Mercado prevê inflação maior, mesmo após alta da Selic; recessão avança…

Publicado em 08/06/2015 16:16
em veja.com

Mercado prevê inflação maior, mesmo após alta da Selic; recessão avança…


Mesmo depois de o Banco Central ter aumentado a taxa básica de juros (Selic) para 13,75% ao ano na semana passada, o mercado voltou a elevar a projeção para a inflação neste ano. Os economistas ouvidos pelo Banco Central para a produção do boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, aumentaram novamente a estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 8,39% para 8,46%. Trata-se da oitava semana consecutiva em que o índice é ajustado para cima.

Se a estimativa for confirmada, a inflação ficará bem acima do teto da meta, de 6,5%, para 2015, e registrará o maior índice desde 2003, quando chegou a 9,3%.

Com a inflação e os juros nas alturas, o mercado previu uma queda ainda maior no resultado do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, de 1,30% – é a terceira semana seguida que o PIB é revisto para baixo. Na semana passada, o recuo calculado era de 1,27%. Se for concretizado, este será o pior desempenho da economia brasileira desde 1990, quando caiu 4,35%.

Em relação à taxa Selic, o mercado prevê que ela permaneça estável em 14%, conforme foi projetado na semana passada. Os analistas avaliam que os juros elevados conseguirão abaixar a inflação para 5,5% em 2016 – ainda acima do centro da meta.

Por Reinaldo Azevedo

Produção de veículos despenca 25,3% em maio

A produção de veículos no Brasil caiu 25,3% em maio na comparação com o mesmo mês de 2014, para 210,1 mil unidades, informou nesta segunda-feira a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Com este nível de produção o setor retorna ao ano de 2005, quando a produção alcançou 207.369 unidades. Na comparação com abril deste ano, o recuo foi menor: 3,4%. No acumulado de janeiro a maio houve baixa de 19,1%, para 1,09 milhão de unidades, ante o mesmo período do ano anterior.

“Com este nível de produção retornamos ao ano de 2005, com um destaque extremamente negativo, a produção de caminhões, que retorna a maio de 1999″, afirmou o presidente da Anfavea, Luiz Moan, em coletiva.

O resultado é reflexo das medidas de corte de produção adotadas pelas montadoras nos últimos meses para tentar diminuir estoques e adequar o nível de produção à baixa demanda do mercado. No mês passado, fábricas como Fiat, GM e Mercedes concederam férias coletivas e licenças remuneradas, colocaram grupos de metalúrgicos em lay-off (suspensão temporária dos contratos) ou promoveram paradas técnicas estratégicas.

Já as vendas tiveram baixa de 27,5% em maio sobre o mesmo mês de 2014, para 212,7 mil veículos. Na comparação com abril, o recuo foi de 3% e, no acumulado do ano, caíram 20,9%, para 1,106 milhão de unidades. “As vendas de maio foram bastante piores do que esperávamos”, disse Moan.

Para o ano de 2015, a Anfavea revisou para queda de 17,8% a previsão para o resultado da produção de veículos no país, ante expectativa anterior de retração de 10%, divulgada em abril. Para as vendas de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, a indústria prevê agora baixa de 20,6% em 2015, frente a uma projeção anterior de queda de 13,2%.

Estoques 
O estoque total de veículos nos pátios das concessionárias e das montadoras caiu de 367,2 mil unidades em abril deste ano para 361,1 mil em maio. Com o crescimento, o estoque total de veículos em maio era suficiente para 51 dias de vendas, ante 52 dias em abril (considerando o ritmo de vendas de maio). O setor considera ideal um estoque equivalente a 30 dias de vendas.

Demissões
 Apenas em maio, a indústria automotiva brasileira eliminou 1.380 vagas, segundo a Anfavea. Após as recentes medidas de ajuste da produção à baixa demanda, o setor encerrou o quinto mês do ano com 138.200 empregados, 1% a menos do que em abril e 9,2% menor do que o contingente de trabalhadores de maio do ano passado. Com esses cortes, a indústria automotiva já demitiu 6,3 mil empregados em 2015.

Por Reinaldo Azevedo
 

Uns bilhõezinhos a mais

Levy: outras gripes virão?

