Raquel Dodge foi seguida por gente que se dizia da PGR; Janot tentou impedir indicação, por Reinaldo Azevedo

Publicado em 30/06/2017 10:51

Minhas caras, meus caros, coisas da maior gravidade estão em curso em Brasília. Graves, eu diria, num grau como ainda não se viu em tempos democráticos. Parece que pessoas empenhadas em derrubar o presidente Michel Temer andaram indo longe demais. E não consta que desistirão tão cedo. Por que tanta determinação? É o que a história deixará claro um dia — ao menos espero.

Há três episódios que precisam ser tornados públicos e que revelam o estado das coisas. Muito se diz, para desconfiança de alguns, que há uma tentativa de se instaurar um regime policial no Brasil. Estou entre os que acham essa avaliação procedente. Então vamos ao primeiro evento estupefaciente.

Episódio um
Nesta quinta-feira, Raquel Dodge, indicada na noite anterior pelo presidente Michel Temer para substituir Rodrigo Janot, teve seus passos milimetricamente monitorados por pessoas que se disseram a serviço da Procuradoria-Geral da República. Para quem não entendeu: ela foi seguida.

Raquel, como se sabe, é uma desafeta de Janot porque se opõe não ao combate à corrupção, é claro!, mas aos métodos um tanto autocráticos e truculentos com que o titular da PGR conduz o órgão. “Está acusando Janot, Reinaldo?” Não me atrevo. Não sou do tipo que faria ilações irresponsáveis na linha: “a) Janot não queria Raquel na PGR; b) pessoas que se diziam a serviço da PGR seguiram Raquel; c) logo, Janot mandou seguir Raquel”.

Se tivesse elementos para isso, diria. Quando menos, que se abra uma sindicância interna.

E que Raquel Dodge saiba: estava sendo seguida ontem. E seus perseguidores se diziam a serviço do órgão que ela vai comandar.

Leia a notícia na íntegra no blog de Reinaldo Azevedo no site da RedeTV

Futura procuradora-geral terá a difícil missão de tirar a Lava Jato do caminho da delinquência

Leiam trechos da minha coluna na Folha:
Só existe um caminho seguro para que o Brasil passe a ser um país menos corrupto, mais eficiente, respeitador do dinheiro público e voltado à correção de desequilíbrios que conduzem a iniquidades. É o das reformas. Não me refiro apenas a essas que estão no noticiário: da Previdência, trabalhista, política. Trato do reformismo em sentido amplo.

A alternativa é o jacobinismo canhestro que emana de fanáticos que hoje compõem a Lava Jato e que transformaram o necessário combate à corrupção num fim em si mesmo e numa sequência de atos criminosos.

O moralismo tacanho é, para a direita e os conservadores no geral, o que a irresponsabilidade fiscal é para a esquerda: sua atração fatal, seu amor bandido, o seu jeito estúpido de ser. Quando se transforma a caça aos corruptos num ponto de chegada da vida pública, também se escolhem os meios da luta política, que haverão de ser necessariamente policialescos, repressivos, opressivos se preciso.
(…)
Rodrigo Janot deixa a Procuradoria-Geral da República em setembro. Poderia, de fato, estar saindo do cargo como aquele que encetou esforços inéditos no Ministério Público Federal para enfrentar os desmandos, a audácia criminosa dos poderosos, a impunidade arrogante dos donos do poder.

Em vez disso, deixa um rastro de terra arrasada, à feição das expedições vingadoras.

Leia a íntegra no blog de Reinaldo Azevedo no site da RedeTV

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
Blog Reinaldo Aezevedo - RedeTV

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário