Possível rebaixamento da Itália pesa sobre as bolsas

Publicado em 05/09/2011 12:06 e atualizado em 05/09/2011 19:20
Por Álvaro Campos, de O Estado de S. Paulo
Analistas acreditam que a nota (rating) soberana da Itália deve ser rebaixada em breve. Hoje, o banco Société Générale afirmou que as três principais agências de classificação de risco (Moody's, Standard & Poor's e Fitch) devem cortar o rating do país. Os principais motivos seriam as fracas previsões macroeconômicas e para o orçamento, além de incertezas sobre a capacidade da Itália de conseguir financiamento no mercado.

Operadores afirmam que o pessimismo em relação à Itália é um dos fatores que está derrubando os mercados de ações na Europa hoje. Um outro fator é a afirmação do ministro da Indústria italiano, Paolo Romani, que disse que o plano de austeridade do país é "duro o bastante". A declaração foi recebida com escárnio pelos mercados. Às 11h37 (de Brasília), a Bolsa de Milão recuava 4,68%. Paris cedia 4,51%, Londres recuava 3,32% e Frankfurt perdia 5,21%.

O Société Générale lembra que a Moody's colocou o rating Aa2 da Itália em revisão para possível rebaixamento em 17 de junho, a S&P alterou sua perspectiva para o rating A+ para negativa em 20 de maio e a Fitch mantém seu rating AA com perspectiva estável. "Assim, rebaixamentos por todas as três principais agências parecem prováveis, dados os recentes desdobramentos", comenta o banco.

Quem partilha dessa visão é o Rabobank. "Tomando como referencial as revisões das agências para os ratings de todos os países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) desde 2000, a Itália tinha uma chance de 94% de ser rebaixada na última semana de agosto", afirmou o banco, acrescentando que os ratings "já parecem estar com os dias contados". As informações são da Dow Jones.

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veja.com.br

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