JBJunior, JBF, vende ações para concorrer ao Governo de Goiás

Publicado em 21/10/2012 18:30
por Lauro Jardim, em veja.com.br + Augusto Nunes

Mudanças na J&F

Junior: venda bilionária de sua participação na J&F para os irmãos

José Batista Junior, um dos cinco bilionários irmãos donos da J&F (controladora, entre outros, da JBS, a maior produtora de carnes do mundo), está deixando a holding, onde é conselheiro e um dos controladores.

Venderá suas ações para os irmãos. A decisão foi tomada por causa da decisão de Junior ser candidato a governador de Goiás em 2014, pelo PSB. Junior abrirá no final do ano em Goiânia uma empresa de investimentos.

Por Lauro Jardim

Celso Arnaldo e a misteriosa conversa entre Dilma e o presidente da Ucrânia

Espantado com a notícia publicada pelo Blog do Planalto, o jornalista Celso Arnaldo Araújo recomendou à direção do Sanatório Geral outra internação preventiva de Dilma Rousseff. Mas tanto o motivo do espanto quanto o parecer do grande caçador de cretinices exigem a divulgação do caso aqui no Direto ao Ponto. Primeiro, confiram a nota do blog federal:

“A presidenta Dilma Rousseff conversou nesta sexta-feira (19) por telefone com o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych. Durante 20 minutos, eles trataram do projeto ACS (Alcântara Cyclone Space), que prevê a construção do centro de lançamento do Cyclone-4, em Alcântara (MA), e o lançamento do primeiro foguete em 2014. A presidenta disse a Yanukovych que o Brasil está tomando as providências necessárias para acelerar o projeto e garantir o lançamento do primeiro foguete em 2014″.

Agora leiam o recado de Celso Arnaldo:

A notícia publicada no Blog do Planalto deixa no ar algumas dúvidas e uma especulação. O telefone vermelho do Palácio do Planalto tem tradução simultânea? Caso não tenha, os dois presidentes conversaram em dilmês ou ucraniano? As línguas são dilmófonas, similares? Dilma conseguiu chamar Yanukovych pelo nome ao longo desses 20 minutos, como não fez com Caravaggio? O que vai acelerar primeiro, o trem-bala ou o Cyclone-4? Sendo o centro de lançamento no Maranhão, alguma chance de José Sarney ser o primeiro astro/cosmonauta do projeto e o Cyclone 4 não ser um foguete vai e volta?

(por Augusto Nunes)

Para inocentar culpados, um hipócrita de carteirinha acusa o Supremo de hipocrisia

Inconformado com a condenação dos companheiros bandidos pelo Supremo Tribunal Federal, Lula repete de meia em meia hora seu diagnóstico sobre o julgamento do mensalão: “É uma hipocrisia”. O ex-presidente nunca escondeu que foge de leituras como o diabo da cruz, o vampiro da claridade e Dilma Rousseff da verdade. Pode-se deduzir, portanto, que nunca viu um dicionário a menos de um metro de distância.

Se provavelmente ignora a grafia da palavra que anda recitando, Lula decerto desconhece seu significado. Alguma alma caridosa deveria fazer-lhe o favor de contar que, segundo o Aurélio, hipocrisia quer dizerfingimento, falsidade; fingir sentimentos, crenças, virtudes, que na realidade não possui. Derivada do latim e do grego, a palavra se aplicava originalmente à representação dos atores que usavam máscaras de acordo com o papel interpretado.

Em 1997, por exemplo, Lula usava a máscara de chefe da oposição quando foi incluído no elenco de 52 protagonistas da História do Brasil entrevistados para um documentário patrocinado pelo BankBoston e produzido pela TV1. Numa das salas do Museu do Ipiranga, conversei por mais de uma hora com o então presidente de honra do PT. Ainda convalescendo da derrota que lhe impusera Fernando Henrique Cardoso três anos antes, já estava em campanha para o duelo de 1998.

Fiel ao script ditado pela máscara da vez, o entrevistado caprichou na pose de campeão da ética e da modernidade, pronto para erradicar a corrupção, o populismo e outras pragas que sempre infestaram a política brasileira. O vídeo mostra o que Lula disse sobre Jânio Quadros, FHC e o Congresso. “Enquanto o povo gostar de políticos como o Jânio, nós não saímos do atraso”, começa a discurseira. Confira três trechos:

SOBRE JÂNIO: “Sabe, o populista barato, o autoritário, o que acha que as pessoas tem que ter um chefe que mande, que dê ordem, que use a chibata, sabe, que não tem respeito pelas pessoas, que grita com o jornalista, que ofende os adversários… Eu, pela minha formação política, jamais me prestaria a ser um político desse tipo”.

SOBRE FERNANDO HENRIQUE“Quando é que a pessoa começa a ficar ditador? É quando a pessoa se sente superior aos demais…sabe, quando a pessoa se sente superior às instituições, às organizações da sociedade civil, quando a pessoa começa a entender que não precisa ouvir mais ninguém, quando a pessoa só tem boca, não tem ouvido, a pessoa começa a ficar com atitude de ditador”.

SOBRE O CONGRESSO: “Eu acho que o parlamento brasileiro funciona como uma espécie de bolsa de valores. A verdade é que as pessoas de boa índole, as pessoas sérias, as pessoas comprometida com as suas concepções ideológica são minoritárias no Congresso. Aquilo é um balcão de negócio”.

Passados 15 anos, o entrevistado incorporou o que Jânio tinha de mais detestável, enquadrou-se no figurino que atribuiu equivocadamente a FHC e faz o que pode para tornar o Congresso mais cafajeste do que era em 1997. O farsante que agora acusa o STF de hipocrisia é um perfeito hipócrita. Mas este talvez hoje seja um dos seus traços menos repulsivos. Os outros são muito piores.

19/10/2012

 às 19:51 \ Direto ao Ponto

Na entrevista a um jornal argentino, Lula revelou que, para 43 milhões de brasileiros, foi ele o chefe do esquema do mensalão

A Argentina é logo ali, mas a entrevista concedida por Lula ao jornal El Clarin nesta quarta-feira sugere que o ex-presidente não reagiu bem à viagem sem mudança de fuso horário. Convidado a comentar o julgamento do mensalão, o palanque ambulante desta vez não se refugiou em golpes imaginários, nem enxergou “um problema de caixa dois” na imensa roubalheira descoberta em meados de 2005. Preferiu inventar outra história para safar-se do escândalo. E a discurseira resultou em outro perfeito tiro no pé.

“Para um presidente que teve oito anos de mandato, o fato de terminar com 87% de aprovação popular é um enorme julgamento”, viajou o entrevistado. Ao confundir o Ibope, o Sensus e o Vox Populi com o Supremo Tribunal Federal, o ex-presidente não só admitiu que o mensalão existiu como se instalou voluntariamente no banco dos réus. Como registra o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, o desastre se consumou quando o declarante confundiu eleição com tribunal e eleitor com jurado.

“Já fui julgado pelas urnas”, decidiu. “A vitória de Dilma Rousseff foi um julgamento extraordinário”. Faz de conta que sim. Nesse caso, Lula foi absolvido por 55 milhões de eleitores que votaram em Dilma. Em contrapartida, foi condenado por 43 milhões que rejeitaram a sucessora que escolheu. Não é pouca coisa. Para essa imensidão de brasileiros ─ quem está dizendo é o próprio Lula ─, o país foi governado durante oito anos pelo chefe supremo de uma organização criminosa.

(por Augusto Nunes)

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Fonte:
Blog Augusto Nunes/ Veja.com.br

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