Bresser-Pereira achava que dólar a R$ 2,70 era caminho para país crescer (por RODRIGO CONSTANTINO)

Publicado em 07/08/2015 08:47
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Bresser-Pereira achava que dólar a R$ 2,70 era caminho para país crescer

Ninguém sério leva mais a sério certos economistas. É que seu histórico de erros beira os 100%. O único problema é que esse histórico ainda não chegou aos jornalistas de economia, que insistem em entrevistar os mesmos dinossauros de sempre sobre sua visão para o futuro, como se o passado não existisse. Há um grande silêncio sobre seus erros constantes e absurdos. Não há nenhum tipo de cobrança por parte da imprensa em relação aos seus prognósticos anteriores. Isso é conivência ideológica, cumplicidade.

Alguns nomes vêm à mente, como Maria de Conceição Tavares, Belluzzo, Delfim Netto e Bresser-Pereira. Esse último chegou a escrever artigos no maior jornal do Brasil defendendo o modelo argentino e tecendo elogios até mesmo para a Venezuela, mergulhada hoje em situação de calamidade total. Mas podem esperar: já já alguma matéria de jornal ou entrevista na TV vai citar a opinião do “especialista”, como se ela importasse.

Vejam o que Bresser-Pereira dizia, por exemplo, sobre a taxa de câmbio: que se o dólar atingisse o patamar de R$ 2,70, nossa economia poderia crescer 5% ao ano. Disse isso em 2012:

Bresser

Já expliquei aqui o absurdo dessa visão desenvolvimentista, de que basta mexer no sintoma, desvalorizar artificialmente a taxa de câmbio, para o país entrar numa trajetória de crescimento sustentável.  Pura falácia econômica. E agora isso fica mais claro para todos. O dólar passou de R$ 3,50 hoje! Aqueles R$ 2,70 almejados por Bresser-Pereira ficaram num passado distante, numa época em que o Brasil ainda não tinha afundado. Os sonhos do economista foram realizados. Mas isso é o pesadelo do país!

Em vez de crescer 5% de forma sustentável, estamos numa baita recessão e o PIB deve cair mais de 2% esse ano, mesmo com uma inflação de quase 10%. Caos total, desgraça como resultado justamente do desenvolvimentismo, da “nova matriz macroeconômica”. Mas como a burrice tem, no Brasil, um passado glorioso e um futuro promissor, como dizia Roberto Campos, os jornalistas vão continuar ouvindo os mesmos “especialistas” de sempre, e eles vão continuar dando suas mesmas receitas furadas. Se ao menos o dólar for para R$ 4,70…

Rodrigo Constantino

 

Desvalorização da moeda ajuda o país: mais um mito desenvolvimentista que cairá (novamente)

Os desenvolvimentistas são aqueles que acham que podem manipular sintomas à vontade como solução para a doença, ou seja, são como “médicos” que acreditam que basta quebrar o termômetro para curar a febre do doente. Por isso costumam defender atrocidades como o governo marretar artificialmente a taxa de juros para baixo, ou então mexer na moeda para incentivar nossas exportações. Essa, aliás, tem sido a desculpa de muitos deles para a nossa crise: defenderam a “nova matriz macroeconômica” da Dilma, deu tudo errado, claro, e agora alegam que o câmbio estava valorizado demais. Eis o problema!

Vão quebrar a cara, uma vez mais. Cuidado com aquilo que desejam, diz o ditado, tão ignorado por esses economistas. Em primeiro lugar, vale lembrar que o então ministro Guido Mantega, para manter seu histórico de 100% de erro, avisou que iria quebrar a cara quem apostasse na alta do dólar. Isso era outubro de 2014, e a moeda americana valia algo como R$ 2,40. Bons tempos! Já eu, na mesma época, avisei que a vitória de Dilma iria levar o dólar para cima de R$ 3, e que era bom levar logo o filho para a Disney. Ficou claro quem estava certo.

Dólar em reais. Fonte: Bloomberg

Dólar em reais. Fonte: Bloomberg

Mas agora que o câmbio disparou de vez, batendo quase nos R$ 3,50 e, segundo analistas, podendo ir logo para R$ 3,70, vamos poder julgar o prognóstico dos desenvolvimentistas que pediam uma desvalorização como instrumento de ajuda à economia. Eles acham que basta manipular o preço da moeda para o país ganhar “competitividade”, ignorando que não se muda os problemas estruturais num passe de mágica.

