Chega! Cansei dessa mistura de taliban ecológico com curupira ideológico

Publicado em 01/10/2010 15:46 e atualizado em 01/10/2010 18:15

Chega! Cansei dessa mistura de taliban ecológico com curupira ideológico

Se vocês prestarem bem atenção, Marina Silva, a candidata do PV à Presidência, com aquela sua voz de criança, seus xales telúricos e seu ar beato, é a candidata que mais bate nos adversários — em especial no tucano José Serra. E os jornais e sites noticiosos lhe dão ampla cobertura porque ela integra aquele grupo dos políticos inimputáveis. Como é a candidata supostamente sem mácula, então pode se comportar como uma espécie de ombudsman no processo político, dando pito em todo mundo. Tenha dó!

Ela participou ontem do debate da Globo. Foi, de longe, a sua pior atuação. A razão é simples: o fato de o encontro ter privilegiado um certo aporte técnico dos candidatos deu o seu real tamanho. Não verifiquei, mas creio que o vídeo do encontro já esteja disponível na rede. É impossível capturar substantivos concretos nas suas respostas. Marina tem uma vaga idéia muito convicta sobre tudo. Reescrevo: vaga idéia muito convicta. E ataca as respostas objetivas dos adversários, desqualificando-as como “coisa de gerentes”.

Aproveita a sua imagem positiva para investir no obscurantismo. Como boa parte do jornalismo vive sob o mito da falsa isenção — e ser isento é entendido como não se alinhar nem com Dilma nem com Serra —, então não se tem com ela a mesma severidade que se tem com os líderes das pesquisas, em especial com o tucano. Quem quiser saber do que falo dê uma olhadinha na Folha Online. Procure ali uma só notícia que seria ao menos “neutra” para Serra. Nada! É só pancadaria. E a mais agressiva é desferida justamente por Marina, segundo quem “Serra desconstruiu a própria imagem e vai perder perdendo”, seja lá o que isso signifique em “marinês”, essa língua que muita gente acredita entender.

Muito se fala aqui e ali do que seria a política pós-Lula, uma bobajada que pretende ignorar que os petistas não são um mero arranjo destrambelhado; eles têm método. Eles até podem me odiar. Mas me lêem porque sabem que os respeito como força organizada, como formuladores, independentemente do que ache deles — e acho as piores coisas, como é óbvio. Se não existe um pós-Lula, também não existe uma “pós-política”, única circunstância em que esse discurso místico-holístico-qualquer-nota de Marina poderia prosperar. E, caso ela chegasse lá, seria crise na certa. Não conseguiu levar adiante o Ministério do Meio Ambiente, conciliando-o com as necessidades do desenvolvimento do país. Por incrível que pareça, no embate entre o PT de Marina (ela continua petista) e o “PT dos outros”, o “dos outros” consegue ser um pouco mais civilizado.

Sei lá se ela ganhou ou perdeu votos ontem. O que sei é que ficou muito claro que ela e Plínio de Arruda são iguais — só a quantidade de votos os diferencia. Ele acha que não se pode falar nem em metrô sem dar calote na dívida interna; ela acha que qualquer proposta é “promessômetro” sem que se pense “uma economia para o século 21″. E muita gente faz de conta que sabe do que ela está falando. Aliás, ela própria finge saber.

Marina está brava porque, a quantos tenham algo entre as orelhas, a sua absoluta falta do que dizer ficou clara. Ela apostava na carnificina do confronto entre Dilma e Serra, hipótese em que poderia pontificar como a única vegetariana num jogo de lobos. Olharia, então, para o telespectador e diria: “Vejam como eles são; como brigam entre si; como são sanguinolentos. Eu não! Estou fazendo propostas”. Só que os outros dois decidiram não ser herbívoros, se é que vocês me entendem. E nem era mesmo hora de arriscar. No lugar de Serra, eu teria feito o que ele fez ontem. No lugar de Dilma, eu teria feito o que ela fez ontem. No lugar de Marina, eu teria pensado: “Ai, Espírito da Floresta! Estão me perguntando o que eu pretendo fazer no governo! Bando de gerentes! Vou desqualificar todo mundo”.

