O QUE ESTÁ EM JOGO HOJE – O BRASIL QUE PUNE QUEM PUBLICA A VERDADE E FORÇA, POR DECISÃO JUDICIAL, A PUBLICAÇÃO DE UMA MENTIRA PR

Publicado em 26/10/2014 16:46 e atualizado em 27/10/2014 08:52
por Reinaldo Azevedo, de veja.com

O QUE ESTÁ EM JOGO HOJE – O BRASIL QUE PUNE QUEM PUBLICA A VERDADE E FORÇA, POR DECISÃO JUDICIAL, A PUBLICAÇÃO DE UMA MENTIRA PRECISA ACABAR!

Vejam estas duas fotos, que me foram enviadas por amigos.

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É mesmo do balacobaco! Admar Gonzaga, ministro do TSE, advogado da campanha de Dilma Rousseff em 2010, concedeu direito de resposta ao PT na VEJA.com. A revista emitiu, em área distinta, como pede a lei, uma nota a respeito da decisão. Sim, decisão judicial tem de ser cumprida. Mas só nas ditaduras ela não pode ser debatida. E é claro que vou debater. Até porque o texto enviado pelo PT a título de “direito de resposta” contém uma mentira flagrante. Então ficamos assim: uma revista é punida por publicar a verdade, a saber: Alberto Youssef afirmou em depoimento à PF que Dilma Rousseff e Lula sabiam das lambanças na Petrobras. É a verdade! O doleiro disse isso. Se a dupla sabia ou não, eis matéria que tem de ser investigada. O PT, no entanto, recorreu ao TSE para que a VEJA fosse impedida de fazer publicidade de sua capa — praxe em todas as edições — e para que publicasse o tal direito de resposta. 

O texto do PT diz repudiar setores que “tentam influenciar o processo eleitoral por meio de denúncias vazias, que não encontram qualquer respaldo na realidade, em desfavor do PT e de sua candidata.” Uma ova! Se Youssef está mentindo, ele arcará com as consequências. A revista só publicou a verdade: o que ele afirmou em seu depoimento. O texto do partido diz ainda que“o próprio advogado do investigado, Antônio Figueiredo Basto, rechaça a veracidade desse relato.” Mentira! VEJA o entrevistou. Ele apenas se negou a confirmar o conteúdo da delação de seu cliente porque a investigação está sob sigilo, conforme deixou claro em entrevista à VEJA.com.

A decisão de Admar Gonzaga é especialmente grave porque tomada um dia depois de vândalos disfarçados de militantes políticos terem promovido uma arruaça em frente à editora Abril, ameaçando invadi-la, ato que foi rechaçado pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER), a Associação Nacional de Jornais (ANJ), Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraj). Até quando escrevo, desconheço que sindicatos de jornalistas ou a Fenaj (Federação Nacional de Jornalistas) tenham se manifestado. Em casos assim, quem cala consente — ou estimula.

Mas isso ainda não é o mais insólito. Vejam a manchete de ontem da Folha:

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Também o Estadão trazia apuração reafirmando que o doleiro implicara Dilma e Lula no curso do processo de delação premiada.

Curiosamente, o PT não recorreu ao TSE contra a Folha e contra o Estadão, mas o fez contra a VEJA. Nada disso impressionou o ministro Admar Gonzaga, segundo quem, então, entende-se agora, um veículo de comunicação está livre para publicar o que apura desde que isso não fira a sensibilidade de um partido que disputa o poder. Trata-se de uma leitura realmente sui generis da Constituição, que era certamente compreensível naquele advogado que trabalhava para o PT, mas absurda, acho eu, num ministro de tribunal superior.

Em que as informações publicadas por VEJA diferem daquelas publicadas pela Folha e mesmo pelo Estadão — que evidencia um Lula participando de forma ainda mais ativa da tramoia? Lula, Dilma e o PT, que manifestaram a intenção de processar a VEJA, farão o mesmo com os outros veículos ou se trata mesmo de perseguição?

Em duas horas, Admar Gonzaga analisou o pedido da coligação que apoia Dilma para conceder o direito de resposta e deferiu o pedido, redigindo um despacho de impressionantes nove laudas — 13 minutos por página. Ele realmente é rapidinho.

Querem saber de uma coisa? Precisa chegar ao fim o Brasil que pune quem publica uma verdade e premia, por decisão judicial, quem conta uma mentira. Quem sabe seja hoje — antes que as cortes superiores brasileiras se transformem em tribunais de perfil bolivariano.

