Associações criticam suspensão da exportação de animais vivos
Algumas das principais associações e entidades do agronegócio nacional criticaram fortemente a decisão de um juiz da Justiça Federal de São Paulo de suspender a exportação de animais vivos em todo o país. A decisão gerou um impasse sobre a situação de um navio que está atracado no Porto de Santos e tem 25 mil cabeças de gado embarcadas para exportação à Turquia. O navio não está autorizado a deixar o porto.
Na visão do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa), a decisão de bloquear o transporte dos animais que estava programado gera mais problemas aos animais e afeta a imagem do país como um todo. “Apelamos às Autoridades Competentes para que o bom senso, a legalidade e o conhecimento científico voltem a ser os balizadores de decisões, com urgência, nessa matéria, pois prejuízos totalmente desnecessários e sofrimentos inimagináveis estão sendo impingidos a pessoas e animais, enquanto as medidas legais, com base técnica e de competência não forem adotadas”, disse Inácio Afonso Kroetz, Presidente da Fonesa.
Segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) “é inadmissível assistirmos de braços cruzados tamanha injustiça. Sem dúvida, este é um grande entrave que traz insegurança a toda classe produtiva, que coloca alimento na mesa dos brasileiros e sustenta economicamente este país”.
Outra entidade a se manifestar foi a Associação Brasileira dos Exportadores de Gado (ABEG). Segundo a associação, “as decisões judiciais que proibiram o embarque de animais vivos no Porto de Santos, exaradas sem a oitiva de todos envolvidos e com forte conteúdo emocional, revelam antes de tudo um profundo desconhecimento do que representa o setor de exportação de gado vivo para o Brasil e sobre quais premissas está estruturado”.
Ainda de acordo com a entidade, o setor de exportação de gado vivo no Brasil apresenta bons para agropecuária brasileira. A ABEG afirma que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) atua em todas as fases do processo, da certificação dos estabelecimentos de pré-embarque, como fiscaliza toda a operação, inclusive transporte dos animais até o ponto de egresso, através de Auditores Fiscais Agropecuários com formação em medicina veterinária.
Para a Sociedade Rural Brasileira (SRB), o pais segue uma das legislações de sanidade e bem-estar animal mais rígidas do mundo, acessando mercados altamente exigentes, como o asiático e o europeu. “A SRB lamenta a decisão, prejudicial ao princípio da livre iniciativa e ao desenvolvimento do Brasil”.
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