Mais 11 bilhões a economizar

O aumento de 0,5% da Selic, na semana passada, elevou a dívida interna de 2,33 trilhões de reais do Brasil em 11,67 bilhões de reais (desde o início do governo Dilma a dívida interna cresceu 45%). Mais uns bilhõezinhos que Joaquim Levy terá que economizar para cumprir a meta do superávit fiscal.

Por Lauro Jardim

 

O déficit da balança comercial diminui com uma ajudinha das plataformas que são exportadas mas não deixam o Brasil

Exportação de plataforma

Exportação de plataforma

Depois de um abril horroroso e um maio um pouco melhor, o governo lançou mão de uma ajudinha para minorar o problema da balança comercial.

De acordo com dados oficiais, a balança comercial registrou um superávit de 1.976 bilhão de dólares na primeira semana de junho.

Para isso, contou com a exportação de uma plataforma para extração de petróleo no valor de 690 milhões de dólares. Uma plataforma que foi “exportada”, mas nunca deixou o Brasil – e nem deixará.

Assim, o vermelho da balança em 2015 até agora é de 329 bilhões de reais. Sem a plataforma o déficit teria ultrapassado 1 bilhão de dólares.

Ressalte-se que o governo não está cometendo qualquer ilegalidade. Trata-se, porém, de um velho expediente, conhecido como Repetro (leia mais aqui ). Mas que há pelo menos  um ano não era usado.

Por Lauro Jardim

 

81% dos estudantes brasileiros se saem mal em teste de matemática aplicado por professores de Harvard

matemática

Matemática: dificuldade aos alunos brasileiros

Os professores Robert e Ellen Kaplan, de Harvard, desembarcam amanhã em Porto Alegre para ensinar a uma plateia de professores e profissionais da Educação como fazer os alunos gostarem de matemática.

Numa pesquisa aplicada pelo casal com alunos brasileiros, 81% levaram bomba.

Os dois criaram o projeto O círculo da Matemática, em Harvard, para estimular o ensino da disciplina.

Por Lauro Jardim

 

“Crucificação” no MPF

crucificação

A crucificação polêmica na Parada Gay

A “crucificação” da homofobia em um dos trios elétricos da Parada Gay de São Paulo, ontem, já é alvo de uma representação no Ministério Público Federal.

O deputado distrital Rodrigo Delmasso (PTN-DF), evangélico da Sara Nossa Terra, protocolou uma ação no MPF alegando crime de intolerância.

Por Lauro Jardim

 

‘Vive bem quem padrinho tem’ e outras cinco notas de Carlos Brickmann

Publicado na coluna de Carlos Brickmann

 

Roberto Amaral, que ficou famoso quando por algum motivo quis construir uma bomba atômica brasileira, ganhou prestígio de verdade quando tentou impedir que seu partido, o PSB de Eduardo Campos, deixasse de seguir automaticamente o PT (e, após a morte de Campos, trabalhou contra a candidata do partido, Marina Silva). Prestígio tem valor: Dilma nomeou Roberto Amaral para o Conselho da Itaipu Binacional, com R$ 20.804,13 mensais para participar no máximo de uma reunião por mês, e olhe lá, se não cair no feriado, e mandato de quatro anos (a propósito, além da diretoria, há doze conselheiros, todos com esse salário — dá para entender parte do alto custo da energia, não é?)

Dilma nomeou ainda outro adepto: Maurício Requião de Mello e Silva, filho do senador e ex-governador Roberto Requião. Roberto Requião é do PMDB, mas da ala petista do partido; e está, ao gosto de Dilma, cada vez mais bolivariano, dos que levam Maduro a sério. Roberto Amaral e Maurício Requião têm algo mais em comum, além da ligação com o petismo: entendem de eletricidade. Sabem o suficiente para acender e apagar a luz de casa.

Mas deixemos os ricos de lado e falemos dos pobres. O primeiro-ministro da Inglaterra, David Cameron, anunciou que todos os ministros britânicos terão salários congelados por mais cinco anos, como medida de economia. O congelamento vem desde 2010. E — fora daqui isso acontece! — o Governo britânico anunciou que cortará seus gastos em US$ 40 bilhões nos próximos dois anos.

