Em 30 anos, consumo de lácteos cresce 60%
Os cálculos da Leite Brasil (reúne laticínios do país) para chegar ao consumo de 161 litros levam em conta uma produção nacional de leite de 30,5 bilhões de litros (formal e informal), a importação de 789 milhões equivalente litros de leite em produtos lácteos e a exportação de 213 milhões equivalente litros de leite em 2010. Para este ano, a estimativa da Leite Brasil é que o consumo volte a crescer, para 164 litros per capita.
Rubez afirmou que o aumento da demanda por lácteos se deve principalmente à melhoria da renda do consumidor. "Ninguém do setor fez algo para que o consumo aumentasse", admitiu. O dirigente defende ações "mais fortes" e integradas do setor para explorar os benefícios do leite. Como exemplo, cita o caso da osteoporose. "Está provado que o leite combate a osteoporose", comentou.
Além da melhora na renda, a Leite Brasil destaca que a diversificação na produção de lácteos, o aumento na produção e a melhoria na qualidade da produção primária de leite impulsionaram o avanço. Este ano, mais uma vez a melhoria na renda e o aumento na produção devem estimular o consumo, segundo Rubez. A previsão é de um aumento de 3% na produção de leite no país.
O número de 30,5 bilhões de litros de leite produzidos no país em 2010 considera também a produção informal, estimada em 30% do total. "Quem compra leite informal acha que está comprando produto mais puro, mas não tem ideia do que está consumindo", disse o presidente da Leite Brasil.
Ainda que tenha crescido nos últimos anos, o consumo per capita de lácteos no Brasil está bem abaixo de outros países. o que significa que há espaço para crescimento. Com seus 161 litros per capita, o Brasil está em 65º no ranking da FAO, agência para Agricultura e Alimentação das Nações Unidas (ONU). A Finlândia é a primeira do ranking, com 361 litros per capita.