Reunião define grupo para tratar manejo e conservação do solo no RS

Publicado em 06/06/2012 07:36
Representantes de entidades de pesquisa, ensino e extensão rural estiveram reunidos nessa segunda-feira (04-06), no escritório central da Emater/RS-Ascar, em Porto Alegre, para tratar dos problemas referentes ao manejo e à conservação do solo no Rio Grande do Sul. Na oportunidade, foi criado um grupo de trabalho que atuará com esse tema em nível estadual. Participaram representantes da Emater/RS-Ascar, Embrapa, Fepagro, Secretarias de Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) e de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Universidades Federais do Rio Grande do Sul (UFRGS) e de Santa Maria (UFSM) e Universidade de Passo Fundo.

Além da criação do grupo de trabalho, os presentes salientaram a importância de se haver maior articulação entre as entidades de ensino, pesquisa e extensão rural para tratar do tema e envolvimento dos elos que compõem a cadeia do leite, como a Câmara Técnica e indústrias, para conscientizar os produtores sobre o correto manejo do solo e das pastagens. Na oportunidade, também ficou definido que será resgatado e reformulado o Código Estadual de Solo e Água e intensificada a divulgação de materiais técnicos e informativos no meio rural. A obtenção de recursos junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), via Chamadas Públicas, e através do Programa ABC, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para ações de pesquisa e capacitação de agricultores também foi outro ponto discutido pelas entidades, além de se intensificar o monitoramento da qualidade do solo em todo o Estado.

A próxima reunião será no dia 13 de agosto, no Escritório Central da Emater/RS-Ascar, em Porto Alegre.

Conservação e manejo do solo

Para o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar e assistente técnico estadual em Solos, Edemar Streck, o correto manejo do solo aumenta a produtividade das lavouras e reduz os impactos das estiagens ou as perdas de solos e água por erosão hídrica. “Em regiões afetadas pela estiagem, produtores que realizam práticas de conservação do solo conseguem rendimentos até 60% superior ao obtido em áreas mal manejadas”, exemplifica.

Streck chama a atenção para as práticas que, segundo ele, são fundamentais para garantir a saúde do solo. “O plantio em nível e a rotação de culturas contribuem para manutenção e o aumento da quantidade de palha na superfície. Já o terraceamento é uma prática ainda necessária no plantio direto para a contenção das enxurradas de alta intensidade”, explica. 

Conforme o engenheiro agrônomo da Emater/RS, a rotação de culturas aumenta a produção de resíduos e de matéria orgânica, melhorando assim a estrutura do solo e a infiltração de água. A palha evita o impacto da gota da chuva sobre o solo, e é responsável pela retenção da água. Além de reduzir a erosão, minimiza o prejuízo de pequenas estiagens sobre a produção. Já o cultivo em nível reduz pela metade as perdas por erosão. “Uma chuva de alta intensidade, como a que ocorreu na região de Santa Maria e Pantano Grande há uns 15 dias, pode destruir o trabalho de 20 anos do agricultor, se o solo não estiver protegido”, ressalta. 

Streck destaca que 95% das lavouras de soja e milho são cultivadas no sentido de declive. “Isso facilita a perda de água, solo, sementes e fertilizantes através dos sulcos abertos pelas semeadoras, na ocorrência de chuvas logo após o plantio. Por isso, orientamos sempre para que se faça o plantio em curvas de nível e, se não for possível, pelo menos que se realize o plantio em nível”, afirma o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, ao explicar que essa prática evita também a perda da palha sobre o solo, reduzindo a erosão.
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Fonte:
Emater

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