O País do Carnaval esperava que, no último 7 de Setembro com a dupla no governo, o ministro Nelson Jobim e o presidente Lula, ambos fantasiados de brigadeiro, irrompessem nos céus de Brasília na cabine de um Rafale e anunciassem com um rasante a abertura do desfile oficial. Como os especialistas em caças negaram fogo, Dilma Rousseff aproveitou outra entrevista coletiva para flutuar na estratosfera. O implacável Celso Arnaldo, sempre de olho na doutora em nada, acompanhou a performance. O relato confirma que o eleitorado brasileiro não vai bem da cabeça:
De uma semana para cá, a estratégia virou rotina de campanha. A presidente pré-eleita irrompe diante da imprensa que faz plantão à porta de sua casa em Brasília para um “pronunciamento” sobre assunto de sua preferência. Tecnicamente, não é uma coletiva — o quinteto de microfones alinhados numa bancada informa que seus donos, repórteres das principais redes de TV do país, serão mantidos a razoável distância, evitando-se perguntas embaraçosas ou gerando perguntas inaudíveis ao espectador. É um cenário semelhante ao que enquadra os pronunciamentos do presidente Obama, nos jardins da Casa Branca, diante dos correspondentes. Ou declarações do primeiro-ministro David Cameron, em frente ao número 10 da Downing Street. Esse privilégio é cacoete e honraria de chefe de estado.
Mas Dilma, ao contrário dessas autoridades, aparece para falar não porque tenha algo importante a dizer, já que nunca é o caso – mas porque, em dia sem agenda pública no meio de uma campanha presidencial, é um risco ficar fora do noticiário do horário nobre da noite. Então, Dilma precisa dizer alguma coisa, todo dia. Dizer o quê?
É seu staff de campanha que a municia com um tema. Presumo que, antes da aparição pública, ela seja submetida a um treinamento de choque – não digo um brain wash, porque nesse caso seria preciso haver um brain. Digamos que é um intensivão de imersão e condicionamento, meio pavloviano, onde toda a camarilha – Dutra, Cardozo, etc – sugere conceitos básicos, figuras de linguagem bem simples, para sustentar o tema e a fala de Dilma. Nem sempre a ideia é criativa. Qual será o tema de 7 de setembro? Lógico: o 7 de setembro.
Para Como o ministro Nelson Jobim do Ex
Vem a candidata, com um terninho da coleção Alexandre Dunga Herchcovitch, seu consultor de estilo. E chega vestida para matar. Pronunciamento da presidente pré-eleita, Dilma Rousseff, sempre abala as estruturas – no mínimo, nos enche de renovada esperança. Sobretudo porque, a seu lado, de camisa de malandro, está seu guarda-costa, o brutamontes ZéDutra13, reserva nacional. As primeiras palavras de Dilma são indiscutivelmente marcantes:
– Hoje é 7 de setembro.
Começa bem, firme, sem erros. Hoje não é dia 6 ou 8, mas 7. E estamos em setembro. Dilma melhora a olhos vistos – como a catarata de meu pai.
Prossegue:
– Então, eu acho que 7 de setembro a gente tem de se fazê uma reflexão sobre algumas ideias-forças que tá por trás da nossa, da nossa situação nacional.
Aí complicou um pouco. Alguém, na reunião da casa, deve ter sugerido usar a expressão ideia-força ou ideias-força — jargão típico de petista que entrou na faculdade de Ciências Sociais só para aderir à greve permanente da UNE. Mas a expressão, composta, era complicada demais para a ideia-fraqueza de Dilma. E ela, para variar, depois de “se fazê” uma reflexão, tropeçou na flexão na hora de repetir o que lhe passaram: o “ideias-forças”, de fato, não caiu bem.
Mas louve-se o esforço de nossa presidente em aprimorar sua oratória: assim que ela deixou escapar “ideias-forças”, percebeu instantaneamente o erro e, com o singular de volta à ponta da língua, lascou um “que tá por trás”.
Depois, hesitou um pouco para fechar o raciocínio que começou tão promissor: atrás do quê, exatamente, estariam as ideias-forças? Enfim, saiu. “Nossa situação nacional” foi a expressão escolhida.
Acatada a sugestão: com Dilma presidente, “nossa situação nacional” será uma vergonha aos olhos do mundo. E acho que o mundo perceberá isso muito antes do próximo 7 de setembro.
