As caras da política - Instituto Lula divulga foto de Lula careca, sem barba e com bigode

Publicado em 16/11/2011 18:21 e atualizado em 16/11/2011 19:19

As caras da política - Instituto Lula divulga foto de Lula careca, sem barba e com bigode

Abaixo, segue a foto de Luiz Inácio Lula da Silva sem barba, careca e com bigode. Foi divulgada pelo Instituto Lula, não pela família. Posso estar enganado, mas me parece que o dito instituto faz política. Logo, entendo a divulgação da foto como parte de uma estratégia… política. Ou será que estou sendo muito rigoroso? Acho que não. Devo estar sendo apenas correto e tratando os fatos com objetividade. A imagem é de Ricardo Stuckert.

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Por Reinaldo Azevedo

Política e hagiografia - Instituto também divulga cenas da intimidade doméstica de Lula

O Instituto Lula, que faz política - e não crônicas da vida familiar - não se contentou em divulgar apenas o que poderia ser, vá lá, a foto oficial de Lula com seu novo visual. Há também cenas da vida doméstica, como a que se vê, abaixo, em outra foto de Ricardo Stuckert. Marisa, a mulher do petista, raspa carinhosamente a sua barba. Estamos já no terreno da hagiografia.

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Por Reinaldo Azevedo

16/11/2011

 às 19:42

Ex-presidente do PT já faz exploração eleitoreira da foto de Lula careca, como antevi aqui!

Olhem, meus queridos, não fiz 50 anos à toa, né? A gente vai ganhando certa experiência. E também a coragem necessária para não se deixar intimidar pela covardia fru-fru que toma conta de amplas áreas do jornalismo político. Apontei acima que a divulgação das fotos do Lula careca é parte de uma estratégia de poder, daí que as imagens não tenham sido feitas pela família de Lula, mas pelo fotógrafo de seu instituto. Apareceram, como sempre, aqueles que me acusam de fazer exploração política do câncer. É mesmo? Eu? O Reinaldo Azevedo??? Então vejam este tuíte postado pelo deputado federal Ricardo Berzoini (SP), ex-presidente do PT.

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Viram? Então… O Reinaldo Azevedo não é mesmo mau como um pica-pau? É uma gente desavergonhada!

Por Reinaldo Azevedo


16/11/2011

 às 17:07

A senadora Marta Suplicy e as “louras” dos presídios

Vocês querem se divertir um pouco, mais ou menos como se fosse a hora do lanche? Então leiam o que informa Rosa Costa, no Estadão Online:

A senadora Marta Suplicy (PT-SP) deu uma bronca no senador Pedro Taques (PDT-MT) por entender que ele debochava de suas palavras, quando contestava na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) o projeto de lei do colega que proíbe visitas íntimas aos presos provisórios e condenados submetidos ao regime disciplinar diferenciado por envolvimento com o crime organizado. É o caso de Fernandinho Beira-Mar e de Nem, preso na semana passada.

Marta defendia a posição do governo, contrária à proibição, quando alegou ser falsa a ideia de traficantes receberem “namoradas louras” no presídio. Ao que Taques comentou: “Nós não temos nada contra as louras”. A senadora, num tom ríspido, rebateu, dizendo que “não é hora de brincadeira”. Ainda na comissão, o senador Taques pediu desculpas, dizendo que não costuma “ser grosso e sem educação”.

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) entende que ele não deveria ter se desculpado “pois foi ela (Marta) quem começou falando das louras”. Senadores da oposição são favoráveis ao projeto, enquanto a maior parte dos aliados do governo endossa a tese do Ministério da Justiça de que a proibição a visitas íntimas é inconstitucional, ainda que para presos de organizações criminosas. Na dúvida, o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) pediu vistas da matéria.

Na justificativa do projeto, o senador Pedro Taques afirma que a intenção da medida é evitar que companheiras e namoradas recebidas nas visitas íntimas sejam usadas para transmitir instruções aos comparsas que agem fora do presídio. Ele diz ainda que, nos últimos anos, escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, notadamente nos presídios federais, comprovam a existência desse tipo de comunicação “que põe em risco a população em geral, especialmente os agentes públicos envolvidos na persecução criminal”.

Voltei
Bem, comecemos por Marta Suplicy. Pelo visto, ela acredita que pode falar o que bem entender, sem que seus interlocutores possam responder. Convenham: quem recorreu primeiro ao estereótipo da “loura”? Ela precisa parar com essa mania de se comportar como bedel ou patroa de seus colegas.

Quanto ao mérito da questão, dizer o quê? Todas as pessoas nascem com direitos iguais, não? A depender do que façam, podem ir perdendo alguns — entre eles, o de ir e vir livremente. Até hoje não entendi por que o “direito” de o meliante dar uma bimbada — com loura, ruiva, morena, negra, amarela — é considerado, assim, uma espécie de cláusula pétrea. Tenham paciência!

Por Reinaldo Azevedo

16/11/2011

 às 16:37

Lupi se encontra com Dilma e pergunta: “Amada, você vai acreditar em mim ou no que os seus olhos vêem?”

Vamos lá, de novo, com Groucho Marx: “Vocês vão acreditar em Carlos Lupi ou no que vocês vêem?” O troço é surrealista. Lupi mentiu para os deputados, mentiu para membros do PDT e mentiu para a presidente Dilma Rousseff, com quem ele esteve hoje. Mas insistiu que tem como se defender, e a chefe lhe deu mais um prazo… Leiam o que informa VEJA Online:

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, encontrou-se nesta quarta-feira com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto para tentar dar explicações sobre a versão mentirosa que contou sobre sua viagem ao Maranhão, em 2009. A reunião foi “secreta”: tanto a agenda de Dilma, quando a de Lupi diziam que eles estavam em “despachos internos”.

De acordo com uma fonte do Planalto, Lupi manteve a versão de que nunca viajou a bordo de um avião providenciado pelo presidente de ONGs Adair Meira e disse que vai provar sua inocência. O ministro, no entanto, não entregou qualquer prova disso a Dilma. Pelo menos por enquanto, a decisão da presidente é de manter o ministro no cargo.

A situação de Lupi se complicou ainda mais depois que o site de VEJA publicou, nesta terça-feira, um vídeo que mostra que o ministro mentiu ao dizer que desconhecia o presidente de ONGs Adair Meira e que não viajou no avião King Air providenciado por Meira.

Para receber o ministro, a presidente remarcou a reunião de coordenação política, prevista para as 10h30. O encontro com a base foi adiado para as 15 horas. Depois de deixar o Planalto, Lupi seguiu para o Ministério do Trabalho, onde se reuniu com o presidente em exercício do PDT, o deputado André Figueiredo (CE), e com o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP). O encontro durou menos de uma hora.

Integrantes do partido ainda não se convenceram sobre as versões apresentadas pelo ministro até agora. “Ele precisa dar explicações”, avaliou o líder do PDT na Câmara, Giovanni Queiroz (PA). “Precisamos ser os primeiros a ouvir, da boca dele, o que está acontecendo”, afirmou o senador Acir Gurgacz (PDT-AC). “Alguma coisa não está batendo”. Lupi deverá prestar depoimento no Senado na quinta-feira.

