Na VEJA: Marina passa sufoco no JN para explicar uso de jato e transgênicos

Publicado em 28/08/2014 03:40 e atualizado em 28/08/2014 19:41
Polícia Federal investiga se aeronave que transportava Eduardo Campos foi adquirida com dinheiro de caixa dois empresarial ou do PSB, partido de Marina. (Leia comentários de Rodrigo Constantino e Reinaldo Azevedo, em veja.com)

No JN, Marina passa sufoco para explicar uso de jato

Polícia Federal investiga se aeronave que transportava Eduardo Campos foi adquirida com dinheiro de caixa dois empresarial ou do PSB, partido de Marina

Marina Silva (PSB), candidata à Presidência da República durante entrevista ao 'Jornal Nacional'

Marina Silva (PSB), candidata à Presidência da República durante entrevista ao 'Jornal Nacional' (Reprodução/TV Globo)

Novidade nas eleições à Presidência da República, Marina Silva (PSB) enfrentou seu mais duro momento nesta quarta-feira desde que entrou na disputa, após a morte de Eduardo Campos num acidente aéreo, no dia 13 de agosto. Entrevistada na bancada do Jornal Nacional, Marina não conseguiu explicar o empréstimo do jato usado por Campos durante a campanha – aPolícia Federal investiga se a aeronave foi comprada com dinheiro de caixa dois empresarial ou do PSB.

As quatro primeiras perguntas foram dedicadas ao tema, o que deixou a candidata visivelmente incomodada. Pressionada, Marina tentou dar uma nova roupagem à nota vazia divulgada nesta semana pelo PSB, segundo a qual o avião foi emprestado por empresários para a campanha e o pagamento pelo uso seria feito mais tarde. "Nós tínhamos a informação de que era um empréstimo, cujo ressarcimento seria feito no prazo legal, o que, segundo a Justiça Eleitoral, pode ser feito até encerramento da campanha", disse a ex-senadora.

Oficialmente, o jato Cessna Citation 560XL estava no nome do grupo AF Andrade, cujos proprietários negavam relação com Campos. "A aeronave de prefixo PR-AFA, em cujo acidente faleceu seu presidente, Eduardo Henrique Aciolly Campos, nosso candidato à Presidência da República, teve seu uso — de conhecimento público – autorizado pelos empresários João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira", afirmou Roberto Amaral, presidente nacional do PSB. De forma evasiva, Marina disse ainda não ter conhecimento de nenhuma ilegalidade sobre aos proprietários e defendeu a investigação que está sendo conduzida pela PF. "Nosso interesse e determinação é que as investigações sejam feitas com todo rigor para que não se cometa injustiça com a memória de Eduardo."

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Sem apresentar nenhuma de suas propostas de campanha durante a entrevista, a candidata mostrou mais segurança e alívio ao responder os demais questionamentos, aproveitando para narrar sua trajetória. Filha de seringueiros, Marina cresceu no Acre, enfrentou diversas doenças e só foi alfabetizada aos dezesseis anos. "Talvez você não conheça bem a minha trajetória, eu faço questão de explicar porque você tem um certo desconhecimento sobre o que significa ser senadora do cenário de onde vim. No meu Estado, para vencer uma eleição era preciso ser filho de ex-governador, ter um rádio ou um jornal para falar bem de si", disse, ao ser questionada sobre a derrota para seus adversários durante a disputa presidencial em 2010, quando concorreu ao cargo pelo Partido Verde. 

Marina minimizou o conflito de opiniões com seu vice, o deputado federal Beto Albuquerque, sobre temas como cultivo de transgênicos. "Essa historia de que a Marina é intransigente não é tão verdadeira assim", disse, tentando livrar-se da pecha de ser inflexível. Ao final da entrevista, Marina defendeu a necessidade de reforma política e disse que não disputará a reeleição caso seja eleita em outubro. "Eu quero ser a primeira presidente que assume o compromisso de que não vai buscar uma nova eleição. Não quero ter um mandato que comprometa o futuro das próximas gerações", disse.

Marina Silva no JN: o discurso da vitimização

Como encanta no Brasil o discurso da vitimização! Foi o pensamento que tive ao ver aentrevista de Marina Silva ao Jornal Nacional. O sucesso político de Lula já era prova disso. Agora temos em Marina Silva o novo símbolo da coitada que foi massacrada na vida em sua cruzada pelo bem. Eis sua trajetória de vida e no estado do Acre, sua terra natal. E eis a resposta que deu para o incômodo fato de que ficou em terceiro lugar lá nas eleições de 2010, com metade dos votos de José Serra.

Como sair dessa sinuca de bico? Marina puxou da cartola a imagem da vítima. Os acreanos não votaram nela pois ela feriu muitos grupos locais de interesse! Qual a lógica exata disso? Que a maioria dos acreanos é formada pelos grupos de interesse? Ou que são pessoas manipuláveis e suscetíveis à propaganda enganosa das elites locais?

