Cobertura frouxa da Globo no 16 de agosto fez até presidente da CUT parecer tolerante

Publicado em 17/08/2015 07:10
por FELIPE MOURA BRASIL (+ BLOGS DE VEJA.COM)

Saldo dos protestos de 16 de agosto

Paulista 16 de agosto

Av. Paulista: 350 mil pessoas, segundo a PM. No Brasil: 879 mil

Em tuitadas:

- Manifestantes querem Dilma e PT fora do poder, Lula na cadeia. Protesto foi maior que 12 de abril. PSDB saiu do muro. O resto é desconversa.

- Protestos mostraram que Renan Calheiros, Rodrigo Janot e ministros do TCU e do TSE sofrerão execração pública se salvarem Dilma Rousseff.

- Dilma foi encurralada pelo povo brasileiro. Melhor Renan Calheiros soltar logo sua desculpa de que tentou “salvar o país, e não uma pessoa”.

- Governo ficou preocupado com adesão significativa do Nordeste, notadamente em Salvador. Bahia é de todos os santos, não de todos os ladrões.

- 879 mil pessoas foram às ruas exigir tudo que Geraldo Alckmin atravanca. O quase petista tem agora a última chance de preferir o povo ao PT.

- Aproximação de Aécio com movimento preocupou aliados de Alckmin, diz Folha. Paulista será instado a buscar contato: oi, sou aliado da Dilma.

- Cunha não tem motivo para se reaproximar do PT após protestos. Tem é de se aliar ao PSDB contra o “acordão” para blindar a mulher sapiens.

- Petistas compraram e se venderam a empresários em nome do poder. Tucanos têm de se aliar ao empresariado solto para criar alternativa ao PT.

- Sergio Moro ofuscou todos os líderes partidários, inclusive Aécio. Recado do povo: sejam firmes na busca de justiça e serão ídolos também.

- Nestor Cerveró assinou contrato superfaturado com empreiteira para pagar dívidas da campanha de Lula de 2006. O povo já soprou o resultado.

Lula preso

Garanhuns

A terra de Lula pede perdão. Fonte: Noblat

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

 

Pela terceira vez em cinco meses, as ruas avisaram que todo o poder emana do povo

Pela terceira vez em cinco meses, o Brasil mostrou nas ruas que está farto de corrupção, incompetência e vigarice. Uma mobilização nacional de tal porte e tamanha intensidade, decididamente, não é pouca coisa. Mas o 16 de Agosto foi muito mais que isso. A unificação das palavras de ordem, por exemplo, consumou o sumiço dos nostálgicos de intervenções militares, tragados pelo oceano verde e amarelo formado por democratas que rechaçam todas as tribos autoritárias. O coro da multidão identificou com exemplar objetividade os tumores a remover antes que o estado de direito seja abatido pela infecção letal.

Em todas as regiões, a multidão exigiu o imediato despejo da presidente que já não governa e bombardeou Lula com acusações alicerçadas em fatos (além dos adjetivos, todos contundentes e todos merecidíssimos, há tanto tempo aprisionados na garganta). Aécio Neves, José Serra  e outros líderes oposicionistas enfim se juntaram aos atos de protesto e afinaram o discurso com o grito dos indignados. Inscrições em faixas e cartazes saudaram o juiz Sérgio Moro e os avanços da Operação Lava Jato. Prudentemente, Dilma trancou-se no Palácio da Alvorada com um punhado de ministros.

Deveria ter trancado no banheiro o companheiro que preside a CUT. À solta, o delinquente Vágner Freitas materializou mais uma irretocável ideia de jerico: promover uma boca-livre a favor do governo nas cercanias do Instituto Lula. Enquanto pelegos miavam no microfone, os gatos-pingados pagos para aplaudir os ataques à burguesia golpista disputavam bravamente pedaços de churrasco e garrafas de cerveja. O contraste entre a bebedeira no esconderijo do chefão e a portentosa passeata na Paulista valeu por 20 recordes de impopularidade estabelecidos por Dilma.

Neste domingo, o Brasil que presta deixou claro que continua em vigor o parágrafo único do artigo 1° da Constituição: todo o poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido. Se tiverem juízo, os figurões dos três Poderes farão a vontade de quem manda.

Valentina de Botas: o recado foi dado

VALENTINA DE BOTAS

O sucesso das manifestações venceu. Com menos ou mais gente, o recado está dado: estamos fartos. Não entende quem não quer. Claro, o governo não quer e continuará morto insistindo em esquecer de deitar, mas nem o indignado mais enlouquecido de esperança supunha uma renúncia no crepúsculo deste domingo. Pois do lado oposto da civilização está uma presidente que verga, mas não se envergonha, afinal passar ao lixo da história como a primeira mulher eleita e reeleita pelo maior esquema de corrupção de um país democrático é pouco, ela também será esquecida como a governante mais detestada.