Por Reinaldo Azevedo

16/11/2011

 às 16:02

Eu me interessei pela origem do pensamento de um professor “revolucionário” da USP. E vejam o que descobri

O professor Vladimir Safatle, da USP, colunista da Folha de S. Paulo e comentarista da TV Cultura (que os petistas, mentindo, como de hábito, acusam de tucana…) é um homem de esquerda. Ele se considera, inclusive, à esquerda do PT. Escreveu aquele artigo na Folha com mentiras grosseiras sobre a universidade, tentando fazer uma espécie de arranca-rabo de classes no campus. Na sua imaginação, há uma luta entre os “proletários” da FFLCH e os “burgueses” das demais unidades.  O moço é ousado. Em artigo histórico no Estadão, tentou demonstrar as virtudes revolucionárias do terrorismo.

No vídeo abaixo, Safatle discursa num evento ocorrido na USP no ano passado em defesa da candidatura Dilma. Ele já era colunista do jornal — isento claro! O que não é tão claro é que Safatle e seus amigos estão desrespeitando a Lei Eleitoral. Ouçam depois o que diz o rapaz, já que o melhor deste post vem lá no fim… Para ele, “a luta [a necessidade de Dilma vencer] só começou.” Ele revela seu inconformismo com o fato de existir “um eleitorado forte, articulado e muito presente de direita”. O rapaz acusa a candidatura do PSDB de ser aliada dos “setores mais reacionários da igreja e do cinturão do agronegócio”. E termina sua exposição apelando a suas origens goianas, com um clichê muito aplaudido por todos os outros transgressores da lei que o ouvem: “No Goiás, a gente costumava dizer que o sujeito inteligente é aquele que dá um boi para não entrar numa briga e uma boiada pra não sair. Tá na hora de a gente mostrar que a nossa boiada é grande”.

Boiada, é? Entendi. O vídeo vai abaixo. Depois vocês vêem. Retomem o texto que segue depois dele.

Voltei
Vocês sabem que costumo dizer que a “revolução” na USP, promovida pela minoria de extrema esquerda entre professores e alunos, é coisa dos “remelentos e Mafaldinhas” alimentados com sucrilho e toddynho. Bem, é o caso de Vladimir Safatle. Como a sua coluna deixou claro, ele certamente se opôs à reintegração de posse na USP determinada pela Justiça. Está entre aqueles que acreditam que o que é público não é de ninguém.

De reintegração de posse, Safatle entende. Ele é filho do economista Fernando Safatle, radicado na cidade de Catalão, em Goiás. O homem foi um dos fundadores do PT local, mas transita com desenvoltura no PSDB também, amigo que é do governador Marconi Perillo. Em suma, Safatle, o Vladimir Lênin da USP, pertence às chamadas “classes superiores”, entendem? Até aí, né?, ele poderia dizer que seu homônimo russo também era… A questão seria o compromisso de classe. Sei…

Um grupo de sem-terra teve o mau gosto de invadir a propriedade de Fernando, de que Vladimir é herdeiro, Opa! Aí, não! Onde já se viu invadir terra de gente progressista, de esquerda? Não pode! Leiam o que informa o Portal do Sudeste no dia 28 de junho deste ano.

*

Foi realizada hoje (28) à tarde audiência com famílias invasoras de terra em Catalão e o proprietário, o economista Fernando Safatle.  Segundo informações, 15 famílias estão acampadas no local desde o dia 17 de junho. Parte delas participou da audiência de reintegração de posse.

A audiência durou pouco mais que uma hora. Segundo o juiz, Antenor Eustáquio, foi tranquila. A sentença, de acordo com ele, foi que as famílias deixem a área em oito dias. Até lá, ele não pediu reforço policial. Mas deixou bem claro que, se o prazo não for respeitado, solicitará. “Dei o prazo de oito dias até por questão social. Há crianças. O prazo é suficiente para eles se organizarem e deixarem a área”, resumiu. (…) Ela [reintegração de posse] foi proposta pelo economista, que alegou que foi impedido de exercer a legítima posse. Segundo ele ao juiz, o grupo arrombou a porteira, não permitindo que as pessoas chegassem até a propriedade. Ainda de acordo com Safatle, os invasores estavam armados de foices, facões, enxadas, causando certo temor à população local. O pedido foi acompanhado de documentos.

O grupo foi à audiência acompanhado por dois advogados. Um deles, João Francisco Marques, de Goiânia, informou que vai entrar com recurso para revogar a decisão do juiz. “Se conseguir, as famílias ficam na área. Se não, saem”. O presidente da Central dos Trabalhadores Rurais de Goiás, Victor Rodrigues de Oliveira, também participou da audiência e disse que o movimento de Volta do Trabalhador ao Campo é ligado à Central e tem uma parceira, como ele chamou, com o Incra de Goiás. “Fazemos as mobilizações e as pré-seleções de famílias que podem ser assentadas e entregamos ao INCRA”. De acordo com ele, além dessa ligação com o Incra, ele disse que o grupo está em conversação com o Banco do Brasil. A intenção com isso, segundo ele, é fazer um levantamento de terras com algum problema junto à instituição e que podem servir para  a reforma agrária.

Victor disse que o movimento não é ligado aos Sem Terra e contou ainda que não considera uma invasão à fazenda. “Nós entramos nessa área, que dizem ser do Fernando Safatle, mas é do banco (Banco do Brasil). Nós temos documentos que provam que essa área é do banco. Ele está simplesmente reivindicando uma área que não pertence mais a ele”, disse.

O presidente contou ainda que as famílias que vieram para Catalão estavam acampadas na porta do Incra em Goiânia há quase um ano.  “Quando tivemos uma liminar expedida pela Prefeitura (de Goiânia) para remoção das famílias, nós fizemos um acordo com o Comando da Polícia Militar juntamente com o Incra que essas famílias viriam para uma área do Banco do Brasil em Catalão. E elas vieram e estão em uma área do Banco do Brasil”. De acordo com ele, a intenção é que as famílias permaneçam no local até que o Incra legalize o processo.

(…)

Encerro
Entendi. O pai do revolucionário da USP reivindicou, e obteve, a reintegração de posse de uma fazenda ocupada por sem-terra. A tal fazenda está enrolada com a Justiça. Ela foi, com efeito, arrematada pelo Banco do Brasil, que é público, mas Safatle recorreu. Essas coisas costumam ocorrer  quando o banco empresta um dinheiro e não recebe, depois, o pagamento.

Vladimir, o Safatle, poderia ir lá na porteira da fazenda ocupada por seu pai e discursar como Vladimir, o Lênin. Mas ele prefere fazer isso a muitos quilômetros de distância, na USP, que, na sua concepção, deve ser terra de ninguém. Tudo saindo no melhor dos mundos pra ele,  ainda acaba herdeiro daquelas terras, não é?

Por Reinaldo Azevedo

Mais uma falácia no texto do professor revolucionário… Além de confundir rankings, ele não sabe matemática, tadinho!!!

Contestei ontem aqui o artigo de Vladimir Safatle, professor da USP, colunista da Folha e notório apoiador de movimentos extremistas na universidade e fora dela. Nas pegadas de Slavoj Zizek, ela já escreveu até um texto dando piscadelas para o terrorismo. Um verdadeiro “gênio”, como querem os seus amigos, certamente desatentos à sua gramática e à sua matemática… Hoje, eu lhe sugiro um bom lugar para defender invasões: a fazenda de seu pai, que foi ocupada por sem-terra, que tiveram de sair porque o pápi pediu reintegração de posse, claro! Os sem-terra afirmam que a fazenda pertence ao Banco do Brasil em razão de dívidas não-pagas.

Pois bem, no artigo de ontem, alertam-me os leitores, Safatle incorreu em outra falácia que não apontei com clareza. Escreveu ele:
“Mas, vejam que engraçado, segundo a QS World University Ranking, os Departamentos de Filosofia e de Sociologia da USP estão entre os cem melhores do mundo, isso enquanto a própria universidade ocupa o 169º lugar. Ou seja, se a USP fosse como dois dos principais departamentos da FFLCH, ela seria muito mais bem avaliada.”

