Consumo de arroz e de feijão sai do lar e vai para empresas e restaurantes

Publicado em 21/12/2010 08:47
por Mauro Zafallon
Os dados do IBGE inicialmente assustaram parte dos produtores de arroz e de feijão. Afinal, quedas de consumo de 40% e de 26%, respectivamente, no período de 2003 a 2009, colocariam em risco qualquer atividade.
Uma análise mais apurada indicou que o IBGE se referia apenas à aquisição de produtos para o consumo no lar.
Se o consumo de feijão no lar cai, o mesmo não ocorre fora de casa, na avaliação do próprio IBGE.
Edilson Nascimento da Silva, gerente da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), diz que o consumo fora do lar vem crescendo constantemente e acumula evolução de 7% de 2003 a 2009.
Como está realmente o consumo de arroz e de feijão só será possível saber em julho do próximo ano, quando o IBGE divulgará os dados da POF que indicam o consumo efetivo pessoal.
Aí o instituto poderá cruzar os dados de consumo dentro e fora do domicílio. "É uma pesquisa com metodologia inédita", diz Silva.
Os consumidores informam, por dois dias -não na sequência- tudo que consomem. Os dados mostraram o quê e quanto foi consumido.
Gilberto Amato, do Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz), diz que pode estar havendo recuo no consumo per capita, mas que o volume total cresce devido ao aumento da população. Ele acredita também que há transferência do consumo do domicílio para os restaurantes.
Para Vlamir Brandalizze, da consultoria Brandalizze, "há uma mudança de perfil, com o arroz mudando apenas de destino".
Ele acredita em uma estabilidade de consumo, já que restaurantes de indústrias passaram a ser os canais de distribuição desses itens.

LeiteO Brasil continua sendo o principal mercado para o leite argentino. Até novembro, as vendas do país vizinho para os brasileiros somaram 29 mil toneladas. O volume caiu 25% sobre o de janeiro-novembro de 2009, mas o valor subiu para US$ 99 milhões, com alta de 14%.

Queijoo Brasil lidera também as importações de queijos. Segundo a Senasa, os argentinos venderam 9.799 toneladas do produto até novembro, 28% mais do que em igual período anterior. Em valores, as importações brasileiras subiram para US$ 40,5 milhões no período, 58% mais.

CaféA saca do produto arábica está a caminho dos R$ 400. Ontem, o Cepea registrou R$ 399 pelo arábica para pagamento à vista. A esse valor, o café atinge US$ 237, segundo o órgão.

ChicagoA soja voltou a superar US$ 13 por bushel no primeiro contrato. Com alta de 9,5% nos últimos 30 dias, a oleaginosa acumula 30% nos últimos 12 meses.

Exportação de carne fresca dos argentinos recua 60% 

As exportações argentinas de carne bovina fresca deverão recuar para o menor patamar em oito anos. Até novembro, o país colocou apenas 133 mil toneladas no mercado externo. O volume total de 2010 provavelmente não chegará a 145 mil toneladas.
Já as receitas, devido à elevação média de 45% no valor da tonelada da carne fresca no período, recuaram apenas 43%, para US$ 690 milhões.
Os dados são da Senasa, que indica que os russos foram os principais importadores. Até novembro, compraram 35 mil toneladas, no valor de US$ 117 milhões.
O Brasil foi o sétimo maior importador, comprando 6.913 toneladas, no valor de US$ 60 milhões.
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Fonte:
Folha de S. Paulo

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