O Brasil não vai sair da crise graças à desvalorização do real. Isso vai ajudar alguns setores exportadores, claro, mas por outro lado vai gerar mais inflação (insumos importados) e punir a classe média. O que resolveria nossa crise são reformas liberais estruturais, que reduzissem o Custo Brasil de fato e, com isso, aumentassem nossa produtividade. Mas esse caminho dá muito trabalho e reduz o poder do governo de intervir na economia, tudo que os desenvolvimentistas mais abominam. Eles preferem atacar sintomas, nunca as causas.

O dólar deve mesmo chegar aos R$ 3,70 ainda esse ano. Mas isso não vai resolver nada. Mais uma falácia desenvolvimentista será exposta. O problema é que essa turma da Unicamp nunca aprende…

Rodrigo Constantino

 

Único pacto aceitável é por novo Plano Real na política fiscal, e com o PT fora do poder!

Fonte: GLOBO

Michel Temer fala em unir o país, em um pacto pelo Brasil. Aloizio Mercadante vai na mesma linha, e pede um pacto pelo país, incluindo a oposição. Mas eis o único pacto aceitável no momento: uma união em prol do combate aos problemas estruturais de déficit fiscal, visando o longo prazo; e a saída do PT do poder, como única medida aceitável no curto prazo. Com o PT não tem mais conversa, não tem “pacto”. Mas é verdade que nossos problemas não se resumem “apenas” ao PT.

Os economistas Samuel Pessôa, Marcos Lisboa e Mansueto Almeida escreveram um paper que já ficou famoso sobre o “ajuste inevitável”. O jornalista Guilherme Fiuza disse, em sua coluna no GLOBO, que os petistas não poderiam contar com ajuda melhor, ironicamente vinda de economistas ligados, histórica e ideologicamente, aos tucanos. Afinal, o argumento deles é de que nossos problemas vêm de antes do PT, são estruturais, e que o PT os agravou com a “nova matriz macroeconômica”.

Eles responderam em novo artigo no GLOBO, rindo da acusação de serem petistas empedernidos (não são). Mas será que Fiuza não tem um ponto razoável? O que penso dessa “disputa”? Sem querer parecer um tucano, coisa que não sou, diria que ambos os lados têm razão. Fiuza está certo em pontuar que é música para os ouvidos golpistas do PT que nossos problemas vêm de antes, que não foram criados pelo partido. Mas os economistas não mentem quando dizem que há, sim, vários problemas estruturais, desde a Constituição, e que precisamos de um novo “pacto fiscal”.

É o tema do artigo de Paulo Rabello de Castro hoje no GLOBO também, outro economista sério. Para Paulo, precisamos urgentemente de um Plano Real na área fiscal, pois nosso “manicômio tributário” está inviabilizando o país. Na mesma linha do que foi defendido pelo editorial do GLOBO nessa quarta. Nossa carga tributária saiu de 25% para 35% do PIB, e o governo só faz aumentar gastos. O gasto não financeiro do governo federal saltou, de 1991 a 2014, de 11% a 20% do PIB. Rabello de Castro resume o que precisamos:

Um plano para atacar a essência do desequilíbrio orçamentário deve conter, no caso brasileiro, três componentes básicos: um programa emergencial, de impacto imediato, para limitar despesas correntes por uma regra estabelecida em lei; um programa estrutural, que reformará o funcionamento da máquina pública de alto a baixo, produzindo economias de quase R$ 300 bilhões, embora de modo gradual; e um programa financeiro, de modo a rever a composição e o custo de rolagem da dívida pública, que hoje produz um gasto estéril superior a 7% do PIB, em completo desalinho com a experiência de outros países, inclusive os muito endividados. Esse programa de três vetores de ação se complementará com a realocação e eventual desmobilização de ativos estatais, cujos recursos extraordinários, daí advindos, lastrearão o futuro fundo do INSS dos trabalhadores, numa ampla reforma trabalhista e previdenciária.

A forma de dar razão tanto a Fiuza como aos três especialistas em contas públicas é dividir os horizontes analisados. Sim, o Brasil tem problemas fiscais que não vão desaparecer se o PT sair do poder. Supondo que os tucanos assumam o governo, reformas estruturais de viés liberal serão necessárias, mesmo com um partido de esquerda no poder. Os gastos do governo não cabem no PIB. A Previdência Social precisa ser reformada para ontem. O Brasil precisa, sim, de um novo “pacto social” que redefina o papel do estado na economia, reduzindo drasticamente seu escopo.

