VOCÊS TÊM DE VER E DE OUVIR ISTO. É ESPANTOSO! OU: MOMENTO DE HISTERIA!

Publicado em 09/11/2011 07:47
por Reinaldo Azevedo, em veja.com.br

VOCÊS TÊM DE VER E DE OUVIR ISTO. É ESPANTOSO! OU: MOMENTO DE HISTERIA!

Quanto mais chegam informações, fotos, vídeos e relatos sobre a retomada da Reitoria da USP pelo estado democrático e de direito, mais admirável se mostra o trabalho da Polícia Militar e mais se revela notável a disciplina de seus homens e mulheres.

O vídeo abaixo expressa o ponto de vista de um invasor. Vejam que coisa fabulosa! Eles próprios, tentando posar de heróis, revelam sua patetice, sua truculência, seu primitivismo. Ou seja: tentando se fazer de vítimas, evidenciam por que são os algozes. Estão de parabéns os soldados, que suportaram estoicamente os insultos. Vejam. Volto depois.

Voltei
Reparem no “jovem” barbudo que fica provocando os homens da PM. Diria que fez 18 há uns… 10 anos!

Sim, caras e caros, o vídeo desperta na gente os piores instintos, mas peço comedimento nos comentários.

Por Reinaldo Azevedo

Alô, maioria silenciosa da USP: até ontem, PCO, LER-QI e outros delírios tentavam seqüestrar os estudantes; agora o PT também entrou na jogada! Começou a campanha eleitoral de 2012. Por isso outra eleição é tão importante: a do DCE

Post aberto a todos os brasileiros, mas especialmente à maioria silenciosa da USP. Façam, senhores estudantes de verdade, com que a instituição volte a pertencer à maioria democrática! Livrem-se de seus seqüestradores!

Alguns leitores dizem que estou escrevendo demais sobre a USP, um tema de São Paulo. Não, meus caros! Estou escrevendo sobre uma questão nacional — o seqüestro das universidades públicas brasileiras por dinossauros de esquerda — e um modo de fazer política, que tem custado caro ao país, em particular à educação. Muito bem: depois de tudo, os ditos “estudantes” da USP fizeram ontem à noite uma assembléia geral e decidiram, àquela moda antidemocrática tão característica, decretar “greve geral”. Pondo as coisas nos seus devidos termos: a USP tem 89 mil alunos. Segundo os próprios líderes do “movimento”, 2 mil participaram da votação — ou 2,2%. Mais ou menos a metade (1,1%!!!) apoiou a paralisação; outro tanto se opôs. Como não dava para contar, fez-se o que se queria fazer: declarar a USP em greve. A pauta é longa: não-punição dos baderneiros presos ontem, saída do reitor João Grandino Rodas (!), fim do convênio com a PM e vai por aí.

O mais importante, neste momento, é outra coisa: agora o PT aderiu ao movimento e decidiu explorá-lo politicamente de modo aberto. A senha foi dada ontem por Fernando Haddad, ministro da (des)Educação e pré-candidato do partido à Prefeitura de São Paulo. Nos fóruns de professores e alunos, o partido comandava a festa. A “discussão” chegava a ser asquerosa. Posts abaixo, publico a mensagem que recebi de um docente da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) contando como os terroristas atuam no corpo docente. É um troço espantoso!

Muito bem! O que os petistas andavam dizendo nos tais fóruns de debates? Espertos, achavam imprudente apoiar as invasões (do prédio da FFLCH e depois da Reitoria) e a palavra de ordem “fora PM” porque têm clareza de que a maioria dos estudantes é favorável ao policialmente do campus. Mas viam nos Remelentos & Malfadinhas um bom começo da luta política — inclusive a político-eleitoral. Sua estratégia inicial era convencer os extremistas a deixar o prédio para, como eles diziam, “reunir forças” para fazer um grande movimento no ano que vem. Essa era a receita até a invasão da Reitoria. Foi aí que eles tiveram de aderir a um Plano B.

Quando o prédio da administração central foi invadido, ficou claro às cobras criadas da universidade que só haveria desocupação com o auxílio da PM. Nas palavras de um vagabundo que ajuda a perverter jovens disfarçando-se de professor, “temos a chance de jogar nas costas do Rodas e do Alckmin a ‘invasão’ (SIC) da USP pela PM e acabar com o marasmo”. Em suma: os petistas descobriram que os porra-loucas que hoje os acusam de “direitistas” (imaginem vocês! ) e “reacionários” poderiam lhes ser úteis. Ora, quem não faz acordo nem com petista não vai querer ouvir justamente a voz da razão e abandonar o prédio, certo? A partir da invasão da reitoria, os petistas passaram a contar os dias e depois as horas para que a Polícia Militar restabelecesse a ordem no Cidade Universitária.

É claro que a coisa não saiu exatamente como eles esperavam — nem como a extrema esquerda queria. Contavam com algumas bocas arrebentadas, alguns narizes quebrados, algumas testas sangrando. Não se viu nada disso! A Polícia Militar atuou com método, serenidade, correção, profissionalismo, de modo que as acusações de violência são de um ridículo atroz. Violentos, por ali, só os colecionadores de coquetéis molotov.

Antes que avance, um particular: “Reinaldo, se as esquerdas, o PT em particular, passaram a apostar na ação da PM, não seria o caso de evitá-la?” Não! Em primeiro lugar, a Polícia Militar tem de cumprir uma determinação judicial. Em segundo lugar, o fato de que oportunistas possam tentar fazer mau uso da aplicação na lei não implica que ela não deva ser aplicada. O interlocutor privilegiado da Justiça e do Executivo há de ser a legalidade, não o crime. Sigamos.