Quanto à decisão do ministro de proibir a VEJA de fazer publicidade de sua edição, respondo com as imagens que se veem lá no alto. Parece que Admar Gonzaga anda um tanto esquecido do que seja uma sociedade ainda livre e indignada. A censura teve um efeito contrário ao pretendido. Aí é que a capa ganhou as ruas, como um estandarte da educação cívica. Uma das fotos foi feita na Avenida Paulista. A outra retrata o Monumento às Bandeiras, no Ibirapuera, tomado pela indignação, mas não só. Bem lá no alto, observem, brilha a capa de VEJA, como um “pendão da esperança”. A publicidade de maior peso de uma revista, senhor ministro, é a confiança que nela depositam os leitores e, nesse particular, os eleitores.

A censura saiu pela culatra.

Por Reinaldo Azevedo

 

A esquerda foi tão ética na campanha, né? Ou: Da ignorância ousada e sem modéstia

Um colunista da Folha, num raciocínio realmente muito singular e instruído, diz ver uma única vantagem na eventual eleição de Aécio. Ele teme que, caso vença Dilma, em quem ele declara voto, a “direita” (“direita”, gente, são as pessoas más, os lobos maus) vai ficar ainda pior, sabem? Será mais racistas, mais homofóbica, mais demofóbica. Como vocês sabem, a esquerda (os Chapeuzinhos Vermelhos) não são nada disso. Que pena que não existe mais a “Folhinha”…

É verdade. Como a gente viu, no desespero, a candidatura de Aécio chamou Dilma de bêbada, de cheiradora, de lésbica, de mulherenga. Como a gente viu, a campanha de Aécio espalhou propaganda apócrifa por aí depondo contra a sua moralidade pessoal. Como a gente viu, nos debates, em vez de debater números, propostas e saídas para a crise, Aécio preferiu pespegar pechas na adversária.

De fato, essa direita é mesmo o Lobo Mau. É capaz das piores baixarias. Já as esquerdas, não. Formam uma verdadeira academia de sábios, de mulheres e homens honrados, que jamais aderem a baixarias.

Os esquerdistas detêm o monopólio do combate à homofobia, ao racismo e à demofobia. Como a gente sabe, o pensamento liberal jamais teve qualquer compromisso com essas causas. Como a gente sabe, enquanto a União Soviética estimulava os “pogroms” — claro que aquilo não era racismo! —, a direita liberal perseguia judeus na Europa, certo? Foi ou não foi assim que a história se deu?

A droga que mais vicia é a ignorância ousada, que perdeu a modéstia.

Por Reinaldo Azevedo

 

De lavada

Jerusalém: votos pró-Aécio

Jerusalém: votos pró-Aécio

Assim como no primeiro turno (leia mais aqui), Aécio Neves deu uma lavada nas urnas ….emIsrael. Eis o resultado entre os 207 brasileiros que votam em Israel:

Aécio: 187 votos

Dilma: 16

Brancos: 3

Nulo: 1

Por Lauro Jardim

 

Mudança de humor

Mudança de humor em Paris

Mudança de humor em Paris

Em 2010, Dilma Rousseff venceu a eleição nas urnas de Paris.  Agora, de acordo com os brasileiros aptos a votar na França, não deveria ser reeleita. Eis o que disseram as urnas de lá:

Aécio Neves – 1782 votos

Dilma – 1272 votos

Nulos – 92

Brancos – 101

Por Lauro Jardim

 

Com folga

 

O anoitecer em Atenas

O anoitecer em Atenas

Assim como em Israel (leia mais aqui), na Grécia, já saiu o resultado da eleição. E, do mesmo modo, Aécio Neves venceu. Dos 794 brasileiros aptos a votar, 352 teclaram a urna eletrônica. Eis o resultado:

Aécio – 268 votos
Dilma – 71
Brancos- 7
Nulos – 6
Mas o que importa, de verdade, só às 20h, quando o TSE anunciar quem venceu no Brasil.

Por Lauro Jardim

 

Fracasso: Dilma Roussef terminará governo com a saúde econômica do país deteriorada

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O blog Impávido Colosso, de VEJA.COM, publicou um infográfico que atestam o fraco desempenho do governo Dilma Rousseff na condução da economia. Confira o texto completo.