Dito isso, claro que o PT pirou, e muito, a situação. A crise severa que estamos vivendo hoje tem todas as impressões digitais do governo petista. Intervencionismo nos setores importantes, suspensão dos leilões de concessão por motivos ideológicos, Mercosul como camisa de força ideológica também, roubalheira, preços represados, aumento extra de gastos de forma irresponsável, aumento de crédito público, BNDES fazendo seleção dos “campões nacionais”, “nova matriz macroeconômica”, Banco Central subserviente ao Planalto etc.

Ou seja, não fosse o PT, o Brasil não estaria nessa grave crise de hoje. Isso é fato, e precisa ser dito, repetido, com megafone e tudo. Fiuza tem esse ponto. Os três economistas, talvez por falta de tato político, prestam um desserviço ao país quando atenuam a responsabilidade do PT no estrago todo. Se não fosse o PT, porém, o Brasil ainda teria problemas sérios que deveriam ser sanados, sob risco de implodir à frente. Ou seja, para resumir: o PT encurtou muito o tempo de encontro nosso com a dura realidade.

Por isso minha conclusão: no curto prazo, o Brasil precisa de um pacto, mais político do que econômico, que envolve tirar o PT do poder, pois com esse partido não há chance de mudarmos de verdade na direção correta. No longo prazo, precisamos de um novo pacto social e econômico, com cores liberais, que reduza o escopo do estado na economia, retome o processo de privatizações, reforme a Previdência, as leis trabalhistas, a carga tributária etc. Um pacto liberal, já que o liberalismo, responsável pela criação de riqueza no mundo todo, nunca nos deu o ar de sua graça!

Rodrigo Constantino

 

 

Irmão de Dirceu diz que ele recebeu doações das empreiteiras doações, e não propinas (por Josias de Souza, do UOL)

 

Irmão de José Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva prestou depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (6). Disse que, depois que foi condenado e preso no caso do mensalão, Dirceu recebeu de empreiteiras envolvidas na Lava Jato “doações”, não propinas. Roberto Podval, advogado do ex-chefão da Casa Civil de Lula, explicou que seu cliente “passava por necessidades”. Não é um personagem “dinheirista”, mas precisa sobreviver.

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Operação Lava Jato da PF206 fotos

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4.ago.2015 - Luiz Eduardo Oliveira e Silva (centro), irmão do ex-ministro José Dirceu, detido na operação Lava Jato, chega ao IML de Curitiba (PR) para realizar exame de corpo de delito. Luiz Eduardo é sócio de Dirceu na empresa JD Consultoria, investigada por suposto recebimento de propina em contratos da Petrobras Leia mais Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo

De acordo com os dados colecionados pela força-tarefa da Lava Jato, a consultoria de Dirceu amealhou entre 2009 e 2014 R$ 29,3 milhões. Desse total, pelo menos R$ 8,6 milhões vieram de empreiteiras fisgadas na Lava Jato. Empresas como a OAS e a UTC continuaram borrifando verbas na caixa registradora do escritório de Dirceu mesmo depois que ele foi condenado e preso, em novembro de 2013.

O inusitado chamou a atenção dos investigadores e do juiz da Lava jato, Sérgio Moro. Na ordem de prisão que expediu contra Dirceu, o magistrado anotou: “…Não é crível que José Dirceu, condenado por corrupção pelo plenário do Supremo Tribunal Federal, fosse procurado para prestar serviços de consultoria e intermediação de negócios após 17/12/2012 e inclusive após a sua prisão.”

Moro acrescentou: “Em realidade, parece pouco crível que [Dirceu] fosse procurado até mesmo antes, pelo menos a partir do início do julgamento da Ação Penal 470 pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal em meados de 2012.

Para Moro, esse tipo de pagamento indica que o objetivo não era o de remunerar uma consultoria ou a intermediação de negócios reais. Buscavam-se “acertos de propinas pendentes por contratos das empreiteiras com a Petrobrás, como admitiu, expressamente, Milton Pascowitch em relação aos contratos da Engevix”, anotou o juiz, referindo-se a um dos delatores cujos depoimentos devolveram Dirceu à prisão.

O doutor Podval, que acompanhou o depoimento do irmão de Dirceu, disse que a JD Consultoria teve os contratos rescindidos depois da prisão de Dirceu. Nessa versão, o irmão Luiz Eduardo não tinha dinheiro “nem para fechar” o escritório.