 

Fraca, como toda figura manipuladora, não suporta o peso da ética e, assim, parece preferir esperar que a verdade em gravidez avançada dê à luz as provas que já nascerão andando, falando e com dentes. Mais uma opção pela qual fará o país pagar mais caro. Todas as circunstâncias das manifestações anteriores se deterioraram, portanto, se Dilma não se inebriasse nessa hybris dos arranjos espúrios com quem também não pode se garantir, não tentaria chegar sã e salva à sepultura política. Mas ela é a governante estúpida que, ultrapassando os confins da desonra, riu da fala intolerável de Vagner Faria anunciado a luta armada.

O meliante faz qualquer coisa pela pixuleca farsante que representa a continuidade do regime que lhe garante tetas, boquinhas e crimes – por enquanto – impunes, inclusive revogar a luta dada como irrevogável. Achou melhor gastar nosso dinheiro no tal churrasco, delinquência menos arriscada. A nação pagou um mensalão resultante em pretrolão que a fez perder 20 anos em 10. Bancou caprichos pessoais de poder, gozo e grana de uma escória farsante. É esbulhada em tudo – desde a tremenda riqueza que produz, até os serviços públicos miseráveis; infraestrutura exaurida; reformas inadiáveis adiadas para nunca; passando pela desidratação criminosa das instituições republicanas e a mediocrização autoritária do debate.

E, então, quando grita na terceira manifestação deste ano a mensagem inequívoca de que está farta, os legalistas fundamentalistas repisam que a insatisfação popular não basta para destituir um governante. Ora, cidadãos de país nenhum protestam insatisfação com governantes honestos, competentes e democráticos, assim, a platitude desconsidera as razões do repúdio ao regime lulopetista. Livrar-se desses vigaristas sem fronteiras é muito mais do que sanar uma insatisfação ou mero exercício de autoestima, essa coisa banalizada que é quase outro flanco por onde os medíocres atacam, mas uma questão de sobrevivência, pois a nação e o futuro dela são incompatíveis com a república de pixulecos

Cada indignado tem vivido a constatação tristonha de Antonio Machado que acusou o “cuán dificil es, cuando todo baja, no bajar también”, mas os novos tons da mesma cor intensa da indignação na uniformidade do grito que a manifestação deste domingo alcançou e na bem-vinda presença de Serra e Aécio reforçam que a dificuldade de tudo dá a medida da vitória de homens e mulheres em busca de um país decente: não se render, independentemente de serem centenas, milhares ou milhões.

Cobertura frouxa da Globo no 16 de agosto fez até presidente da CUT parecer tolerante

Tuitei três dias antes dos protestos de 16 de agosto:

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Conseguiram, claro. Principalmente na TV.

A GloboNews passou o dia saboreando o churrasquinho sem Lula da CUT, como mostrei aqui. Depois, veio o Fantástico:

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É verdade que a matéria sobre os atos anti-Dilma teve quase 13 minutos (para mostrar o Brasil inteiro) contra 3 minutos do churrasco da CUT, sendo, portanto, pouco mais de 4 vezes maior.

Mas os atos que reuniram 879.000 pessoas - 11 Maracanãs lotados pelas ruas - foram 1.465 vezes maior que o churrasco de 600 pessoas da CUT, segundo os números da Polícia Militar.

Sob o velho pretexto de afetar equilíbrio e isenção, a Globo – que recebeu R$ 6,2 bilhões dos governos Lula e Dilma em publicidade federal – acabou favorecendo o PT.

O site de VEJA ainda informa:

“A cúpula do PSDB não gostou da cobertura que a Rede Globo fez das manifestações contra o governo nesse domingo. A emissora carioca concentrou o noticiário em seu canal da TV paga, a GloboNews, e fez inserções discretas sobre o assunto na programação dominical da TV aberta. Em 15 de março, quando o Brasil assistiu às maiores passeatas de sua história, a Globo mostrou desde cedo gente nas ruas das principais capitais do país, o que, na avaliação dos tucanos, estimulou a adesão às marchas de protesto.

O jornal Folha de S.Paulo publicou neste domingo que o dono das Organizações Globo, João Roberto Marinho, circulou por Brasília na semana passada e se encontrou, entre outros líderes, com o vice-presidente Michel Temer e com o presidente do Senado, Renan Calheiros, que iniciou um movimento de reaproximação com o governo petista.”

Marinho teria pedido moderação aos políticos para evitar que a crise se aprofunde ainda mais.