Trata-se de outra inverdade, própria de quem não entendeu o que leu ou de quem distorceu o resultado de maneira deliberada. A USP aparece em 169º lugar num ranking de 700 universidades. Os rankings em que aparecem, respectivamente, filosofia e sociologia são outros e reúnem 200 cursos cada. Mais: os critérios para avaliar as universidades e os cursos em particular são absolutamente distintos. O site expõe tudo em detalhes. Os interessados poderão se divertir a valer.

Nota para entender o que vem: filosofia e sociologia aparecem no ranking dos cursos em 51ª posição, junto com outros 49 — a ordem passa a ser apenas alfabética. Vale dizer: podem estar em 51º lugar ou em 100º.

Digamos que os rankings fossem comparáveis (NÃO SÃO, REITERO), digamos que Safatle não estivesse equiparando mussarela e presunto: o raciocínio mais elementar demonstra que sua afirmação é falaciosa. Por quê? Ora, escolha 24,15% das 700 universidades a partir da melhor: pronto! A USP está lá, certo? Para encontrar filosofia e sociologia em seus respectivos rankings, seria preciso selecionar, no mínimo, 25,5% dos cursos — se eles se encontrarem, claro!, na 51º posição; se estiverem na 100º, aí só selecionando 50%…

Safatle comparou alhos com bugalhos. Mas, ainda que não o tivesse feito, resta evidente que  também não sabe fazer conta. Assim, ao contrário do que diz este gênio da raça, ainda que alhos e bugalhos fossem uma coisa só, “se a USP fosse como dois dos principais departamentos da FFLCH, ela poderia ser muito mais MAL avaliada.” Ele vai pedir desculpas aos leitores da Folha por esse erro objetivo? Acho que não… Deve achar a matemática uma linguagem própria da burguesia reacionária…

Tudo bem, pode-se dizer que ele é professor de filosofia… A disciplina já foi íntima da matemática um dia, mas isso era no tempo em que filósofos, ao menos aqueles como ele, não estavam fazendo “revolução” no campus do Butantã…

Por Reinaldo Azevedo


16/11/2011

 às 6:31

Os fiéis da Canção Nova, o PT de Edinho Silva e o PMDB de Chalita. Ou: Não se deve usar o Reino de Deus para conquistar poder no reino dos homens. Ou: Rebanho de Deus não é rebanho de partidos

Escrevi ontem um post sobre o programa que o deputado estadual Edinho Silva, presidente do PT de São Paulo, ganhou na TV da Canção Nova. O texto estáaqui. No programa de estréia, lá estava o deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo. Luiz Inácio da Silva trabalha para que ele seja vice de Fernando Haddad. Caso isso não aconteça, é certo que estarão juntos num eventual segundo turno se um deles passar para essa etapa. Assim, a TV Canção Nova leva ao ar o que é, antes de mais nada, uma aliança de caráter político. Em suma, TRATA-SE DA POLITIZAÇÃO DE UMA CORRENTE QUE SE IDENTIFICA COM A IGREJA CATÓLICA. O pretexto para Edinho Silva estar lá seria a sua expertise na chamada “doutrina social da Igreja”. Entendo. A Canção Nova procurou, procurou e não encontrou ninguém melhor do que o presidente estadual do PT, é isso?

Tenho uma relação transparente com os meus leitores. E essa transparência me obriga a dizer que não me alinho com as correntes carismáticas da Igreja Católica, sempre reconhecendo que há genuínas vocações cristãs e católicas entre os que fazem essa escolha, sejam sacerdotes, sejam fiéis. Acho, inclusive, que a Igreja “tradicional” — recorro a essa palavra à falta de uma mais precisa para o caso — teria algumas coisas a aprender com correntes que me parecem viver a fé com mais entusiasmo e vivacidade. A Canção Nova sempre me pareceu uma força importante de renovação da fé. Mas tenho a impressão de que algo um tanto estranho pode estar se passando por lá.

O petista Edinho Silva, que acaba de ganhar um programa na emissora da comunidade, foi o mesmo que comandou os esforços para censurar — infelizmente, foi bem-sucedido — um manifesto de católicos contra políticos que apóiam o aborto. Não havia no texto qualquer referência a partido nem se citavam nomes. Uma lideranç da Igreja Católica, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo de Guarulhos, foi impiedosamente demonizado por petistas . No comando, Edinho Silva!

Caso do padre José Augusto
Ficou conhecido o caso do padre José Augusto, que pertence à Canção Nova. Em uma homilia, censurou o PT por sua posição simpática ao aborto. Ele foi repreendido pelo comando da Canção Nova, que fez questão de desautorizá-lo. O pretexto para fazê-lo foi a neutralidade da comunidade, que não deveria se envolver em questões político-partidárias. Não obstante, Gabriel Chalita, claramente identificado com essa corrente, andava pra cima e pra baixo com Dilma, tentando corrigir o que ela própria, por livre e espontânea vontade, havia dito sobre o aborto. Pois bem: se o padre José Augusto foi censurado, não me parece, como posso dizer?, decoroso ver o próprio presidente da Canção Nova, Wellington Silva Jardim, conhecido como “Eto”, dividindo a mesa, como dividiu, com Edinho Silva em seu programa de estréia. Quer dizer que, quando um padre censura o PT, isso é politização indevida, mas quando se entrega um horário da emissora para o presidente do partido, só estão fazendo “coisas de Deus”???

Não, senhores! Algo não vai bem no comando da Canção Nova no que diz respeito à doutrina. Parece que os dirigentes da comunidade estão perigosamente perto do poder terreno e um tanto mais distantes do poder de Deus — E ISSO NADA TEM A VER COM OS FIÉIS, JÁ QUE A VERDADEIRA IGREJA É O REBANHO. Homens podem se desvirtuar, todos sabemos disso. Chalita também estava na estréia de Edinho. Parece-me que está em curso uma tentativa de instrumentalizar a fé em favor de uma escolha político-eleitoral.

Dada aquela relação transparente de que falei, não é segredo para ninguém que não sou fã de Chalita. Sua superficialidade é constrangedora. Seus textos são bisonhos. Tem-se mostrado ainda muito hábil (!) em contar uma verdade diferente a cada público. Em entrevista à Folha, por exemplo, disse ter deixado o PSDB porque estaria sendo perseguido por José Serra. Ao Estadão, já afirmou outra coisa: é que teria se encantado com Dilma. À Folha, em 2004, contou ter comprado um apartamento avaliado então em R$ 4,5 milhões com parte de uma herança da família; numa palestra no começo deste ano, fabulou a sua infância pobre, filho de pai analfabeto e feirante. Em 2000, tinha um patrimônio de R$ 741 mil; em 2011, chega a R$ 15 milhões (ler reportagem aqui), um crescimento de 1.925% — 115% só nos últimos três anos. Como conseguiu? Com seu salário de professor e com a venda de seus livros!!! Tentar saber, no entanto, o que essa venda significa em números é tarefa impossível — segredo de estado.

O leitor tem de saber, e sabe, que tenho, sim, meus pontos de vista. O caso de agora, no entanto, não tem nada a ver com eles. Escolher o presidente de uma seção — a paulista — do maior partido do país para falar sobre a “doutrina social da Igreja” tem pouco de religião e muito de política.

