Incentivo à cultura do algodão é bom para o Brasil
O Brasil anunciou o adiamento para o dia 22 do início da retaliação, o que é uma evolução favorável. Eles adiaram 15 dias, porque chegou por aqui uma missão americana do escritório comercial da Casa Branca, o órgão que cuida do assunto, com três propostas e o pedido de adiamento por 60 dias. O Brasil foi esperto e disse que ia ver se eles iam implantar as três ideias para depois pensar em adiar por mais tempo.
E as três propostas são boas. A primeira é criar um fundo de US$ 147 milhões para financiar e subsidiar o desenvolvimento de tecnologias da cultura do algodão. Estava uma coisa engraçada. A retaliação brasileira atingia uma série de produtos, mas o pessoal do algodão que foi prejudicado não estava ganhando nada. Agora, esse fundo vai investir no aperfeiçoamento da cultura no Brasil. Se fala também em desenvolver tecnologias que depois seriam ensinadas a países africanos.
Outra coisa é a suspensão das garantias de exportação dadas aos produtores de algodão dos Estados Unidos, o que é muito bom, porque são eles que competem com a indústria local de forma desleal. E o terceiro é considerar Santa Catarina como uma região livre de febre aftosa, sem vacinação. Esse é o melhor status e significa que pode exportar para qualquer mercado.
A solução negociada é o melhor cenário, porque, com a retaliação, subiriam tarifas e nós, consumidores, pagaríamos o preço. Agora, se desenvolver mais a cultura do algodão e se eles começarem a tirar alguns desses benefícios excessivos é melhor do que iniciar a retaliação e um processo tenso de guerra comercial.
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