Preços Agropecuários: alta de 0,73% no fechamento de março

Publicado em 11/04/2012 11:27
O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) encerrou o mês de março de 2012 em alta de 0,73%. Separado em grupos de produtos, os de origem vegetal (IqPR-V) teveram queda de 0,40%, enquanto os de origem animal (IqPR-A) apresentaram valorização de 3,77%. Em resumo, o mês de março encerrou com nove produtos apresentando alta de preços (cinco de origem vegetal e quaro de origem animal) e 10 apresentaram queda (oito vegetal e dois animal). 

Os produtos do IqPR que registraram as maiores altas no mês de março foram, principalmente, a carne de frango (13,94%), ovos (13,44%), motivados pela aproximação da Páscoa que reativou as compras do frango no atacado. A alta do preço dos ovos é decorrente do aumento de consumo, em virtude do período de quaresma, acentuando-se com a aproximação da sexta-feira santa. Com o final do período religioso, a tendência é que o produto sofra uma redução das suas cotações. 

A laranja para mesa, soja e tomate para mesa também registraram alta de 10,56%, 8,18% e 6,48%, consequentemente. No primeiro caso, a demanda para sucos com a volta às aulas, associado a menor oferta e o final da colheita de outras frutas, contribuíram para a reversão do quadro de queda de preços, continuando a apresentar elevação neste período. 
  
Para a soja, a falta de chuvas prejudicou o desenvolvimento dos grãos. Isso gerou uma baixa oferta da commoditie em toda a América do Sul, reajustando os preços recebidos pelos produtores agrícolas. Os preços do tomate apresentaram recuperação em relação às baixas cotações do mês anterior, em função de melhora de qualidade do produto. 
  
Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços neste mês foram batata (16,16%), café (13,72%), carne suína (8,81%), amendoim (6,76%) e algodão (5,85%). 

 A menor pluviosidade elevou a produção das lavouras de batata na safra das águas, o que não confirmou as expectativas de alta dos preços para o mês de março. Enfatiza-se que esta redução somente não se acentuou devido ao fato de que alguns produtores retardaram suas entregas no aguardo de melhores cotações.  No café, os preços internacionais impactam as cotações internas levando a sua redução. 
  
No acumulado dos últimos 12 meses, o IqPR registra alta de 6,44%, patamar sustentado pelos maiores preços da cana (+27,86%). Se subtraída a cultura do estudo, o índice se direciona para um fechamento negativo de 9,47%. Isso fica claro quando ao se avaliar o IqPR-V (vegetais) o acumulado tem alta de 8,71%. Sem a cana a variação fica negativa em 18,26%. 

Para o IqPR-A (animais), nos últimos 12 meses o índice fecha em queda de 1,99%. Isso deixa nítido o sucesso da estratégia de proteção de margens típicas de economias de oligopólios praticadas pelos agentes econômicos da cadeia de produção de açúcar e álcool que, na entrada da safra em março de 2011 realinharam os preços da cana.
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Fonte:
Sec. Agricultura - SP

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