MPF apura responsabilidade do Ministério do ½ Ambiente em incêndio na Terra Indígena Tadarimana

Publicado em 20/10/2017 13:53
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O Ministério Público Federal em Mato Grosso (MPF/MT) instaurou inquérito civil público para verificar as causas do incêndio que atingiu a Terra Indígena (TI) Tadarimana, na região de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. Estima-se que as chamas tiveram início em 29 de agosto. O incêndio atingiu grandes proporções e durou por dez dias. O Ministério Público Estadual (MPE) está atuando em conjunto com o MPF.

O fogo destruiu a vegetação local, matou animais e gerou diversos problemas de saúde aos indígenas. Devido à proximidade da terra indígena com a cidade de Rondonópolis e por questões geográficas, a fumaça ocasionada pelo incêndio – somada a outros focos de queimadas urbanas e rurais – ficou estacionada sobre a cidade, e também causou prejuízos à saúde da população.

Em reunião realizada com representantes dos Ministérios Públicos, Corpo de Bombeiros e da Fundação Nacional do Índio (Funai), foi esclarecido que as causas do incêndio dependem de perícia e que a situação da terra indígena agravou-se em razão da mata fechada. Outro ponto levantado é que a situação poderia ter sido minimizada se houvesse um plano preventivo de combate ao fogo.

O Corpo de Bombeiros esclareceu ainda que recebeu importante apoio da Funai e dos indígenas, porém a falta de equipamentos e estrutura adequada impediu um controle mais efetivo do incêndio. “O uso de tecnologias como um drone e um melhor treinamento dos indígenas, com fornecimento de equipamentos adequados, poderia ter ajudado no controle mais rápido dos focos de incêndio”, afirmou o representante do Corpo de Bombeiros.


Circunstância - Relatório produzido pelo Laboratório de Tecnologia e Gestão Ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Rondonópolis e encaminhado pelo MPE, concluiu que “considerando uma relativa estabilidade climática do período, infere-se que o período crítico de qualidade do ar seja resultado das grandes proporções do que os episódios de incêndio tenham adquirido” bem como, que “a qualidade do ar neste período permaneceu inadequada com concentrações acima do recomendado pelas organizações internacionais, gerando agravos à saúde da população humana exposta”.

Dessa forma, o MPF solicitou ao Corpo de Bombeiros a realização de perícia para determinar as causas e autoria do incêndio ocorrido na Terra Indígena Tadarimana, bem como a elaboração de plano preventivo de combate a incêndio acompanhado da relação e cotação de materiais, e relação de equipamentos úteis e necessários às atividades.

A Funai deve informar se houve resposta quanto à destinação de recursos pelo Ministério do Meio Ambiente para treinamento e manutenção de grupamento de brigadistas indígenas. Também deve encaminhar relatório dos equipamentos à disposição da Funai e dos indígenas da TI Tadarimana que podem ser utilizados na prevenção e combate a incêndio, acompanhado de orçamento caso necessite de reparos.

Por que não queimaram?: Três são detidos e retroescavadeira é apreendida após flagrante de desmatamento de Mata Atlântica no Rio de Janeiro

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Retirada de vegetação nativa e fogo na região de Mata Atlântica foram constatados por agentes da Unidade de Policiamento Ambiental (Upam) na terça-feira (17). Maquinário apreendido não foi queimado como o Ibama faz na Amazônia. Por que?

Três homens de 24, 27 e 40 anos foram detidos na tarde desta terça-feira (17) e uma retroescavadeira apreendida após um flagrante de desmatamento em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio.
 

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Durante a operação, três foram detidos e uma retroescavadeira apreendida pelos policiais (Foto: UPAM | Divulgação)

Segundo os policiais da Unidade de Policiamento Ambiental (Upam), a ação ocorreu no bairro Conquista, em uma área de 30 mil metros quadrados, que fica na zona de amortecimento - a um raio de 10 km do Parque Estadual dos Três Picos.

De acordo com a Upam, houve supressão da vegetação nativa do local e os suspeitos também colocaram fogo na região de Mata Atlântica para fazer a limpeza do terreno.

Os policiais disseram que os homens pretendiam fazer uma lavoura na área desmatada.

Veja também: Fogo contra fogo: Entenda porque os carros do Ibama foram queimados no Pará

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