Somos uma maioria silenciosa cansada de patrulha e incompetência. Ou: Viva o Brasil!

coluna de Gustavo Franco hoje está excelente. Uma inspiração para todos nós, eleitores, que muitas vezes nos deixamos intimidar pela patrulha ostensiva do lado de lá. São mais barulhentos, agressivos, violentos até, mas não são maioria. A maioria somos nós, cidadãos ordeiros, trabalhadores, cansados de tanto imposto, incompetência, roubalheira, e autoritarismo. Diz Franco:

Daqui para o final da vida, espero lembrar com serena alegria deste dia de São Evaristo, quando cumprimos com heroísmo uma importante obrigação com o bem-estar de nossos filhos e netos. A cada ano, nesta data, eles vão lhe perguntar sobre seus atos de bravura diante de patrulhas mal-humoradas e irascíveis e você responderá que, sim, eles pareciam em maior número, mais aguerridas e profissionais, e mais bem treinadas em táticas de guerra psicológica, confrontos de rua e nas redes sociais. Que falavam muito, quase sempre insistentes, a um passo da insolência, arrogantemente embrulhados numa falsa superioridade moral autoconferida. Que não ouviam suas palavras, que eram amiúde violentos e mal-educados e que contavam com as poderosas estruturas da máquina governamental, longamente azeitadas para este encontro naquele domingo.

Muitos de nós ficam intimidados pela selvageria dos combates, pois assim é a guerra, nunca foi diferente, não vamos idealizar. Mas é preciso lembrar que nessa guerra as maiorias silenciosas sempre vencem, e por isso mesmo saia de casa pensando que somos poucos (e ingênuos) apenas na aparência. São muitos como você, que não gostam de bravatas e imposições, que votam de forma discreta e independente. Sobretudo, e mais importante que tudo, lembre-se que somos maioria.

Exatamente! Franco, aqui, nos lembra daquele recado que o grande pensador Edmund Burke, no auge da barulheira insuportável dos jacobinos franceses e seus admiradores ingleses, deu aos seus concidadãos, para acalmá-los:

Porque meia-dúzia de gafanhotos sob uma samambaia faz o campo tinir com seu inoportuno zumbido, ao passo que milhares de cabeças de gado repousando à sombra do carvalho inglês ruminam em silêncio, por favor, não vá imaginar que aqueles que fazem barulho são os únicos habitantes do campo; ou que logicamente são maiores em número; ou, ainda, que signifiquem mais do que um pequeno grupo de insetos efêmeros, secos, magros, saltitantes, espalhafatosos e inoportunos. 

E como são inoportunos esses gafanhotos vermelhos! Alguns querem até fechar ou depredar o veículo de imprensa que ousa dar notícias, quando vão contra o governo. São mentirosos, brutos, covardes e só andam em bando. E querem levar no grito, sempre.

Apelam para terrorismo eleitoral o tempo todo. Espalham falácias, criam rótulos para seus adversários, que enxergam como inimigos mortais. E ignoram o passado. Ou melhor: tentam reescrevê-lo o tempo todo, como bons discípulos do duplipensar orwelliano.

Fingem até mesmo que o Plano Real, programa tucano, não foi o melhor programa social que o Brasil já teve, estabilizando a moeda e acabando com o mais perverso imposto que existe, o inflacionário. Acusam os “neoliberais” de desejarem prejudicar os pobres, mas é sua própria política inflacionária que pune aqueles mais humildes. E, como Franco resgata da história, são esses os mesmos que, naquela época, acusavam o Plano Real de “neoliberal” também:

Sobre o real, o ministro Mantega disse que “essa estratégia neoliberal de controle da inflação, além de ser burra e ineficiente, é socialmente perversa”. Segundo Mercadante, “o PT não aderiu ao plano por profundas discordâncias com a concepção neoliberal que o inspira”. Para Conceição Tavares, “o Plano Real foi feito para os que têm a riqueza do País, especialmente o sistema financeiro”. Para o “diplomata” Marco Aurélio Garcia, o Plano Real era como um “relógio Rolex desses que se compra no Paraguai e têm corda para um dia só”.

Hoje é dia de defender o Brasil, nossa moeda, nossa democracia, nossa liberdade. É um dia histórico, sem dúvida. Que cada um possa olhar para trás no futuro e lembrar com satisfação e a sensação de dever cumprido: ajudou de alguma forma a preservar nossa democracia e impedir o avanço daqueles que, como cupins, vêm corroendo toda a estrutura de nossa fragilizada República.

Rodrigo Constantino

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Fonte:
Blog Reinaldo Azevedo (VEJA)

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1 comentário

  • adelson jose pereira Paracatu - MG

    A MAL QUE VEM PRO BEM DILMA CONSTRUIO A BOMBA DEIXE ESTOURAR NA MÃO DELA EU VOTEI EM AECIO E NAO ME ARREPENDO

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