Resistência e alta produtividade tornam canola mais rentável

Publicado em 09/05/2011 07:44
O empresário Geovane Teixeira, proprietário da distribuidora de sementes e insumos AG Teixeira Agrícola, também especializada em assistência técnica, enfatiza que a elevação do preço do produto no mercado e o baixo custo de produção tornam a canola opção mais viável do inverno. O custo reduzido da oleaginosa, segundo ele, se dá porque a cultura não depende de tantos cuidados - como o trigo por exemplo - não depende de alta inserção de insumos e é mais resistente a geadas.

Teixeira diz que a substituição de milho e trigo por canola está cada vez mais vantajosa. Segundo ele, a demanda pelo óleo e o farelo, usado principalmente para a produção de ração animal, tem aumentado muito no Brasil. ''Nos últimos 5 anos, a área de plantio de canola tem crescido por volta de 30% ao ano para suprir a demanda.'' O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) já estuda fomentar a produção de canola na agricultura familiar para dar conta do mercado'', destaca o empresário.

O pesquisador da Embrapa Trigo, Gilberto Omar Ton, completa que além do grão ter um bom mercado, o óleo de canola possui uma infinidade de substâncias que beneficia a saúde das pessoas que as consomem, por ter um baixo índice de gordura saturada. Porém, o pesquisador lamenta que o brasileiro consuma menos de 1% de óleo de canola em relação aos outros óleos vegetais. Uma das explicações que ele dá é o valor 30% maior do produto em relação ao óleo de soja, por exemplo. Mesmo assim, acredita que haverá um crescimento gradativo no consumo desses óleos devido à busca do brasileiro por uma alimentação mais saudável.

Outra possibilidade para a oleaginosa é a transformação em biocombustível. Na Europa, por exemplo, além de ser forte no mercado alimentício, o óleo também é usado na produção de biodiesel. No Brasil, segundo Geovane Teixeira da AG Teixeira, isso ainda não acontece, já que a maior parte da produção nacional é voltada para a produção de alimentos.

Teixeira diz que o processo para a implantação de um sistema de produção de biodiesel por meio do óleo de canola se dará no País gradativamente, pois ainda é muito cedo para iniciá-lo, já que até pouco tempo o País importava o mesmo óleo da Europa. Hoje, segundo Teixeira, o Brasil já é autossuficiente em produção de óleo de canola para suprir o mercado alimentício. Ele reforça que a recém criada Associação Paranaense de Produtores de Canola (APR), presidida por ele, terá em um dos seus desafios fomentar a produção de biodiesel e expandir - ainda mais - o setor no Paraná.

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Fonte:
Folha de Londrina

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