O ataque a Serra, na forma como ela decidiu fazer, seria burro se não fosse uma tática. Ora, se é preciso ter duas mulheres no segundo turno — e, nesse caso, o problema de Serra, então, estaria em ser homem, o que é boçal —, tal evento, na cabeça de Marina, só se realizaria se ela tirasse uma montanha de votos do tucano. Vamos fazer de conta que as pesquisas estão certas: sem a migração de eleitores da petista para os outros candidatos, não há segundo turno. Uma troca de preferências dentro da própria oposição é irrelevante para a candidata oficial.

Marina não quer mais segundo turno coisa nenhuma! Sua jogada agora é outra: tenta provocar uma forte migração de votos dele para ela, aproximando-se o máximo possível do tucano, o que faria dela uma “líder nacional” — restaria saber em torno de quais propósitos. Na hipótese de que haja a segunda rodada, ela já está minando o terreno , preparando a sua neutralidade, o que dá para fazer de duas maneiras: a) dizendo que cada um deve votar de acordo com a sua consciência e que nenhuma proposta a satisfaz; b) impondo como condição por seu apoio a adesão dos outros ao “seu” Código Florestal. Como nem Serra nem Dilma topariam — no que fariam muito bem porque não é prudente golpear a produção agrícola brasileira —, ela surge com seu xale telúrico, pontificando seus substantivos abstratos acima de toda coisa viva, preparando a campanha de 2014…

Cansei de Marina! Cansei dessa mistura de taliban ecológico com Curupira ideológico. Isso é pra seduzir colunista que, tentando declarar a sua neutralidade no jogo da política, finge torcer para a Portuguesa em São Paulo ou para o América, no Rio.

Por Reinaldo Azevedo

O debate da Globo: Serra tem seu melhor desempenho. Ou: “Querem debate mesmo? Acabem com a tréplica!”

A Globo realizou o último debate da campanha. A chamada “grande imprensa”, ou a maior parte dela, vai fazer a sua parte, que é encontrar defeitos equivalentes em todo mundo e declarar o empate. Mas, convenham, os sensatos e até os petistas sabem que foi o melhor desempenho do tucano José Serra em embates dessa natureza. Dilma, por sua vez, teve a sua performance mais modesta— exceção feita ao primeiro de que participou, o da Band. E o encontro poderia ter sido bem positivo pra ela. Não foi por quê? Vamos ver.

O confronto teve um contorno, digamos, administrativista, centrado em propostas: saúde, legislação trabalhista, transporte, habitação… Em tese, tudo favorável a Dilma, já que ela certamente não pretendia debater coisas como quebra de sigilo, Erenice Guerra, aborto e atentado à liberdade de imprensa. E por que, então, o desempenho acanhado? Porque, para sustentar um embate dessa natureza, é preciso saber politizar os temas e dar a eles alcance de políticas públicas. E essa experiência, sem a ajuda da marquetagem e  de Lula, Dilma ainda não tem. Nesse terreno, seu adversário se sai melhor do que ela.

A candidata do PT visivelmente tentou demonstrar que pode andar pelas próprias pernas. Em relação a outros embates, citou pouco o governo Lula e tentou falar de futuro. E aí fica claro que seu discurso se esvazia. Retirado todo o glacê da sua excelente campanha (refiro-me a aspectos técnicos e à estratégia de comunicação), o que sobra? “Nós somos maravilhosos, e eles maus; o Brasil era uma desgraça e agora é um paraíso”. Num debate como o de ontem, essa confrontação politicamente vigarista se mostra impossível. E, nesse caso, temos Dilma por Dilma. Ela melhorou barbaridade! Mas milagre não existe. nessa área. Sua fala acabou soando fria, burocrática, sem apelo.

Evitando confrontos
Leio nos sites dos jornais que ela e Serra evitaram confrontos. Salvo engano, ele teve uma única chance de fazer pergunta a ela — e o tema era justamente habitação. Evitou. Eu também teria evitado e já explico por quê (e nada tem a ver com aquele milhão de casas que ela não construiu…). Preferiu dirigir a questão a Marina. Ela, sim, teve três oportunidades (que eu me lembre) para questioná-lo. Optou por Plínio (uma vez) e Marina (duas vezes). Qual é o busílis? Eu lhes digo.

Tréplica
Se as TVs querem mesmo fazer debates animados, quem pergunta não pode ter direito a tréplica. A seqüência teria de ser “Pergunta-resposta-réplica”. É a tréplica que faz com que os líderes se evitem. Por quê? Porque aquele que formula a questão acaba oferecendo palanque ao principal adversário e ainda lhe dá a última palavra. A tréplica expõe aquele que indaga ao contra-ataque.

