O perito do SBT e uma nota manca do repórter

Publicado em 25/10/2010 17:11 e atualizado em 25/10/2010 17:51

O SBT contratou o seu próprio perito para avaliar as imagens das agressões de que o tucano José Serra foi vítima em Campo Grande, no Rio. Suas conclusões coincidem com as de Ricardo Molina, que periciou as imagens a pedido da Globo. A “bolinha de papel”, exibida pelo SBT, retrata um outro momento da agressão. Que eu saiba, seu parecer não foi ao ar. Entendo…

Marco Alvarenga, o repórter do SBT que fez a reportagem que caracteriza, na prática, Serra como um farsante divulgou uma nota. Ele está indignado com o uso do seu trabalho no programa do PT. Leiam o que ele escreve. Volto em seguida:

Colegas do SBT e de profissão,
Fiquei profundamente transtornado ao ver e ouvir no programa eleitoral da candidata Dilma Rousseff um trecho da reportagem que gravei sobre a agressão sofrida pelo candidato José Serra no Rio.
Em toda minha carreira profissional, NUNCA participei direta ou indiretamente de qualquer campanha eleitoral. JAMAIS servi a candidaturas e desejo continuar assim. Não aceito, por mais insignificante que seja, qualquer associação do meu trabalho a esta disputa subterrânea. Minha voz só a mim pertence.
Em nenhum momento na matéria afirmo que o objeto que aparece nas imagens foi o único a atingir José Serra durante a confusão, muito menos ter sido o causador da dor manifestada pelo candidato. Perguntei a 2 assessores do PSDB se haviam visto o que atingira Serra. Eles responderam negativamente. Tentei, por meio de assessoria, ouvir o candidato. Ele preferiu falar apenas à TV Globo.
Fui informado de que a direção de jornalismo do SBT não autorizou a veiculação e, prontamente, acionou o departamento jurídico para adotar as providências necessárias. Isto me alivia. Fosse outra a postura, não me sentiria mais em condições de continuar nesta casa.

Comento
Muito bem, seu Alvarenga! Tudo certo e nada no lugar! Vamos ver:
1 -
 Você criou uma cadeia de eventos, sim, senhor! Sua narrativa criou uma falsa seqüência de nexos: bolinha de papel, telefonema ao celular, mão da cabeça.  Fraudou a realidade.

2 - De fato, você não disse que a bolinha de papel era o único objeto a ater atingido Serra, mas também jamais admitiu que sua equipe não havia filmado tudo, não é mesmo? E permitiu alegremente que a mentira prosperasse. Não fosse o celular de um repórter da Folha, Serra teria passado por farsante.

3 - Também não informou, e você sabia disso, que, entre a bolinha e o momento em que Serra deixou o local do evento, haviam se passado de 15 a 20 minutos.

4 - O mais grave mesmo, reitero, na sua reportagem, foi a criação de uma falsa cadeia de eventos.  Sem aquele celular do repórter da Folha, a sua versão teria triunfado — e, pois, a mentira teria tomado o lugar da verdade.

5 - O PT ter usado a sua reportagem em seu horário eleitoral, convenha, chega a ser menos grave. Só usou porque, com efeito, nem o próprio partido teria feito “aquilo” com tanta “eficiência”.

6 - E falta uma coisa essencial em sua nota, rapaz: o reconhecimento de que, no mínimo, cometeu um erro. Isso também faz parte da dignidade profissional.

Por Reinaldo Azevedo

Neste momento, são 100.073 os signatários do Manifesto em Defesa da Democracia. Num post da manhã (ver abaixo), escrevi que faltavam 1.557 assinaturas para atingir a marca história dos 100 mil.

E o movimento não pode parar. Ainda que o texto traga algumas questões que são conjunturais, como a determinação desabrida de Lula de desrespeitar a lei, ele faz a defesa de valores que são permanentes.

Vamos continuar. Republico a íntegra do texto em homenagem à multidão de mulheres e homens que exigem respeito aos valores democráticos. Noto que algo curioso acontece com este texto: a cada dia, ele se torna mais atual, um retrato sempre mais fiel do presente.

*

Manifesto em Defesa da Democracia

Numa democracia, nenhum dos Poderes é soberano. Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo.

Acima dos políticos estão as instituições, pilares do regime democrático. Hoje, no Brasil, inconformados com a democracia representativa se organizam no governo para solapar o regime democrático.

É intolerável assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais.

É inaceitável que militantes  partidários  tenham convertido  órgãos da administração direta, empresas estatais e fundos de pensão em centros de produção de dossiês contra adversários políticos.

