MT: frigoríficos estão tendo prejuizos com protesto de índios
A balsa tem capacidade para 300 toneladas e atende quem usa a antiga BR-080 por onde também passam dezenas de caminhões transportando gado para frigoríficos no Nortão.
O gerente de compras de um frigorífico em Matupá, Natalino Sanchez Filho, disse hoje, ao Só Notícias, que desde a semana passada a indústria diminuiu a produção em 50%, por falta de matéria prima. Por dia são abatidas 800 cabeças e a maioria vem da região do outro lado do rio.
A empresa havia comprado e embarcado animais em 27 caminhões para transportá-los no sábado. Para não morrer boi e ter comprometimento com carcaças, (perda de peso), a empresa preferiu transportar por um desvio, passando por Nova Xavantina, Ribeirão Cascalheira, saindo em Sorriso e seguindo pela BR-163. "Cerca de 70% do trajeto é por estrada de chão. Tivemos caminhão quebrado, sem falar no aumento do frete que triplicou, mas tivemos que tomar esta decisão em consideração aos pecuaristas que fizeram o negócio", disse.
Este comprometimento no abate reflete em outros setores de negócios da indústria que exporta carne. Conforme o gerente, os prejuízos passam de R$ 350 mil e pode se agravar se o bloqueio não for suspenso. Só Notícias apurou junto ao escritório da FUNAI em Colíder que nesta segunda-feira(26) o bloqueio continua na balsa no Rio Xingu.