Em São Paulo, Aloizio Mercadante (PT) choramingou quatro vezes: “Alckmin (PSDB) não faz perguntas para mim”. O petista queria a chance de, no embate, ficar com a sentença final, sem que outro pudesse reagir. A distribuição do tempo também é desigual: quem pergunta tem 30 segundos para a questão e um minuto para a réplica: 1m30s. Quem responde tem um minuto e meio para a resposta e um para a tréplica: 2min30s. QUEREM UM DEBATE ANIMADO? Eliminem a tréplica; quem pergunta fica sempre com a última palavra. Aí os líderes vão se pegar necessariamente. Sendo as regras como são, tem-se o embate desigual e meio aborrecido: os que estão na frente usam os que estão atrás como simples muletas. O resultado acaba sendo ruim para o eleitor porque:
- os pequenos quase nunca têm algo relevante a dizer;
- os grandes não são confrontados de verdade;
- os pequenos são usados como escada para os grandes exporem a sua plataforma.

Plínio murchou
Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), desta vez, não conseguiu nem ser engraçado. A personagem já começa a cansar. Num debate que força o apuro técnico, é evidente que ele não tem o que dizer. Seu programa é um só: dar calote na dívida interna — e hoje ele pregou até calote na externa… Qual?

Saúde? Sem calote na dívida, nada feito! Metrô? Sem calote na dívida, nem pensar! E vai por aí. Ele não tem o que dizer. É o fim da picada ter de fazer um debate dessa importância com quem, não tendo eleitores, também não tem propostas —  com alguma freqüência, não sabe nem mesmo o que está sendo debatido.

Marina
Mas é Marina, para mim, quem leva o troféu da noite de desonestidade intelectual. Esta senhora não responde a uma miserável pergunta, nada! Perto dela, Dilma quase consegue  fingir que é uma iluminista. A petista lhe dirigiu uma pergunta sobre ferrovia — faltou com a verdade no bloco, dando a entender que a Norte-Sul já é um portento —, e Marina não só não tinha o que responder como acusou os dois principais oponentes de terem uma “visão fragmentada” do Brasil etc e tal. Ela, Marina, teria a visão inteira.

Mas então ela que me diga, pelo amor de Deus! Qual é? Ferrovia? Marina quer a economia do século 21 — este em que estamos, diga-se — e fala da educação de jovens (ontem, ela esqueceu de falar dos “novos materiais”…). Habitação? Marina acha que é preciso fazer casas, mas ataca quem fala em metas porque diz que é “promessômetro”. Segurança? Marina quer uma vida mais segura, digna e feliz, com um novo entendimento sobre a segurança… Mas qual?

Eu realmente fico fascinado com aqueles que dizem entender o que ela fala e que conseguem, a partir do seu discurso, imaginar, sei lá eu, uma seqüência de medidas, de eventos. Ao dar entrevistas e no próprio debate, ela manda brasa: “Nós fazemos propostas, sem ataques, sem promessômetro”…

Dos milhões que assistiram ao encontro, quantos terão percebido a efetiva superioridade de Serra? Não tenho a menor idéia. Uma coisa é ter sido objetivamente o melhor; outra é ter sido percebido como tal. Vamos ver. Não estou fazendo previsão eleitoral. Esse tipo de feitiçaria eu tenho deixado para os que se dizem especialistas em pesquisa… De todo modo, caso as urnas não digam o que eles andaram assegurando até agora, poderão atribuir seu erro à mudança de humor do eleitorado por causa do debate da Globo. Está chegando a hora.

Por Reinaldo Azevedo

O mundo róseo do Banco Central

Leia editorial do Estadão:
Nem tudo é perfeito neste reino de prosperidade e tranquilidade econômica, mas é preciso ler com muito cuidado o novo Relatório de Inflação, divulgado na quinta-feira pelo Banco Central (BC), para encontrar algum sinal de preocupação ou de alerta. Exceto por alguns detalhes, o texto poderia ter sido impresso em papel cor-de-rosa. Segundo o relatório, a inflação cede e deve bater quase no centro da meta em 2011. As contas públicas vão bem, favorecidas pela expansão da economia, estimada em 7,3% neste ano. O buraco nas transações correntes continua aumentando, mas será facilmente coberto com o ingresso de capitais, em 2010 e no próximo ano. O descompasso entre o crescimento do gasto federal e o da receita não parece incomodar. A mudança no financiamento externo, agora mais dependente de dinheiro especulativo, aparece nas tabelas, mas não é discutida. No caso dos preços é apontado só um risco importante - mercado de trabalho aquecido e com aumentos salariais acima dos ganhos de produtividade.