Espero que os políticos de oposição se mantenham menos “moderados” que a cobertura da Globo.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

A marcha da história e a voz rouca das ruas: o que pode unir o Brasil?

Escrevo sem saber como será a adesão dos brasileiros aos protestos marcados para hoje, alguns já em curso. Dependendo do resultado, o termômetro vai apontar ou um agravamento ou um arrefecimento da crise política que coloca a presidente Dilma numa situação de “balança mas não cai”. Mas uma coisa é certa: a imensa maioria do povo, indo ou não às ruas, quer a saída de Dilma do governo, está cansada do cinismo, das mentiras, da incompetência e da corrupção que assola o país.

Portanto, não faz o menor sentido o que certas entidades, fazendo o jogo do próprio PT, têm dito sobre “unir o Brasil”. Qualquer união passa, hoje, por tirar Dilma de lá, pois com sua presença zumbi, sem credibilidade alguma, não temos chance de superar a crise e poder voltar a sonhar com um futuro melhor. O que diz a coluna de Ilimar Franco hoje no GLOBO, então, carece de sentido:

Ilimar

Bandeiras como o impeachment não dividem o país coisa alguma! Pesquisas apontam que mais de 60% dos brasileiros desejam tal medida. Dilma conta com a aprovação de menos de 8% dos entrevistados. A ideia de que, para a união do país, falar em impedimento seria algo contraproducente não se sustenta, portanto. Os brasileiros sabem, no fundo, que qualquer processo de superação da crise deverá contar, necessariamente, com a saída de Dilma. A via mais nobre seria a renúncia, naturalmente, mas falta à “presidenta” tal nobreza e humildade.

Por isso mesmo, resta ao povo brasileiro a pressão das ruas, para que a mensagem fique ainda mais clara: com Dilma não há possibilidade de conversa e união. Os petistas tentam, desesperados, criar uma nova narrativa, alegar que as manifestações não são somente contra o governo Dilma, o PT, e sim algo que vem de antes, que combate uma “corrupção” mais abstrata. Falso: os protestos têm alvo certo e bem definido, e os petistas e seus aliados querem impedir o sucesso das manifestações pois sabem o que está em jogo. Como escreve Merval Pereira em sua coluna de hoje:

As manifestações marcadas para todo o país darão hoje a dimensão da crise que estamos vivendo, e o tamanho das massas nas ruas será decisivo para os desdobramentos políticos, mas não definitivo.

Os políticos no Congresso, os membros do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que têm nas mãos processos que podem levar à interrupção do mandato da presidente Dilma, estão ansiosos para ver materializar-se nas ruas o tamanho da indignação da sociedade civil, já medida pelas pesquisas de opinião num número impactante e recordista na história recente: 71% de rejeição ao governo Dilma.

A voz rouca das ruas, na feliz expressão de Ulysses Guimarães, é um fator fundamental na decisão política por trás dos julgamentos dos órgãos de controle que representam justamente essa sociedade que se movimenta pelo país em busca de uma solução para a crise em que estamos metidos.

[...]

O processo da história está em marcha irreversível, e as manifestações de hoje são um elemento a mais nesse intrincado jogo político. Ao contrário das similares anteriores, as manifestações dos últimos anos contra o governo Dilma são fruto da convocação pelas redes sociais e não obedecem a comandos partidários, mesmo que partidos de oposição tenham aderido a elas. 

Mas há comandos partidários tentando ajudar o governo Dilma atrapalhando as manifestações. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, do PMDB, por exemplo, manteve para hoje eventos testes da Olimpíada 2016, fechando diversas ruas da Zona Sul, depois de ter sido anunciado que eles seriam adiados por causa das manifestações.

Como disse, escrevo antes de saber o resultado das manifestações, mas mesmo com certos obstáculos acredito que não será desprezível e que o maçarico continuará ligado no cangote da presidente. Os petistas acenam com uma “vontade” de conversar, de falar, agora, em união, mas é só porque perceberam que o destino do partido e da presidente é incerto e arriscado. Trata-se de uma tática cínica, como de praxe, de quem não acredita realmente na união, na conversa, no diálogo construtivo e civilizado. É um ato desesperado de quem não enxerga mais alternativa, e precisa ceder um pouco para sobreviver. Vejam o que escreve o senador Humberto Costa hoje no jornal:

O momento atual é de séria instabilidade política. Ele exige de todas as lideranças esforço em favor de uma grande concertação nacional que estanque a crise e nos tire do imobilismo.

O cenário não deve abrigar atitudes inconsequentes nem pode ser usado como justificativa para saídas sem amparo na Constituição. Atos dessa natureza denotam imaturidade política, reprovável falta de compromisso com a democracia e servem a diminuir o Brasil ante a comunidade internacional.