Isso sem falar que seu marido era dessa mesma elite até ontem! Sim, o marido de Marina Silvafazia parte do governo de Viana, do grupo que detém o poder há 16 anos no estado. Fábio Vaz de Lima era secretário adjunto de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis, e recebia mensalmente do governo petista R$ 18.232,93. Se isso não é elite no pobre Acre, então a situação está realmente espetacular nessa pequena Suíça brasileira.

Mas se os fatos não ajudam, há sempre Chico Mendes. Marina mencionou o seringueiro sindicalista, o que nunca perde a oportunidade de fazer, pois sempre rende alguns votos extras. Uma heroína da ética combatendo as elites corruptas locais. Os mártires vendem bem. Mas o fato continua incômodo: Aécio Neves é bem avaliado em sua Minas Gerais, como Eduardo Campos era em seu Pernambuco. Marina foi massacrada no Acre. Motivo: foi boa demais para o povo local. Como é?

William Bonner e Patrícia Poeta fizeram seu papel, apertaram, cobraram sobre a suposta incoerência entre discurso ético e prática. Bonner abriu a entrevista logo questionando sobre o uso do jatinho que caiu e matou Campos, comprado com o uso de “laranjas”. Marina alegou não ter tal informação, e defendeu ampla investigação. Dizer que não sabia de nada e cobrar investigações em público não soa tão novo assim quando algum “malfeito” vem à tona por conta do trabalho da imprensa, não é mesmo?

A imagem de intransigente ou fundamentalista contra o agronegócio e os transgênicos foi negada por Marina Silva. “Há uma lenda de que eu sou contra os transgênicos, mas isso não é verdade. Sabe o que eu defencia quando era ministra do Meio Ambiente? Um modelo  de coexistência: área de transgênico e área livre de transgênico. Infelizmente, no Congresso Nacional, não passou a proposta do modelo de coexistência”, declarou.

Marina Silva como grande defensora do agronegócio, atividade responsável por 40% das nossas exportações (mais de US$ 100 bilhões) e 40% dos nossos empregos? Quem quiser que acredite. É do jogo. Mas se eu fosse um desses 40% confesso que não teria um sono tão tranquilo só porque Marina, agora, diz-se amiga do agronegócio. Mesmo sem ter nada com o setor eu já tenho alguns pesadelos…

Rodrigo Constantino

 

Marina no “Jornal Nacional”: não explicou os crimes óbvios que envolvem o avião e disse uma besteira estupefaciente sobre transgênicos… Ah, sim: Como se enrolou, tentou criticar a imprensa…

Marina Silva acaba de conceder a sua entrevista ao Jornal Nacional. Quem presta atenção ao sentido das palavras percebeu o tamanho do desastre. Os entrevistadores quiseram saber o óbvio: como se justifica o discurso da “nova política” quando a rede de empresas fantasmas e laranjas que envolve o avião em que viajavam Eduardo Campos e ela própria é a evidência escancarada da velha política? Marina, é claro, não conseguiu responder. 

Em nenhum momento, revejam a entrevista depois no site do Jornal Nacional, ela admitiu que crimes óbvios foram cometidos. Mais do que isso: tentou desqualificar, ainda que com aquele seu jeitinho simples, de apelo telúrico, o trabalho da imprensa. Segundo disse, a verdade não virá das reportagens, mas da investigação da Polícia Federal. Como assim? Imprensa, de fato, não é a última instância na apuração de crimes. Nesse caso, no entanto, ela já chegou mais longe do que a polícia. As empresas fantasmas e seus laranjas vieram à luz. Como explicar? Mais: com um discurso oblíquo, sugeriu que a apuração da verdade pode ser um desrespeito à memória de Eduardo Campos.

Até aí, Marina estava na fase da enrolação, mas ainda não havia atingido o patético. William Bonner lembrou que ela e seu  vice, Beto Albuquerque, divergiram sobre algumas questões essenciais, como as culturas transgênicas e a pesquisa com células tronco embrionárias. Como posições inconciliáveis se juntam numa chapa? Isso é “nova política”? Marina, então, se saiu com a cascata de que o jornalista se fixava apenas nas divergências, não nas convergências… É mesmo?

A contradição óbvia estava no ar. Então, quando os adversários fazem composições entre divergentes, estamos diante da evidência da “nova política”; quando é com ela, aí se tem a prova da “nova política”? O que Marina respondeu? Que os jornalistas estavam equivocados. Por que estavam? Ela não disse. Nem tinha o que dizer.

Patrícia Poeta lembrou que, em 2010, Marina ficou em terceiro lugar na eleição em seu Estado, o Acre, que a conhece bem. Mais uma vez, a candidata tentou acusar a ignorância dos jornalistas: “Talvez você não conheça direito a minha trajetória…” Ora, quem não sabe? A agora candidata do PSB saiu-se com uma frase feita: “Ninguém é profeta em sua própria terra…” Ah, entendi: ela é profeta no resto do Brasil, menos no Acre. Listou os interesses que teve de contrariar e coisa e tal. Chegou a sugerir que enfrentou a máquina do governo do Acre. Aí estamos no terreno da piada. Ela participa, por meio de aliados, do governo do Estado desde 1999. É aliada dos Irmãos Viana. Seu marido era secretário de estado até a semana passada.