O exame das contas públicas é interrompido em julho, provavelmente porque os números de setembro só foram fechados há poucos dias. Chama a atenção, nessa parte, a ênfase atribuída aos ganhos de receita propiciados pelo aumento da atividade econômica. Não se dá maior atenção ao crescimento dos gastos, principalmente de custeio. Essa expansão é um dado estrutural, porque é parte da política seguida nos últimos oito anos. Essa política também compromete as finanças do próximo governo, pela criação de despesas incomprimíveis.

Também não há referência às lambanças fiscais vinculadas à transferência de recursos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Essas práticas não só foram mantidas, mas ainda se ampliaram nos últimos dois meses. Têm produzido, entre outros efeitos negativos, a expansão da dívida bruta, mas nada disso parece muito relevante para os autores da análise. Em outros tempos maior atenção foi dada à sustentabilidade fiscal.

No exame das pressões inflacionárias é mencionada, com aparente otimismo, a expansão dos investimentos, com a consequente ampliação da capacidade instalada. Diminui, portanto, o risco do descompasso entre a demanda interna e a capacidade de oferta da economia. O relatório chama a atenção para a oferta mais apertada no mercado de trabalho. Se os salários crescerem mais do que a produtividade da mão de obra, os preços serão pressionados.

Mas o quadro geral é pintado com tons tranquilos, até porque os brasileiros podem recorrer à importação para atender à sua demanda. “As perspectivas”, segundo o documento, “apontam continuidade e até mesmo intensificação dessa contribuição externa.” Em outras palavras: não haverá problemas importantes à frente, se não ocorrer alguma grande surpresa. Mas essa história tem outro lado.

A “contribuição externa” ao controle da inflação tem ocorrido por meio da valorização do real e do aumento das importações. Segundo as projeções do BC, o superávit comercial ficará em US$ 15 bilhões em 2010 e cairá para US$ 11 bilhões em 2011. Foi de US$ 25,3 bilhões em 2009, quando o déficit em transações correntes chegou a US$ 24,3 bilhões. Para este ano se estima um déficit de US$ 49 bilhões. Para 2011, de US$ 60 bilhões.

Esse buraco tem sido coberto pelos ingressos da conta de capitais, mas a composição desse dinheiro está em mudança. No ano passado, o investimento direto, isto é, destinado ao setor produtivo, bastou, com folga, para compensar o déficit nas transações correntes.

Neste ano, o investimento direto líquido não deve passar de US$ 18 bilhões. Em 2011, irá a US$ 29 bilhões, pelas novas estimativas. Não será suficiente, portanto, para cobrir nem metade do rombo nas contas correntes. O resto será coberto com capitais aplicados em ações e em papéis de renda fixa - capital inseguro, porque pode sair a qualquer momento. O Brasil já dependeu de recursos voláteis em outras ocasiões. Mais de uma vez a história acabou mal. Os autores do relatório não parecem dar importância a essa lição, mesmo diante das incertezas do quadro internacional.

Por Reinaldo Azevedo

Ethan Edwards: ‘Reconquistemos o que restou da República e continuemos o debate’

É muito desagradável ficar lembrando “eu escrevi isso”, “eu avisei sobre aquilo”, como a pedir que, no debate, minhas opiniões tenham mais peso que as dos demais. Argumentos de autoridade não tornam claro o que está obscuro. Mas… eu já escrevi aqui mesmo sobre isso: que Serra não diria o que desejávamos que dissesse, mas apenas o que as circunstâncias políticas (inclusive sua história pessoal) lhe permitissem. As razões? Serra não é o líder filosófico, moral e político de que os brasileiros cansados do lulopetismo precisam. Serra é apenas o candidato possível, capaz de encarnar alguns valores republicanos que prezamos, nestas eleições que, se dependessem do lulopetismo, nem seriam realizadas.

