As faxineiras oprimidas e desamparadas dos Estados Unidos

Publicado em 04/05/2015 15:27
por Rodrigo Constantino, de veja.com

As faxineiras oprimidas e desamparadas dos Estados Unidos

Qual a premissa por trás de tanta regulação estatal no mercado de trabalho brasileiro? Por que tanta gente aplaude quando o governo cria benefícios, impõe um salário mínimo elevado, obriga o empregador a conceder férias remuneradas, limitar a quantidade de hora trabalhada, etc? O que motivou o governo a criar a nova Lei das Domésticas, que nem pegou ainda, pois falta um monte de definição?

O que explica toda essa parafernália burocrática em nosso país é a visão predominante de que o patrão é invariavelmente um explorador, e que cabe ao governo proteger os pobres trabalhadores, pois se deixar o mercado livre funcionar, acabarão como escravos ou algo parecido. Ou seja, é a ideologia marxista que está por trás de nossas engessadas leis trabalhistas, que supostamente protegem os trabalhadores. Mas protegem mesmo?

Bom, seria o caso de perguntar quantas americanas tentam ir de qualquer jeito para o Brasil gozar dessas regalias todas, e comparar com a quantidade de brasileiras que tentam a vida melhor nos States, sem essas vantagens legais todas. Que tal fazer isso? E que tal ver como vivem as brasileiras nos Estados Unidos, aquelas que trabalham como domésticas ou diaristas? Quem fizer esse simples exercício nunca mais vai defender o modelo brasileiro, que confunde leis no papel com a realidade do mercado.

Dou aqui meu próprio exemplo. Hoje recebi a faxineira que fará a limpeza geral e pesada antes de eu efetivamente me mudar para a casa. Ela foi ver o local para fazer um orçamento do trabalho. O valor acertado ficou em US$ 250, e para serviço fixo semanal ela cobra entre US$ 120 e US$ 140 (por dia). Ou seja, se ela tiver dois clientes por dia, e trabalhar cinco dias por semana, ela ganhará algo como US$ 1.300 por semana, ou mais de US$ 5 mil mensais. Eis o carro que ela chegou dirigindo:

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Trata-se de um Nissan X-Terra, um carro que não sai por menos de R$ 40 mil no Brasil, usado. Alguém acha estranho ela dispensar as vantagens todas que o estado brasileiro impõe ao empregador e vir tentar a vida na Flórida, sem qualquer regalia ou sem sindicatos “lutando” por seus interesses e direitos? Será que ela é louca por abrir mão de tanta “conquista trabalhista” assim?

Pobres faxineiras oprimidas e desamparadas nos Estados Unidos. Que bom que aquelas no Brasil podem contar com nosso governo e nossos sindicatos para cuidarem bem delas…

Rodrigo Constantino

 

Despachante e burocracia: os brasileiros “espertos” e os americanos “bobalhões”

Quando resolvi me mudar temporariamente para a Flórida, sabia que isso iria gerar várias pautas para o blog, comparando o dia a dia de nós, brasileiros, com o dos americanos ou latino-americanos que vivem aqui. Quem acompanhou aquela minha série “Brasileiro é otário?” sabe que tal comparação já era um instrumento usado por mim para esfregar em nossas caras como somos “espertos”, e com isso criamos um país de otários. Mas agora terei minhas próprias experiências para contar.

E em apenas dois dias aqui já as tenho. Na verdade, a primeira começa até antes, quando resolvi que não dava para me apartar de meus livros e decidi bancar o elevado custo de um frete internacional. Fechei com uma empresa da Flórida mesmo, com nome em português que é para atrair os vários clientes brasileiros na mesma situação. Aliás, seu nome significa aquilo que falta no Brasil, e o que há aqui de sobra, marcando a grande diferença entre nós: confiança.

Na sociedade da desconfiança, o império das leis impessoais não conta, e sim o relacionamento entre as pessoas, o “jeitinho”. Na sociedade da desconfiança, partimos da premissa de que o outro quer sempre nos enganar, tirar vantagem sobre nós. Na sociedade da desconfiança, ninguém confia nas regras do jogo, e um enorme processo burocrático é instaurado, levando a casos estranhos em que você precisa, a todo custo, provar que é você mesmo, com autenticação em cartório para tudo.

Pois bem: ao fechar com a empresa, foi necessário o uso de um despachante, mas até onde sei, somente do lado brasileiro. Serve para “agilizar o processo”, i.e., para enfrentar toda a papelada e burocracia criadas pelo nosso governo justamente para dificultar nossas vidas. Do lado americano, tudo será mais simples, e após a chegada do navio no porto, em poucos dias meus livros – e com eles vários móveis que aproveitei para mandar no container – chegarão em casa.