Eleições 2012
Fernando Haddad, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, todos lemos, foi ouvido ontem pela imprensa paulistana sobre a ação na USP como se falasse apenas na condição de especialista em educação (o que ele não é!), embora tenha se posicionado como político. Fez uma declaração delinqüente, como o que já demonstrei aqui, sugerindo que rigor policial deve ser aplicado aos viciados miseráveis da Cracolândia, mas jamais aos filhinhos de papai que choram nos ombros dos seus progenitores e escondem coquetéis molotov em prédios públicos. Vale dizer: Haddad, o progressista, sugere que dependência química deve ser tratada no porrete, e dependência ideológica, com tapinha no ombro.

Assim como Bebel, a presidente da Apeoesp, usou a greve de professores em favor do PT na eleição presidencial, o que lhe rendeu até multa do TSE, os petistas passam, a partir da agora, a usar os eventos da USP para tentar indispor os tucanos com a opinião pública. Eu espero que as pessoas responsáveis da universidade e que o governador Geraldo Alckmin, que deu uma excelente declaração ontem, tenham claro que a população de São Paulo preza a democracia e a ordem. Não digo que o Jornal Nacional vá, um dia, aplaudir a chegada da PM a uma reitoria invadida por fascistas encapuzados com a alegria tropical com que registrou a chegada da UPP à Mangueira (afinal, na USP, nem se toca samba…), mas estou certo de que chegará a hora em que, mesmo na universidade, crime seja chamado de “crime” e lei de “lei”. Ainda que isso não aconteça, o povo certamente não é bobo e sabe o nome que as coisas têm.

Eleição para o DCE
Nada menos de 87 mil estudantes estão alheios a toda essa confusão. É gente que estuda. Que estuda e trabalha. Querem, sim, mudar o mundo, mas à moda como queremos todos nós: segundo os caminhos da democracia, do estado de direito, da legalidade. No dia 27 de novembro, haverá eleição para o DCE. Hoje, há seis grupos, cinco deles de esquerda. Há uma boa possibilidade de que acabem se formando apenas três: PT, PCdoB e Partido Pátria Livre (ex-MR-8) podem se juntar numa chapa; o PSOL (hoje no DCE), inicialmente contrário à invasão, pode se unir ao PCO (Partido da Causa Operária), Partido Operário Revolucionário (POR), Liga Estratégia Revolucionária-Quarta Internacional (LER-QI) e Movimento Negação da Negação (MNN), os delinqüentes que lideraram a depredação da USP. A chapa já nasce até com nome: “27 de Outubro”, dia em que aqueles três foram flagrados fumando maconha. Vejam vocês! Antigamente, datas importantes para a “causa dos oprimidos” batizavam as organizações, como o Movimento Revolucionário Oito de Outubro, o MR-8 (Che Guevara, o porco fedorento, morreu nesse dia, em 1967); hoje, os maconheiros é que inspiram as causas! E haverá uma terceira chapa, do “Movimento Liberdade USP”, a Reação, que reúne estudantes independentes — ou seja, estudantes de verdade (leia o post abaixo)!

Atenção, maioria silenciosa da USP, que se opõe à baderna e não quer ver a sua universidade assaltada por partidos e correntes que só têm compromisso com seus próprios interesses e delírios: chegou a hora de dar uma resposta a esses celerados, aos estudantes profissionais, aos aproveitadores.

Está nas mãos da maioria silenciosa a opção pelo século 21 ou a adesão aos utopistas do século… 19!

Por Reinaldo Azevedo

09/11/2011

 às 6:39

A USP TEM ESPERANÇA! É O “MOVIMENTO LIBERDADE USP”, QUE FORMOU A CHAPA “REAÇÃO”, COM ESTUDANTES SEM PARTIDO. USPIANOS, DIGAM “NÃO” À TRUCULÊNCIA, À VIOLÊNCIA, À MORTE! REAJAM OU CONTINUEM VÍTIMAS DE SEUS SEQÜESTRADORES

Em 2009, a chapa “Reação”, do “Movimento Liberdade USP”, que não quer a universidade atrelada a partidos políticos, perdeu a eleição para o DCE por 55 votos! Foi roubada! Os esquerdopatas impugnaram urnas da FEA e da POLI. Foi um golpe! Essa gente é fiel à tradição, né? O primeiro golpe realmente importante dado pelas esquerdas foi o de outubro de 1917… Mas sigamos com o presente.

Recebo do estudante Rodrigo Souza Neves, secretário-geral da chapa “Reação”, a mensagem que segue. Ele esclarece ser mentirosa a informação de que há membros ligados ao PP no grupo. Dos 61 integrantes, há apenas 6 tucanos — 55 não têm filiação partidária. Divulguem a sua mensagem nas redes sociais. Em nome da democracia. A Universidade Brasília já foi libertada! Que a USP seja a próxima! Que o movimento se espalhe Brasil afora! Chega de minorias dominando maiorias! Chega se universidades servindo ao delírio de dinossauros. Segue a mensagem de Rodrigo, dirigida a mim e aos milhares de leitores do blog.
*
Prezado Reinaldo Azevedo e demais leitores do blog,

Me chamo Rodrigo Souza Neves. Sou um dos fundadores e integrantes da chapa não-esquerdista (…) e que concorre ao DCE neste ano de 2011 com o nome “Reação”.

Faço parte do “Movimento Liberdade USP”, grupo aliado desde 2009 ao “Liberdade UnB”, vencedor das eleições do DCE da UnB.

Primeiramente, gostaria de agradecer a divulgação desse texto e a reportagem detalhada das eleições e do contexto da USP. Nesta e em outras reportagens.