A comunidade da Canção Nova não merece ter a sua fé manipulada desse modo. Até porque PT e Chalita são só manifestações deste mundo, que um dia passam. Mas a Igreja fica. Que reflitam bastante sobre o que está em curso e tomem cuidado com os discursos de manipulação, que recorrem à palavra de Deus para conquistar posições do reino dos homens.

Reflitam! Aborto, disputa eleitoral, alianças partidárias… Cuida-se aqui de religião ou de política? Os fiéis da Canção Nova são parte do rebanho de Deus, não vacas de presépio de falsos profetas. O mal que está perto de nós sempre é mais insinuante. Ou nós já o teríamos afastado para longe.

PS - Nos comentários, não aceitarei ataques aos fiéis da Canção Nova, cujos propósitos são os mais louváveis e não podem responder por eventuais desvios de dirigentes.

Por Reinaldo Azevedo

16/11/2011

 às 6:09

A coluna abjeta e mentirosa de um professor da USP, colunista da Folha e partidário de Haddad

Vladimir Safatle é professor de filosofia da USP. Isso não quer dizer grande coisa. Há gente ainda mais ignorante do que ele, o que não é fácil, que também é. E escrevo isso em respeito a grandes mestres que lá estão, alguns meus queridos amigos. Esse rapaz tem algumas notáveis contribuições ao pensamento. É aquele cara que, quando articulista do Estadão, escreveu um texto justificando o terrorismo, nas pegadas de um delinqüente internacional chamado Slavoj Zizek. Num texto arrevesado, Safatle sustentou que “Zizek quer mostrar como os fatos decisivos da história política mundial desde a Revolução Francesa foram animados pelo advento de uma noção de subjetividade que não podia mais ser definida através da substancialização de atributos do ‘humano’ e cujos interesses não permitiam ser compreendidos através da lógica utilitarista da maximização do prazer e do afastamento do desprazer.” É quase incompreensível, mas eu traduzo. Safatle está endossando a tese de Zizek segundo a qual o repúdio que temos ao terrorismo decorre de nossa pobre lógica utilitarista de maximização do prazer e do afastamento do desprazer. Os terroristas pensam de modo diferente, entenderam? É asqueroso!

Com essas credenciais, ele se tornou articulista da Folha durante o processo eleitoral do ano passado. Até outro dia, era comentarista político, imaginem, da TV Cultura de São Paulo. Se ainda é, não sei. Pois bem! Há muito tempo ele apóia movimentos de invasão disso e daquilo. Sua preocupação com a legalidade é zero. Estava ao lado de Marilena Chaui num ato em defesa da candidatura de Dilma Rousseff e contra José Serra no dia 26 de outubro de 2010 — e ele já era colunista da Folha, é bom destacar. Isentíssimo! Foi mais um ato ilegal. Um prédio público não pode ser usado para manifestações político-partidárias, como determina a Lei Eleitoral. E ele lá dá bola para a lei?

Muito bem! Safatle escreve hoje na Folha sobre a USP. Suas tolices, simplificações e mistificações seguem em vermelho. Eu o desmoralizo de novo em azul.

As reações ao que ocorreu na USP demonstram como, muitas vezes, é difícil ter uma discussão honesta e sem ressentimentos a respeito do destino de nossa maior universidade. Se quisermos pensar o que está acontecendo, teremos que abandonar certas explicações simplesmente falsas.
Entendi. Quem discorda de Safatle é desonesto e ressentido. Quem concorda é bacana. Quem está com ele está com a verdade, quem não, com a falsidade. Então vamos ver agora quem mente. Eu me constranjo um pouco de chutar o traseiro intelectual deste senhor porque ele é muito ruim, mas fazer o quê?

Primeiro, que o epicentro da revolta dos estudantes seja a FFLCH, isto não se explica pelo fato de a referida faculdade estar pretensamente “em decadência”. Os que escreveram isso são os mesmos que gostam de avaliar universidades por rankings internacionais.
É uma falsa clivagem. Quem é “que gosta de avaliar universidades” por rankings? Como Safatle vai defender que a USP é um território autônomo e vai mimar maconheiro com o objetivo de atacar, mais uma vez, a polícia, o governo do Estado e a ordem,  então ele precisa ficar criando divisões na universidade.

Mas, vejam que engraçado, segundo a QS World University Ranking, os Departamentos de Filosofia e de Sociologia da USP estão entre os cem melhores do mundo, isso enquanto a própria universidade ocupa o 169º lugar. Ou seja, se a USP fosse como dois dos principais departamentos da FFLCH, ela seria muito mais bem avaliada.
Safatle, diga aí: é gostoso ser um vigarista intelectual? Deve ser, né? Essa sua clivagem só seria verossímil, ainda que continuasse falsa, se houvesse qualquer relação de causa e efeito entre a suposta repulsa da FFLCH à polícia e sua qualidade e entre o apoio à polícia das outras unidades e sua suposta falta de qualidade. Mais: forçoso seria que repulsa e apoio nesses dois grupos fossem unânimes. Sejam lá quais forem as qualidades do Departamento de Filosofia, elas não decorrem desse tipo de pilantragem argumentativa.

Segundo, não foram alunos “ricos, mimados e sem limites” que provocaram os atos. Entre as faculdades da USP, a FFLCH tem o maior percentual de alunos vindos de escola pública e de classes desfavorecidas. Isso explica muita coisa.
Isso não explica coisa nenhuma! Como a maioria da USP é favorável à presença da PM e como a ação da polícia contou com o apoio de mais de 70% dos paulistas, Safatle está tentando agora brincar de luta de classes dentro do campus. Mas isso é o de menos. Ele está querendo esconder o óbvio. Cliqueaqui mais tarde e leia reportagem do Globo evidenciando quem são alguns  dos invasores. Um é filho de empresário, outro de engenheiro, três outros de professores que ocupam cargos de direção em outras universidades…

Para alunos que vieram de Higienópolis, a PM pode até significar segurança, mas aqueles que vieram da base da pirâmide social têm uma visão menos edulcorada.
Eles conhecem bem a violência policial de uma instituição corroída por milícias e moralmente deteriorada por ser a única polícia na América Latina que tortura mais do que na época da ditadura militar.
Não há nada estranho no fato de eles rirem daqueles que gritam que a PM é o esteio do Estado de Direito. Não é isso o que eles percebem nos bairros periféricos de onde vieram.
“Polícia corroída por milícias”? Ele está se referindo à PM do Rio? O TEXTO DE SAFATLE me dá nojo. Literalmente! Felipe de Ramos Paiva, o estudante assassinado na USP, era aluno da FEA (que Safatle deve considerar faculdade dos ricos) e morava em Pirituba, na periferia. Era filho de gente pobre. Mais: tivesse um mínimo de amor pela ciência, forçoso seria o professor ter em mãos  uma pesquisa que cruzasse renda e origem social com opinião sobre a PM na USP. Mas ele não tem. Recorre a um truque de uma picaretagem  intelectual e conceitual que assusta: alunos da FFLCH seriam pobres, da periferia e da escola pública — e, por isso, contra a presença da PM. Já os das demais unidades seriam ricos, das áreas nobres e da escola particular — e, portanto, favoráveis à polícia.  ELE NÃO TEM ESSES DADOS. Conclui-se desse raciocínio que os pobres são contra a presença da polícia em seus bairros.

Terceiro, a revolta dos estudantes nada tem a ver com o desejo de fumar maconha livremente no campus. A descriminalização da maconha nunca foi uma pauta do movimento estudantil.
Que “movimento estudantil”? Foi o “movimento estudantil” que invadiu dois prédios e impediu a PM de cumprir o papel que lhe garante a Constituição? Cadê o PCO, a LER-QI e o  Negação da Negação no texto de Safatle?

