AUGUSTO NUNES: Kátia Abreu mostra por que assumiu o posto que era de Erenice Guerra

Publicado em 22/08/2016 09:44
EM VEJA.COM

Amigas para sempre

“Quem se dedicar a analisar os indicadores econômicos dos últimos anos vai perceber que vivemos uma redução da atividade econômica em muito influenciada por fatores externos”. (Kátia Abreu,senadora do PMDB de Tocantins, em artigo publicado na Folha, ao atribuir a crise econômica brasileira a uma crise mundial que se restringe à Grécia e à Venezuela, mostrando por que assumiu o posto de melhor amiga de Dilma Rousseff depois que Erenice Guerra virou caso de polícia)

Amigas para sempre (2)

Kátia Abreu garante que tão política quanto todos os políticos

“Não podemos também, sob hipótese alguma, ceder ao bordão fácil de que a presidente foi leniente com a corrupção. A Operação Lava Jato teve início em 2014 — no governo Dilma, portanto — e, quanto mais se aprofunda no submundo da política brasileira, mais fica claro que a corrupção não tem horizonte temporal definido nem se cinge a um determinado partido. Infelizmente”. (Kátia Abreu, senadora e política de carreira, em artigo publicado na Folha, garantindo que a corrupção envolve todos os senadores e todos os políticos de carreira).

 

‘Presidenta’ é palavra só usada por gente que flexiona a espinha com mais destreza que ginasta olímpico (por AUGUSTO NUNES)

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“Estou aqui falando como linguista”, avisa na primeira linha o comentário enviado à coluna por Rafael Brandão.

A frase é uma variação do velho “Sabe com quem está falando?” No caso, é fácil saber que estou falando com ─ melhor: estou ouvindo por escrito ─ uma sumidade em língua portuguesa, um doutor em anacolutos, assíndetos, hipérboles, pleonasmos, metonímias e verbos irregulares, fora o resto.

“Presidenta é um termo CORRETO e é aceito tanto em registros lexicográficos mais antigos quanto nos contemporâneos da língua”, começa a aula. 

As maiúsculas que engordam e elevam a estatura do adjetivo “correto” (CORRETO parece mais corpulento, mais musculoso) gritam a advertência: quem duvida da afirmação corre o risco de levar uma surra de ponto de exclamação, usado ora como borduna ora como bengala por linguistas enfurecidos. Afinal, faz mais de 100 anos que presidenta virou verbete de dicionário (“registro lexicográfico”, prefere Rafael Brandão).

“A flexão de gênero em termos como presidenta, contenta etc., está presente em três dos idiomas neolatinos: português, espanhol e italiano”, prossegue o mestre, dispensando-se de ressalvar que a maioria das nações cujos idiomas oficiais são neolatinos optou pelo exemplo da França, que mantém o Madame le Président.

A aula de falsa erudição é encerrada com um pito amplificado pelo cortejo de maiúsculas: “Portanto, pessoas, PAREM DE ATRIBUIR QUESTÕES FILOLÓGICAS A PARTIDOS POLÍTICOS. Pois no final das contas, se tornam arrogantes vocês, que opinam sem saberem sobre o que falam”.

Os idiotas estão por toda parte, alertou Nelson Rodrigues há quase 50 anos. E andam proliferando como nunca no mundo da linguística, informa o conteúdo do texto e confirma aos berros a última frase. Falta uma vírgula depois de “Pois”. O “vocês” se sentiria bem mais confortável se estivesse alojado entre a vírgula e o “se”. E esse “opinam sem saberem” é um pontapé no idioma de dar inveja a Dilma Rousseff. Brandão ignora que o certo, o CORRETO, é deixar o segundo verbo posto em sossego no infinitivo: “saber”. Esse “saberem” é coisa de quem nada sabe.

Enquanto o companheiro linguista estuda o que fazer com verbos e plurais, tratemos do que interessa. Como todo brasileiro alfabetizado, sei desde sempre que não é errado dizer ou escrever “presidenta”: a palavra existe. Como todo brasileiro sensato, sei desde os tempos de colegial que o status de verbete de dicionário não torna certos termos menos ridículos. (Ninguém chama o marido ou a mulher de “consorte”. Noiva nenhuma admite ser qualificada de “nubente”)

E sei sobretudo, como todo brasileiro que não renunciou à altivez, que “presidenta” é palavra usada só por gente que flexiona a espinha com mais destreza que ginasta olímpico. O tratamento que Dilma exigiu ao instalar-se no planalto é um exotismo que virou distintivo dos sabujos, dos vassalos, dos servis, dos bajuladores e de outras ramificações da tribo dos subalternos incuráveis.