Na mensagem final, Marina pediu votos e disse que não é do tipo de política que faz a luta do poder pelo poder… Certo! Isso é para os outros. A entrevista terminou, e ficou claro que a tal “nova política” só é explicável com o auxílio da velha enrolação.

Transgênicos

Quem não conhece o assunto não se deu conta do tamanho de uma das besteiras que disse. Afirmou que nunca foi contra os transgênicos (o que é falso, mas vá lá), mas que defendia que houvesse áreas livres dessa modalidade cultura, numa coexistência entre os dois modelos. Felizmente, perdeu a batalha.

Qual é o objetivo dos transgênicos? Aumentar a produção com sementes que já são imunes a determinadas pragas. Ora, imaginem o que aconteceria se, em certas áreas, os transgênicos fossem proibidos e, em outras, permitidos. O resultado óbvio: as terras sujeitas a veto teriam de receber doses cavalares de agrotóxico. Mais: ainda que a proibição atingisse apenas uma parte das terras férteis, é claro que o Brasil não exibiria o robusto desempenho que exibe na agricultura.

Mas eis Marina. Ela se tornou especialista em assuntos sobre os quais ninguém – nem ela própria – entende nada.

Em tempos normais, a entrevista poderia ser devastadora pra ela. Nestes dias, vai saber. Estamos voando no escuro. A gente sabe em que isso costuma resultar.

Por Reinaldo Azevedo

Televisão

O ibope de Marina

JN: a última entrevista

JN: a última entrevista

A participação tranquila de Marina Silva no Jornal Nacional de hoje rendeu à Globo (e à candidata) a menor audiência entre as entrevistas dos candidatos a presidente até agora.

Aos números: no horário da entrevista, que nem de longe repetiu o clima tenso das anteriores,  a  Globo registrou dezenove pontos, de acordo com números prévios do Ibope para a Grande São Paulo. (no mesmo horário, o SBT, Record e Band cravaram, respectivamente, nove pontos, oito pontos e quatro pontos).

Os entrevistados anteriores, Aécio Neves, Eduardo Campos, Dilma Rousseff e o Pastor Everaldo, marcaram, 23, 23, 27 e 20 pontos,. respectivamente.

Por Lauro Jardim

Assunto do dia

presidenciaveis

Debate comentado nas redes sociais

O debate de ontem na Band não alavancou a audiência da emissora, pelo contrário (leia maisaqui), mas nas redes sociais não se falava de outra coisa. No Twitter, à parte os outros quatro candidatos, Dilma RousseffAécio Neves e Marina Silva foram mencionados em 121 000 tweets. No Facebook, entre curtidas, compartilhamentos e comentários, foram registradas 5,1 milhões de interações sobre o assunto.

Dilma foi a mais lembrada pelos tuiteiros e chegou a ser mencionada em 90 000 tweets durante o debate. Ultrapassado por Marina nas últimas pesquisas eleitorais, Aécio também ficou atrás da ex-senadora nas postagens em 140 caracteres. O tucano foi mencionado em 14 000 tweets, enquanto Marina apareceu em 17 000.

Dilma também é a campeã de menções no Facebook, seguida por Marina e Pastor Everaldo. Aécio Neves só foi mais mencionado que Levy Fidelix na rede social de Mark Zuckerberg.

Por Lauro Jardim

 

Pesquisa da CNT mostra Marina a seis pontos de Dilma (na Folha de S. Paulo)

DE BRASÍLIA - A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, aparece em segundo lugar na pesquisa encomendada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) ao Instituto MDA, divulgada nesta quarta (27). Segundo o levantamento, Dilma está em primeiro lugar, com 34,2% das intenções de voto, seguida por Marina, com 28,2%. Em terceiro está Aécio Neves (PSDB), com 16%.

Nas simulações de segundo turno, Marina alcançaria 43,7% das intenções de voto, enquanto Dilma teria 37,8%.

A margem é erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número 00400/2014.

 

Marina terá encontros com ruralistas para tentar diminuir rejeição do agronegócio

NA COLUNA PAINEL DA FOLHA DE S. PAULO

Bom dia, fazendeiro Vista como a principal adversária dos ruralistas em Brasília, a presidenciável Marina Silva (PSB) reservou suas agendas de hoje e amanhã para tentar baixar as resistências do agronegócio. Ela dirá aos fazendeiros que tinha uma pauta ambiental a cumprir como senadora e ministra de Lula, mas estará aberta ao diálogo caso se eleja presidente. A candidata firmará compromisso com a previsibilidade e com contratos em curso e prometerá não tomar medidas “de cima para baixo”.

Miss Canavial Hoje, em aceno a produtores de cana, Marina criticará a política de Dilma Rousseff para o etanol. Amanhã, em jantar com empresários rurais, defenderá o programa federal ABC (Agricultura de Baixo Carbono).