Infelizmente, o incidente envolvendo três estudantes com um cigarro de maconha foi a faísca que expôs um profundo sentimento de não serem ouvidos pela reitoria em questões fundamentais.
É mentira! A USP tem 89 mil estudantes. A invasão da reitoria foi decidida por 300, e efetivada por menos de 100. Isso revela a seriedade do argumento.

Era o que estava realmente em jogo. Até porque, sejamos claros, mesmo se a maconha fosse descriminalizada, ela não deveria ser tolerada em ambientes universitários, assim como não se tolera a venda de bebidas alcoólicas em vários campi.
Ah, a quem este rapaz pensa que engana? Aqui ele decide demonstrar seu repúdio à maconha para sugerir que pretende discutir coisas mais importantes.

Quando ocorreu a morte de um aluno da FEA, vários grupos de estudantes insistiram que a vinda da PM seria uma máscara para encobrir problemas sérios na segurança do campus, como a iluminação deficiente, a parca quantidade de ônibus noturnos, a concentração das moradias estudantis em só uma área e a falta de investimentos na guarda universitária. Isso talvez explique porque 57% dos alunos dizem que a presença da PM não modificou em nada a sensação de segurança.
Espero que o “porque” de Safatle, no lugar de “por que”, seja só um erro da revisão. Mas isso é o de menos. O problema desse rapaz é o erro de pensamento. As condições gerais da USP podem melhorar com ou sem polícia; uma coisa não depende da outra. “Sensação de segurança” não salva ninguém, mas a segurança efetiva sim! Depois da presença da PM no campus, os furtos de veículos caíram 90%. Já roubos em geral tiveram redução 66,7%. Roubos de veículos caíram 92,3%. Esses são os fatos.

Safatle integra o grupo da USP que pretende, a partir de um incidente protagonizado por uma minoria de extremistas, criar um casus belli. O objetivo, já denunciei, é fazer no ano que vem “a maior greve em 10 anos”. O confronto entre maconheiros e PM, Safatle tem razão em certa medida, é só a falsa questão. A razão de fundo é eleitoral. Safatle também integra a turma dos “inteliquituais” engajados na candidatura de Fernando Gugu-Dadá Haddad à Prefeitura.

Gugu-Dadá Haddad é aquele que, num rasgo de sinceridade, afirmou, censurando a ação da PM contra os invasores, que “não se pode tratar a USP como se fosse a Cracolândia e a Cracolândia como se fosse a USP”. Ou seja: ele estava dizendo que polícia é coisa pra pobre. Safatle deve concordar, não é?, ao contrário do que diz em sua coluna abjeta.

Texto publicado originalmente às 21h34 desta terça
Por Reinaldo Azevedo

16/11/2011

 às 6:07

Ministro do Trabalho perdeu sobrevida até a reforma de janeiro

Por Gerson Camarotti e Isabel Braga, no Globo:
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, não mentiu apenas ao Congresso Nacional. Mentiu também para o Palácio do Planalto. Na sexta-feira, quando o governo soube que seria divulgada reportagem na revista “Veja” sobre a viagem de Lupi ao Maranhão, o ministro enviou ao Planalto a informação de que não tinha ligação com o empresário Adair Meira, que comanda uma rede de ONGs conveniadas com o ministério, e negou que tivesse viajado num King Air oferecido pelo dirigente de ONGs.

No sábado, o ministério voltou a dizer em nota oficial que Lupi só utilizou o avião bimotor Sêneca. Mas o ministro foi desmentido pelas imagens. Nas palavras de um interlocutor direto da presidente Dilma Rousseff, a sobrevida dada a Lupi até a reforma ministerial em janeiro já não existe. Avaliação feita nesta terça-feira por integrantes do núcleo do governo foi a de que Lupi deve uma explicação pública convincente. E, se isso não ocorrer, o Planalto espera que o PDT conduza o processo de substituição de Lupi o mais rápido possível.

A expectativa no Palácio do Planalto era que, durante o feriado, a crise política envolvendo Lupi perdesse fôlego. Nesta terça-feira, porém, a constatação foi de que a crise só aumentou com as versões apresentadas sobre o mesmo fato. Para piorar a situação, o site da revista “Veja” divulgou nesta terça-feira vídeo em que Adair aparece nas mesmas imagens em que Lupi é filmado chegando a uma cidade do interior maranhense em dezembro de 2009. Os dois estavam a bordo do King Air, prefixo PT-ONJ, que pousou na cidade maranhense de Grajaú.

Segundo um ministro, Lupi está extremamente fragilizado e só piorou sua situação com declarações polêmicas nos últimos dias. No Planalto, Lupi é chamado de “fanfarrão”. Já há avaliação interna de que sua permanência começa a contaminar a agenda do governo.

O constrangimento com Lupi nesse episódio não é só no Planalto, mas na base aliada e até no PDT. Apesar das negativas oficiais, integrantes da cúpula do PDT afirmaram nesta terça-feira ao GLOBO que Lupi não se sustenta mais. “Lupi falou grosso demais e a realidade está contradizendo a retórica. Agora, acho que ele não teria mais o apoio de antes”, avaliou um dirigente pedetista.

Por Reinaldo Azevedo

16/11/2011

 às 6:05

Planalto já discute com PDT saída de Lupi

Na Folha:
Líderes do PDT, partido do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, já começaram a discutir com o Palácio do Planalto o rito para sua substituição na Esplanada. Segundo a Folha apurou, novas suspeitas sobre o ministro levaram integrantes do Planalto a prever sua saída ainda nesta semana. Emissários da presidente Dilma Rousseff avisaram a dirigentes da legenda, como o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SP), que o governo estuda fazer a troca de Lupi antes da reforma ministerial programada para janeiro de 2012. Ontem Dilma tratou do assunto em jantar com o presidente do PT, Rui Falcão, e com os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais). E convocou para hoje cedo reunião de sua coordenação política.

A situação de Lupi se agravou após um site do Maranhão divulgar imagens que contrariam a versão de que ele não teria usado, em 2009, um avião providenciado por Adair Meira, dono de ONGs com convênios com a pasta, alguns sob suspeita. O ministério havia dito que Lupi se deslocou em um avião modelo Seneca. A foto o mostra, entretanto, descendo de uma aeronave modelo King Air, a mesma que, segundo a “Veja”, teria sido providenciada por Meira.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

16/11/2011

 às 6:03

Oposição quer convocar dono de ONG para depor

Por Denise Madueño, no Estadão:
Em nova ofensiva, a oposição quer levar o dono da organização não governamental (ONG) Pró-Cerrado, Adair Meira, para depor na Câmara. O motivo são as declarações do empresário que comprometem a versão do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, sobre sua viagem oficial ao Maranhão em dezembro de 2009.

Em entrevista ao Estado, Meira desmentiu o depoimento prestado por Lupi aos deputados na semana passada, e confirmou que compartilhou e providenciou o voo no avião King Air que o transportou pelo interior do Maranhão. A empresa de táxi aéreo que serviu ao ministro é de Goiânia, mesma cidade da Pró-Cerrado.

A entidade foi beneficiada com R$ 13,98 milhões em convênios assinados desde 2008 com a pasta comandada por Lupi.

O requerimento, de iniciativa do DEM, também pede o depoimento de Ezequiel Nascimento, ex-secretário de Políticas Públicas de Emprego do ministério, o primeiro a confirmar que o empresário viajara com o ministro para promover um programa de qualificação profissional.