Agradeço também, em nome da chapa Reação, a todos que declararam apoio à nossa causa em seus comentários. Peço que entrem em contato conosco o quanto antes para que possamos contar com seu auxílio nas eleições e impedir que novamente o DCE fique nas mãos de elementos sectários, partidarizados e de conduta semicriminosa, que compõem a grossa parte da esquerda do movimento estudantil.

Aproveito também o momento para esclarecer que a chapa Reação não possui nenhum filiado ao Partido Progressista (PP) e que tais acusações fazem parte de uma campanha de difamação promovida por integrantes do PSOL e do PSTU (e alguns elementos fisiológicos) contra estudantes reconhecidamente contrários às suas posturas autoritárias e antidemocrática.

Também esclareço que há, sim, uns poucos estudantes filiados ao PSDB (em grande parte, pela ojeriza e necessidade prática de oposição ao PT, descrita aqui como voto de nariz fechado) que fazem parte da chapa. Entretanto, estes são um setor minoritário (6 pessoas) dentre os 61 integrantes da chapa (e mais de 50 apoiadores) e assumiram o compromisso de deixar quaisquer simpatias e fidelidades partidárias para fora dos muros da universidade. Enquanto tal compromisso for respeitado, aceitaremos de bom grado o apoio dos mesmos, deixando claro que, caso haja tentativa de partidarização por parte dos mesmos, como houve na UnB, tomaremos as mesmas medidas adotadas por nossos colegas brasilienses.

Em todo caso, gostaria de ressaltar o apelo do Reinaldo Azevedo neste blog e conclamar a todos que participem e votem nesta eleição do DCE, para que possamos evitar mais um ano de greves, invasões e depredações de nossa universidade e para que tenhamos um DCE que, de fato, consulte democraticamente os estudantes e defenda os interesses dos mesmos, e não o de meia-dúzia de iluminados da extrema esquerda partidarizada.

A esquerda radical já está preparando os seus para construir o que eles querem que seja “a maior greve universitária dos últimos 10 anos”. Eles já estão organizados e já deixaram claro suas intenções nos próprios nomes de suas chapas: “Não vou me adaptar” (PSOL + PSTU) e “Fora PM” (LER-QI, MNN e outros invasores).

Cabe a nós, estudantes, manifestarmos nossa oposição e construirmos a nossa “Reação” contra esses grupos que vêem a USP como um espaço para promover seus partidos por meio da destruição da universidade.

Tendo dito isso, deixo o meu abraço a todos e os convido a fazer parte dessa onda democrática que já alcançou a UnB e que queremos que chegue também à USP.

Rodrigo Souza Neves
Secretário Geral - Reação USP 2012

Por Reinaldo Azevedo

Recebo de um professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP uma mensagem que é, a um só tempo, aterradora e alvissareira. Assusta porque dá notícia do clima de patrulha ideológica, boçalidade e terror intelectual vivido também entre os docentes. No primeiro post, eu falo de algumas mensagens a que tive acesso nos “debates internos” que evidenciavam isso. Mas o texto do professor também serve para alimentar alguma esperança porque a gente nota que nem tudo está perdido. Ainda existem mestres na FFLCH, que estão lá para servir ao ensino e à pesquisa, não para se comportar como esbirros de partidos políticos.

A esses professores — o que me escreve certamente não é o único —, deixo uma mensagem: embora eu saiba que lhes peço algo difícil, recomendo que tenham a coragem de enfrentar a canalha, que hoje concorre para rebaixar a universidade e o seu próprio ofício. Vocês terão o apoio das pessoas de bem de São Paulo e do Brasil. Vamos ao texto que ele me enviou.

*
Reinaldo,

Na FFLCH, os professores TODOS são prisioneiros de seus discursos públicos. Embora, de fato, poucos apóiem os movimentos radicais, ninguém ousa expressar, em NENHUM foro, suas opiniões moderadas. Se o fizer, será logo interpelado por colegas exaltados, e seu nome imediatamente será informado aos militantes para as devidas denúncias nos cartazes, manifestos, blogs etc.

Há redes de professores, alunos e funcionários, “enquanto membros dos partidos políticos, que atuam na faculdade. Ora, no partido, todos são companheiros, e as posturas ali decididas se sobrepõem à atuação institucional de cada um. Por isso, professores apóiam insanidades e fazem coro contra os colegas: estão sendo leais aos companheiros de partido, não à USP - e menos ainda estão comprometidos com a racionalidade exigida por seu ofício.

Os muitos que não têm partido não têm proteção e guardam silêncio indignado - incompreensível para os militantes, que freqüentemente se indagam acerca da misteriosa ”apatia” que teria acometido a maioria silenciosa…

O debate acadêmico é substituído por interlocuções fanáticas, comprazendo-se na unanimidade dos chavões.

Onde, senão nos totalitarismos, a academia é lugar de censura ideológica, mentira e disfarce?

Por Reinaldo Azevedo


09/11/2011

 às 6:31

A desocupação da Reitoria

Leia editorial do Estadão:

Determinada pela Justiça, a desocupação da Reitoria da USP ocorreu com base no script tradicional. Assim como aconteceu no cumprimento de outras ordens judiciais idênticas, no mesmo local, a Polícia Militar (PM) realizou a operação de madrugada. Com 400 homens, a tropa de choque chegou de surpresa, cercou o prédio e, sem uso de armas de fogo, deteve os invasores. Estes, por seu lado, saíram repetindo a lengalenga “revolucionária” de sempre, apresentando-se, no momento em que foram detidos, como “presos políticos”, denunciando a opressão policial e acusando o governo estadual de “militarizar” a Cidade Universitária.

A novidade é que, ao inspecionar o prédio invadido, a PM descobriu mais do que pichações e sujeira. Além de portas arrombadas e móveis e câmeras de segurança destruídos, desta vez foram apreendidos morteiros e coquetéis molotov, o que deixou clara a intenção dos baderneiros de sempre, que há duas semanas tumultuam o câmpus. Falam em “diálogo democrático”, mas assumem sempre posições radicais que não podem levar a qualquer tipo de acordo.

