Bovinos: Ex-ministros da Agricultura defendem maior controle sobre abates irregulares
Entrevistado pela Agência Radioweb durante a cerimônia de comemoração dos 105 anos da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Turra defendeu ainda a mudança do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA). “O RIISPOA tem 60 anos e os padrões mudaram muito”, justifica.
Também presente à cerimônia, Roberto Rodrigues, que comandou o Ministério de 2003 a 2006, defende a isonomia de tratamento entre todos os estabelecimentos e um nivelamento pelos padrões do SIF, mas sugere um reforço. “Podemos reforçar a fiscalização terceirizando esses trabalhos. As regras têm de ser de caráter nacional, mas a execução tinha de ser terceirizada”, aponta o ex-ministro, acrescentando a ideia de se criar um ranking de boas práticas e premiações de estímulo àqueles frigoríficos que mais se destacassem no cumprimento das regras estabelecidas pelo SIF.
Exigida apenas para aqueles frigoríficos que vendem carne para fora do seu estado de origem e para o exterior, a fiscalização pelo SIF é a mais rigorosa do Brasil, acompanhando desde o abate do boi até a chegada do produto à gôndola do mercado. Dos cerca de 1.400 abatedouros existentes hoje no País, menos de 300 são fiscalizados pelo SIF. Legalmente, a fiscalização realizada pelos serviços de inspeção estaduais e municipais – a que estão sujeitos os mais de 1.000 abatedouros restantes – deveria seguir os padrões do SIF, mas, na prática, não é o que ocorre.
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