Eu não sabia Do vice Beto Albuquerque (PSB), sobre as suspeitas de que empresas-fantasmas compraram o jato em que Eduardo Campos viajava: “Só me faltava essa. Agora quando eu entrar no táxi vou ter que pedir a documentação do proprietário?”.

Check-in Marina mantém o novo hábito de usar aviões de carreira. Ontem, ela e oito aliados foram os últimos a embarcar no voo 3918 da TAM, de São Paulo para o Rio.

Boa moça “Não estou furando fila, viu?”, disse a ex-senadora. Sua equipe não pediu prioridade de embarque para evitar que fosse acusada de tratamento privilegiado. Ela foi aplaudida por passageiros ao entrar no avião.

Zero a zero Para o comitê de Dilma, que passou a monitorar com lupa cada palavra de Marina, a candidata “sobreviveu” ontem à entrevista no “Jornal Nacional”. Ela se saiu bem nas perguntas mais difíceis e “não perdeu votos”, diz um petista.

Alento O PSDB monitorou seis grupos de indecisos durante o debate da Band. Segundo o partido, metade dos simpatizantes de Marina admitiu migrar para Aécio.

Socialismo light

No final do debate da Band, Maurício Rands, o ex-deputado do PT que hoje coordena o programa de governo presidencial do PSB, esbarrou com a candidata Luciana Genro (PSOL), também ex-petista.

—Sexta-feira apresentamos nosso programa. Está muito bom, você vai gostar —provocou.
—Gostar? Com autonomia do BC, tripé macroeconômico? Contra aborto e maconha? —devolveu a ex-deputada.
—Não vai ter isso, não… —desconversou Rands.
—Pode até não estar escrito, mas estará implícito! —esbravejou a candidata do PSOL.

NA VEJA.COM:

Roleta-russa, mesmo com cinco balas, ainda é melhor do que tiro certo na nuca

O que vai ser desse tiro no escuro?

Deu na coluna Radar de Lauro Jardim:

O  aguardadíssimo resultado da pesquisa Ibope que o Jornal Nacional divulgará hoje vai mostrar um novo avanço de Marina Silva. Pela pesquisa, Marina está empatada tecnicamente com Dilma Rousseff no primeiro turno, considerando a margem de erro de 2%.

A pesquisa mostrará Dilma Rousseff entre 31% e 32%, Marina entre 27% e 28% e Aécio Neves entre 18% e 20%.

No segundo turno, Marina aparecerá com dois dígitos à frente de Dilma.

A pesquisa foi feita pelo Ibope entre 23 e hoje. Foram entrevistados 2506 eleitores.

Aécio Neves, mais por torcida do que convicção, tem dito que isso tudo é apenas uma “onda”, e que daqui a algumas semanas ficará mais claro o quadro eleitoral verdadeiro. Não sei se será o caso, ou se a “onda” verde virará um tsunami.

Só sei que é cada vez mais factível a “imagem do inferno”: Dilma e Marina no segundo turno, uma bizarra escolha do eleitor brasileiro quando se tem Aécio Neves e uma equipe de primeira como alternativa razoável, mesmo para um liberal crítico dos tucanos como eu.

Reinaldo Azevedo escreveu um texto indicando que pretende anular seu voto caso essa tragédia ocorra, pois se nega a votar em quem paira “acima” da política com ar messiânico, proferindo sentenças incompreensíveis. Peço vênia para discordar de meu vizinho virtual, quem muito respeito e cujos argumentos compreendo. Mas creio que sua conclusão é equivocada nesse caso.

Minha linha de raciocínio é bem simples, e foi bem resumida por um banqueiro de investimentos que comparou Marina a uma roleta-russa, e Dilma a um tiro certo no alvo. Um amigo meu acrescentou: roleta-russa com cinco balas no tambor (de seis). Que seja! Ainda há a chance de não sair bala fatal alguma, ao contrário de mais quatro anos de Dilma.

Para Reinaldo, o inimigo de nosso inimigo não é necessariamente nosso amigo, o que concordo totalmente, lembrando, como ele fez, que não temos inimigos, e sim adversários (talvez muitos petistas configurem, sim, um quadro de inimigos, pois assim nos enxergam). Marina é uma incógnita, um tiro no escuro, um risco grande. Mas Dilma é a certeza do fracasso e de mais passos rumo ao bolivarianismo.

E aqui chego no cerne da questão: o aparelhamento da máquina estatal pelo PT nesses 12 anos de poder. Esse é o grande inimigo a ser derrotado! Não podemos permitir mais quatro anos de aparelhamento, de novos ministros do STF apontados por critérios partidários e ideológicos, de mais apaniguados mamando nas tetas estatais, ocupando todos os milhares de cargos disponíveis, tomando conta das agências, fundos de pensão, estatais etc. O Brasil precisa de uma desintoxicação do PT!