É lamentável que o Presidente esconda no governo que vemos o governo que não vemos, no qual as relações de compadrio e da fisiologia, quando não escandalosamente familiares, arbitram os altos interesses do país, negando-se a qualquer controle.

É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais em valorizar a honestidade.

É constrangedor que o Presidente não entenda que o seu cargo deve ser exercido em sua plenitude nas vinte e quatro horas do dia. Não há “depois do expediente” para um Chefe de Estado. É constrangedor também que ele não tenha a compostura de separar o homem de Estado do homem de partido, pondo-se a aviltar os seus adversários políticos com linguagem inaceitável, incompatível com o decoro do cargo, numa manifestação escancarada de abuso de poder político e de uso da máquina oficial em favor de uma candidatura. Ele não vê no “outro” um adversário que deve ser vencido segundo regras, mas um inimigo que tem de ser eliminado.

É aviltante que o governo estimule e financie a ação de grupos que pedem abertamente restrições à liberdade de imprensa, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas e de empresas de comunicação às determinações de um partido político e de seus interesses.

É repugnante que essa mesma máquina oficial de publicidade tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.

É um insulto à República que o Poder Legislativo seja tratado como mera extensão do Executivo, explicitando o intento de encabrestar o Senado. É deplorável que o mesmo Presidente lamente publicamente o fato de ter de se submeter às decisões do Poder Judiciário.

Cumpre-nos, pois, combater essa visão regressiva do processo político, que supõe que o poder conquistado nas urnas ou a popularidade de um líder lhe conferem licença para  ignorar a Constituição e as leis. Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação, repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para solapá-las. É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo.

Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade.

Não precisamos de soberanos com pretensões paternas, mas de democratas convictos.

Por Reinaldo Azevedo

Leia primeiro o post abaixo

Veja bem, leitor desconfiado: a realidade é uma obra aberta, entende? Quando o escândalo veio a público, Erenice nunca havia se encontrado com o consultor Rubnei Quícoli. Aí as evidências foram aparecendo, o homem divulgou os e-mails e tal. Então sempre chega a hora em que é preciso consertar a história. Sim, agora ela teve um surto de memória. Encontrou-se, sim, mas tudo muito republicano.

Já lhes contei aqui que uso a entrevista de um petista para explicar para as minhas filhas quem é essa gente. Lembro-me de José Genoino, ainda presidente do PT, a negar no programa Roda Viva, em 2005, que houvesse qualquer coisa errada nas contas do partido. Ele era tão convincente que, ao misturar a história da legenda com a sua própria, chorou. Todos ficaram muito comovidos.

Aí os horrores começaram a vir a luz. E, aos poucos, ele foi admitindo os “negócios” com Marcos Valério. As lágrimas eram apenas o ponto alto de sua pantomima. Assim, nunca pergunte a petistas onde está a verdade. Ela costuma não estar em lugar nenhum. Eles vão adaptando as versões à necessidade da hora.

No caso do mensalão, o tempo foi passando, e o PT mudou de novo: da admissão da culpa voltou ao ponto inicial, negando o fato. Hoje em dia, Lula afirma que aquilo tudo não passou de uma grande conspiração das oposições.

Chega-se, assim, a um corolário: a chance de que se faça justiça — “chance”, não fatalidade — está na eventual derrota do PT. Se o partido vencer a eleição, os companheiros, mais uma vez, darão um jeito de se apresentar como vítimas das próprias falcatruas.

Por Reinaldo Azevedo

Por Filipe Coutinho, na Folha Online:

A ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra admitiu nesta segunda-feira à Polícia Federal que se encontrou com o consultor Rubnei Quícoli, que foi procurado pelo filho dela para viabilizar um empréstimo bilionário com o BNDES. O depoimento contraria a própria versão de Erenice quando era ministra da Casa Civil e que o governo sustenta até hoje. À época, ela informou à Folha, por meio da assessoria, que houve um encontro de Quícoli apenas com um assessor dela.

Para a PF, a ex-ministra admitiu que participou da reunião na Casa Civil –o que corrobora a versão de Rubnei Quícoli sobre o caso. “Houve um encontro oficial, marcado pela assessoria dela. Foi uma reunião de uma hora e quinze minutos, na qual ela participou por 30 minutos. Foi uma conversa rigorosamente técnica”, disse o advogado de Erenice, Mário de Oliveira Filho.

A defesa afirmou que, na reunião, Erenice deu “os encaminhamentos devidos” para a proposta de Quícoli. Segundo o consultor, depois do encontro com Erenice, a proposta da empresa EDRB foi encaminhada para a estatal responsável por energia solar no Nordeste.

