Entidades estimularam permanência de índios em fazenda em MS, diz PF
A Polícia Federal (PF) atribuiu a falta de negociação com os indígenas que ocupam a fazenda Buriti, em Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande, à presença de integrantes do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul(OAB/MS). Em nota divulgada nesta segunda-feira (20), a PF afirma que os representantes das entidades teriam estimulado a desobediência da ordem judicial. O Cimi e a OAB garantem que as afirmações são infundadas.
Indígenas da etnia terena ocuparam a propriedade em 15 de maio. Segundo informações da Fundação Nacional do Índio (Funai), os terena reivindicam a aceleração do processo de demarcação da Terra Indígena Buriti.
Após a ocupação, o proprietário da fazenda, Ricardo Bacha, entrou com um pedido de reintegração de posse, que foi deferido, em caráter liminar, na tarde de quarta (15), pelo juiz da 1ª Vara Federal de Campo Grande, Renato Toniasso. No sábado (18), policiais federais, com a ajuda do Ministério Público Federal (MPF), tentaram negociar com os indígenas a desocupação da fazenda, mas os terena se recusam a deixar o local.
Na nota, a PF diz que "as reuniões com as lideranças indígenas em busca da solução pacífica da crise não chegaram ao resultado esperado, especialmente em razão da presença de indivíduos estranhos a comunidade indígena, que se apresentaram como sendo representantes do Cimi e da Copai [Comissão Permanente de Assuntos Indígenas da OAB], apontados pelos próprios indígenas como motivadores do agravamento da ocupação e os estimuladores da desobediência à ordem judicial vigente".
O coordenador regional do Cimi, Flávio Vicente de Machado, afirma ao G1 que as declarações feitas pela PF não são verdadeiras e que é um absurdo atribuir aos índios a informação de que o Cimi e a Copai teriam motivado a desobediência.
"A afirmação da Polícia Federal é de cunho racista, para desqualificar a luta dos indígenas reproduzindo o conceito de que eles estão sendo manipulados", pontua.
Segundo Machado, integrantes do Cimi estiveram na fazenda apenas como observadores externos para acompanhar o cumprimento da ordem e evitar possíveis casos de violência. A decisão de permanecer na terra é dos terenas e o conselho apoia as decisões da comunidade.
A presidente da Copai da OAB, Samia Roges Jordy Barbieri, declara que a nota da PF é infundada e que a comissão atua apenas como observadora da causa indígena, apesar de apoiá-la. Segundo Samia, o movimento e a decisão são da comunidade e a Copai não incita a entrar ou sair de terras.
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se o cimi não pode mintir foi isso que jessus pregou o voces do lado do chifrudo isto é o que mais parece