Mesmo com todos os riscos que Marina representa, ainda é melhor tal mergulho no escuro do que permitir o avanço do aparelhamento petista. Depois pode ser tarde demais. Só a “troca de guarda” já faria bem ao país, à democracia, pois o poder de estrago causado pelos golpistas pendurados em tudo que é órgão público tende a ser fatal com mais quatro anos. Vide Argentina. Vide Venezuela.

Dito isso, o que em minha opinião já configura razão suficiente para não anular o voto e demonstrar indiferença entre Dilma e Marina, há alguma chance de mudança para melhor, se Marina tomar juízo e acatar os conselhos de pessoas com algum bom senso ao seu redor (e estas existem). As sinalizações nesta direção já começaram, como reforçar a importância do tripé macroeconômico, falar até em independência do Banco Central e indicar uma aproximação com o agronegócio, tão demonizado pelos “marineiros”.

Sabemos que Marina é imprevisível, e que seus assessores do PSB não falam necessariamente em seu nome. Sabemos, ainda, que o PSB vem tentando, com a própria Marina, mitigar o medo que os investidores e empresários têm dela. Por fim, sabemos que o discurso político pode mudar de acordo com o público. Dito tudo isso, Walter Feldman palestrou para investidores hoje cedo em evento do Itaú, e um amigo que estava lá me mandou o seguinte resumo:

- Volta do tripe macroeconômico.  Não faltam nomes e alguns anúncios serão feitos em breve, uma boa escolha de equipe faz toda diferença nesse momento, pois querem credibilidade.

- Falou que vê a democracia em risco com tudo que foi feito por esse governo.

- Usou o termo “cupinização”, disse que o governo é corrupto e atua em todas as áreas e que a Petrobras é um excelente exemplo disso.

- Acreditam na capacidade de governar porque o projeto é de um Brasil melhor, com diálogo permanente e são essas as mudanças que a população quer.

- Reforma política (essencial, pois mudanças estruturais com o atual modelo são pouco factíveis), tributária e fiscal são importantes e deve haver empenho para que ocorram.

- Acreditam na meritocracia, veem pessoas competentes em todos os partidos, mas para integrar o novo governo não basta ser competente, tem que ser ético e ter o mesmo pensamento de governar para os interesses do povo e não interesses partidários ou individuais. 

- Dia 29 serão apresentadas as linhas gerais dos  programas, pediram um pouco de paciência pois Marina como cabeça de chapa tem duas semanas.

- Em caso de vitória, acreditam que transição não será fácil porque a fotografia de irregularidades e maquiagens hoje é muito feia. Logo, demoraria 3 meses para fazer avaliação, em 6 meses começam a tomar as rédeas com base nas avaliações e em 12 meses tem total domínio do governo.

- Falaram não só em independência do BC, mas também de um BC de primeira linha, e não um BC de segunda linha, que sanciona as vontades da presidente e não faz o que tem que ser feito.  Questionaram também o papel do Tesouro Nacional em relação ao financiamento do BNDES.

- Acúmulo de medidas pontuais e especificas geraram um alto desalinhamento no atual governo. Tem que ter choque de credibilidade na política econômica. Credibilidade leva a ganho de tempo. Situação não vai se resolver numa única tacada dado o tamanho dos desajustes.

Em linhas gerais foi isso.  Muitos participantes animados com a queda da Dilma.  A maior parte ainda vê Marina como a única com chances de derrotá-la num eventual segundo turno.

A própria reação do mercado em geral corrobora com essa visão mais otimista, como podemos ver pelo desempenho recente do Ibovespa:

Ibovespa. Fonte: Bloomberg

Ibovespa. Fonte: Bloomberg

Claro que o “mercado” pode errar, não é infalível. Aconteceu antes, com o próprio Lula e também com Dilma. A turma demorou muito para acordar. Mas não deixa de ser um conforto saber que milhões de investidores do Brasil e do mundo interagindo livremente têm expressado uma visão de esperança com a crescente possibilidade de derrota de Dilma. Estou com eles nesse aspecto: nada pode ser pior do que mais quatro anos de Dilma! E não custa mencionar, a favor de Marina, que um tipo caricato como Emir Sader já a “acusa” de ser a “nova direita” (risos).

Cheguei a brincar, parafraseando Churchill em relação a Hitler, que se fosse para derrotar o PT eu falaria até uma coisa ou outra positiva sobre o próprio Diabo. A prioridade é retirar a corja atual do poder e trocar a “gerentona” que, com sua arrogância e viés ideológico nacional-desenvolvimentista, com certeza irá afundar o Brasil de vez se for reeleita. Que coloquem as cinco balas no tambor e apertem o gatilho logo de uma vez!

PS: Vale lembrar que ainda é cedo para cantar a vitória de Marina, e que o fenômeno pode, sim, ser uma onda passageira. Ainda fecho com uma digressão otimista de mais longo prazo. O Brasil precisou suportar 12 anos de PT para cair o mito do ex-operário salvador da Pátria, e hoje o PT é visto como o partido mais corrupto de todos, como de fato é. Talvez precise enfrentar agora quatro anos da seringueira pobre que quer salvar o planeta para cair a ficha de mais um mito boboca. Como o pepino econômico é grande e o abacaxi terá de ser digerido nos próximos anos, em 2018 o caminho ficará mais fácil para Aécio Neves, ou mesmo um candidato mais liberal de algum partido NOVO!

