Hora de romper fronteiras

Publicado em 13/05/2010 10:50

Mirar nos mercados da Ásia e da África, atentar para novos hábitos de consumo, agregar valor aos produtos, aplicar os conceitos de sustentabilidade e desenvolver uma “marca Brasil”. Esses foram alguns dos caminhos apontados ontem para a avicultura e a suinocultura durante a AveSui América Latina 2010, que ocorre até amanhã, no CentroSul, em Florianópolis.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

O cenário é dos mais favoráveis para o Brasil. Os palestrantes que participaram do painel conjuntural de mercado de aves e suínos foram unânimes em destacar a próxima década como pródiga para a economia brasileira. O ex-ministro e co-presidente da BRFoods, Luiz Fernando Furlan, defendeu o surgimento de empresas de grande porte para competir no mercado mundial. A companhia que ele dirige é a segunda do mundo no setor de alimentos, e perde para outra brasileira, a JBS.

"O poder de um país não é mais a bomba atômica, mas o soft power, dar o tom do consumo, da moda, da arte, dos produtos e das marcas. Há um espaço vazio no mundo para o Brasil colocar a sua marca como economia verde, sustentável", destacou.

A realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas no país, a descoberta do pré-sal e o potencial do etanol oferecem uma oportunidade inédita ao Brasil de melhorar sua imagem no mercado externo, como analisou Marcos Gouvêa, diretor da GS&MD, empresa de consultoria em varejo.

A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) esperada para este ano é mais alta em países populosos, como China (9,4%), Índia (8,5%) e Brasil (6%). O economista Ricardo Amorim traduziu essa previsão em uma enorme demanda por alimentos.

"A demanda que mais cresce no mundo são as commodities e o Brasil alimenta o mundo com carne bovina, aves, suínos e soja. O País vai crescer como não ocorria há 20 anos", avaliou Amorim.

Até o palestrante do Canadá, país que disputa com o Brasil mercados para a carne suína, elogiou a produção brasileira. Jim Long, presidente da empresa de genética suína Genesus, disse que a grande área territorial disponível com alta produtividade de grãos, com custo competitivo, tem potencial para crescer.

Apesar de o Brasil ter imagem de um país com problemas sanitários, transporte ruim e pouco crédito (se comparado com outros mercados), Jim Long defendeu que os suinocultores brasileiros têm excelente técnica e produtividade.

 

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Fonte:
Diário Catarinense

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