Acrimat pede volta do Protocolo ICMS 51
O beneficio foi suspenso em junho deste ano e a Acrimat ressalta no documento entregue ao poder público estadual, que “a região de Rondolândia sofre com inúmeros problemas de viabilidade, principalmente em relação as perdas por conta de sua logística baste distante das indústrias frigoríficas de Mato Grosso e pelas péssimas condições de trafegabilidade”.
O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, acredita que o governo do estado vai se sensibilizar com a situação dos produtores de Rondolândia “por eles (produtores) não terem alternativa de abater seu gado, que hoje possuem um rebanho de 300 mil cabeças”. Ele explica que o frigorífico de Mato Grosso mais próximo fica a 850 quilômetros do Rondolândia, no município de Pontes e Lacerda ou em Aripuanã, que para chegar até lá, o gado tem que passar por Rondônia, pois as estradas não dão acesso por Mato Grosso. “Hoje o gado produzido em Rondolândia não tem competitividade”, destaca.
O produtor rural com propriedade em Rondolândia, Edson Keller, disse que vive “numa comunidade isolada, com estradas que não nos leva a lugar nenhum dentro de Mato Grosso”. Ele explica que “sem o diferimento do imposto perdemos duas vezes quando levamos nosso boi para ser abatido em Ji-paraná, que fica a pouco mais de 100 quilômetros da maioria das propriedades de Rondolândia, pois além do importo de 7% que temos que pagar, a arroba do boi gordo está de 5% a 6% mais baixa que de Mato Grosso”. Keller ressalta que é um produtor atuante na região e conta com a manutenção do Protocolo que foi criado na gestão do então governador Dante de Oliveira e frisa que “contamos que o governador Silval Barbosa olhe para essa região que necessita, com urgência, de investimentos na área de infraestrutura, pois hoje dependemos de Rondônia para tudo”.