Produção de morango em São Paulo segue em bom ritmo

Publicado em 21/05/2010 14:29
No ano passado, a safra foi de cerca de cinco milhões de caixas da fruta.

A produção de morango em curso na região de Atibaia, Jarinu e Monte Alegre do Sul, desenvolvida principalmente por agricultores familiares, segue em bom ritmo. Cerca de 200 produtores da região são responsáveis, no Estado de São Paulo, pelo cultivo de praticamente a metade do morango destinado ao mercado paulista; no ano passado, a safra foi de cerca de cinco milhões de caixas da fruta.


Devido à sazonalidade natural da produção, com grande concentração de oferta no segundo semestre, os produtores devem ser cautelosos quanto aos custos, especialmente na contratação da mão-de-obra. “A organização da propriedade, tanto para a compra de insumos como para a comercialização, é fundamental para assegurar a rentabilidade”, esclarece o agrônomo José Braga Semis, chefe da Casa da Agricultura de Jarinu, município responsável pela oferta de mudas para grande parte dos agricultores estaduais.


Nas propriedades da região, a produção deve chegar a sete milhões de pés plantados, com uma produtividade média de 500g/pé. “Caso as condições de tempo continuem favoráveis, com frio e pouca chuva, teremos uma safra sem grandes surpresas ou problemas”, prevê o agricultor Osvaldo Maziero, titular do Sítio São João, em Atibaia.


Para esta safra, Osvaldo plantou 300 mil pés em cinco hectares, totalmente irrigado por gotejamento. A previsão de começar a colheita é no início de junho - aproximadamente 70 dias após o plantio. “A cultivar Oso Grande é a mais plantada, pois é precoce e tem melhor aceitação no mercado consumidor”, explica. Os grandes compradores estão localizados em São Paulo (Ceasa,  Ceagesp e Mercado Central). Em 2009, o morango cultivado na propriedade de Osvaldo Maziero foi entregue ao preço médio de R$ 10 a caixa.


Através da Associação de Produtores de Morango e Hortifrutigranjeiros de Atibaia, Jarinu e Região, o produtor integra o Sistema de Produção Integrada de Morango, desenvolvido pela Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP). “A produção integrada busca a alta qualidade a partir da implantação das Boas Práticas Agrícolas, que inclui métodos ecológicos e o uso correto de agroquímicos. O projeto pretende também criar um selo de qualidade para permitir o acesso aos mercados internacionais”, comenta Osvaldo.


Entretanto, um dos problemas que ainda afetam os produtores está relacionado às doenças. Basicamente, não existem produtos registrados especificamente para a cultura e o uso de agrotóxicos por área é intenso. “O morango não possui estudos suficientes para determinar a quantidade de resíduos que pode haver no produto sem causar problemas de contaminação ao consumidor final. Por isso, toda a cadeia produtiva é penalizada”, salienta José Braga.

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Fonte:
Campo News

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