“Ele (Lupi) mentiu à Câmara. A esta altura não temos de dar a ele a faculdade de ir ou não. Ele tem de ser convocado desta vez, e não convidado”, disse o líder do DEM na Casa, ACM Neto (BA). Na semana passada, o deputado havia considerado precipitada a presença de Lupi na Câmara. Na ocasião, o ministro disse que não conhecia Adair Meira e nunca tinha compartilhado nenhum voo com ele. “Era preciso colher mais informações e estamos vendo, de fato, que o ministro tem muito ainda a se explicar no Congresso”, afirmou ACM Neto. Os requerimentos serão apresentados hoje na Comissão de Fiscalização e Controle.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

16/11/2011

 às 6:01

DOIS VÍDEOS QUE TRATAM DO FUTURO DA USP E DAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS

Entre os dias 22 e 24 de novembro, o DCE da USP realiza eleições. Está nas mãos da maioria silenciosa — que não pertence ao PT, ao PCdoB, ao PSTU, à LER-QI, ao MNN, ao PCO e outras minoridades ainda mais esquisitas — decidir se a entidade continua nas mãos de seitas e partidos políticos, que tentam jogar permanentemente com a vida acadêmica dos uspianos, ou se, PELA PRIMEIRA VEZ EM MUTAS DÉCADAS, a exemplo do que aconteceu na Universidade de Brasília, a entidade vai parar nas mãos de ESTUDANTES QUE ESTUDAM, que realmente estão preocupados com os problemas reais dos alunos, não com a pauta das organizações a que pertencem.

Para os alunos da USP, isso pode significar até a perda de ano letivo, como já aconteceu muitas vezes. Esses grupelhos de extrema esquerda, em conluio com o PT, já discutem abertamente, em fóruns de alunos e professores, a realização de uma “grande greve” no ano que vem, “a maior em 10 anos” (eles pretendem). Nem sabe ainda a razão. Como disse um deles, “os motivos vêm depois”.

O DCE tem uma chapa, uma só, que não é de esquerda. É a “Reação”. O programa está aqui. No domingo, publiquei uma entrevista com alguns de seus representantes. Abaixo, seguem dois vídeos da Reação, que estão no Youtube. Vejam. Volto depois.

Voltei
Qual o meu interesse nisso? Nenhum em particular! Nem mesmo conheço as moças e moços que compõem a chapa. Acho apenas que a direção do DCE merece um destino melhor do que ficar na mão de pessoas que depredam prédios públicos, advogam que a USP seja um território apartado do Brasil e não respeitam os fundamentos do estado democrático e de direito. Assim, tenho lado, sim: o da civilidade e da Constituição.

Estamos falando do futuro das universidades brasileiras, não apenas da USP.

Por Reinaldo Azevedo

16/11/2011

 às 5:59

Um aluno da USP dá estocada final da tese estúpida de um professor

Desmonto num post as tolices que Vladimir Safatle, professor da USP e colunista da Folha, escreve sobre a universidade. Entre outras coisas, ele resolve brincar de luta de classes no campus, fazendo de conta que os alunos da FFLCH são os pobrezinhos da periferia, e os demais, os ricos de Higienópolis. E o faz sem dados, sem informações, sem método, sem nada. Tudo no puro chute. E ainda reclama da desinformação alheia. Um aluno da universidade se encarrega de dar a estocada final. Leiam. Volto em seguida.
*
Sou aluno da FFLCH em Ciências Sociais. É minha segunda faculdade. Sou formado em economia, também na USP, em 1997, e, desde aquela época, era a mesma ladainha. Os personagens são os mesmos: Marilena Chaui e cia. Nada mudou! Vou dar alguns números que são públicos. Da FFLCH, 55% estudaram o ensino médio em escola particular (67% na USP toda); 56% têm renda familiar mensal acima de 5 Salários (64% na USP); 73% têm um carro ou mais (85% USP). A discrepância existe, mas não é muito fora da média geral, o que desmonta a falácia do professor que todos conhecem como pupilo da Marilena. Aliás, eu estava olhando o Curriculum de alguns professores doutores, notórios pela “isenção marxista”, e a esmagadora maioria foi orientanda dos figurões como Marilena, Renato Janine etc. (…) Se você não for marxista ou “progressista”, sua vida acadêmica fica restrita a faculdades particulares que não investem em pesquisa. E as que investem o fazem mal. Agora a pergunta: o PSDB é governo desde 1995 e não fez nada para mudar isso? Será que os tucanos não pensam igual?

Voltei
Só uma coisa, meu caro: a autonomia universitária impede qualquer ingerência nas escolhas feitas por professores no que diz respeito a mestrado e doutorado. Nesse caso, a única coisa que o governo pode fazer é procurar nomear reitores que tenham compromisso com a qualidade da USP, não com a esquerdopatia reinante na FFLCH. Evidentemente, relevo os muitos professores respeitáveis que há lá. Mas é chegada a hora de eles darem o seu grito de independência, não é? Até para que não se confundam com a vanguarda do século 19 que toma conta dos cursos da FFLCH.

Por Reinaldo Azevedo

16/11/2011

 às 5:57

Universidades - À espera do visitador-geral da Inquisição. Ou: Agora não se ensina mais; “constroem-se saberes”…

Recebo de um professor universitário uma mensagem realmente interessante e reveladora.

Prezado Reinaldo,

Permita-me dividir uma experiência insólita por que estou passando. Como professor universitário, estamos sendo convocados pelo núcleo pedagógico para uma sabatina, visto que o MEC nos “visitará”, e precisamos ajeitar tudo antes da chegada dos “inspetores gerais”. Em nossos planos de ensino, por exemplo, deveremos abolir a palavra…”ensinar”! Devemos substituí-la por “construir saberes” ou qualquer palhaçada do gênero. Em outras palavras, estão deixando claro que aquilo que foi ensinado até então não tem valor nenhum. Pela lógica destes energúmenos, um médico (desculpem, agora devemos chamá-lo de “profissional da saúde”) não precisa conhecer determinado antibiótico, mas é imprescindível que saiba que o sistema americano de saúde é cruel e nem encosta no SUS (só não explicam por que os yankees vivem mais e melhor do que os tapuias). Os professores não devem ensinar, e sim permitir a “livre construção do saber”, de preferência montando aulas e avaliações no “ambiente Moodle”. E seja que Deus quiser. Para que professor? Não é verdade que o “Deus” macunaíma não possui nem o primeiro grau completo e jamais leu um livro? Évero: a revolução cultural brasileira está apenas começando.

Por Reinaldo Azevedo

16/11/2011

 às 5:55

Investimento em obras do PAC cai pela primeira vez

Por Dimmi Amora, na Folha:
Os gastos com obras públicas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) encolheram neste ano, refletindo as dificuldades que o governo tem encontrado para sustentar seu ambicioso programa de investimentos num cenário econômico adverso. Os desembolsos com obras do PAC de janeiro a outubro deste ano foram 14% menores do que no mesmo período do ano passado. Este é o primeiro ano em que os gastos diminuem desde o lançamento do programa, em 2007. Projetos de grande visibilidade considerados prioritários pelo governo, como a Ferrovia Norte-Sul, a transposição do rio São Francisco e a urbanização de favelas no Rio tiveram menos dinheiro. A transposição do São Francisco, cujo objetivo é levar mais água para uma parte da região Nordeste, que fora prometida para este ano, só deve ficar pronta em 2014.