O advogado repisou: “Ele não pediu propina, ele pediu ajuda. Ele estava em uma situação financeira ruim e pediu ajuda para pessoas com quem já tinha trabalhado. Por isso que houve recebimento quando o Zé [Dirceu] não trabalhava.”

Para Podval, Dirceu e o irmão não fizeram nada ilegal. Ele diz que, excetuando-se os casos em que o dinheiro entrou na forma de “doação”, a JD prestou serviços efetivos de consultoria.

Vale a pena ouvir o advogado: “Vocês podem fazer a crítica que quiser, mas o Zé não é dinheirista. Você vê um delator devolvendo R$ 249 milhões, e o Zé está com o irmão pedindo dinheiro para sobreviver. Aí ele é o chefe da quadrilha? Essa é a coisa mais estúpida que eu já ouvi. Se o chefe da quadrilha precisa pedir dinheiro e o subalterno está devolvendo R$ 249 milhões, esse mundo está maluco.”

Dirceu deve ser inquirido pelos federais na semana que vem. A hipótese de tornar-se um delator, disse Podval, é nula. Ele “morre na cadeia antes de fazer uma delação premiada”. O doutor enalteceu seu cliente: “É só conhecer o Zé. Ele não é um homem que busca enriquecer, ele não é um homem que admite, por sua estrutura e história, fazer uma delação.”

Graças à linha de defesa adotada pelo irmão de Dirceu, o Brasil ficou sabendo da existência de um ser fantástico, jamais visto: o empreiteiro generoso. Uma alma benemérita. Do tipo que doa dinheiro para presidiário. Por pura e casta benemerência.

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Blog Rodrigo Constantino (VEJA)

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2 comentários

  • Flávio Pompei Uberaba - MG

    Aqui vai a opinião de um brasileiro de 69 anos que vivenciou várias fases do nosso "desenvolvimento brasileiro"...

    Enquanto nós, como nação, não estabelecermos metas claras e exequíveis para o futuro que queremos, as empresas e empreendedores continuarão "na espera". Depois dessas metas, que precisam ser fruto de um consenso político suprapartidário para ter sustentação nacional, virão as reformas estruturais para que tais metas deixem de ser apenas sonhos, como sói acontecer nas propagandas de governo. Nessas reformas, necessariamente, precisaremos antes entender que a competitividade no mercado mundial é quem decide para onde vão as riquezas. Só exportaremos nossa produção e geraremos riquezas se elas forem no mínimo iguais às de nossos concorrentes, mas nossos preços precisarão ser competitivos. Ninguém vai importar automóveis, aviões e outros bens de maior valor agregado se não tivermos qualidade equivalente aos concorrentes, mas por preços menores. Essa é a "regra do jogo" no mercado mundial, onde realmente circulam as riquezas geradoras do desenvolvimento de qualquer nação. É aí que precisaremos de muita coragem e determinação para abandonarmos dogmas e paradigmas superados de nossa decantada "constituição cidadã", que engessou o executivo, independente de quem esteja de plantão. Precisamos diminuir o tamanho desse monstrengo, que é o estado brasileiro, e diminuir a influência dele na vida de cada família e de cada um de nós. É preciso que entendamos que os impostos, por mais disfarçados que estejam, partem da premissa absurda de que o estado administra o dinheiro de todos os contribuintes melhor do que cada um de nós administra a própria renda, o que é uma inverdade absoluta. Precisamos reduzir o custo do emprego, por mudanças radicais na legislação trabalhista, tirando os "penduricalhos" que prejudicam a oferta de trabalho, oneram o empregador e não beneficiam o empregado. Precisamos reescrever a justiça trabalhista, para que se transforme em Justiça do Trabalho e não "justiça do empregado", como todos sabemos que tem sido assim desde os anos 50. Ela precisa focar seus veredictos na defesa do emprego antes de, falsamente, se esconder na "defesa do empregado" em detrimento do empregador. Ora, a justiça tem sua essência na imparcialidade e não na inescrupulosa tendenciosidade, que tão somente acrescenta novos "custos indiretos" no verdadeiro custo do emprego. Precisamos libertar os empregados de seus pseudo-sindicatos, esses que são cevados pela graciosa ração da contribuição sindical obrigatória. Que cada empregado se filie ao sindicato de seu interesse ou que não se filie a nenhum, se assim decidir. Precisamos tirar o estado desse convívio sindical que distorce os objetivos, a luta e os resultados das ações sindicais. Precisamos repensar o tamanho da carga tributária em função do tamanho do governo que pretendemos construir, mas, antes disso, precisaremos entender que não existe "almoço grátis". Qualquer subsídio da união, estado ou município significa uma decisão unilateral de um ente de governo à revelia de quem "paga essa conta" e isso precisa mudar. O estado não pode ter essa autonomia de gerar novas despesas públicas à revelia de, antes, consultar a quem vai paga-las. Precisamos de acabar com as "castas de empregados", a dos públicos que tem toda sorte de garantia e benesses escoimadas em leis unilaterais e segregacionistas e a dos empregados da iniciativa privada, os plebeus, aqueles que realmente tem pagado a maior parte dessa terrível conta que são as despesas de governo, mas que não tem a mesma segurança dos empregados públicos e até suas aposentadorias são disfarçadamente reduzidas ao longo da velhice, por correções diferentes do aumento efetivo do custo de vida. Precisamos extinguir o "estado empresário", privatizando todas as empresas estatais e impedindo sua participação em quaisquer empresas privadas. Precisamos de revolucionar o poder judiciário, para que desça do pedestal em que se assenta e se aproxime da realidade dos brasileiros que pagam seus honorários e benesses. Por que os processos judiciais precisam continuar redigidos por um "léxico jurídico" que é incompreensível ao brasileiro leigo? Vamos descer dessa prepotência e soberba, senhores juristas, vamos viver a nação, dialogar com ela e no idioma dela. Finalmente, chegaremos à necessária revolução do legislativo. Para tanto é a nação é quem deve decidir se quer o atual sistema ou o parlamentarismo. É ela que deve decidir sobre qual o tamanho do congresso e do senado que pretende ter e qual o tipo de eleição que praticará, se na forma atual ou na distrital. A meu juízo, essa crise que ora estamos vivenciando está nos trazendo à reflexão e essa é que promoverá a evolução que pretendemos, mas não vejo como consolidar tudo isso sem uma nova constituinte. A indagação que concluo é: Será que todos os brasileiros já estão conscientes de que esse será o melhor caminho?