Desde o início da baderna, que começou no final de outubro, quando três estudantes foram detidos depois de flagrados fumando maconha no estacionamento do prédio da História e da Geografia, os protestos contra a presença da PM no câmpus e as invasões do prédio administrativo da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas e da Reitoria tiveram a participação de cerca de 700 estudantes. No total, a USP tem quase 89 mil alunos, dos quais 50 mil só na Cidade Universitária.

Por causa da apreensão de morteiros e coquetéis molotov, que poderiam ter causado um incêndio de grandes proporções, a PM levou os 73 invasores da Reitoria para o 91.º DP. Como foram transportados em ônibus comuns, sem banheiro e ar-condicionado, os líderes do grupo chegaram ao desplante de classificar o tratamento como “tortura”. Depois de submetê-los a exame de corpo de delito, o delegado seccional abriu inquérito por crime de formação de quadrilha, dano patrimonial e desobediência a ordem judicial e fixou fiança no valor de R$ 545, mantendo encarcerado quem se recusasse a pagar.

Se a Justiça acolher a denúncia que o Ministério Público fará com base nesses inquéritos, os invasores podem ser condenados no plano criminal, perdendo a primariedade, e obrigados a ressarcir os prejuízos patrimoniais sofridos pela USP no plano civil. Além disso, a condenação judicial pode pôr fim à velha hipocrisia que está por trás das greves, piquetes e invasões promovidos por minorias radicais no câmpus. Elas se acostumaram a fazer reivindicações absurdas e a impor condições disparatadas nas “negociações” com as autoridades acadêmica, porque não lhes interessa qualquer espécie de acordo. Sem acordo, partem para atos de vandalismo e, depois, exigem que não sejam punidas pelo vandalismo. Lenientes, as autoridades universitárias acatam essas exigências - e a impunidade estimula os estudantes a voltarem à baderna com violência cada vez maior, como se não houvesse limites legais.

Isso ficou evidente no final da semana passada, quando a Justiça acolheu a ação de reintegração de posse impetrada pela Reitoria. Em vez de cumprir a ordem de desocupação, os invasores tentaram impor à Justiça, como condição para a desocupação do prédio da Reitoria, a retirada da PM do câmpus - o que devolveria a USP à infestação dos traficantes de drogas, assaltantes, estupradores e assassinos. E, mais grave ainda, mesmo depois do acintoso desacato a uma determinação judicial, eles continuaram sendo cortejados. Esquecendo-se de que no Estado de Direito todos são iguais perante a lei e ninguém tem prerrogativa de transgredir o que o direito penal classifica como crime, o ministro da Educação, numa declaração das mais infelizes, disse que a USP “não pode ser tratada como se fosse a cracolândia”.

O que se está vendo na USP nada tem a ver com questões ideológicas ou com a discussão sobre autonomia universitária. Por trás do discurso ideológico das minorias de arruaceiros - e daqueles que irresponsavelmente os cortejam - o que se tem é delinquência praticada por quem não aprendeu a respeitar a lei e a viver numa democracia.

Por Reinaldo Azevedo

09/11/2011

 às 6:29

Ministério Público pede cassação do petista Vaccarezza, líder do governo na Câmara

Por Silvia Amorim e Isabel Braga, no Globo:
O Ministério Público Eleitoral em São Paulo pediu a cassação do mandato do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por arrecadação ilícita de recursos na campanha eleitoral de 2010. O parlamentar é líder do governo na Câmara e informou nesta terça-feira, por meio de sua assessoria, que espera que o TSE confirme a decisão que ele já obteve no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.

Para a Promotoria, R$ 350 mil foram doados ao deputado por uma concessionária de serviço público e uma entidade de classe, o que é vedado pela Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), e cuja penalidade máxima é a cassação. Vaccarezza recebeu R$ 150 mil da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisas (Interfarma) e R$ 200 mil da UTC engenharia S/A.

O TRE paulista decidiu em favor do deputado por considerar que a Interfarma tem patrimônio particular e não recebe recursos públicos. No caso da UTC, a corte eleitoral considerou que a empresa não é concessionária ou permissionária de serviço público.

O recurso do Ministério Público foi protocolado na sexta-feira passada. Nele, os promotores defendem que a Interfarma reúne as características de entidade de classe, ao representar 41 entidades associadas e atuar junto às autoridades competentes no sentido de certificar a exclusividade de produtos farmacêuticos a favor dos seus associados. A promotoria afirma ainda que o Supremo Tribunal Federal (STF) já se manifestou no sentido de que entidade de classe é aquela na qual se congregam associações regionais.

(…)

Por Reinaldo Azevedo

09/11/2011

 às 6:27

PF pede à Justiça aval para investigar governador do DF

Por Felipe Coutinho e Fernando Mello, na Folha:
A Polícia Federal vai pedir hoje autorização para investigar as acusações de um lobista que afirmou ter pago propina ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), quando ele era diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária em 2008. Ontem, a PF recebeu uma queixa-crime da deputada distrital Celina Leão (PSD), que faz oposição a Agnelo. Ela entregou à PF uma gravação com declarações de Daniel Almeida Tavares, que depositou R$ 5.000 na conta pessoal de Agnelo, na época em que ele trabalhava para a farmacêutica União Química. A PF levará a queixa ao Superior Tribunal de Justiça. Só se receberem a autorização os policiais vão periciar o vídeo e investigar o caso. Por ser governador, Agnelo tem direito a foro privilegiado.