 

Ói eles, ói nós
Os britânicos cortam os gastos do Governo, os brasileiros têm de pagar caro para manter o conforto de quem vive às suas custas. E ainda pagam muito pelos serviços que os britânicos recebem em troca de seus impostos. Assistência médica, por exemplo: quem não quiser desfrutar da “saúde quase perfeita” que, segundo Lula, é proporcionada pelo SUS, será esfolado no próximo aumento das mensalidades do seguro-saúde.

Os preços vão subir mais de 13%, superando com facilidade os aumentos de salário de qualquer categoria profissional. E esta supercobrança será feita com autorização do Governo Federal. É a união entre um Governo insensível e empresários gananciosos contra as vítimas de sempre.

Quem acertou a Fifa
Loretta Lynch, guarde este nome: foi ela, a primeira mulher negra a ocupar a Secretaria de Justiça dos Estados Unidos, que coordenou a operação em que foram presos oito dirigentes da Fifa, inclusive José Maria Marin.

Loretta, já antes de ser nomeada secretária, chefiava as investigações. É filha de um pastor protestante, formada em Direito em Harvard. Frase sua, pouco antes da operação na Suíça: “Ninguém é grande demais para a cadeia. Ninguém está acima da lei”.

Nas trevas faz-se a cara luz
Uma estranhíssima parceria público-privada está sendo montada pela Prefeitura de São Paulo: por ela, empresas privadas ganharão o direito de reformular toda a iluminação pública paulistana, sem investir um só centavo (a parte dos investimentos é bancada pela Prefeitura, com o dinheiro dos cidadãos arrecadado via Cosip, Contribuição sobre Iluminação Pública).

E qual a parte da empresa privada? A dura tarefa de receber os lucros por no mínimo 20 anos, prorrogáveis. Tudo feito da maneira mais discreta e menos transparente possível. Uma representação foi entregue ao Tribunal de Contas do Município, em que o prefeito Fernando Haddad tem maioria, na quinta, 28 de maio. Ali se alegou que na semana seguinte não haveria a reunião semanal de quarta-feira, porque a quinta seria feriado — e um feriado, na laboriosa Prefeitura petista de Haddad, rende folga a semana inteira. Na outra semana também não haveria reunião, talvez por ser cansativo trabalhar no sexto dia após o feriado, ninguém é de ferro. A PPP deve abrir os editais no dia 23 próximo.

Penumbra? Não: trevas. Transparência zero.

Racismo universitário
É inacreditável — e este colunista não teria acreditado se não visse o ofício da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, assinado pelo pró-reitor José Fernando Schlosser. Schlosser determina que os programas de pós-graduação da Universidade — pública, paga com nosso dinheiro — informem se há alunos e professores que tenham vínculos com Israel ou israelenses.

Este colunista, por exemplo, os tem: é amigo de Sônia Bargh e Yehudit Sirotsky, ambas israelenses e moradoras em Israel. É amigo também de James Akel, descendente de palestinos árabes cristãos de Haifa. E tem boas relações com o muçulmano xiita iraniano Kia Joorabchian. E daí? O jornalista gaúcho Luís Milman, até há pouco tempo membro do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, já representou ao Ministério Público contra a atitude das Magnificências da universidade.

E a grande imprensa, as comissões de Direitos Humanos no Rio Grande do Sul e espalhadas pelo país, quando irão se manifestar contra esse tipo de atitude suja?

Luvas de pelica
Engana-se quem diz que, no caso Pizzolatto, a Itália não quis dar o troco à atitude brasileira de negar a extradição de Césare Battisti. A Itália está dando o troco, sim. Henrique Pizzolatto, no Brasil, pode ter vontade de contar tudo.

 

Editorial do Estadão: O escândalo é um só

O mensalão é apenas uma parte — e uma das menores, hoje se sabe — do plano de assalto ao Estado protagonizado pelo condomínio que o lulopetismo instalou no poder em 2003. Assim, dez anos passados daquele famigerado escândalo, que mobilizou o País por vários meses e terminou com a prisão de um punhado de réus poderosos, fica muito claro que o episódio não passou de um esquema marginal dentro de uma sofisticada estrutura montada para rapinar bens públicos, em escala nunca vista na história brasileira.

