sendo que o prazo será definido em função do percentual de perdas efetivas apresentadas por cada produtor.
- criação de centros de monitoramento da seca para averiguar as regiões atingidas.
- estruturação de um programa de venda de milho para a alimentação animal, para atender agricultores familiares e pequenos pecuaristas.
1 comentário

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Valdir Edemar Fries Itambé - PR
A SECA MATA, POLITICAGEM FLAGELA... Diante das medidas, os 30 milhões em investimentos é bom, no entanto as demais medidas não passam de POLITICAGEM... Quem tem direito a proagro/seguro os laudos devem ser feitos e as indenizações realizadas por direito contratual..Quanto as prorrogações os produtores não terão outra safra até 31/07, portanto não terão novas receitas para tal operação. Além disto, para quem financiou o custeio da safra 2011/2012 os vencimentos já eta definido pelos agentes financeiros e são 60 a 90 dias pós colheira, chegando na maioria dos casos até outubro...portanto nada se altera. demais esperamos novas resoluções por parte do Governo...