O lobista disse à deputada, em vídeo gravado por ela, que o dinheiro passado a Agnelo foi pagamento de propina por decisão tomada na Anvisa em favor da União Química. A Anvisou informou que fará uma auditoria no processo. O resultado sairá em cinco dias. A Folha revelou ontem que, no mesmo dia do repasse, Agnelo deu um certificado para a farmacêutica participar de licitação federal e registrar novos medicamentos.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

09/11/2011

 às 6:25

Ministério de Lupi deu R$ 3,7 milhões a associação fantasma

Por Alfredo Junqueira, no Estadão:

Selecionada pelo Ministério do Trabalho para oferecer cursos de qualificação para o “arranjo produtivo da indústria do carnaval”, a Associação dos Artesãos e Produtores Rudimentares do Rio (Aart) não funciona em nenhum dos dois endereços apresentados a órgãos públicos. O convênio foi firmado com a entidade no dia 31 de dezembro de 2009 e totaliza R$ 3,75 milhões.

No contrato com o ministério, a Aart apresenta como endereço de sua sede um apartamento em um prédio residencial na Rua Santa Clara, em Copacabana, zona sul do Rio. A moradora do imóvel, que pediu para não ter a identidade revelada, disse que mora no local há 11 anos e nunca ouviu falar sobre a associação.

Já o endereço cadastrado pela a Aart na Receita Federal, um casarão na Rua Real Grandeza, em Botafogo, abriga atualmente o Programa de Artesanato do Governo do Estado, coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços (Sedeis).
(…)

Por Reinaldo Azevedo

09/11/2011

 às 6:23

TCU sugere suspensão de 26 obras do governo federal

Por Dimmi Amora, na Folha:

O TCU (Tribunal de Contas da União) recomendou ao Congresso que 26 obras do governo federal, que somam R$ 23 bilhões, sejam paralisadas. Dessas obras, 18 são do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O tribunal encontrou indícios de valores excessivos em contratos de 55% de todos os projetos analisados. Dentre as construções do PAC, foram avaliadas 161 obras, ou 5% do programa -a maior parte, com irregularidades consideradas graves. O relatório foi levado ao Congresso, que fará audiências públicas para que os responsáveis pelas obras se justifiquem. Se os congressistas ficarem satisfeitos, liberam a execução dos projetos. O número de empreendimentos com suspensão de pagamentos sugerida é o menor já registrado em 15 anos. “Esta diminuição reflete, entre outras causas, o aprimoramento na gestão do investimento público no PAC”, informou o Ministério do Planejamento em nota.

Entre os projetos irregulares, segundo o TCU, está a refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, em Pernambuco. Em 2009, o órgão já havia relatado problemas graves no projeto, mas o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a paralisação.
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Por Reinaldo Azevedo

09/11/2011

 às 6:21

Relatório da AIEA aponta indícios de que programa nuclear do Irã é militar

Por Gustavo Chacra, no Estadão:
O Irã quer desenvolver armas nucleares, segundo detalhes divulgados ontem do relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre o programa nuclear do país. O anúncio oficial, programado para hoje, deve intensificar a pressão para a adoção de novas sanções no Conselho de Segurança da ONU e eleva o risco de uma ação preventiva israelense contra instalações atômicas iranianas.

“Embora algumas atividades identificadas no relatório possam ter aplicações civis e militares, outras são específicas para armas nucleares”, diz o texto, que vazou para as principais agências de notícia um dia antes da publicação oficial em Viena.

Segundo a AIEA, são quatro as provas de que “o Irã realizou atividades relevantes para o desenvolvimento de um artefato nuclear”. Primeiro, ocorreram “esforços, em alguns casos bem-sucedidos, para a aquisição de equipamentos e materiais por indivíduos ou entidades relacionadas a ações militares”.

Em segundo lugar, o Irã buscou “vias obscuras para desenvolver material nuclear”. O terceiro ponto, diz a AIEA, foi a “compra de informações e documentos para o desenvolvimento de armas nucleares de uma rede clandestina”. Por último, Teerã “desenvolveu um design doméstico de uma arma nuclear, incluindo o teste de componentes”.

A AIEA acrescenta que as “informações indicam que antes do fim de 2003 essas atividades integravam um programa estruturado. Também há indícios de que algumas das atividades relevantes para o desenvolvimento de uma arma nuclear continuaram depois daquele ano e algumas delas persistem até hoje”.

A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, disse que “os EUA haviam acabado de receber o relatório e ainda não estavam preparados para discutir os próximos passos”.

“O relatório é desequilibrado, amador e politicamente motivado”, disse Ali Asghar Soltanieh, que representa o Irã junto à AIEA em Viena. De acordo com ele, “não há nenhuma novidade no relatório”. Além disso, “apesar da disposição do Irã em negociar, a AIEA decidiu publicar o texto, uma ação que apenas manchará a reputação da entidade”.

No curto prazo, segundo diplomatas, os esforços dos EUA e de seus aliados europeus se concentrarão em uma ação mais dura do Conselho de Segurança. A iniciativa, porém, esbarra na oposição de Rússia e China a novas sanções. “Moscou não quer que joguemos gasolina num carro pegando fogo. Eles acham que dá para curar um paciente apenas tirando o termômetro”, afirmou ao Estado um diplomata envolvido nas negociações.