Algumas ações receberam mais recursos, entre elas a ampliação de estradas nas regiões Sul e Norte do país e as novas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) lançadas pelo Ministério da Saúde. O governo pretende apresentar amanhã mais um balanço do PAC, lançado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início de seu segundo mandato para acelerar obras de infraestrutura e outros projetos prioritários. O governo gastou R$ 14 bilhões com as obras do PAC até outubro, incluindo gastos previstos no orçamento deste ano e dívidas herdadas de anos anteriores. No ano passado, foram gastos R$ 16 bilhões até outubro, em valores corrigidos pela inflação. Os desembolsos até outubro equivalem a 55% do orçamento do programa para este ano. O governo teria que acelerar muito os gastos nos dois meses do ano que restam se quisesse repetir o desempenho dos anos anteriores.  

Por Reinaldo Azevedo

15/11/2011

 às 22:10

CASO LUPI - “Mentira oficial é crime de responsabilidade”, diz líder do PSDB

Do Portal G1:
O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PSDB-PR), afirmou nesta terça-feira (15) que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, mentiu durante depoimento na Câmara, na semana passada, em que negou ter andado em aviões do empresário Adair Meira, dirigente de ONGs beneficiadas por convênios com a pasta.

A oposição quer que o ministro se explique aos parlamentares. “A mentira oficial é crime de responsabilidade. A mentira é uma afronta à sociedade e ao parlamento e desmoraliza o ministro. Desmoralizado, não pode continuar”, disse o líder tucano.

Adair Meira afirmou nesta terça-feira (15) que Lupi andou em dois modelos de aeronaves durante viagem em 2009 pelo Maranhão, um bimotor Sêneca e um turbo-hélice King Air. Adair confirmou ter intermediado o aluguel do King Air, mas negou ter arcado com os custos. A denúncia de que o ministro teria andado em aeronaves de entidades beneficiadas por convênios da pasta foi publicada na edição do último final de semana da Revista “Veja”.

“Estranhei quando ele disse de forma desdenhosa que não conhece o senhor Adair. Eu acho que se ele puxasse um pouquinho pela memória e estivesse menos equivocado pelas atribulações do momento, lembraria que já estivemos junto em várias oportunidade”, disse o empresário.

Carlos Lupi não quis dar entrevista e a assessoria do ministério também não quis comentar o assunto.

Por Reinaldo Azevedo

Por Daniel Pereira e Luciana Marques, na VEJA Online:
Em sua edição desta semana, VEJA revelou que Adair Meira, dono de três ONGs que têm contratos milionários com o Ministério do Trabalho, providenciou um avião King Air, de prefixo PT-ONJ, para que o titular da pasta, Carlos Lupi, cumprisse agenda oficial em sete municípios do Maranhão. A reportagem assinalou que o próprio Meira fazia parte da comitiva - o que torna ainda mais patente a mistura de interesses públicos e privados que uma autoridade como Lupi teria a obrigação de coibir. Confrontado com as informações da revista, o ministro negou tudo. Em nota oficial publicada no sábado, afirmou que a viagem tinha sido feita apenas em aviões Sêneca, providenciados pelo diretório regional de seu partido, o PDT. A  versão do ministro começou a ser desmontada ontem, quando fotos do ministro desembarcando do King Air vieram à tona. Vídeo obtido com exclusividade pelo site de VEJA termina esse desmonte ao mostrar o ministro e Adair Meira no local da aterrissagem, com o avião ao fundo.

Para assistir aos vídeos, clique aqui

O ministro mentiu ainda ao dizer, em depoimento no Congresso Nacional, que não conhecia Meira e que nunca havia viajado em avião alugado por ele. “Nunca andei em jatinho de Adair, não o conheço. Não tenho nenhum tipo de relação com ele”, disse.

Inicialmente, Adair Meira negou a VEJA ter embarcado na aeronave. Depois voltou atrás, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo: “Eu viajei com o ministro num trecho, isso eu confirmo”.

Procurada pela reportagem do site de VEJA, a assessoria de imprensa do Ministério do Trabalho informou que o ministro não comentará as novas imagens. Carlos Lupi está no Rio de Janeiro e deve retornar a Brasília nesta quarta-feira.

Por Reinaldo Azevedo

15/11/2011

 às 19:04

A petização e a peemedebização da Canção Nova - Presidente do PT-SP ganha programa na TV da comunidade; na estréia, Gilberto Carvalho e Chalita!

A “Canção Nova”, uma comunidade católica carismática, já chegou a ser confundida com uma corrente conservadora da Igreja Católica — coisa da qual sempre discordei, ou o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP), tão “progressista” em muitos aspectos, não seria uma de suas estrelas. Sei que há pessoas lá que conservam a ortodoxia católica, às quais dirijo meus melhores votos. Aliás, já houve padres que foram censurados pela direção por sustentar a palavra de Deus. Falando em tese, o desvirtuamento do comando de um grupo religioso não contamina necessariamente a comunidade. Por que isso?

Sabem quem ganhou há poucos dias um programa na TV Canção Nova? O “sociólogo”, como foi apresentando no site da comunidade, Edinho Silva, que também é deputado estadual e presidente do PT em São Paulo. Fiquei cá com a desconfiança de que Chalita está usando a Canção Nova para fazer política. Ele já transformou uma “irmã” notável dessa corrente em sua assessora: Lurian, a filha de Lula.

O programa se chama “Justiça e Paz”. O próprio Edinho explica o objetivo em SUA PÁGINA DE DEPUTADO: “O Justiça e Paz sempre mostrará que a fé acompanhada de uma ação transformadora é sinônimo de uma sociedade mais justa e igualitária; significa a vivência e a busca dos sonhos do Evangelho de construção da sociedade da fartura, ‘onde corre leite e mel’, da ‘vida plena’ (…).Entendi.

Bem, se o negócio é leite e mel, quem poderia lustrar e ilustrar melhor a estréia? Ora, Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, e o próprio Gabriel Chalita. Era o PT e o PMDB celebrando o seu encontro! Aquilo era política, não religião. Ah, sim: Wellington Silva Jardim, conhecido como “Eto”, presidente da Canção Nova, também estava presente.

Edinho, homem de Deus?
Edinho é comprovadamente um homem de Deus, como os demais que estavam ali reunidos. Foi o sujeito que comandou o esforço em São Paulo para recolher os folhetos da Regional Sul 1 da CNBB, em 2010, que faziam, CONSOANTE COM OS PRINCÍPIOS DA IGREJA CATÓLICA, a pregação contra o aborto e convidava os cristãos a não votar em candidatos que defendessem a prática. Amplos setores da imprensa, então, se calaram diante do que era uma óbvia agressão à liberdade de expressão e à liberdade religiosa.

O político que acaba de ganhar um programa na Canção Nova recorreu à Justiça Eleitoral — e conseguiu o seu intento — para tirar de circulação o manifesto que segue abaixo. Reparem que o texto não cita nomes de candidatos nem fala de partidos. Trata-se apenas de uma censura ao aborto. Segue o manifesto para quem não o conhece. Volto depois.

A Presidência e a Comissão Representativa dos Bispos do Regional Sul 1 da CNBB, em sua Reunião ordinária, tendo já dado orientações e critérios claros para “VOTAR BEM”, acolhem e recomendam a ampla difusão do “APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS” elaborado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 que pode ser encontrado no seguinte endereço eletrônico www.cnbbsul1.org.br

São Paulo, 26 de Agosto de 2010.

Dom Nelson Westrupp, scj
Presidente do CONSER-SUL 1

Dom Benedito Beni dos Santos
Vice-presidente do CONSER-SUL 1

Dom Airton José dos Santos
Secretário Geral do CONSER SUL 1

APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS

Nós, participantes do 2º Encontro das Comissões Diocesanas em Defesa da Vida (CDDVs), organizado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB e realizado em S. André no dia 03 de julho de 2010,

- considerando que, em abril de 2005, no IIº Relatório do Brasil sobre o Tratado de Direitos Civis e Políticos, apresentado ao Comitê de Direitos Humanos da ONU (nº 45) o atual governo comprometeu-se a legalizar o aborto,

- considerando que, em agosto de 2005, o atual governo entregou ao Comitê da ONU para a Eliminação de todas as Formas de Descriminalização contra a Mulher (CEDAW) documento no qual reconhece o aborto como Direito Humano da Mulher,

- considerando que, em setembro de 2005, através da Secretaria Especial de Política das Mulheres, o atual governo apresentou ao Congresso um substitutivo do PL 1135/91, como resultado do trabalho da Comissão Tripartite, no qual é proposta a descriminalização do aborto até o nono mês de gravidez e por qualquer motivo, pois com a eliminação de todos os artigos do Código Penal, que o criminalizam, o aborto, em todos os casos, deixaria de ser crime,

- considerando que, em setembro de 2006, no plano de governo do 2º mandato do atual Presidente, ele reafirma, embora com linguagem velada, o compromisso de legalizar o aborto,

- considerando que, em setembro de 2007, no seu IIIº Congreso, o PT assumiu a descriminalização do aborto e o atendimento de todos os casos no serviço público como programa de partido, sendo o primeiro partido no Brasil a assumir este programa,

- considerando que, em setembro de 2009, o PT puniu os dois deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso por serem contrários à legalização do aborto,

- considerando como, com todas estas decisões a favor do aborto, o PT e o atual governo tornaram-se ativos colaboradores do Imperialismo Demográfico que está sendo imposto em nível mundial por Fundações Internacionais, as quais, sob o falacioso pretexto da defesa dos direitos reprodutivos e sexuais da mulher, e usando o falso rótulo de “aborto - problema de saúde pública”, estão implantando o controle demográfico mundial como moderna estratégia do capitalismo internacional,

- considerando que, em fevereiro de 2010, o IVº Congresso Nacional do PT manifestou apoio incondicional ao 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3), decreto nª 7.037/09 de 21 de dezembro de 2009, assinado pelo atual Presidente e pela ministra da Casa Civil, no qual se reafirmou a descriminalização do aborto, dando assim continuidade e levando às últimas consequências esta política antinatalista de controle populacional, desumana, antisocial e contrária ao verdadeiro progresso do nosso País,

- considerando que este mesmo Congresso aclamou a própria ministra da Casa Civil como candidata oficial do Partido dos Trabalhadores para a Presidência da República,

- considerando enfim que, em junho de 2010, para impedir a investigação das origens do financiamento por parte de organizações internacionais para a legalização e a promoção do aborto no Brasil, o PT e as lideranças partidárias da base aliada boicotaram a criação da CPI do aborto que investigaria o assunto,

RECOMENDAMOS encarecidamente a todos os cidadãos e cidadãs brasileiros e brasileiras, em consonância com o art. 5º da Constituição Federal, que defende a inviolabilidade da vida humana e, conforme o Pacto de S. José da Costa Rica, desde a concepção, independentemente de sua convicções ideológicas ou religiosas, que, nas próximas eleições, deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários à descriminalizacão do aborto.

Convidamos, outrossim, a todos para lerem o documento “Votar Bem” aprovado pela 73ª Assembléia dos Bispos do Regional Sul 1 da CNBB, reunidos em Aparecida no dia 29 de junho de 2010 e verificarem as provas do que acima foi exposto no texto “A Contextualização da Defesa da Vida no Brasil” (https://www.cnbbsul1.org.br/arquivos/defesavidabrasil.pdf), elaborado pelas Comissões em Defesa da Vida das Dioceses de Guarulhos e Taubaté, ligadas à Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB, ambos disponíveis no site desse mesmo Regional.

COMISSÃO EM DEFESA DA VIDA DO REGIONAL SUL 1 DA CNBB

Voltando
Eu não tenho medo de correntes na Internet. Assim, os eventuais partidários de Chalita e Edinho — que são, a meu juízo, políticos usando o catolicismo, não católicos recorrendo à política (já explico a diferença) — podem se dispensar de fazer correntes etc. Não dou a mínima. Também os membros da Canção Nova pensem duas vezes antes de expressar o seu protesto. Não estou criticando a obra em si, mas aqueles que dela abusam para conquistar o poder no reino dos homens, em vez de honrar o Reino de Deus. Na verdade, estou é alertando muitos fiéis para a insinuação do mal numa obra do bem.

Quando políticos instrumentalizam a religião, estão apelando às coisas de Deus para conseguir votos. Eu tenho um profundo desprezo por essa prática, sejam evangélicos, católicos, protestantes tradicionais… Quando pessoas com convicções cristãs recorrem à política para tentar espalhar a sua mensagem, aí estamos diante do fortalecimento da democracia. Explico-me. Católicos podem e devem atuar no espaço da política para combater o aborto, por exemplo, um princípio de sua igreja, sempre sabendo que a decisão será tomada pelo Parlamento, que é oficialmente laico.

Mas o que dizer de um católico como Edinho, que apelou à Justiça Eleitoral — infelizmente com sucesso — para censurar um manifesto contra o aborto? O que dizer de Chalita, que, na prática, apoiou essa atitude? De novo: é inútil vir com gritaria e correntes de difamação. Não dou pelota! Até porque este é mesmo um site em que se fazem embates políticos. Se há coisa fora do lugar, é o eixo PT-PMDB na Canção Nova. Já critiquei muito aqui, como sabem, a excessiva politização de igrejas evangélicas. Sou católico. E reconheço quando a distorção atinge também correntes ligadas à minha igreja.

Eu duvido que essa peemedebização e petização da Canção Nova seja do agrado de todos os seus fiéis. Que eles reflitam bastante e se perguntem se o que está em curso é o triunfo da palavra de homens que querem poder ou o triunfo do poder da palavra de Deus.

Por Reinaldo Azevedo

15/11/2011

 às 17:08

Rio - Do jornalismo investigativo ao jornalismo cívico-participativo

Sempre há aquele que acha que estou de má vontade com o governo do Rio ou algo assim. De jeito nenhum! Só não preciso cair na conversa oficial nem entrar no clima de micareta, ora essa! Eu articulo pensamentos e questionamentos com base na lógica. Se não há resposta satisfatória, é porque há algum boi na linha.

Querem ver? O governo do Rio e a cúpula da polícia se orgulham de que a “ocupação” da Rocinha foi feita sem disparar um tiro. Muito bem! Querem que eu dê os parabéns a todos por isso? Então lá vai: “Parabéns!” Mas esperem: devo estendê-los aos bandidos? Afinal, eles também decidiram não disparar, certo? Os grandes não estavam por ali, e os menores sabem que é o caso de ficar na moita. Continuarão a fazer seu trabalho normalmente.

A prisão de Nem está envolvida, digamos assim, numa névoa. A presença dos tais policiais de Maricá evidencia que estava em curso uma rendição negociada — consta que ONGs e até funkeiros (!) participaram da conversa. José Mariano Beltrame prometeu investigar. Vamos aguardar. Sabe-se que a ordem para tentar levar Nem para a delegacia da Gávea (15ª DP) partiu da cúpula da Polícia Civil. É que o Batalhão de Choque, que prendeu o traficante, não deixou.

Agora vem essa conversa de delação premiada. Em matéria de Rio, o jornalismo investigativo costuma se transformar em jornalismo cívico-participativo.

Por Reinaldo Azevedo
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Fonte:
Blog Reinaldo Azevedo

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