Em Veja: Dilma faz campanha em Contagem (MG) e dispara denúncias contra trajetória de Aécio

Publicado em 11/10/2014 17:03
Dilma lança artilharia contra trajetória de Aécio (manchete de veja.com)

Dilma lança artilharia contra trajetória de Aécio

Presidente-candidata diz que adversário fez “mau uso do dinheiro público” na construção de aeroporto e que, ao contrário dele, não foi nomeada para vice-presidência da Caixa Econômica aos 25 anos

Felipe Frazão, de Contagem (MG)
A presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, em Contagem, Minas Gerais

A presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, em Contagem, Minas Gerais (Felipe Frazão/VEJA.com)

Na semana em que o candidato do PSDB à Presidência da Republica, Aécio Neves, apareceu pela primeira vez em vantagem numéroca nas pesquisas de intenção de voto, a presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) fez críticas em série à história do adversário e aos doze anos de gestão do PSDB em Minas Gerais. Segundo o Datafolha, Dilma e Aécio ficaram em empate técnico, com o tucano à frente: 51% contra 49% da petista.

Dilma lançou a artilharia petista contra Aécio insinuando que o tucano beneficiou familiares ao reformar um aeroporto em um terreno que foi desapropriado de familiares dele em Claudio, cidade do interior de Minas. Vale lembrar, a representação do PT contra o tucano foi arquivada pelo procurador-geral da República, que afirmou que não há provas contra Aécio.

“Eu não faço mau uso do dinheiro público. Eu jamais desapropriei um pedaço da fazenda de algum familiar meu, jamais construí um aeroporto nessa fazenda e jamais peguei a chave desse aeroporto e entreguei para ser gerida por um familiar meu. Não tem essa história de tentar explicar o inexplicável, não é só uma questão de ser legal ou ilegal”, disse Dilma em entrevista a jornalistas. Ela repetiu o discurso no palanque a militantes.

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Contra as críticas de Aécio sobre o aparelhamento do governo com indicados pelos aliados da base governista no Congresso, Dilma voltou a dizer que o PSDB instalou na direção da Polícia Federal um filiado tucano no fim do governo Fernando Henrique Cardoso, Agílio Monteiro Filho. Ela também afirmou que Aécio ocupou cargo na Caixa Econômica por influência política do avô, Tancredo Neves. Aécio foi diretor de Loterias na estatal.

“O candidato adversário fala sempre em aparelhamento da máquina. Não há maior aparelhamento da máquina do que colocar na direção geral da Polícia Federal um filiado a partido político”, criticou. “Eu nunca virei vice-presidente da Caixa Econômica Federal aos 25 anos de idade. Todos os cargos que tive foram por meus méritos e não por indicação de ninguém.” 

A presidente também afirmou que os sucessivos governos do PSDB em Minas Gerais não investiram em Saúde. “Uma coisa me chama atenção. Minas Gerais tem uma cobertura baixíssima do Samu, 28% apenas. Isso não é usual no Brasil. Me deixa estarrecida. O Estado deixou os municípios sem parceria”. Dilma também citou que o Tribunal de Contas de Minas Gerais fez um termo de ajustamento de gestão para que o Estado invista 12% de seu orçamento em Saúde. “No período do ex-governador Aécio Neves e do último governador [Antonio Anastasia, também do PSDB] eles não cumpriram com o mínimo constitucional e segundo o Tribunal de Contas há um déficit não investido de 7,8 bilhões de reais. É impressionante este fato. Então qual é a credibilidade do meu adversário para dizer que vai investir em Saúde se quando pode não fez.”

Campanha — Neste sábado, Dilma marcou um ato político na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde ele se saiu melhor nas urnas no primeiro turno. Apesar de ter liderado a votação no Estado com 43,4% dos votos contra 39,7% do tucano, Dilma ficou atrás de Aécio na Grande BH, onde o oposicionista reverteu o placar: 47% contra 31% da petista. Minas concentra 15,2 milhões de eleitores, o segundo maior colégio eleitoral do país com de 10,6% do eleitorado nacional.

Dilma promoveu uma reunião com militantes e cabos eleitorais em hotel e antes circulou em carro aberto no comercio de Contagem, na Região Metropolitana de Minas Gerais. Na cidade, ela perdeu por seis pontos porcentuais (39% a 33%) de Aécio, embora o petista Fernando Pimentel, governador eleito, tenha derrotado com folga o tucano Pimenta da Veiga por 59,9% a 32,5%. Pimentel acusou a oposição de fazer uma campanha “sórdida, venenosa e fétida”.

No palanque da presidente, surgiu uma bandeira do PSB, empunhada por militantes dissidentes. O partido declarou apoio a Aécio no segundo turno e ocupa cargos no governo mineiro. Segundo os petistas presentes, além dos pessebistas, militantes da Rede, do PMDB, do PRTB e do PPL também manifestaram apoio a Dilma.

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Fonte:
veja.com

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