(…)

Por Reinaldo Azevedo

09/11/2011

 às 6:19

Berlusconi quer eleições antecipadas, mas oposição defende governo técnico

No Globo:
“The End”. Assim, com letras garrafais, estampava em seu site o jornal italiano “Il Fatto Quotidiano”, crítico ao governo. Mas a promessa de Silvio Berlusconi de renunciar após a aprovação de uma série de reformas - o que deve ocorrer em cerca de 20 dias - lança a Itália num período de incertezas sobre seu futuro político. Todos esperam agora uma decisão do presidente Giorgio Napolitano, que vai apontar o caminho para contornar essa crise política. Se depender de Berlusconi, que ontem perdeu a maioria absoluta na Câmara, as eleições antes marcadas para 2013 serão antecipadas. A oposição, no entanto, defende a criação de um governo técnico, com a figura do economista e ex-comissário europeu Mario Monti à frente. Esta opção é também a preferida de Napolitano, que vai discutir a possibilidade de formação de um governo de transição. “Eu vejo apenas a possibilidade de novas eleições, mas quem decidirá é o chefe de Estado”, disse Berlusconi.

Sobre a mesa, Napolitano tem basicamente quatro opções. A preferida pelo atual governo é a convocação de eleições antecipadas, garantindo que Berlusconi continue a comandar a centro-direita frente a uma oposição que não oferece alternativa clara para o cargo. O provável resultado nas urnas ainda é uma incógnita, mas analistas estimam que a principal perdedora nesse caso seria a própria Itália, visto que um processo eleitoral longo e custoso atrasaria uma série de decisões econômicas urgentes que estão na pauta do país.

“Normalmente fragmentada, a oposição mostrou força hoje (terça)”, disse o jornalista político Luca Gelmini, do “Corriere della Sera”. “Eles tinham força para bloquear a aprovação das contas de 2010 na Câmara, mas julgaram que se tratava de uma responsabilidade nacional, e decidiram se abster, mostrando simbolicamente seu poder”.

Se depender da oposição, a Itália caminha rumo a um governo comandado por tecnocratas, capazes de aprovarem medidas para tentar remediar a crise sem se preocupar com reeleição. Outra opção é um governo de união. Porém, após anos de polarização política, a oposição dificilmente aceitaria governar ao lado do partido de Berlusconi. Caso a coalizão do governo consiga inverter a situação atual e reconquistar deputados que migraram para a oposição, a direita poderia continuar no comando.

Por Reinaldo Azevedo

09/11/2011

 às 6:17

Eis os líderes das (im)potências. Digam-me se isso não explica muita coisa!

Por Andrei Netto, no Estadão:
Microfones abertos durante um encontro privado entre os presidentes da França, Nicolas Sarkozy, e dos EUA, Barack Obama, durante o G-20 de Cannes revelaram o desprezo das duas autoridades pelo primeiro-ministro de Israel, Binyamin Bibi Netanyahu. No diálogo, o chefe de Estado francês chama o israelense de “mentiroso”, enquanto Obama se mostra incomodado por ter de lidar com o premiê.

A conversa vazou durante um dos encontros bilaterais entre Sarkozy e Obama no balneário de Cannes, na quinta-feira. O diálogo privado, realizado fora do alcance de diplomatas, foi no entanto presenciado por alguns jornalistas e registrado por microfones abertos durante a reunião. Nela, o presidente americano lamentava ao seu interlocutor o voto da França em favor da adesão da Palestina à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), na semana passada. A Casa Branca era contrária à decisão, que acabou aprovada pelo plenário.

A sequência do diálogo caminha para Netanyahu, até que Sarkozy desabafa: “Eu não aguento mais nem vê-lo. É um mentiroso!”, afirma. Obama então respondeu: “Você pode estar cansado, mas eu devo tratar com ele todos os dias”. O presidente americano pediu então ajuda para convencer a Autoridade Palestina a desistir de seu pedido de adesão à ONU, tema que causa divergências diplomáticas entre os dois países.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

08/11/2011

 às 22:01

Lupi desafia: “Só saio abatido a bala; Dilma me conhece; eu duvido que ela me tire”

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, decidiu falar a linguagem aberta da chantagem. A bola está com Dilma Rousseff. Após encontro com a bancada do PDT, que ameaça romper com o governo se ele for demitido, bravateou:

“Alguns acharam que era melhor que eu tivesse saído. Para me tirar, só abatido a bala. Tem de ser uma bala pesada, porque sou pesadão”.

Mas ele achou que era pouco. Disse conhecer a presidente Dilma e afirmou que ela também o conhece, emendando:
“Eu duvido [que ela me tire], pela confiança que ela me tem. Eu acho pouco provável!”

É a fala de quem acha que tem bala na agulha, não é? De quem acha que pode abater os outros a bala…

Por Reinaldo Azevedo

08/11/2011

 às 21:27

No “Jornal Nacional”, fascistas encapuzados viraram “os meninos”!!!

Uma coisa é certa. Os invasores da Reitoria da USP não poderão reclamar de parcialidade na cobertura do Jornal Nacional. Não ao menos de parcialidade contra eles. A abordagem foi francamente simpática àqueles que estavam ali cometendo uma penca de crimes. Que dias estes, não?

O primeiro momento notável foi quando o repórter José Roberto Burnier chamou os invasores de “os meninos”, corrigindo-se depois, ou fazendo sinonímia: “os estudantes”. Em seguida, foram exibidos coquetéis Molotov com o seguinte texto:“A polícia diz que encontrou…” É??? Por que acreditar na Polícia em vez de acreditar nos “meninos”?

A propósito: um dos “garotinhos” que falaram, acusando “arbitraridade” (sic), foi Rafael Alves. É aquela criança de 29 anos que foi jubilada depois de sete anos sem concluir o curso e que voltou à universidade em razão de um novo vestibular.

Em seguida, o repórter da Globo entra na reitoria e mostra um pouco, bem pouco, da área depredada, destacando que duas salas foram deixadas intactas. Os “meninos”, em suma, não são assim tão maus! Em nenhum momento informa-se ao telespectador que os “estudantes” são militantes de partidos e correntes como PCO, LER-QI e tendências outras.

