Na VEJA: Mensalão -- Médicos da Câmara descartam aposentadoria a Genoino
A junta médica da Câmara dos Deputados descartou conceder imediatamente aposentadoria por invalidez ao deputado licenciado José Genoino (PT-SP), que cumpre pena pela condenação no julgamento do mensalão. Com a decisão, o petista deverá enfrentar processo de cassação do mandato.
"A avaliação é conclusiva no sentido de que não existe no momento uma incapacidade laboral definitiva ou, como se costuma dizer, invalidez. O que existe é uma circunstância em função da doença de ter riscos na atividade laboral, por isso precisa de um controle melhor do quadro clinico dele", afirmou o cardiologista Luciano Vacanti. "A junta também constatou que o periciado não apresenta cardiopatia grave."
Os médicos concederam licença por mais 90 dias ao petista. Depois desse período, ele voltará a ser avaliado. Um laudo feito por médicos da Universidade de Brasília, a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF), também apontou que a situação do mensaleiro não é grave, descartando a necessidade de prisão em regime domiciliar, conforme seu advogado pediu à Corte.
Os laudos médicos frustram as manobras de petistas para tentar desligar o mensaleiro da Casa antes da abertura do processo de cassação do mandato. O prazo pedido pela junta médica empurra a decisão para o ano que vem. Graças à nova regra aprovada ontem pelo Congresso, a deliberação será aberta – o que reduz as chances do petista ser poupado.
Em setembro, o deputado pediu a aposentadoria por invalidez alegando problemas cardíacos. O afastamento foi concedido de forma provisória e uma nova avaliação ficou agendada para janeiro. Mas, trabalhando para aposentar Genoino antes de o processo de cassação ser aberto, a Câmara antecipou os exames para a noite desta segunda-feira. A avaliação foi feita sem autorização do Supremo.
José Genoino a caminho da Polícia Federal, em São Paulo (Renato Ribeiro Silva/Futura Press)
Pode isso?
Quem já gerenciou a Casa Civil pode gerenciar um hotel? É o que o Conselho Regional de Administração do Distrito Federal (CRA-DF) quer saber. O conselho vai notificar o Saint Peter Hotel, onde José Dirceu escolheu bater ponto durante as horas fora da Papuda, para que explique em que condições o mensaleiro foi contratado para ser gerente, cargo que o CRA julga ser privativo de quem é formado em Administração. Dirceu é formado em Direito.
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Embora não tenha contratado José Dirceu para ser seu diretor jurídico, Paulo Abreu, o amigão que deu a ele o posto de gerente do hotel Saint Peter, é daqueles empresários que gasta muito, muito com advogado.
Só em São Paulo, está envolvido em 53 ações, entre cíveis e criminais – a maioria delas, como querelante. Fora as Varas Federais e STJ…
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Não é verdade que entre as funções de José Dirceu no Saint Peter esteja a de fiscalizar os funcionários que levam as malas dos hóspedes.
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