Rodrigo Constantino

 

Sebastianismo brasileiro, por CARLOS PAGNI, do EL PAÍS

Em 4 de agosto de 1578, Sebastião I, de Portugal, morreu na batalha de Alcácer-Quibir. Assim nasceu o sebastianismo, um movimento que profetizava o retorno do monarca morto para conduzir a nação. O mito se arraigou no Nordeste brasileiro e adquiriu com os séculos diversas modulações. A confiança em que a morte possa prover a política de uma redenção messiânica parece visitar de novo o Brasil nestes dias. As emoções desatadas pelo trágico desaparecimento de Eduardo Campos, o candidato presidencial do Partido Socialista Brasileiro (PSB), revolucionaram a campanha. Campos é, post mortem, o representante de muitos cidadãos que mal o conheciam quando estava vivo. Essa canonização agiganta a sua vice, Marina Silva, que ocupou o seu lugar. Dilma Rousseff nunca suspeitou que sua reeleição enfrentaria um desafio tão arriscado, tão inesperado.

A fórmula inicial do PSB tinha a extravagância de que Marina era muito mais conhecida do que Campos. Em 2010, ela havia conseguido 20 milhões de votos como candidata a presidente. E em meados de 2013 superava Dilma nas pesquisas. Com a morte de Campos o risco para Dilma se multiplicou. Segundo o Datafolha, Marina deslocou Aécio Neves, do PSDB, para o terceiro lugar. O PSB passou de 8% para 21%. Em um eventual segundo turno contra Dilma, Marina triunfaria.

A herdeira de Campos é a figura mais perigosa com que o PT se poderia chocar. Não é, como Aécio, um antibiótico. É uma vacina. É composta de uma substância parecida com a de seu rival.

biografia de Marina parece, como a de Lula da Silva, um roteiro de Hollywood. Nasceu em uma família de agricultores, trabalhadores e donas de casa do Estado do Acre. Aos seis anos, uma intoxicação com mercúrio lhe causou transtornos que a afetam ainda hoje. Teve cinco malárias e três hepatites. Quando criança, perdeu a mãe. Trabalhou como empregada doméstica. Aprendeu a ler aos 16 anos. Formou-se em História. Casou-se, separou-se, voltou a se casar. Tem quatro filhos. Há dez anos é evangélica, da Assembleia de Deus.

Intimidada, Dilma se apoiou no pai do PT. Sua campanha defende “o país de Dilma e Lula”. Mas Marina pode ser vista, em um desdobramento subliminar, como uma herdeira mais genuína das promessas iniciais do governo. Marina, que foi ministra de Lula, tem apelo para uma esquerda desencantada pelas alianças conservadoras do PT e os escândalos de corrupção. Há outro no momento dando voltas: Paulo Costa, ex-diretor da Petrobras preso por manobras ilegais, decidiu falar, sob o regime de delação premiada. Transformado em homem-bomba, poderia revelar irregularidades da empresa.

Marina representa um ambientalismo algo nebuloso, o regresso a um paraíso perdido que combina com a antropologia radical de Eduardo Viveiros de Castro. Com um fraseado contemporâneo, defende o compromisso com a sustentabilidade do meio ambiente, produtiva, urbana. O partido de Marina, batizado com duas palavras da moda, Rede Sustentabilidade, rejeita doações de empresas de tabaco, agrotóxicos e bebidas alcoólicas.

Os rivais apresentam a intransigente Marina como uma Joana d’Arc da floresta. Ela tenta escapar desse retrato com o auxílio de dois multimilionários poderosos. Um é Guilherme Leal, dono da Natura, uma multinacional de cosméticos identificada com a preservação do meio ambiente. A outra aliada é Maria Alice Setúbal, Neca, acionista do Banco Itaú, o mais importante banco privado do país. Neca acaba de agitar a cena eleitoral com suas declarações à Folha de S. Paulo. Revelou que Marina promoveria uma lei para a autonomia do Banco Central e fixaria uma meta de inflação mais rigorosa, de 4,5%, descendente até os 3% em quatro anos. E também antecipou a incorporação de outros financistas ao entorno da candidata.

Marina Silva pretende tranquilizar o mercado e seduzir os eleitores urbanos de Aécio que, com a assessoria de Armínio Fraga, combate as desordens econômicas do governo de Dilma. O Brasil está às portas de uma recessão. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, o clima econômico é o pior desde 1991. É natural que Marina se rodeie de economistas ortodoxos, como Eduardo Giannetti ou André Lara Resende, um dos pais do Plano Real. Ou que queira incorporar Murilo Portugal. Giannetti acaba de definir o programa da candidata: câmbio flutuante, superávit primário e metas de inflação. Enquanto Dilma aprofunda o populismo, as oposições chegam a pontos comuns.