Não custa lembrar: ontem à noite, “os meninos” agrediram uma jornalista e feriram dois cinegrafistas a pedradas. Um deles teve a câmera danificada. Outro foi derrubado. Nem uma miserável palavra a respeito.

Na seqüência, o Jornal Nacional exibiu, com narração, os doces estudantes tentando entregar flores aos policiais. Um momento de poesia. Mais: um deles leu um trecho de um manifesto com acusações contra a PM, e, olhem que coisa!, um representante da PM apareceu… tendo de se defender. Ao fim, o governador Geraldo Alckmin fez uma declaração muito sensata (aquela que se lê pots abaixo). Alguém dirá: “Isso é que é isenção!”

Entre as leis democráticas e o crime, qual é a isenção possível? Depois da reportagem, vai ter gente querendo adotar “os meninos”, esses poetas da bagana ideológica.

Por Reinaldo Azevedo

08/11/2011

 às 20:39

Ei, professores de esquerda! Deixem as crianças em paz!

Sabem a tal vergonha alheia? É o que senti ao ver estas fotos. E peço que vocês façam comentários, digamos, em tese, evitando a fulanização. Depois de depredar o espaço público, de rasgar a Constituição, de resistir a uma ordem judicial, essa gente ainda é capaz de se dizer “perseguida”.

Vejam três imagens de Danilo Verpa, da Folhapress. Numa delas, um pai consola o filho — o ferimento no pé do rapaz não foi feito pela PM, é bom deixar claro. Não se tocou no fio de cabelo nem de remelento nem de Mafaldinha. Depois o bebezão cai no choro mesmo, aninhado no peito do pápi. Na terceira foto, nós já o vemos no ônibus que levaria os detidos à delegacia, em plena militância. Volto depois.

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Voltei
Posso fazer um pouco de memória pessoal? Não tenho como fugir. Eu tive problema com a tal “repressão” no primeiro colegial — com um agente do Deops infiltrado no meu colégio, como sabem todos os professores felizmente vivos e fortes que deram aula no Colégio Amaral Wagner, em Santo André, na década de 70. A minha mãe nem ficou sabendo. Embora fossem tempos bicudos — 1976!!! —, não pedi penico. Vivi uns bons tempos com frio na barriga, e ainda lembro o peso da mão fechada daquele “fdp” dando soquinhos no meu ombro e escandindo sílabas para me dizer como eram as coisas… Do mesmo modo, quando dormia na Reitoria, dizia que tinha ficado na casa da namorada, de amigos etc. “Mãe e pai” para chororô? Ah, tenham paciência! Não é por acaso que lutávamos por democracia, e eles lutam para poder fumar maconha com proteção policial!

Eu sou pai. Compreendo, sim, paternalmente falando, o cuidado daquele senhor. Mas tenho cá certa suspeita de que aquele que socorre um filho que está, flagrantemente, desrespeitando as regras da democracia está moralmente obrigado, mais tarde, a lhe passar um corretivo. Se o fará, não sei. Quando chamo essa gente de “revolucionários do sucrilho e do toddynho”, faço algo além de uma caricatura, não é mesmo?

Não deixo de ter pena dessa garotada. São, se vocês quiserem saber, vítimas da cultura petista no poder e dos professores petistas do ginásio, do colégio, do cursinho e, por óbvio, da universidade. Todos eles são treinados, coitados!, a pensar velharias: na cultura, na política, na vida!

Olhem lá a camiseta do garoto. “The Wall”, do Pink Floyd, em 2011!?!?!? É um álbum de 1979, de quando eu tinha 18 anos — o rapaz ali leva jeito de que já tem mais do que isso. Sempre lembrando que, aos 18, eu tinha carteira de trabalho assinada havia três!!! Se ele está lá chorando no ombro do “véio” em pleno dia útil, alguém ganha a vida por ele: o pai. Alguém paga a sua universidade sem que ele produza um miserável bem: os pobres que trabalham e que jamais estudarão na USP.  É, eu confesso que gostava de Pink Floyd em algumas situações que não narrarei aqui. Sabem como é, né? Se o mundo é, assim, tão cruel, gente, então o negócio é o “liberou geral”. Sempre tinha aquela que caía na conversa… Escrevi aos 18, num jornaleco meio alternativo, uma crítica ao álbum: elogiei a música, mas afirmei que me parecia um disco com temática já um tanto superada… Aos 50, vejo lá o nosso revolucionário com o camisetão e cantarolo cá comigo:

We don’t need no education
We don’t need no thought control
No dark sarcasm in the classroom
Teachers leave them kids alone
Hey! Teachers! Leave them kids alone!
All in all it’s just another brick in the wall.
All in all you’re just another brick in the wall.

É isto!

Os alunos não precisam mais da educação desses esquerdistas aloprados.
Os alunos não precisam mais do controle ideológico desses celerados.
Ei, esquerdistas, deixem as crianças em paz!

Em tempo: vejo lá a imagem de Mao Tse-Tung no pára-brisa. Pois é… Em que outro lugar do mundo, a não ser em certos nichos das universidades públicas brasileiras, o assassino de 70 milhões de pessoas seria considerado um guia?

Em homenagem ao rapaz chorão, o vídeo com a música de Pink Floyd. Chegou a hora de derrubar os muros da mistificação esquerdopata.

Por Reinaldo Azevedo

08/11/2011

 às 19:27

Alô, paulistanos! De um lado, a Constituição, o estado de direito e a ordem; de outro, o flerte com o autoritarismo, com a violência e com a desordem. Basta comparar! Ou: A aula de democracia que Alckmin dá a Haddad

“Eu entendo que os estudantes [invasores] precisam ter aula de democracia. Precisam ter aula de respeito ao dinheiro público e respeito ao patrimônio público. Não é possível depredar instituições que foram construídas com dinheiro da população que paga impostos. Precisam ter aula de respeito à ordem judicial. É inadmissível isso! É lamentável que tenha que chegar ao ponto de a Policia ter que ir lá para fazer cumprir uma decisão judicial, mas ela já foi feita”.