Nesse mesmo período, Quícoli afirmou que a empresa do filho de Erenice, Israel, passou a cobrar para viabilizar o financiamento do BNDES. A defesa de Erenice não comentou sobre as conversas de consultores com pessoas ligadas a Israel Guerra. Diz apenas que não tinha o consentimento da ex-ministra.

“Ela nunca autorizou ninguém, nem filho, a falar em nome dela para gerenciar qualquer negócio”, afirmou o advogado. O depoimento durou cerca de quatro horas e Erenice respondeu a mais de cem perguntas. Segundo a defesa, ela respondeu a todos os questionamentos na condição de testemunha. Os advogados de Erenice afirmam ainda que a ex-ministra nunca atuou para beneficiar qualquer parente no governo.

De acordo com a defesa, os amigos de Israel Guerra que trabalhavam no governo foram contratados por questões técnicas. Ela foi intimada pela polícia para explicar a atuação do filho Israel como lobista dentro do governo e a suspeita de tráfico de influência. A seis dias da eleição, Erenice tentou duas vezes adiar o depoimento.

Braço direito da presidenciável petista Dilma Rousseff, Erenice era secretária-executiva da candidata quando recebeu no Planalto empresários que negociavam contrato com a empresa de lobby dos filhos dela e de assessores da Casa Civil. Após a Folha publicar a informação, ela pediu demissão.

O caso Erenice foi um dos motivos que levou a eleição para o segundo turno, segundo pesquisa Datafolha.

RECEITAGATE Envolvido em outro caso, o jornalista Amaury Ribeiro Jr, que encomendou informações fiscais sobre familiares e pessoas ligadas ao presidenciável José Serra (PSDB), presta depoimento hoje no mesmo local.Ribeiro Jr. admite ter pedido dados dessas pessoas, mas nega ter solicitado acesso a documentos sigilosos.

Todos os alvos do jornalista tiveram seus dados violados em duas agências da Receita Federal em São Paulo. O despachante Dirceu Rodrigues Garcia declarou à polícia que o jornalista o contratou para obter informações fiscais sigilosas de familiares e aliados de Serra. Essas informações foram parar num dossiê que circulou na pré-campanha petista.

Garcia afirma ter recebido de Ribeiro Jr. R$ 12 mil em dinheiro em outubro de 2009. No mês passado, alega ter recebido mais R$ 5.000. No último depoimento que concedeu à PF, o jornalista não esclareceu se recebeu ou não orientação para investigar tucanos. Ele apenas afirmou que iniciou a apuração porque soube que uma equipe liderada pelo deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), ligado a Serra, estaria reunindo munição contra o ex-governador Aécio Neves.

Nessa época, Aécio e Serra disputavam a indicação do partido para concorrer à Presidência da República. No último depoimento, Ribeiro Jr. atribuiu a uma ala do PT o vazamento do dados que coletou. Segundo ele, um setor do partido disputava o controle de contratos da área de comunicação.

O PT nega que a ordem para encomendar a quebra de sigilo tenha sido dada pela campanha, assim como refuta ter operado qualquer dossiê para atacar o adversário. Embora o jornalista tenha negado que trabalhou para a campanha petista, ele participou de ao menos uma reunião da “equipe de inteligência” em 20 de abril deste ano, num restaurante de Brasília.

Por Reinaldo Azevedo

Médico que atendeu Serra pedirá retratação de Lula

Por Bruno Boghossian, no Estadão Online:

O médico Jacob Kligerman, que atendeu José Serra (PSDB) depois que o presidenciável foi atingido por um objeto em uma caminhada no Rio de Janeiro, na última quarta-feira, vai pedir no Supremo Tribunal Federal (STF) uma retratação pública do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Kligerman disse que se sentiu ofendido quando Lula classificou o episódio como uma “farsa” e fez referências ao médico, apesar de não ter citado seu nome.

“Fui acusado de farsante ao realizar um ato médico perfeito. O atendimento foi qualificado, da maneira que deveria ser feito”, afirmou. “Exijo uma retratação pública (do presidente), pois ele me acusou publicamente.” O médico será representado pelo advogado Marcelo Cerqueira, candidato derrotado ao Senado no Rio pelo PPS - em chapa composta por PSDB, DEM e PV.

Cerqueira disse que vai basear a interpelação no artigo 144 do Código Penal, que dá a Kligerman o direito de pedir explicações em juízo. “O presidente insinua que o doutor Jacob teria participado de uma farsa, mas há uma ambiguidade em sua declaração. Ele não deixa clara a afirmação de que há envolvimento do doutor Jacob. Então queremos explicações”, disse Cerqueira.