Os que agem com responsabilidade e altivez já começam a externar inquietude com os expedientes de que alguns têm se valido para atiçar a crise e incendiar o país. A nota das duas maiores federações de indústrias do Brasil — Fiesp e Firjan — é um exemplo. Há manifesto apoio à proposta de união das forças políticas e uma exortação à responsabilidade.

[...]

A oposição deve retomar seu papel de combater o governo dentro da legalidade e da legitimidade. O mandato da presidente Dilma só findará em 2018. Ela não vai renunciar nem vai ser impedida de governar. Qualquer tentativa de abreviar seu mandato não será aceita.

[...]

A onda de cansaço com a política está nas ruas não é de agora, e não é apenas com o governo ou com o PT, como muitos querem fazer parecer. Os movimentos de 2013 evidenciaram a insatisfação dos brasileiros com o modelo de representação vigente.

Temos condições de dobrar a crise econômica e assegurar ao Brasil o caminho do desenvolvimento inclusivo. Mas não conseguiremos vencê-la enquanto interesses mesquinhos patrocinarem uma crise política. É o momento de construirmos essa ampla concertação para garantirmos a estabilidade institucional de que o país precisa para seguir em frente.

São palavras desesperadas de quem tenta reescrever os fatos. Foi o PT que fechou, com sua arrogância e sua retórica, todas as portas para qualquer diálogo. Foi o PT que segregou o país entre “nós” e “eles”. Foi o PT que demonizou qualquer adversário político, tratado como inimigo com más intenções. Foi o PT que praticou o maior estelionato eleitoral da história. Foi Dilma quem, depois de ser reeleita com muito abuso da máquina estatal, sequer mencionou em seu discurso o nome do segundo colocado, que recebeu 51 milhões de votos nas urnas. O PT destruiu todas as pontes, e agora olha, apavorado, para o vácuo existente.

Ninguém, ao contrário do que afirma o senador petista, luta contra Dilma fora da legalidade e da Constituição. Ela prevê o impeachment, o mesmo que o PT pediu quando Collor era o presidente. Não é irresponsabilidade se articular para a saída da presidente; ao contrário: irresponsável é mantê-la lá a todo custo, mesmo que seja o de implodir a nação, inviabilizando reformas necessárias. A oposição está combatendo o PT dentro da democracia. Foi o PT que tentou destrui-la, com o mensalão e depois o petrolão, tentando comprar todos os deputados. E agora também é o PT, com seus aliados, que fala em “pegar em armas” e coisa do tipo, ferindo novamente as regras do jogo.

O golpismo vem do PT, e o povo brasileiro já percebeu isso. A farsa acabou, mas os petistas ainda não querem aceitar a dura realidade. O texto de Humberto Costa é um misto de desespero com esperança, achando que ainda é possível reverter o quadro de total rejeição ao governo. Mas o recado das ruas é inequívoco, e o que o povo quer está bem claro, como destaca Murilo de Aragão em texto publicado hoje no jornal:

O que as ruas querem? Considerando o perfil dos manifestantes de eventos passados, a maioria era de eleitores de oposição. Entretanto, a situação de hoje é bem diferente. A impopularidade do governo pegou em cheio eleitores e não eleitores de Dilma.

Para piorar, a cena econômica se deteriorou frente ao quadro de março. O que era apenas político e ético, agora passa a ser econômico também. É uma situação muito grave que tende a enfraquecer o governo, já que tudo conspira contra. Inclusive a precária capacidade de o Executivo se comunicar. E, pior, de reagir ao recado das ruas.

O que quer as ruas? Basicamente, três coisas que dependem da preferência (ou da não preferência) política dos manifestantes. São elas: uma atitude firme dos poderes públicos contra a corrupção; a substituição do atual governo; e/ou a retomada do crescimento econômico, com controle da inflação.

Concordo com a análise, e digo mais: essa gente toda já sabe que tais metas não podem ser alcançadas com Dilma lá, com o PT. A substituição do atual governo é o desejo de quase todos os brasileiros hoje. Quando o PT fala em união, portanto, finge-se alheio aos acontecimentos do país. Que essa mensagem fique mais transparente após as manifestações de hoje pelo Brasil: qualquer união do país passa pela saída de Dilma e do PT do governo. O resto é grito de desespero de quem faz o “diabo” para não largar o osso, ainda que isso coloque em risco nosso futuro. O PT populista nunca ligou mesmo para o futuro do povo brasileiro…

Rodrigo Constantino

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Blog Felipe Moura Brasil (VEJA)

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