O vídeo é obrigatório:
Renato Janine Ribeiro é professor de Ética (Deus meu!!!) da faculdade de filosofia da USP. Adota a padrão petista-com-coração, embora faça questão de dizer que não é filiado à legenda. É o pior tipo. A não-filiação só lhe serve de licença adicional para fazer a linha justa do partido fingindo identificar-se apenas com a justiça. Eu já o servi em postas aqui, especialmente no texto Dissecando a vigarice intelectual de um esquerdista sensível. Janine é uma espécie de Marilena Chaui de segunda degeneração. Se aquela recorre a Spinoza para, na prática, justificar Delúbio Soares, Janine usa Delúbio Soares para tentar apreender o que seria a natureza humana. Num caso, empresta-se alcance teórico ao crime; no outro, o crime é naturalizado como vocação natural.
A edição da Folha de hoje traz dois artigos sobre essa lambança de quebra de sigilo. Um deles, de Ricardo Caldas, critica a óbvia agressão ao estado de direito.O outro, de Janine, ATACA A OPOSIÇÃO E AS VÍTIMAS. Que interessante! Sempre achei que certas coisas não comportam “outro lado”. Respeitar uma Constituição democrática, por exemplo, não tem um avesso aceitável — não entre civilizados, que é para quem, suponho, fala o jornal. Existe diferença entre os violadores de sigilo e Marcola, o chefe do PCC? Existe, sim. Aqueles são mais perigosos para o regime democrático do que este porque atingem o coração das instituições. Quando é que um filósofo vai escrever um texto na Folha minimizando os crimes de Marcola, assim como Janine minimiza o crime dos violadores? Ora, quem permite o mais — um artigo que poupa fraudadores da Constituição — pode permitir o menos: um artigo que poupe assaltantes, traficantes e homicidas. Há coisas que não tem “outro lado” — a paralisia infantil, por exemplo. Adiante.
Antes que prossiga, cumpre salientar que Janine, o independente, foi diretor de Avaliação da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), do Ministério da Educação, no primeiro mandato de Lula, onde não deixou saudades, como sabem os professores universitários do país inteiro. A sua adesão branca ao PT, como se nota, foi recompensada. No petismo, nada é gratuito.
O professor de Ética (!!!) escreve um artigo para provar que é exagerada a “exploração política” no caso das invasões ilegais de sigilo. A exemplo de Lula e dos petistas como um todo, ele acredita que Serra e os tucanos deveriam ficar calados. E como ele tenta justificar a sua tese? Ora, não foram apenas os tucanos que tiveram a sua vida vasculhada. Houve centenas de outros casos.
A tese desse formidável pensador é a seguinte: cinco ou seis violações de sigilo de pessoas ligadas a Serra — incluindo filha e genro — seriam certamente um crime a merecer o repúdio da sociedade; acompanhadas, no entanto, de outras centenas, o caso perde importância política e cumpre não magnificá-lo. Tratar-se-ia apenas de uma coisa “erradíssima”. Há delinqüentes por aí que tentam minimizar o caráter anti-semita do nazismo, uma vez que os campos de concentração também abrigavam ciganos, comunistas, homossexuais, portadores de deficiência, testemunhas de Jeová… Como se vê, nada contra os judeus em particular, não é mesmo?
Para Janine, cinco ou seis crimes constrangeriam; já centenas deles retiram a importância daqueles cinco ou seis. No auge da delinqüência intelectual, sustenta o texto:
“O outro ponto: sem provas da ligação do detestável delito com a candidatura Dilma, o candidato que está atrás nas pesquisas quer anular na Justiça os votos dela.
Se for jogo de cena para levar ao segundo turno, não é bonito, mas vá lá. Se for uma tentativa de anular 60% dos votos válidos e empossar um presidente votado por 25% dos eleitores, será um golpe fatal na nossa democracia.”
Sem provas? A reportagem do jornal que publica o seu texto encontrou o sigilo de Eduardo Jorge, vice-presidente do PSDB, com a equipe de campanha de Dilma Rousseff. Dados do sigilo de Verônica Serra e de Alexandre Bourgeois, seu marido, estavam no papelucho do tal Amaury Ribeiro Jr., flagrado na reunião da equipe de pré-campanha da petista com arapongas para fazer o dossiê contra o candidato tucano. No texto, Janine disse que chegou a pensar em ser jornalista, mas desistiu. Ainda bem! Pode continuar a dar as suas aulas de “ética” manuseando a lógica com o interesse que uma raposa tem na preservação das galinhas.