A outra experiência se deu neste sábado, quando resolvi comprar logo um carro para não ficar gastando dinheiro com o alugado. Nem vou entrar na questão do preço, que é para não irritar muito o leitor que precisa pagar os preços absurdos dos carros no Brasil (e antes que alguém tente culpar a ganância das empresas, que tal responder como essa ganância aumenta tanto ao se cruzar a fronteira, uma vez que estamos falando das mesmas montadoras mundiais?). Vou me ater à burocracia apenas.

Entrei na loja por volta das 7 p.m., e antes das 9 p.m eu já poderia sair com meu carro novo, emplacado e com toda papelada oficial pronta (sim, a turma aqui trabalha mesmo). Só não foi possível fazer isso pois tinha que pagar tudo à vista, já que não tenho histórico de crédito aqui e por isso não posso fazer um leasing. Como o montante é alto, não dá para pagar em débito, e restam as alternativas de wire transfer ou cheque administrativo. O problema é que era um sábado, e o banco estava fechado. Só por isso não estou agora com meu carro.

Mas vejam que coisa: se fosse um dia útil de semana, em menos de duas horas eu poderia entrar e sair da loja com um carro zero km devidamente emplacado e prontinho para ser usado. O  conceito de pronta-entrega é levado a sério aqui. Pode ser que eu esteja por fora das coisas no Brasil, pois meu carro era de 2007, ou seja, há anos não comprava um carro novo na loja. Mas desconheço um processo tão rápido assim em nosso país, em que o próprio vendedor pega a placa na gaveta e imprime um selo oficial do estado para liberar automaticamente o carro. Ah, e o seguro foi feito em 5 minutos por telefone mesmo.

Enfim, as coisas nos Estados Unidos foram feitas para funcionar de forma prática, para facilitar a vida das pessoas, sempre com base na confiança mútua, partindo-se da premissa de que o outro é um cidadão correto. Caso não seja, caso se trate de um “malandro”, de um “espertalhão” qualquer, aí a punição será severa e quase certa, o que permite o funcionamento desse sistema. Mais liberdade e menos burocracia, e severa punição para os “espertos” que tentam burlar as regras. É exatamente assim que deve ser do ponto de vista liberal.

Pensei em aprender como se fala “despachante” em inglês, mas meu receio é que os americanos simplesmente não saibam do que se trata. Não quero dizer com isso que não existe burocracia por aqui. Existe sim, e mais do que qualquer liberal gostaria. Mas quando a comparamos com a nossa, que parece extraída de um livro de Kafka, ela sequer merece o mesmo termo.

O Brasil é o país da burocracia, uma república cartorial, o paraíso dos despachantes e o inferno dos cidadãos de bem que querem apenas comprar e vender produtos com menos transtornos e mais rapidez. Será que somos tão espertos mesmo, e que esses americanos sem cultura são uns bobalhões?

Rodrigo Constantino

 

A seita comunista: quando os fatos não importam. Ou: Verissimo e a ganância socialista

Que o comunismo em geral e o marxismo em particular podem ser considerados seitas religiosas, vários pensadores notaram. O principal deles talvez seja Raymond Aron, que chamou o marxismo de “ópio dos intelectuais”, em alusão ao “ópio do povo” que o próprio Marx usava para se referir às religiões tradicionais. Mas houve vários outros, como Schumpeter, por exemplo, que associaram o comunismo a uma seita fanática que tentava substituir as religiões tradicionais com ares científicos (pseudo-científicos, na verdade).

Pois bem: agora temos a prova definitiva, cabal, irrefutável dessa postura de seita no comunismo. É verdade que o Mausoléu de Lenin já era tal prova, ou a reverência com que os seguidores tratam o “profeta” Marx. Mas esqueçam tudo isso. O grau de idolatria religiosa chegou ao ápice com essa notícia, divulgada na coluna de Ancelmo Góis:

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Não é incrível? É por essas e outras que um típico comunista está totalmente blindado contra os fatos, os argumentos lógicos, a experiência histórica. Ele é um crente fanático, que crê no comunismo porque absurdo, independentemente de qualquer refutação teórica ou empírica. Ele precisa acreditar no comunismo, pois essa é sua única boia de salvação. Sem ela, ele não é ninguém, não passa de um desamparado que mal consegue se olhar no espelho. É sua fé irracional no comunismo que alenta seu fraco coração, fazendo-o se enxergar como uma nobre alma preocupada com os pobres e oprimidos.

Querem um exemplo? Leiam a coluna de Verissimo hoje no GLOBO (não acharam que eu deixaria o filho do Erico em paz só por estar longe, acharam?). Verissimo condena a “ganância”, para ele diretamente associada ao capitalismo. Ou seja, o crente Verissimo não entendeu ainda que a ganância é do ser humano, inclusive dele próprio, que é bastante rico, e não fruto do capitalismo. Ele precisa monopolizar as virtudes no discurso para conseguir se olhar no espelho e ainda acusar os outros de hipocrisia!

Mas vejam que ironia: logo abaixo de sua coluna há um artigo da mulher de Leopoldo López, Lilian Tintori. Ela faz um apelo desesperado pela ajuda dos brasileiros, em especial da presidente Dilma, pois seu marido foi preso injustamente por fazer oposição ao governo Maduro. É um preso político numa tirania, numa ditadura disfarçada de democracia popular. Diz ela:

Maduro desmantelou sistematicamente nossas liberdades fundamentais, a liberdade de expressão, de associação, de imprensa e de opinião, e a mais fundamental: o direito à vida, porque a cada 20 minutos morre um venezuelano por causa da violência. Meu marido crê que o povo venezuelano merece um futuro melhor, de paz, prosperidade e bem-estar.

O principal argumento do governo é que a conclamação de Leopoldo tinha mensagens “subliminares” para provocar violência. Este argumento caiu quando a principal testemunha de acusação, uma especialista filiada ao Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e com doutorado em Linguística admitiu que “as mensagens de López não são subliminares; são claras, diretas e específicas. Pedem a não violência. Nunca houve um chamamento à violência por parte de López”. Sem esta evidência não há caso.

A Venezuela foi apenas mais uma tentativa de emplacar o socialismo, e deu no que deu: miséria, escravidão, violência. Os “intelectuais” como Verissimo eram muito simpáticos a mais essa tentativa, e agora ficam calados, mudando de assunto, como se não tivessem nada a ver com mais esse retumbante fracasso. O lance é atacar a ganância capitalista, e ignorar o resultado do “altruísmo” socialista.

Maduro e Lula, segundo Verissimo, não são nada gananciosos. São seres abnegados que só pensam nos mais pobres, pois defendem o socialismo. Pergunto: o quão cego deve ser o sujeito para repetir tais ladainhas? Pergunto, ainda: será que Verissimo vai usar parte de sua imensa fortuna capitalista para comprar um dos frascos com um pedaço do Araguaia?

PS: Enquanto Verissimo ataca a ganância capitalista e vive como um ganancioso capitalista, vejam como vivem esses legítimos capitalistas bilionários. Sergey Brin, cofundador do Google, doou só em 2013 mais de US$ 200 milhões, recusa-se a deixar comida no prato e faz compras da rede varejista de baixo preço Costco. Será que Verissimo é mais frugal e espartano, sem falar da filantropia?

Rodrigo Constantino

 

PT promove parasitagem em todas as classes, diz Marcelo Madureira

Fonte: Folha

Qual a marca registrada do PT nesses longos e infindáveis doze anos e uns quebrados de poder? O foco nos mais pobres? A “justiça social”? Colocar o trabalhador como a grande prioridade? Nada disso. Passou muito longe. A marca registrada que o PT vai deixando, além do rastro de uma corrupção jamais vista na história deste país, é a promoção da parasitagem em todas as classes. É a análise que meu colega de Veja Marcelo Madureira fez nessa entrevista à Folha:

A esquerda de hoje tem uma formação política tabajara. Você precisa perceber algo: o que as pessoas querem é ser legais, parecer legais, querem ser do bem. Na minha época era mais fácil. A direita era o mal, a esquerda era o bem. Mas isso não existe mais. O mundo se apresentou muito mais complexo. Essa tentação de ter resposta para tudo não convence mais.

[...]

Muito pior que a roubalheira, é a incompetência. A questão na Petrobras não é só roubar, é a gestão desastrosa. O que nos alivia é: embora tenham batido os recordes, talvez sejam incompetentes para roubalheira também.

O pior é que o PT reforça a vitória do atraso. Que sociedade é essa que você quer construir em que o sonho das pessoas se limita a, se for da classe média, passar em um concurso público; se for pobre, arranjar Bolsa Família; e, se for rico, conseguir uma “Bolsa BNDES”? Todo mundo passa a querer ser parasita do Estado. Não há país que dê certo assim.

[...]

Eu não frequento muito o meio artístico, prefiro ficar em casa lendo, vendo filme. Mas é lamentável o papel da classe artística. É digno de pena. Em um momento como esse, os artistas completamente omissos. Cadê o Caetano Veloso, o Chico Buarque?

Boa pergunta. Mas sabemos a resposta: essa turma está estrategicamente calada, sumida, pois se recusa a seguir princípios, a condenar o que é errado de forma isenta e imparcial. Siga o dinheiro e quase sempre encontrará a resposta. Nem todos são assim, claro, mas o fato de a própria esquerda marxista achar que tudo se resume ao material já mostra como ela é. Isso é projeção diante de um espelho.