Os adversários de Marina tentam expor seu lado B. Certa inclinação ao sectarismo que já provoca faíscas com os líderes do PSB. Mas ela desfruta de um encanto próprio de candidatos como Lula ou Obama: consegue fazer com que muitos eleitores projetem sobre sua figura as melhores fantasias. O prodígio pode desvanecer-se. Mas o percurso é curto. Por ora, Marina encarna melhor que ninguém a inclinação da sociedade brasileira à mudança. Uma mudança de contornos pouco definidos. Como ela mesma. (no EL PAÍS).

Diogo Mainardi, Marina e eu

A Folha desta quarta traz um artigo do meu querido amigo Diogo Mainardi intitulado “Sou Marina (até a posse)”. Lê-se, por exemplo:
“(…)
O voto nulo é sempre o melhor –o menos vexaminoso, o menos degradante. Isso não quer dizer que não me interesse pelas eleições. Ao contrário: acompanho fanaticamente todas as campanhas e, no tempo ocioso, que corresponde a mais ou menos quatro quintos de meu dia, pondero sobre a fanfarronice daquela gente pitoresca que pede nosso voto. Além de ponderar sobre a fanfarronice daquela gente pitoresca que pede nosso voto, sou um especialista em torcer contra.

Torci contra Fernando Henrique Cardoso em 1998. Torci contra Lula em 2002. Torci contra Lula –e torci muito– em 2006. Torci contra Dilma em 2010. Agora estou torcendo novamente contra ela. Como se nota, além de ser um especialista em torcer contra, sou também um especialista em derrotas eleitorais. E quem se importa? Com tanto tempo ocioso, aprendi a esperar.

A candidatura de Marina Silva, para quem só sabe torcer contra, como eu, é muito animadora. Depois de 12 anos, há uma perspectiva real de derrotar o PT. E há uma perspectiva real de derrotar o PSDB, sem o qual o PT tende a desaparecer, pois perde seu adversário amestrado.
(…)”

Neste blog, escrevi um post com o seguinte título: “Por que jamais votaria em Marina Silva — nem que ela viesse a disputar o segundo turno com Dilma. Ou: Voo cego de um avião sem dono”. Escrevi:
“Não caio nessa [votar em Marina], sob pretexto nenhum — nem mesmo ‘para tirar o PT de lá’. Na democracia, voto útil é voto inútil. Se Deus me submetesse à provação — espero que não aconteça — de ter de escolher entre Dilma e Marina, escolheria gloriosamente “nenhuma”! Se a turma do coquetel Molotov estava sem candidata e agora encontrou a sua, eu, que sou um partidário da democracia representativa e das instituições democráticas, deixarei claro, nessa hipótese, que estarei sem candidato no segundo turno. Mas torço e até rezo para que o Brasil seja poupado.”

É uma divergência? Claro que sim! É apenas uma delas! Temos, Diogo e eu, muitas outras. Felizmente! Aliás, temos, ele e eu, amigos; não pertencemos a quadrilhas ideológicas, eventualmente unidas pelo amor aos anúncios de estatais, como se tornou moda no governo petista. Aliás, Diogo também integra, a exemplo deste escriba, o grupo das “nove cabeças” que o sr. Alberto Cantalice, chefão do PT, gostaria de cortar.

Só escrevi aquele post anunciando que jamais votaria em Marina porque reconheço, é evidente, os motivos por que muita gente que respeito e admiro faria e fará o contrário.

Para encerrar: ontem, confesso, comecei a assistir ao debate movido por um espírito que me acompanha sempre. Eu me preparei para ser convencido do contrário. Assim que Marina decidiu reconhecer as contribuições do PSDB e do PT ao Brasil e pregou, em seguida, a necessidade de a gente se livrar do PSDB e do PT, conclui que ela não junta lé com lé, cré com cré. E não junta daquela sua maneira caudalosa, envolta naqueles panos, que insinuam uma alma sublime. Pra mim, não dá.

Quanto ao mais, imaginem se Diogo seria menos querido por causa de Marina Silva, PSB, eleições… O que lastimo, isto sim, repetindo Paulo Francis na orelha que fez para o livro de Mário Faustino, é o fato de a gente acabar se metendo nessas vulgaridades…

Por Reinaldo Azevedo

 

TCU, Graça Foster e a política nos tribunais

O TCU já formou uma maioria contra o bloqueio dos bens de Graça Foster, presidente da Petrobras. O processo diz respeito às irregularidades apontadas pelo tribunal na operação que resultou na compra da refinaria de Pasadena. Olhem aqui: nem vou entrar, de novo, no mérito da aquisição. O que soa escandaloso é que seja empregado com Graça um critério distinto daquele que valeu para os demais diretores. Para ser claro e preciso: os ministros José Jorge, o relator, e Augusto Sherman defenderam para ela a mesma medida aplicada a 11 outros diretores. Aos dois votos, no entanto, seguiram-se outros cinco contra a indisponibilidade de bens. Quem deu início à divergência foi Walton Alencar Rodrigues. E o fez com tal entusiasmo que chegou a dizer que, em lugar de Graça, teria atuado do mesmo modo. 