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    • Telmo Heinen Formosa - GO

      Maldita hora que o Brasil adotou este regime juridico romano no qual o Rito Processual é mais importante do que o Mérito da Questão.

      O maiOR mal DISSO NÃO ESTÁ EM SI PRÓPRIO mas sim no fato de que apenas os Rábulas e mais meia dúzia de pessoas sabem disso. Entao o que ocorre? Devido à nossa descendência e costumes, somos educados segundo os princípios anglo-saxônicos, onde o principal é NÃO MENTIR. Aqui em nós até a mentira prescreve...

      Portanto, ficamos discutindo de manhã até de noiteà exaustão o mérito das questões mas lá nos Tribunais o que tem mais valor é o RITO PROCESSUAL, então que tem os Rábulas que melhor sabem interpretar os dizeres entre uma virgula e outra... levam a melhor para seus clientes e a plebe em geral fica com esta sensação de impunidade e acaba achando que isto se transforma numa autorização para cometer delitos também...

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    • Leolirio Dionisio Poletti Vila Nova-Toledo - PR

      Parabéns senhor Flávio!

      Falou tudo!

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    • Liones Severo Porto Alegre - RS

      Excelente matéria do Ricardo Constantino. Não menos importante a contribuição de Flavio Pompei que nos mostra com ideais, ideias e projetos, como podemos reconstruir nosso país. Tenho memoráveis recordações do planto verão do Ministro Bresser-Pereira em 15 de janeiro de 1989, em que a taxa cambial foi congelada e a taxa de juros em cruzados (moeda da época) era de 26% ao ano. Fizemos uma grande operação financeira estruturada. O resultado foi inimaginável, avalizada pelo consultor do grupo grande Professor Mario Henrique Simonsen. Embora tenha me oferecido um grande destaque profissional na época, não posso deixar de reconhecer que foi um dos mais desastrosos planos econômicos já concebido em nosso país.