Um dia depois da confusão entre militantes tucanos e petistas na zona oeste da capital fluminense, quando Serra foi atingido na cabeça, Lula disse que o episódio não passava de uma “mentira” criada pela equipe de campanha do tucano. “Ele bota a mão na cabeça e vai ser atendido por um médico que foi secretário de Saúde do prefeito Cesar Maia (DEM) e foi diretor do Inca (Instituto Nacional do Câncer (Inca)quando Serra foi ministro da Saúde”, afirmou o presidente, em entrevista em Rio Grande (RS).

Um evento a favor de Kligerman reuniu aliados de Serra, ontem, em um restaurante da zona sul do Rio. Estavam presentes o candidato a vice na chapa do tucano, Indio da Costa, os deputados federais Fernando Gabeira (PV) e Marcelo Itagiba (PSDB), o presidente do PPS, Roberto Freire, o ex-governador fluminense Marcello Alencar e o engenheiro David Zylbersztajn - diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP) no governo Fernando Henrique Cardoso e alvo recente de críticas da campanha de Dilma Rousseff (PT). Indio da Costa reforçou as críticas ao presidente Lula a respeito das declarações feitas contra Serra. “O Jacob é um médico sério e foi aviltado pela declaração do Presidente da República - que, na verdade, está utilizando seu cargo para ser cabo eleitoral da candidata de seu partido”, disse. “Eu vi o Serra tonto, eu vi o Serra com dificuldade quando foi atingido, mas o PT tentou distorcer a história.”

Por Reinaldo Azevedo

Ex-jornalista é indiciado por 4 crimes pela Polícia Federal

Por Carol Pires, no Estadão Online. Volto em seguida:

O jornalista Amaury Ribeiro Júnior foi indiciado nesta segunda, 25, pela Polícia Federal por quatro crimes: violação de sigilo fiscal, corrupção ativa, uso de documentos falsos e por dar ou oferecer dinheiro ou vantagem à testemunha. Amaury prestou depoimento na superintendência da Polícia Federal em Brasília, das 10h30 às 17h de hoje, ao delegado Hugo Uruguai, que comanda investigação sobre a violação do sigilo fiscal de vários dirigentes do PSDB e de pessoas ligadas aos tucanos, entre eles, Verônica Serra, filha do candidato à presidência da República, José Serra.

O jornalista é suspeito de ter encomendado e pago a terceiros pela invasão desse sigilo em computadores da Receita Federal. Amaury Júnior ratificou as informações já dadas por ele à Polícia Federal, mas silenciou diante das novas perguntas feitas hoje pelo delegado. Existem algumas dúvidas a serem esclarecidas sobre as primeiras informações prestadas pelo jornalista como, por exemplo, a fonte dos R$ 12 mil que ele teria pago ao despachante Dirceu Garcia, de São Paulo, em outubro de 2009 para a obtenção ilegal dos dados, e de R$ 5 mil que foram pagos depois como “cala-boca” para o despachante.

Em nota, Amaury Júnior havia negado as acusações e afirmou que “jamais pagaria pela obtenção de dados fiscais sigilosos de qualquer cidadão”. O advogado do jornalista, Adriano Bretas, disse que deve falar com a imprensa logo mais. Ele e Amaury Júnior ainda estão no prédio da Superintendência da Polícia Federal.

Comento
Alguns leitores me perguntam por que chamo Amaury Ribeiro Jr. de “ex-jornalista”. Porque os crimes de que é acusado e as coisas que andou fazendo não caracterizam exatamente o trabalho de um “jornalista”. Seja lá qual for, depois que se desligou de O Estado de Minas — e talvez um pouco antes —, a sua profissão é outra. Jornalista não muda a realidade para depois retratá-la.

Ainda que repórteres investigativos sejam levados, muitas vezes, a dialogar com criminosos para obter notícia e ainda que, freqüentemente, fiquem sabendo de falcatruas por intermédio da ala da bandidagem que não se deu bem e decide se vingar, isso é coisa muito diferente de praticar o crime, de fazer parte da cadeia criminosa, entenderam? Assim, trata-se de um ex-jornalista.

Parece-me que o indiciamento por todos esses crimes está de acordo com o que prevê a lei e com que Amaury fez. Ok. Agora, supor que ele seja o “mandante” e parar a investigação por aí mesmo é uma das piadas da República. Por que esse rapaz seria o interessado último no resultado desses crimes? É um desrespeito à nossa inteligência.

Por Reinaldo Azevedo
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Fonte:
Blog Reinaldo Azevedo (Veja)

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