Observem: caso uma parcela dos eleitores que votam em Dilma rejeite o expediente petista de fazer política e mude a sua opção, a culpa (ele fala, afinal, do ponto de vista de quem está alinhado com Dilma, embora omita isso do leitor) terá sido de quem? Ora, de Serra, cuja família teve o sigilo violado. O tucano, ao ser vítima do PT, se tornaria o responsável pelo eventual prejuízo causado ao PT! E Janine não acha isso bonito. De jeito nenhum! Quanto à suposta “tentativa de anular 60% dos votos válidos…”, bem, aí já estamos no terreno da burrice mesmo, abaixo até da vigarice intelectual. Caso Dilma se eleja e se comprove um crime eleitoral que resulte na cassação do registro de sua candidatura, ela será cassada, seguindo a lei. Ponto final. Aconteceu com alguns governadores de Estado. Janine não protestou.
O perigo do pensamento deste senhor sensível nem sempre é percebido de imediato porque as aberrações autoritárias que escreve são sempre vazadas numa linguagem frívola. Leiam isto: “E o povo não merece que se destrua a democracia, que a discussão política se reduza a uma crônica policial ou que os vários lados fiquem de birra um com o outro.” Para Janine, a violação da Constituição não concorre para “destruir a democracia”. Tudo não passa de mera “crônica policial”, nada mais do que “birra”. Está à altura do pensamento de seu chefe, que afirmou ontem no horário eleitoral gratuito que Serra é “candidato da turma do contra” e “torce o nariz para tudo”. Janine deve invejar essa capacidade que Lula tem de ser brutal. Ele não consegue. Precisa disfarçar seu pensamento sanguinolento com os fricotes, bordados e rendas de um “filósofo sensível”.
Caminhando para o encerramento
Para evidenciar que a reação da oposição e da imprensa — que, segundo Janine, apoiaria Serra (!?!?!?) — é exagerada, ele chega a afirmar que, nesse episódio das invasões de sigilo, “se alguém pode ser prejudicado, é Dilma Rousseff (PT).” Logo, se alguém pode ser beneficiado, é José Serra (PSDB). Logo, os tucanos se tornam os culpados pela invasão de seu sigilo praticada pelos petistas. Logo, os petistas acabaram fazendo um bem aos tucanos — só que não sabiam disso.
O texto de Janine não chega a ser a manifestação mais agressiva que conheço contra o estado de direito; outros, com mais musculatura e menos maneirismos do que ele, já o fizeram com mais clareza. Mas é certamente uma das coisas mais estúpidas que já li. A ser verdade que, “se alguém pode ser prejudicado, é Dilma Rousseff”, isso só acontece porque os petistas foram malsucedidos na sua tramóia, e ela acabou vindo à luz, a exemplo do que aconteceu em 2006. Mas essa poderia ter sido uma das tramóias bem-sucedidas — e o currículo dos petistas está cheio delas, como bem sabe o próprio Eduardo Jorge.
Assim, depreende-se do pensamento deste carniceiro da lógica que o PT jamais pode ser responsabilizado por suas patifarias malsucedidas que, eventualmente, acabam beneficiando os adversários. E jamais poderá ser responsabilizado por suas patifarias bem-sucedidas porque ninguém vai descobrir suas pegadas. Como corolário, temos que a patifaria vira um monopólio do petismo, e os culpados serão sempre as vítimas.
PS: Pode ser um desses prazeres bobinhos, mas eu adoro descontruir um pensamento cretino com o pedigree “petistamente” correto. Eles podem me xingar, tudo bem! Quero ver é destruir a lógica do meu texto! Vigaristas!
Por Reinaldo Azevedo
Por Anne Warth, no Estadão Online:
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse hoje estar indignado com a notícia de que o sigilo fiscal do seu genro, Alexandre Bourgeois, também foi quebrado na agência da Receita Federal em Mauá (SP). “A questão do meu genro deixa mais do que claro que é um trabalho organizado. É um trabalho de quadrilha”, disse o candidato, após participar na capital paulista de encontro em defesa das pessoas com deficiência. “A violação do sigilo do meu genro e da sua intimidade é mais um capítulo desse episódio vergonhoso.”