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Sr. Flávio, pensei em não responder sua pergunta, pois geralmente a coisa vira uma celeuma em torno do assunto, e minha resposta é, não importa se o "povo" está pronto ou não, se entende ou não, se está consciente ou não, e está ai o PT para provar isso. Além disso já estão formados no Brasil, vários grupos liberais-conservadores onde o consenso não ocorre absolutamente, não ocorrem consenso quanto aos meios, quanto à finalidade, quanto ao tipo de governo... Mas todos estão indo em uma só direção, tirar Dilma, retirar Lula da politica em caráter definitivo, tirar Dias Toffoli do STF, do TSE, etc... São vários grupos, alguns preferem o enfrentamento fisico, outros a retórica, outros o direito e a justiça, o jornalismo, as redes sociais, e o combate politico propriamente dito em condições numericamente inferiores dentro das instituições, e quanto a isso nossos politicos pensam que devido à essa pressão que lhes vem de todos os lados, da sociedade principalmente, será aliviada mediante uma saida que lhes permita continuar como estão, no dominio do Estado achacador e opressor,... só que não vai ser assim. Não temos quem colocar no lugar desses incompetentes ladrões, demagogos imprestáveis, mas esse é um problema que vai ser resolvido através da formação de quadros e se dará através do campo da cultura, pois é nesse que o processo está em fase mais adiantada. O movimento liberal-conservador cresce a olhos vistos. E o que é melhor, nosso movimento não precisa de grandes "lideres", nem de consenso, nem de grandes projetos governamentais, sendo que o que queremos unicamente é aquilo que chamamos liberdade, seguindo códigos morais e legais, eis ai o conservadorismo, e liberdade economica, onde não haja um Estado que nos diga o que fazer, nem como fazer, e que não nos roube tanto como o atual, e não estou falando dos crimes e sim dos impostos, taxas e regulamentações, eis ai o liberalismo, que precisa significar o fim da burocracia que empobrece o País para privilegiar determinados grupos. O movimento é Fora PT, fora Dilma e abaixo o Estado, para que os individuos verdadeiramente bons possam crescer e mandar em suas próprias vidas. Somos pequenos grupos guerrilheiros, contra o grande exercito comuno-petista e suas franjas, e estamos vencendo a guerra. Por falar nisso, vejam aqui o que o Miguel Daoud largou na rede para que possamos conhecer a nivel nacional quais politicos se alinham mais com o pensamento de cada eleitor. É só responder as perguntas e verificar na lista, quais são os politicos que votam as matérias de acordo com aquilo que pensamos. Leiam primeiro a explicação no site do Miguel e acessem o link: http://migueldaoud.com.br/utilidade-publica-qual-deputado-te-representa/

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      http://migueldaoud.com.br/utilidade-publica-qual-deputado-te-representa

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      http://qmrepresenta.com.br/

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  • Telmo Heinen Formosa - GO

    O Brasil, principalmente na esfera governamental (municipal, estadual ou federal), carece fortemente de Administradores Profissionais.... Quem defende esta tese é o Prof. Stephen Kanitz, e eu acho que ele está coberto de razão... A grande maioria dos ECONOMISTAS que temos são especializados em dizer hoje "porque" não deram certo as previsões de ontem.... Por falar em Engenheiros de Obras Feitas, essa extravagância não existe só neste ramo. Existe sobretudo entre os jornalistas e rábulas em geral, todos muito fraquinhos quando o assunto envolve a aritmética.... Eu costumo dizer que para eles: números, para voces, são uma "Má Temática"... Basta analisarem o panorama à sua volta e facilmente chegarão também a esta conclusão...

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    • Adalton Luís de Siqueira Candelária - RS

      Enquanto os mentores da educação do país imporem que é mais importante ensinar as crianças que igualdade de gêneros é mais importante que o fortalecimento da família,

      que aulas de ensinar como se faz novela é mais importante que preparar o jvem para ter uma profissão

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    • Adalton Luís de Siqueira Candelária - RS

      enquanto o corporativismo do judiciário e seus altos salários e mordomias não caírem na real que o país é pobre e eles também tem compromisso para ajustar desigualdades

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    • Adalton Luís de Siqueira Candelária - RS

      enquanto políticos eleitos não saírem dos pedestais e terem ética, governarem pensando o melhor para população. Que eles não se escondam atrás de normas internas das casas que possibilitam altas diárias e gastos sem comprovação

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    • Adalton Luís de Siqueira Candelária - RS

      que os governos centrais não pensem em modelo de esquerda ou direita e sim em modelo desenvolvimentista

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    • Adalton Luís de Siqueira Candelária - RS

      que a imprensa destaque cinco vezes mais quando um bandido é morto do que quando um policial é morto em serviço

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    • Adalton Luís de Siqueira Candelária - RS

      Senhores ....... Acho que ser um cidadão de bem...........tá fora de moda. Que país é esse??

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