América Latina na "lanterna" em patentes

Publicado em 07/06/2011 08:06
Os países latino-americanos têm participação "muito baixa" nos pedidos de patentes relacionadas à inovação na cadeia produtiva dos biocombustíveis, segundo estudo recente da Cepal, o braço na ONU para estudos econômicos da América Latina e do Caribe. Apesar de destacar-se na produção de etanol e de biodiesel, a região vê uma "ampliação da brecha tecnológica" com os países ricos que é "especialmente preocupante", afirma a Cepal. Japão, Estados Unidos e China lideraram o registro de inovações científicas feitas no segmento, nos últimos cinco anos.

Mesmo com o pioneirismo do Proálcool, na década de 1970, todas as patentes registradas pelo Brasil na área de etanol, entre 2006 e 2010, ficam abaixo (10) dos registros realizados apenas pela Universidade da Flórida (16) ou pela empresa chinesa de alimentos Cofco (14). A China lidera o número de registros no período (230).

No que se refere ao biodiesel, o Brasil aparece em sexto lugar na lista de países com descobertas científicas - atrás de China, Estados Unidos, Japão, Alemanha e Coreia. Nenhum outro latino-americano está na lista dos 20 países com mais patentes.

A alta participação dos chineses pode ser explicada pelo "decidido apoio estatal ao desenvolvimento de energias renováveis, com o objetivo de gerar um mercado tecnológico de exportação e de diminuir a dependência energética", avalia a Cepal.

Os autores do estudo frisam que a diferença que existe no volume de patentes solicitadas e registradas entre América Latina e países industrializados, na área de etanol e biodiesel, não destoa da brecha existente nos demais segmentos. No entanto, os pesquisadores Sofía Boza e Alberto Saucedo dizem que "essa tendência nos permite ter uma ideia da dificuldade da região para situar-se na vanguarda tecnológica do setor de biocombustíveis". Depois da soja e da cana-de-açúcar, os maiores alvos de investigação científica são a canola, a mamona e a mandioca.

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Fonte:
Valor Econômico

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