Portanto, pouco há a comemorar, pois, com o mensalão, se foi rompida parcialmente a lógica da impunidade, nenhuma página foi, de fato, virada. A cada nova descoberta das autoridades policiais e judiciais no caso do petrolão e de outros esquemas comprova-se que nada, nessas investigações, pode ser tomado de forma isolada. Todos esses escândalos são, na verdade, um só – o escândalo de uma quadrilha que transformou partidos políticos em máquinas para exaurir os recursos do Estado de diversas maneiras, em favor de projetos pessoais e de poder de seus dirigentes.

O mensalão chegou ao conhecimento público com esse nome em junho de 2005, graças a acusações feitas na ocasião pelo então deputado petebista Roberto Jefferson. Segundo o parlamentar, o então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, pagava mesadas de R$ 30 mil a deputados do PL e do PP em troca de apoio no Congresso.

Como costumam fazer sempre que são acuados por denúncias, os petistas reagiram insultando a inteligência dos brasileiros. Em nota oficial, garantiram que o relacionamento do PT com os demais partidos da base aliada se assentava “em pressupostos políticos e programáticos”, descartando qualquer forma de corrupção.

Com o passar do tempo e o surgimento de evidências de um crime muito maior do que o denunciado por Jefferson, a narrativa petista foi mudando. Primeiro, quando sua reeleição parecia sob ameaça, o então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, se disse “indignado” e afirmou que o PT precisava “pedir desculpas”. Nessa mesma toada, Delúbio admitiu que as campanhas eleitorais do partido usaram “recursos não contabilizados”, mas os petistas, Lula inclusive, atribuíram essa prática a um mero esquema de caixa 2, do qual, segundo essa versão, todos os partidos lançam mão.

Quando ficou evidente que o Brasil estava diante de “um dos episódios mais vergonhosos da história política de nosso país”, como o qualificou o ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, em seu histórico voto pela condenação desse “grupo de delinquentes que degradou a atividade política”, os petistas passaram a se dizer vítimas de um “julgamento de exceção”.

Desde então, os documentos produzidos pelo partido para reagir às seguidas denúncias de malfeitos – como os petistas apelidaram crimes capitulados em lei – respeitaram a gramática da vitimização. A palavra “golpe” passou a ser usada profusamente pelos dirigentes petistas, inclusive, e em mais de uma ocasião, pela presidente da República, Dilma Rousseff. Junte-se a isso a cantilena de que os escândalos só vêm à luz porque o governo petista permite que sejam investigados, como “nunca antes na história deste país”, e tem-se uma impostura completa.

Digam o que disserem os líderes petistas, porém, vale o que está nos autos do mensalão – e lá está claro que o PT transformou os ganhos oriundos da corrupção na própria razão de ser de sua prática política. Os escândalos depois desvendados são consequência dessa opção.

Nos dez anos do mensalão, e atordoado diante da constatação de que ainda estamos longe de conhecer a totalidade dos malfeitos cometidos nesse período, o País já percebeu que os governos lulopetistas são verdadeiras caixas-pretas, a guardar sombrios segredos, escondidos pela blindagem do populismo e da demagogia, que transforma os críticos do modus operandi petista em inimigos dos pobres. Nem o mensalão nem o petrolão são capazes de resumir essa história de corrupção e desfaçatez da qual, infelizmente, temos apenas um pálido vislumbre.

 

Valentina de Botas: O picadeiro infame só é competente para se manter infame

A revolução canalha dos incompetentes teceu esta noite profunda em que a hora mais escura parece não preceder a aurora, mas outra hora ainda mais negra. Até que venha a tão bonita manhã, o picadeiro infame só é competente para se manter infame. No esforço bem-sucedido de aprofundar torpezas antigas, inaugurar as inéditas e sedimentar as até então apenas sugeridas, as escolhas da política externa lulopetista insufla o antiamericanismo mais bronco que despreza os interesses do Brasil e os contornos éticos nas questões comerciais e geopolíticas, guiando-se apenas pelo gel esquerdofrênico.

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