China se desacelera no 3º tri e tem maior inflação em 23 meses

Publicado em 22/10/2010 07:55
PIB cresce 9,6% sobre o mesmo período de 2009, ante 10,3% no 2º tri

A China, principal parceiro comercial do Brasil, anunciou leve desaceleração do crescimento econômico no terceiro trimestre do ano. Os números oficiais registraram crescimento de 9,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, ante 10,3% no trimestre anterior.
A pequena queda no ritmo de crescimento, antecipada por analistas, veio acompanhada de aumento da pressão inflacionária. O índice de preços ao consumidor dos últimos 12 meses até setembro chegou a 3,6%, o maior em 23 meses e acima da meta oficial de 3% para este ano.
Nesta semana, a China surpreendeu ao elevar as taxas de juros em 0,25 ponto percentual. Foi o primeiro aumento desde dezembro de 2007. A medida foi interpretada como uma tentativa de coibir a pressão inflacionária e a especulação imobiliária.
"Os riscos macroeconômicos ligados ao excesso de liquidez, à inflação, a bolhas de ativos e a um crescimento cíclico de maus empréstimos bancários estão crescendo significativamente", disse o presidente do banco central chinês, Zhou Xiaochuan.
Segundo Tatiana Rosito, conselheira econômico-comercial da Embaixada do Brasil em Pequim, a redução moderada do ritmo "é fundamental para permitir que o país faça ajustes necessários em sua economia, em direção a maior consumo doméstico e menor peso relativo dos investimentos e das exportações, o que também contribui para o rebalanceamento da economia global".
Na análise do banco HSBC, tanto o crescimento do PIB quanto a inflação estão dentro do esperado, portanto não há motivo para preocupação.
"O crescimento provavelmente se estabilizará em torno de 9% nos próximos trimestres, enquanto o alto índice de preço ao consumidor se esgotará em breve."

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Fonte:
Folha de S. Paulo

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