A renovação moral e filosófica do país – se um dia acontecer… – é outra coisa. Como não depende do TSE (muito pelo contrário), provavelmente não ocorrerá numa data do calendário eleitoral. Terá seu próprio ritmo, escolherá seus próprios acontecimentos e virá pelas mãos de homens que, ao meus olhos, pelo menos, não se encontram no cenário político atual.

As eleições não são uma cruzada pela nossa renovação moral e filosófica. Os candidatos não devem ocupar o lugar de heróis, nem se deve exigir deles uma coragem especial para dizer aquilo que o povo não pôde dizer durante os últimos oito ou vinte anos. Se for assim, alguma coisa está errada – e não é com os candidatos. Uma eleição presidencial é (ou deveria ser) apenas um acontecimento de natureza político-administrativa, previsto pela sabedoria do legislador republicano, que nos permitirá experimentar, nos próximos quatro anos, soluções ainda não testadas para os problemas da nossa vida em comum neste espaço nacional. Adaptando livremente Karl Popper (Os Paradoxos da Soberania), nosso objetivo, nesta eleição e noutras, deveria ser apenas escolher o candidato que, tendo nas mãos, pelos próximos quatro anos, o formidável poder do Estado, com ele causará menos danos ao povo.

Sei que estou sendo excessivamente desapaixonado e “acadêmico”. Afinal, estamos à beira de um abismo e isso não são horas para filosofices. Lamento. Mas a verdade é que, se hoje temos de esperar de Serra a salvação contra o lulopetismo, deixamos o abismo chegar muito perto. Esse tipo de ilusão é um sintoma da gravidade da nossa crise espiritual e política. Serra pode, sim, como um socialdemocrata íntegro, suprimir algumas das práticas mais nefastas do lulopetismo, promover uma moderada desratização da máquina governamental, revitalizar as agências reguladoras, sanear o BNDES, resgatar um pouco a confiabilidade da Receita e da Polícia Federal, etc. Talvez nem consiga tanto. Mas, nas circunstâncias, é só o que podemos almejar. Metade disso já será um excelente programa para nossa quase destruída República. Aliás, só impedir que o lulopetismo continue destruindo a República já será um magnífico programa.

Desconfio que Serra não conseguiria chegar ao patamar eleitoral que ocupa hoje se tivesse optado por denunciar o lulopetismo, tão entranhado na alma do jornalismo brasileiro e dos nossos “formadores de opinião”. Não tenho como provar isso. Meus críticos não tem como provar o contrário. Votemos em Serra, então, reconquistemos o que restou da República e continuemos o debate. Viva a democracia!

PS: Não me referi a Marina. Desculpem. Falha nossa. Não entendo nada desse negócio de genéricos.

(do blog Augusto Nunes)

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Fonte:
Blog Reinaldo Azevedo (veja.com

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1 comentário

  • JOSE J AZEVEDO São Mateus do Sul - PR

    O site do Jornal New York Times, em agosto deste ano, traçou o perfil de Marina da Silva que concorreu a Presidência da República. Esse traço biográfico não foi tão marcantemente descrito, a meu ver, em periódicos, virtuais ou não, em nosso País. Se um nordestino metalúrgico surpreendeu o Brasil chegando à Presidência da República, pode estar chegando a vez de uma acreana surpreender o mundo e liderar o País! Essa é a história de uma menina que nasceu no meio da floresta amazônica – forjada em meio a natureza vigorosa - que adquiriu poderosos anticorpos para vencer doenças na infância, perdas e carências na pré-adolescência , enfrentar e vencer a fúria predatória insana de grileiros, – que tiraram a vida de Chico Mendes mas nunca puderam deter essa brasileira da gema! Marina, que venceu injustiças e adversidades que o povo enfrenta no “Brasil profundo”, conquistou seu diploma universitário em Rio Branco e vem surpreendendo o mundo com suas conquistas: Senadora, Ministra e, se Deus quiser, futura Presidente do Brasil. Em seus discursos busca unir as forças vivas e saudáveis de uma Nação marcada pela corrupção e desigualdades sociais levantando a bandeira verde da esperança - elegendo a V I D A , humana e natural, como valor supremo a ser defendido! Enre velhos paradigmas da mentalidade colonialista, medieval, e o esquerdismo com viseiras do ateismo, essa acreana é uma das grandes vencedoras destas eleições gerais!

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