IPCA tem alta mais fraca para outubro em 21 anos e vai abaixo do piso da meta em 12 meses

Publicado em 07/11/2019 09:53

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Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) - Os preços no Brasil voltaram a subir em outubro conforme esperado, mas ainda assim registraram o menor patamar para o mês em 21 anos, e a inflação oficial em 12 meses foi abaixo do piso da meta.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,10% em outubro, depois de variação negativa de 0,04% em setembro, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse foi o resultado mais baixo para um mês de outubro desde 1998 (+0,02%) e ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,09% no mês.

Em 12 meses, o IPCA passou a registrar avanço de 2,54%, abaixo de 2,89% até setembro. Com isso a inflação vai abaixo do piso da meta oficial para 2019, de 4,25% pelo IPCA com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

É o menor resultado nessa base de comparação em dois anos, repetindo a taxa de 2,54% vista em setembro de 2017, e também ficou em linha com a expectativa na pesquisa de alta de 2,52%.

A inflação fraca permanece respaldando a decisão do BC de adotar afrouxamento da política monetária. A autoridade monetária cortou a taxa básica de juros Selic em 0,5 ponto percentual em outubro, a 5% ao ano, e indicou com clareza que deverá repetir a dose em sua próxima decisão.

Para além disso, entretanto, a postura é de cautela em relação aos fatores que podem pressionar a inflação para cima diante da falta de comparativos históricos sobre as reações observadas num ambiente de Selic tão baixa.

Os dados do IBGE mostram que os principais pesos foram exercidos pelas altas de Vestuário (0,63%), Saúde e cuidados pessoais (0,40%) e Transportes (0,45%).

Já Alimentação e bebidas, com importante peso no bolso dos brasileiros, deixou para trás a queda de 0,43% em outubro e passou a subir 0,05%.

Por outro lado, três grupos registraram queda nos preços, com destaque para o recuo de 0,61% em Habitação, devido principalmente ao item energia elétrica (-3,22%).

Também apresentaram deflação Artigos de Residência e Comunicação, respectivamente de 0,09% e 0,01%.

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Fonte:
Reuters

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