Pulverização áerea: Proibição do Ibama é debatida em nível ministerial

Publicado em 15/08/2012 17:22
A discussão agora está em nível ministerial, entre as pastas da Agricultura e do Meio Ambiente. Esse foi o resultado da reunião ocorrida na última sexta-feira (10), em Brasília, sobre a proibição, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA), do uso aviões para a pulverização de quatro tipos de defensivos usados em lavouras no País. O encontro ocorreu no Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA) e, além do presidente do Sindag, Nelson Antônio Paim, e de representantes do IBAMA, contou com a presença de membros das indústrias de defensivos (Syngenta, Basf, Bayer, Rotam, Milenia) da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), do Sindag defensivos (Sindicato Nacional das Indústrias de Produtos para Defesa Agrícola) e das associações de produtores de soja, cana-de-açúcar, algodão e cítricos.

Conforme Paim, o grupo apresentou ao MAPA e IBAMA as minutas elaboradas pelos sete grupos de trabalho (formados pelas entidades da aviação, produção e defensivos), que discutiram os impactos da medida sobre o setor primário brasileiro. “Aparentemente, os argumentos foram bem aceitos pelo MAPA, que reconheceu a importância da aviação. Esperamos agora que o IBAMA analise melhor os dados e se sensibilize da necessidade de rever a medida”, explica o presidente do Sindag.

ABRANGÊNCIA

A proibição do IBAMA abrange defensivos que tenham os princípios ativos Imidacloprido, Tiametoxam, Clotianidina ou Fipronil. Segundo o órgão ambiental, a medida foi motivada pelo fato do produto ser prejudicial às abelhas. Os produtos são usados em lavouras como soja, milho, arroz, algodão, cítricos e outras. E agora não podem ser aplicados por aviões. O que, para o Sindag, é um contrassenso, já que a aviação é justamente a ferramenta mais eficiente e segura para aplicação de defensivos. Além disso, a medida simplesmente inviabilizaria o setor aeroagrícola brasileiro.

A proibição pelo IBAMA abrange também os outros meios de aplicação nas épocas de florada ou na presença de abelhas nas lavouras. Em linhas gerais, o sindicato aeroagrícola apresentou dados da área de lavouras atendidas por aviões no Brasil e reforçou a importância das aeronaves para o controle de pragas em lavouras como cana-de-açúcar, algodão, cítricos e soja. O Sindag também voltou a bater na tecla da segurança e capacidade técnica da aviação e propôs uma conversa entre todos os setores e os produtores de mel, para analisar um manejo que viabilize a convivência da apicultura com as lavouras.
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Fonte:
SINDAG

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2 comentários

  • Cléo Luiz Garcia Iturama - MG

    Infelismente incomodar quem esta trabalhando,é o meio de vida de muintos,(produtores)serão sempre incomodados,temos que sair da defesa e ir ao ataque, ue seja proibido importar qualquer produto de paises que não cumpram as mesmas regras que nos,EX. não podemos usar anabolizante em bovinos, mas se pode importar carne da argentina, que o uso é liberado, exijam que sejam de igual pra igual, não podemos usar, não podemos importar

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  • Leonardo Ambrozi São Luís - MA

    Que se divulgue, então, que esta norma do IBAMA não tem valor jurídico! O IBAMA não tem poder ou competência para proibir qualquer conduta. O IBAMA é mero orgão executor e de fiscalização. Quem tem competência normativa é o CONAMA. Se a norma não partiu do CONAMA, nada vale e facilmente cairá perante o Judiciário.

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