Para alívio de quem preza a língua portuguesa, presidenta tem data marcada para morrer. Ainda que permaneça homiziada em dicionários, a invencionice não sobreviverá ao sepultamento político de Dilma Rousseff. E então será restaurado em sua plenitude o bom e velho “presidente”, substantivo de dois gêneros que designa alguém ─ homem ou mulher ─ que preside alguma coisa. Pode ser uma empresa. Pode ser uma organização criminosa. E também pode ser um governo que, disfarçado de instituição republicana, age como se fosse um bando de delinquentes.

“O certo e o errado” e outras nove notas de Carlos Brickmann

Dilma teve ministros demais, não chegou a conhecê-los. Imagina que se envergonham, embora conviva com quem não se envergonha de dizer que aqueles imóveis não são seus (Publicado na coluna de Carlos Brickmann)

Faz pouco mais de 200 anos, na Europa. O rei francês Luís 16, da família Bourbon, tinha sido deposto e executado, Napoleão Bonaparte havia conquistado meia Europa e sido depois derrotado, outro rei da família Bourbon, Luís 18, chegara ao poder. O francês Talleyrand foi ministro dos diversos governos franceses inimigos entre si; foi demitido por corrupção e readmitido. Faz lembrar outros políticos, de outro país, de outra época, coerentes ao apoiar sempre o Governo, seja ele qual for. Mas foi também um fino observador político. E deu a seguinte opinião, ferina e precisa, sobre a família Bourbon: “Nada esqueceram, nada aprenderam”.

Há mais coisas na França da época, aliás, que relembram o Brasil. Como a família imperial brasileira, que é de Bragança, mas também Bourbon.

Voltemos no Brasil. Dilma Rousseff vai ao Senado no dia 29. Entregará aquela carta patética – que, mesmo que fosse impecável, não teria efeito, por ser muito tarde. Irá em pessoa fazer a defesa, para constranger os seis senadores que foram seus ministros e votaram contra ela no impeachment. Quer expô-los à opinião pública, vingar-se da traição que sofreu.

Dilma teve ministros demais, não chegou a conhecê-los. Imagina que se envergonham, embora conviva com quem não se envergonha de dizer que aqueles imóveis não são seus e que não sabia de nada. Busca constranger quem nem sabe o que é isso.

Dilma nada esqueceu e nada aprendeu.

Quem é quem

Dilma acha que vai constranger Édison Lobão (PMDB – MA), Fernando Bezerra Coelho (PSB – PE), Garibaldi Alves (PMDB – RN), Marta Suplicy (PMDB – SP), Eduardo Braga (PMDB – AM) e Marcelo Crivella (PRB – Rio). Todos foram seus ministros. Braga foi ainda líder do Governo.

No roteiro

Após dizer que é vítima de golpe e de pedir justiça, Dilma deve chorar.

Depois do choro, choro

Após o impeachment, Dilma perde o foro privilegiado. O inquérito do Supremo sobre obstrução da Justiça vai para a primeira instância. Pode acontecer de, ao lado de Lula, ser interrogada pelo juiz Sérgio Moro.

Zero mais zero, zero

O pedido de explicações da OEA, sobre o impeachment de Dilma, é formal, feito quando há uma denúncia. A OEA não tem qualquer jurisdição sobre o Brasil. Mesmo que considere correta a denúncia, só pode fazer campanhas, manifestações, abaixo-assinados – que irão para a Cesta Seção.

Temer e PSDB, tudo a ver

A reunião de Temer com os tucanos, na quarta, foi ultra amigável. Diante das queixas sobre os vaivéns da área econômica, Temer disse que a economia terá a cara do PSDB. E Aécio Neves acreditou.

Temer e PSDB, nada a ver

Na véspera, quando prepararam a reunião, as coisas foram mais quentes, como narra o colunista Cláudio Humberto. O PSDB, temendo que Temer saia à reeleição, ou apoie Henrique Meirelles, pediu que ele se comprometa a apoiar um tucano. “Sem problemas”, disse Temer. Peço que me tragam um nome de consenso, no jantar de amanhã, e eu o apoiarei”. Maldade pura: Aécio, Serra, Alckmin?  O PSDB é um partido formado exclusivamente por amigos, sendo todos eles inimigos.

Puna-se a vítima

Que tal a decisão da Justiça de rejeitar a indenização ao repórter fotográfico Sérgio Silva, que perdeu a visão de um olho ao ser alvejado com bala de borracha por um policial, na cobertura de uma manifestação? Segundo a sentença, “ao se colocar na linha de confronto entre a polícia e os manifestantes, [Silva] voluntária e conscientemente assumiu o risco de ser alvejado por alguns dos grupos em confronto”.

Claro que a culpa é da vítima: se fosse lojista, estaria na loja (sujeito apenas a balas de bandidos) e não no conflito. Se fosse uns 15 cm. mais baixo, a bala não o atingiria. Mas em que outro lugar queria Vossa Excelência que o fotógrafo estivesse?

