Aécio vence no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Dilma dispara no Nordeste

Publicado em 16/10/2014 04:51 e atualizado em 16/10/2014 11:18
Conforme os dados do instituto Datafolha, o apoio de Marina Silva pode estar mais atrapalhando do que ajudando Aécio.

Uma semana de propaganda eleitoral de segundo turno na TV. Prolongamento da repercussão das denúncias de corrupção na Petrobras. Declarações de Marina Silva (PSB) e Renata Campos, viúva do presidenciável Eduardo Campos, em apoio ao senador Aécio Neves (PSDB). Nada disso foi suficiente para provocar alteração na etapa final da corrida pela Presidência da República.

A menos de duas semanas da decisão, a disputa continua extremamente acirrada, mostra pesquisa Datafolha feita na terça-feira (14) e na quarta-feira (15).

O senador Aécio Neves (PSDB) tem 51% dos votos válidos e a presidente Dilma Rousseff (PT) alcança 49%. Um empate técnico com exatamente os mesmos percentuais da primeira pesquisa Datafolha do segundo turno, nos dias 8 e 9 deste mês.

Nos dois casos, a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. Pesquisa divulgada pelo Ibope apontou o mesmo resultado.

Em votos totais, Aécio tem 45%; Dilma, 43%. Na rodada anterior, cada um dos dois tinha um ponto a mais. Os eleitores dispostos a votar nulo ou em branco oscilaram de 4% para 6%. Os indecisos continuam sendo 6%.

Sempre com 50% ou mais dos votos totais, Aécio vence Dilma nas regiões Sudeste, Sul e Centro-oeste. Também por larga vantagem, a petista derrota o tucano no Nordeste e no Norte.

O instituto investigou o grau de convicção dos eleitores. O equilíbrio também é notável: 42% declaram a intenção de votar em Aécio "com certeza", exatamente o mesmo valor para Dilma.

Há, porém, um sensível aumento da rejeição a Aécio. Eram 34% os que não votavam nele "de jeito nenhum". Agora são 38%. Com Dilma, a oscilação foi de 43% para 42%.

Além disso, os que afirmam que "talvez" votem no tucano variou de 22% para 18%, reduzindo seu potencial de avanço. Com Dilma, a variação foi de 14% para 15%.

Um dado que chama a atenção na pesquisa é a rápida diminuição da influência do apoio de Marina, que declarou voto em Aécio. O instituto sugere que a pessebista pode estar mais atrapalhando do que ajudando.

Na semana passada, 13% dos eleitores respondiam que o apoio de Marina os faria "não votar" no nome indicado. Essa taxa subiu para 23%.

A influência positiva de Marina variou quatro pontos para cima. Mas, mesmo assim, agora é numericamente menor que a negativa. Antes, 16% diziam que o apoio dela "poderia" levá-los a votar no indicado. Agora são 20%. Para 53% dos eleitores, o apoio de Marina é indiferente.

O ex-presidente Lula continua sendo um personagem com forte influência positiva: 37% dizem que poderiam votar em alguém indicado por ele. Outros 21% não votariam. E 39% são indiferentes.

Já o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afasta mais votos do que atrai: 28% não votariam em alguém indicado por ele, 16% poderiam votar, 50% são indiferentes. O Datafolha ouviu 9.081 eleitores.

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Fonte:
Folha de S. Paulo

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