A declaração acima é do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Ele também parabenizou a ação da Polícia Militar, que mostrou “sua capacidade de trabalhar nessas situações de alto estresse”.

É isto mesmo! Um dos sonhos dourados do PT é instalar baguncismo em São Paulo. Que fique bem claro ao eleitorado paulista, especialmente paulistano. Há as forças da lei, da ordem e da democracia, com as quais se alinham Alckmin e a competente Polícia Militar. E há aqueles, como Fernando Haddad, que piscam para o caos, para a desordem, para a violência, para a anomia, para o confronto.

A rigor, é o que essa gente sempre faz na política. E o objetivo é um só: chegar ao poder.

Por Reinaldo Azevedo

08/11/2011

 às 19:10

José Aníbal: “Haddad quer com invasor o mesmo tratamento que ele dá a erros do Enem. É frouxo!”

José Aníbal, secretário de Energia de São Paulo é outro dos pré-candidatos tucanos à Prefeitura, também comentou a frase de Fernando Haddad, segundo quem a USP não pode ser tratada como a Cracolândia, e a Cracolândia, como a USP.

“Esse ministro está tão perdido que confunde o Itaim Paulista, um dos bairros mais carentes de São Paulo, com o Itaim Bibi, de alta classe média. Ao dizer o que disse sobre a USP e a Cracolândia, revela o mesmo desconhecimento de São Paulo; por isso fala tanta bobagem.

Na verdade, ele quer para aquela meia-dúzia de invasores da USP o mesmo tratamento leniente que dispensa aos sucessivos descalabros do Enem. Ele é um frouxo. Ele está se esquecendo que o prefeito de São Paulo será eleito pelo voto direto de mais de sete milhões de pessoas; ele está achando que basta ser eleito por um só.”

Por Reinaldo Azevedo

08/11/2011

 às 18:53

Andrea Matarazzo: “Haddad demonstra desconhecer tanto a USP como a cidade de São Paulo”

Fernando Haddad, pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, afirmou, sobre os eventos da Universidade de São Paulo, que “não se pode tratar a USP como se fosse a Cracolância e a Cracolância como se fosse a USP”. Resolvi ouvir outros pré-candidatos à Prefeitura. Leiam o que diz o tucano Andrea Matarazzo, secretário de Cultura do Estado de São Paulo:

“Quem representava a vontade do povo na USP, nesta manhã, era a Polícia Militar, que estava lá para executar uma ordem judicial. E a PM atuou com lisura, desembaraço, serenidade e competência. Não houve violência da Polícia, só dos invasores, inclusive contra a imprensa, o que nos remete aos piores tempos da ditadura. A força garantiu a democracia e o direito de mais de 100 mil pessoas da comunidade uspiana. A democracia não comporta a ação daqueles vândalos.

Quanto à Cracolândia, há muito defendo a internação compulsória dos viciados, muitos deles, infelizmente, portadores de graves deficiências mentais. Mas, para tanto, precisamos mudar as leis. Luto por isso. Lamento que o governo federal tenha prometido um programa nacional de combate ao crack e, depois de onze meses, nada tenha saído do papel. Há só promessas vazias.

Lamento as declarações do petista. Revelam que ele ignora a realidade da USP, o que é grave para um ministro da Educação, e também da cidade de São Paulo. Alguns ditos ‘progressistas’ brasileiros são realmente únicos no mundo: defendem tolerância com práticas fascistas porrete na cabeça dos pobres.”

Por Reinaldo Azevedo

08/11/2011

 às 18:26

O JOGO DOS SETE ACERTOS. ONDE ESTÁ O POVO NESTA FOTO?

Vejam esta foto de André Lessa, da Agência Estado.

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1 - De um lado, o privilégio inaceitável; de outro, o povo,

2 - De um lado, a democracia usurpada; de outro, a Constituição.

3 - De um lado, o exercício da vontade pela violência; de outro, o estado de direito.

4 - De um lado, o desperdício do dinheiro público; de outro, a sua aplicação eficiente.

5 - De um lado, o privilégio de minorias; de outro, a vontade da maioria.

6 - De um lado, o uso ilegítimo da força que oprime; de outro, o uso legítimo que liberta.

7 - De um lado, séculos de opressão; de outro, a Aurora da Lei.

É evidente que, na foto, o povo veste farda.
É evidente que, na foto, povo é a Polícia Militar.
É evidente que, na foto, quem se coloca como bastante procuradora das liberdades civis é a PM.

Revejam a imagem. Os policiais estão sendo provocados, instados a reagir, a quebrar o nariz desses babacas. Mas foram devidamente treinados para suportar suas tolices.

O bobinho que resolveu oferecer uma flor ao policial poderia estar fazendo uma referência à Revolução dos Cravos, em Portugal. Para tanto, precisaria ter mais informação, não? Ele certamente se deixou inspirar pela abertura daquela ridícula novela do SBT, “Amor e Revolução”. É um misto de Karl Marx com Silvio Santos.

Hoje é um bom dia para lembrar a Itália — ainda falarei sobre a queda de Berlusconi, o bufão. Pier Paolo Pasolini, cineasta italiano assassinado em 1975, era de esquerda. Nos embates do começo dos 70 entre estudantes extremistas e a polícia, deixou irados setores ditos “libertários” de seu país ao afirmar o óbvio: no confronto entre estudantes e soldados, o povo eram os… soldados!

Quase 50 anos depois, assistimos a essa patetice no Brasil.

Por Reinaldo Azevedo
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Fonte:
Blog Reinaldo Azevedo

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