Máquinas agrícolas ganham prorrogação do PSI

Publicado em 04/03/2011 07:52
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou ontem a prorrogação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). O plano, que terminaria no fim do mês, terá vigência até dezembro de 2011, com orçamento de R$ 75 bilhões.

A medida favorece, entre outros segmentos, as indústrias de máquinas agrícolas. O setor, que registrou recorde de vendas em 2010 com a comercialização de 68,5 mil máquinas - entre tratores e colheitadeiras -, vinculava a repetição do desempenho neste ano exatamente à prorrogação.

A manutenção do programa, no entanto, veio acompanhado da elevação dos juros. Até agora, a taxa subsidiada pelo governo era de 5,5% ao ano para aquisições de máquinas, independentemente do porte do produtor. Pelas novas regras a taxa foi reajustada para 6,5% no caso do pequeno e médio agricultor e para 8,7% para os grandes.

"A taxa de 8,7% ficou um pouco acima do que esperávamos, que era algo ao redor de 7,5%. De qualquer forma a prorrogação do programa atende o que vinha sendo pedido pelo setor", afirma Milton Rego, vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A preocupação agora é com a adaptação dos bancos às novas regras, o que pode atrapalhar as vendas de março, visto que não estavam sendo emitidos novos contratos dentro do PSI desde a semana passada e os ajustes dos bancos pode levar cerca de três semanas.

A medida traz um fôlego para as montadoras, pelo menos no que diz respeito ao mercado interno. Mesmo com os altos preços das commodities, as vendas de janeiro ficaram praticamente estáveis em relação a dezembro do ano passado, porém, caíram 11,9% sobre o mesmo período de 2010. No caso das exportações, os impactos começarão a ser sentidos a partir de agora, já que o governo da Argentina suspendeu as importações de máquinas e componentes.

Com a prorrogação do PSI, a aquisição de partes, componentes e serviços tecnológicos para bens de capital continua sendo facilitada. Além dos setores que já vinham e beneficiando do programa, a reedição estende o benefício para financiamentos de bens de tecnologia da informação e comunicação desenvolvidos no Brasil com tecnologia nacional.

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Fonte:
Valor Econômico

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