Festa do caqui

A Câmara Federal voltou a funcionar no início de agosto, depois do recesso de julho. Nesta semana já não houve sessões, porque iria começar a campanha eleitoral. Nas próximas semanas os parlamentares estarão trabalhando na campanha; e começará o recesso branco até 6 de outubro, data do primeiro turno. Na Câmara só não para o fluxo de pagamentos.

Festa da uva

O Tribunal de Contas da União elaborou projeto, já em fase de concorrência, para instalar em suas dependências uma barbearia – ou salão de beleza, com barba, cabelo, tintura, escova, massagens, depilação, incluindo a íntima, manicure, pedicure, sobrancelha. O salão deve funcionar no horário de expediente, quando os servidores estão no serviço.

Marcos Troyjo: A América Latina está ‘sob nova direção’?

Melancólico fim da era Lula-Dilma no Brasil. Queda do kirchnerismo na Argentina. Declínio da aprovação aos governos de esquerda na Bolívia e no Equador. Ocaso dos regimes autocráticos de Cuba e Venezuela. Constatações de que novos ventos podem soprar na América Latina.

Nessa inflexão de rumos, aparece a perspectiva de tempos melhores para a região. Ao menos uma maior chance para a construção de governança mais fiscalmente responsável, pragmática, meritocrática e, sobretudo, menos populista. Os câmbios internos à região, contudo, por si só não bastam.

Ao longo da história, a América Latina sempre oscilou ao sabor das chamadas “externalidades” —janelas de oportunidades que determinado cenário global abre ou fecha de modo a permitir a ascensão dos países da região.

Dado seu (pequeno) peso específico na geopolítica ou na geoeconomia, a América Latina sempre foi mais “tomadora” (trendtaker) do que “fazedora” (trendmaker) de tendências. O mundo impactou mais a América Latina do que ela ao mundo.

Nesses termos, uma adaptação da famosa reflexão do filósofo espanhol Ortega y Gasset apontaria: “a América Latina é ela própria —e suas circunstâncias”.

Na dimensão conjuntural, geralmente se associam tais externalidades ao volume e portanto o custo de atração da liquidez global, bem como ao preço relativo das commodities, principal item da pauta exportadora latino-americana.

Pois bem, quero aqui render uma homenagem àquele que acho o latino-americano mais importante do século 20 — o economista argentino Raúl Prebisch, que, estivesse vivo, completaria 100 anos neste 2016.

Em fins da década de 1940, Prebisch apontava que as oportunidades de crescimento para a América Latina num cenário em que o papel de economia central preponderante se consolidara nos EUA tornavam-se bastante restritas.

Já na metade do século 20 os EUA detinham não apenas o maior PIB industrial, mas também a maior economia agrícola do mundo. A propósito, àqueles que gostam de enfatizar os efeitos perniciosos ao desenvolvimento da chamada “maldição dos recursos naturais”, vale a pena salientar que mesmo hoje o maior produtor global de commodities são os Estados Unidos.

Assim, não foi o fim de um ciclo apreciativo de preços globais para commodities agrícolas e minerais em que a América Latina detém vantagens comparativas o que levou ao declínio do “esquerdo-populismo” na região.

A ausência de um forte marco institucional e o déficit estratégico de diversificação econômica (ambos propícios ao capitalismo de compadrio e à corrupção) estão no cerne de tal esgotamento.

Para que a América Latina esteja efetivamente “sob nova direção” é necessário, contudo, que os movimentos de mudança de titularidade na liderança política em países como Brasil e Argentina não sejam apenas uma mera substituição de elites disfuncionais.

Nesse período de superciclo das commodities que ajudou a turbinar o esquerdo-populismo na América Latina, Prebisch seguramente reconheceria grandes janelas de oportunidade com a ascensão da China.

Esta, com seu apetite pantagruélico por commodities, acabou por conferir durante algum tempo grande vantagem nos termos de troca aos produtos oriundos da América Latina.

O curioso é que, do ponto de vista das externalidades, ao contrário dos cenários sombrios que se pintavam até pouco tempo atrás, a América Latina também pode encontrar saídas favoráveis.

E elas não precisam vir única e exclusivamente do comércio, de que é exemplo o deslocamento da curva de demanda, digamos, por alimentos, associada ao crescimento de China, Índia, Indonésia, Vietnã e outras economias de elevado crescimento no Sudeste Asiático. Há uma nova dimensão favorável à América Latina no campo dos investimentos.

O “brexit” empurrou o eixo global de risco também para a Europa, o que levou a uma melhoria comparativa das perspectivas para a América Latina, sobretudo em termos de destino de investimentos estrangeiro direto (IED).