O fato é que Madureira está certo: o PT tentou comprar todos, e havia muita gente à venda. Nas diferentes classes ocorreu o mesmo fenômeno: recursos públicos usados por um partido no poder para angariar apoio, para se perpetuar no poder, seu único projeto político. Os recursos estão acabando. A gritaria começa, e alguns ratos já abandonam o barco afundando.

Há parasita demais para pouco hospedeiro no Brasil. Aqui, a máxima de Bastiat vingou com força: o estado é a grande ficção pela qual todos querem viver à custa de todos. O PT entendeu isso como ninguém, e estava disposto a usar o poder para estender os tentáculos do parasita. Não há hospedeiro que aguente tanto parasitismo. Eventualmente o organismo acusa o golpe.

Agora muitos terão de trabalhar mesmo, de produzir riqueza, pois as tetas vão secar. Os parasitas abusaram tanto do hospedeiro que colocaram em risco sua própria sobrevivência. Não dá mais. O Brasil precisa de um ambiente mais favorável aos que efetivamente produzem riquezas. Ou isso, ou vamos todos juntos para o buraco, parasitas e hospedeiros, em uma espécie de suicídio coletivo insano à lá Jim Jones. Acorda, Brasil!

Rodrigo Constantino

 

Pare de acreditar no governo

Pare de acreditar no governoO escritor, professor, podcaster e tradutor Bruno Garschangen traz o estofo necessário ao debate público brasileiro com o livro “Pare de acreditar no governo”, prefaciado por João Pereira Coutinho.

A pré-venda já começou nas livrarias daTravessa e da Folha, por exemplo, e os lançamentos no Rio de Janeiro e em São Paulo estão marcados para os dias 25 e 27 de maio, respectivamente.

Recomendo a todos com entusiasmo e reproduzo a sinopse abaixo. Ainda pretendo resenhá-lo em breve.

“Uma obra fundamental para o momento que vive o país.

Por qual razão nós brasileiros, apesar de não confiarmos nos políticos, a quem dedicamos insultos dos mais criativos e variados, pedimos que o governo intervenha sempre que surgem problemas?

Por que vamos para as ruas protestar contra os políticos e ao mesmo tempo pedir mais Estado – como se este não fosse gerido pelos… políticos?

Por que odiamos os políticos e amamos o Estado?

Por que chegamos à condição de depender do Estado para quase tudo?

Bruno Garschagen busca entender como se formou historicamente no Brasil a ideia de que cabe ao governo resolver todos ou a maioria dos problemas sociais, políticos e econômicos.

De Dom João VI a Dilma Rousseff, um compromisso inabalável uniu todos os governantes, inclusive aqueles chamados (erradamente, segundo o autor) de liberais ou neoliberais: a preservação do Estado monumental e mesmo o seu crescimento.

Por quê?

Para responder a esse conjunto de questões, o autor vasculha a história política do Brasil desde que os portugueses aqui chegaram até os dias de hoje.

Com texto brilhante, leve, bem-humorado e informativo, recorrendo também às explicações de pensadores brasileiros e portugueses, tece uma espécie de conversa entre os intelectuais que refletiram sobre a cultura política do Brasil para narrar a história de um país cuja formação cultural se confunde com a onipresença da burocracia nacional.”

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

 

O marqueteiro de Ben Carson é Marcelo Madureira?

Captura de Tela 2015-05-04 às 12.47.00No anúncio oficial de sua candidatura à Presidência dos EUA feito nesta manhã, o dr. Ben Carson disse:

“Eu tenho um forte desejo de acabar com programas que criam dependência nas pessoas sem deficiência.”

Pois é.

Ben Carson, um negro de origem pobre que venceu na vida por seus próprios méritos, sem a ajuda do Estado, quer acabar com os ‘Bolsas Famílias’ de Barack Hussein Obama.

“A pessoa que tem mais a ver com o que lhe acontece na vida é você”, acrescentou o candidato, dirigindo-se a cada cidadão americano.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, o nosso grande Marcelo Madureira havia dito:

“O pior é que o PT reforça a vitória do atraso. Que sociedade é essa que você quer construir em que o sonho das pessoas se limita a, se for da classe média, passar em um concurso público; se for pobre, arranjar Bolsa Família; e, se for rico, conseguir uma ‘Bolsa BNDES’? Todo mundo passa a querer ser parasita do Estado. Não há país que dê certo assim.”

Perfeito.

Eu voto em Marcelo Madureira para marqueteiro de Ben Carson.

Como disse o candidato:

“Nós temos que começar a abrir a boca para os valores e princípios da América.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

 

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Blog Rodrigo Constantino (VEJA)

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