Vamos ver. O que segue agora é uma espécie de crônica de costumes – ou de maus costumes de Brasília. Há muito tempo já, o petismo faz, como direi?, malabarismos de natureza política às portas dos tribunais superiores e do TCU. A pressão, desta feita, foi fortíssima. Não custa lembrar: se o tribunal tivesse tornado indisponíveis os bens de Graça Foster, ela teria de deixar a Presidência da Petrobras. 

Em Brasília, tanta gente se conhece, né? Walton é marido de Isabel Gallotti, ministra do Superior Tribunal de justiça. Aqui vai uma informação – não se trata da denúncia de um crime, mas da revelação de um hábito. Em 2008, Lula queria nomear um negro para o STJ. O desembargador federal Benedito Gonçalves estava na lista, mas Isabel, mulher de Walton, também queria a vaga. O então presidente deixou claro que havia chegado a vez de Benedito, mas que Isabel seria a próxima. E assim se fez. Em 2010, a mulher de Walton tomou posse no STJ. O interlocutor de Lula nessas conversas era o então presidente do tribunal, Cesar Asfor Rocha, a quem o petista acenava com uma vaga no Supremo, promessa nunca cumprida. Sigamos. 

Em abril deste ano, Douglas Alencar Rodrigues, irmão de Walton e cunhado de Isabel, que era ministro do TRT do DF, tomou posse como ministro do TST. Alguém, a esta altura, pode se perguntar: “Mas o que isso quer dizer, Reinaldo?” Eu acho que isso quer dizer que as coisas não poderiam ser feitas dessa maneira. Como as duas nomeações dependeram da vontade do Executivo, acredito que o ministro Walton faria melhor se tivesse se declarado impedido no caso de Graça. Seria mais prudente para a democracia do que seu entusiasmado voto contrário à indisponibilidade de bens.

Reitero: não estou contestando o currículo de ninguém. Até parto do princípio de que ambos têm méritos para ocupar o cargo que ocupam, mas é preciso indagar, então, se os canais não estão se misturando, não é mesmo? Ademais, não é segredo para ninguém que Lula, pessoalmente, se mobilizou para interferir no julgamento do TCU. Convocou para uma reunião em São Paulo, e foi atendido, José Múcio, que foi seu ministro das Relações Institucionais. Mais: há muito se acena para ministros do TCU com uma vaga no Supremo.  

É dispensável dizer que tribunais superiores não deveriam ser submetidos a esse tipo de especulação. É dispensável dizer que o TCU, que é um órgão de assessoramento do Congresso, deveria se manter longe do mercado político. Mas assim são as coisas. O leitor tem o direito de saber para formar seu próprio juízo.

Por Reinaldo Azevedo

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Fonte:
veja.com (+ El País)

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3 comentários

  • Celso de Almeida Gaudencio Londrina - PR

    A Marina De Chico Mendes atravessador de produtos da floresta terá que explicar as acusações feitas por Aldo Rebelo no plenário da Câmara na discussão do Código Florestal. E a lei das concessões de florestas publicas por quarenta anos renováveis por mais quarenta anos....

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  • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

    Sr. João Olivi, o mundo vive pregando peças! Quando o individuo começa a ter grandes sonhos e, entra na política para levá-los `a êxito, quer continuar nas nuvens e, para tanto, usa os meios disponíveis, mas não possíveis à suas posses, daí surge o maior empecilho na vida de um político.

    Fazendo uma retrospectiva da “queda” de políticos, o avião está em primeiro lugar na eficiência, pois é só mostrar algo “fora do eixo” e, pronto!

    A QUEDA É INEVITÁVEL!

    O ministro da agricultura, Wagner Rossi, que pegou carona no jatinho da Ouro Fino. O caso do ex-vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Luis Vargas Ilário, sugestivo nome, não? Foi defenestrado do partidão (PT) por ter “voado com asas alheias” em viagem de férias ao Nordeste, custeado por um “mui amigo” doleiro. Exemplos é que não faltam. Veja, o termo “avião” não perdoa!

    Agora temos a “MÃE DE TODAS AS MÃES” em metafísica, vamos preparar os ouvidos, ou a cabeça? Pois, se houver queda, que não venha por cima de mim! Quando ocorre algum evento de infortúnio com algum poderoso, a conta fica para os “não-poderosos”!!

    ....”E VAMOS EM FRENTE” ! ! !....

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  • Telmo Heinen Formosa - GO

    Vamos e venhamos, achei ridícula a insistência do William Bonner com a candidata Marina Silva em relação à regularidade da situação, ou não do Avião acidentado. Isto demonstra a forma errada como são abordados os problemas no Brasil. Por que a Rede BôBO não usa a mesma ênfase para inquirir as autoridades controladoras da regularidade dos aviões? Penso assim, mas não simpatizo nem um pouco com esta Magra para nos governar.

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