Nesse contexto, há uma “externalidade conjuntural” favorável — a tendência à manutenção de taxas internacionais de juros baixas em razão do parco crescimento nos EUA e Europa — o que cria a atmosfera propícia a que os países latino-americanos coloquem sua casa macroeconômica em ordem.

Além disso, emerge também uma “externalidade estrutural” potencialmente benéfica, que é a dramática expansão do papel da China como fonte de financiamento da infraestrutura e origem de IEDs para os países latino-americanos.

Assim, longe de uma era de tragédias decretadas, a América Latina pode, mesmo num cenário de maior protecionismo comercial e populismo no Atlântico Norte, encontrar nichos de oportunidade para sua inserção global decorrentes sobretudo da ascensão da Ásia-Pacífico.

Ao responder apenas à conjuntura pontual, os novos governos latino-americanos merecerão apenas ostentar a faixa “sob nova direção” em termos nominais.

Se, ao contrário, aproveitarem esses novos vetores asiáticos para modernizar sua própria economia política, terão contribuído em grande medida para aumentar a importância da América Latina no mundo contemporâneo.

“Estou aqui falando como linguista”, avisa na primeira linha o comentário enviado à coluna por Rafael Brandão.

A frase é uma variação do velho “Sabe com quem está falando?” No caso, é fácil saber que estou falando com ─ melhor: estou ouvindo por escrito ─ uma sumidade em língua portuguesa, um doutor em anacolutos, assíndetos, hipérboles, pleonasmos, metonímias e verbos irregulares, fora o resto.

“Presidenta é um termo CORRETO e é aceito tanto em registros lexicográficos mais antigos quanto nos contemporâneos da língua”, começa a aula. 

As maiúsculas que engordam e elevam a estatura do adjetivo “correto” (CORRETO parece mais corpulento, mais musculoso) gritam a advertência: quem duvida da afirmação corre o risco de levar uma surra de ponto de exclamação, usado ora como borduna ora como bengala por linguistas enfurecidos. Afinal, faz mais de 100 anos que presidenta virou verbete de dicionário (“registro lexicográfico”, prefere Rafael Brandão).

“A flexão de gênero em termos como presidenta, contenta etc., está presente em três dos idiomas neolatinos: português, espanhol e italiano”, prossegue o mestre, dispensando-se de ressalvar que a maioria das nações cujos idiomas oficiais são neolatinos optou pelo exemplo da França, que mantém o Madame le Président.

A aula de falsa erudição é encerrada com um pito amplificado pelo cortejo de maiúsculas: “Portanto, pessoas, PAREM DE ATRIBUIR QUESTÕES FILOLÓGICAS A PARTIDOS POLÍTICOS. Pois no final das contas, se tornam arrogantes vocês, que opinam sem saberem sobre o que falam”.

Os idiotas estão por toda parte, alertou Nelson Rodrigues há quase 50 anos. E andam proliferando como nunca no mundo da linguística, informa o conteúdo do texto e confirma aos berros a última frase. Falta uma vírgula depois de “Pois”. O “vocês” se sentiria bem mais confortável se estivesse alojado entre a vírgula e o “se”. E esse “opinam sem saberem” é um pontapé no idioma de dar inveja a Dilma Rousseff. Brandão ignora que o certo, o CORRETO, é deixar o segundo verbo posto em sossego no infinitivo: “saber”. Esse “saberem” é coisa de quem nada sabe.

Enquanto o companheiro linguista estuda o que fazer com verbos e plurais, tratemos do que interessa. Como todo brasileiro alfabetizado, sei desde sempre que não é errado dizer ou escrever “presidenta”: a palavra existe. Como todo brasileiro sensato, sei desde os tempos de colegial que o status de verbete de dicionário não torna certos termos menos ridículos. (Ninguém chama o marido ou a mulher de “consorte”. Noiva nenhuma admite ser qualificada de “nubente”)

E sei sobretudo, como todo brasileiro que não renunciou à altivez, que “presidenta” é palavra usada só por gente que flexiona a espinha com mais destreza que ginasta olímpico. O tratamento que Dilma exigiu ao instalar-se no planalto é um exotismo que virou distintivo dos sabujos, dos vassalos, dos servis, dos bajuladores e de outras ramificações da tribo dos subalternos incuráveis.

Para alívio de quem preza a língua portuguesa, presidenta tem data marcada para morrer. Ainda que permaneça homiziada em dicionários, a invencionice não sobreviverá ao sepultamento político de Dilma Rousseff. E então será restaurado em sua plenitude o bom e velho “presidente”, substantivo de dois gêneros que designa alguém ─ homem ou mulher ─ que preside alguma coisa. Pode ser uma empresa. Pode ser uma organização criminosa. E também pode ser um governo que, disfarçado de instituição republicana, age como se fosse um bando de delinquentes.

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Fonte:
Blog Augusto Nunes, de veja.com

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