Arrozeiro com perdas em 2011/12 pode pedir renegociação
Renato Rocha, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), realizou no último dia 19 uma teleconferência com dirigentes setoriais e diretores para esclarecimentos sobre a Resolução 4.161/12 do Conselho Monetário Nacional (que alterou a Resolução do BACEN 4.134/12). A norma prevê a renegociação das dividas arrozeiras. O assessor jurídico Anderson Ricardo Levandowski Belloli, esclareceu que a nova regra, em seu artigo 6º, estabelece alteração no artigo 1º da resolução 4.134/2012, ficando com a seguinte redação: “IV - podem ser abrangidas pela renegociação as operações de custeio rural com cobertura parcial do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) ou outra modalidade de seguro agropecuário, excluído o valor referente à indenização”.
A Resolução nº 4.134/12 autoriza as instituições financeiras a parcelarem em até 10 anos as operações e custeio rural Safra 2011/12 dos produtores que tiveram prejuízos em decorrência da estiagem em municípios dos estados da Região Sul. E são passíveis de inclusão as operações de custeio da safra 2011/12, contratados com recursos obrigatórios (Manual de Crédito Rural - MCR 6-2), equalizados da poupança rural (MCR 6-4), ou ao amparo do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). E devem ser realizadas até dia 30 de dezembro de 2012.
No entendimento do advogado da Federarroz, Anderson Belloli, a Resolução 4.161/12 estabelece que são dívidas contempladas: custeio e investimento contratados até 30/06/2011, EGF 2009/10 e Fat Giro Rural. “Entendemos que todo o tipo de investimento e as dívidas lançadas no Gerat/BB são também passíveis desta repactuação”, explica Renato Rocha. A taxa de juros é de 5,5% ao ano. O pedido de adesão do produtor no agente financeiro será feito até 30 de abril de 2013, enquanto o prazo final de formalização/contratação é 31 de julho de 2014. Para isso é necessária a quitação de 10% do débito. “Não faz parte as dívidas de Securitização e Pesa”, alerta o presidente.
Segundo o Departamento Jurídico da Federarroz, mesmo produtores acionados judicialmente podem tentar se valer da medida, pois esta não exclui a possibilidade de negociar com o banco, mesmo que dentro do processo. “Há produtores pressionados pelos bancos a pagar imediatamente os débitos listados na medida, e estamos orientando a entrarem com o pedido de prorrogação, se desejarem se valer das medidas, o mais breve possível”, acrescenta Renato Rocha. “A resolução possibilita a adesão às medidas aos produtores, estando ou não adimplentes”, reforça Anderson Belloli.
A federação distribui, via associações, modelo de carta de prorrogação a ser encaminhada aos bancos, e enviou ao diretor de Crédito Rural do Banco do Brasil, Clenio Teribele, pedido de informação a respeito da inclusão das dívidas do Gerat e da chegada das normas nas agências. As dificuldades identificadas ao longo do processo entre produtores e bancos serão objeto de negociação da Federarroz com o MAPA. O Departamento Jurídico está à disposição do setor para esclarecimentos sobre a medida.
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