Serra mostrou irritação ao falar sobre o caso, uma vez que, na avaliação dele, a vida privada dos seus netos também foi invadida. Anteriormente, na mesma agência da Receita Federal em Mauá, também havia sido violado o sigilo fiscal da sua filha, Verônica Serra, casada com Bourgeois. “Claro que estou muito ofendido, mas esse crime vai além desse episódio e dessa questão pessoal”, afirmou. “Esse episódio, na verdade, envolve toda a nossa sociedade e todo o Brasil. O que está sendo quebrado é um preceito constitucional.”
O tucano criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em comício em Guarulhos, no sábado, acusou Serra de usar o caso da quebra de sigilo para transformar sua família em vítima. “É realmente uma coisa extraordinária”, ironizou. “Você sofre um crime, reclama do crime, protesta e é considerado um transgressor. Essa é a estratégia do PT, da candidata oculta e do próprio presidente da República enquanto pessoa física (…) “
Ele criticou novamente o presidente por ter aparecido ontem na propaganda eleitoral da candidata do PT, Dilma Rousseff. Na TV, Lula atacou Serra. “Infelizmente, nosso adversário, candidato da turma do contra, que torce o nariz para tudo o que o povo brasileiro conquistou nos últimos anos, resolveu partir para os ataques pessoais e para a baixaria”, disse Lula. “Tentar atingir com mentiras e calúnias uma mulher da qualidade de Dilma é praticar um crime contra o Brasil, em especial contra a mulher brasileira”, afirmou o presidente.
Terceirização
Serra disse que Dilma terceirizou os ataques ao utilizar o presidente Lula em defesa da sua candidatura. “Há uma terceirização de debates e também de ataques, que incluem agora, inclusive, o presidente Lula, que apesar de ser presidente da República de todos os brasileiros se engaja como porta-voz de uma candidata que aparentemente não tem condições de falar por si própria”, afirmou.
“O que houve ontem não foi uma defesa, foi um ataque”, disse Serra, sem querer responder se gravaria uma participação no horário eleitoral em resposta a Lula. “No programa eleitoral, eu falo para a população brasileira, não falo para este indivíduo ou aquele.”
Por Reinaldo Azevedo
Cristiano Zavaschi Cristalina - GO
Dados da Revista SUMA ECONOMICA de Agosto de 2010. Assim se lê na pag. 7 desta edição: " A situação é ainda mais crítica nas transações correntes do país com o mercado internacional. Em junho ocorreu um déficit de 5,2 bilhões. Foi o pior resultado no mês dos últimos 67 anos.... Com o crescimento do déficit , é cada vez mais custoso- e perigoso ao país- conter a inflação com o real valorizado por juros elevados. A médio prazo , o real inferior a 1,90 é insustentável." Assim diz a edição n° 388 , impossível que as nossas autoridades não saibam.
Telmo Heinen Formosa - GO
Qualquer pessoa pode pedir Arquivos oficiais do governo que estão disponíveis aos leitores. Prof. Ricardo Bergamini Telefons (48) 4105-0832 CEL (48) 9976-6974
e-mail: [email protected] Site: http://www.ricardobergamini.com.br Blog: http://www.ricardobergamini.com.br/blog O nosso Banco Central está comprando dólares para enxugar a oferta e manter a cotação. Para tanto ela paga juros duas (2) vezes: Para quem nos empresta os dólares e para quem o BACEN paga juros em R$ para levantar o dinheiro para enxugá-los.... Beleza pura.... para "eles"...Hilário Casonatto Lucas do Rio Verde - MT
QUANTO Á DIVIDA PUBLICA FEDERAL , A INFORMAÇÃO QUE TEMOS ,EM 31 DE JULHO ERA DE R$ 1.601 000 000 000 TRILHÃO MAIS
234. BILÕES DE DOLARES,,,,COM UMA RESERVA DE US$ 260 BILHÕES SENDO PARTE DAS RESESVAS APLICADOS EM TITULOS AMERICANOS A 3% AO ANO ENCUANTO A DIVIDA EM REAIS PAGA,SE 10% DE JUROS AO ANO , E DIZEM QUE ESTA TUDO AS MIL MARAVILHAS ,,,,,,,,,,VIVA OS BANCOS E QUEM TEM PARA EMPRESTAR