Café: Safras aponta a comercialização no Brasil em 85%

Publicado em 15/03/2012 18:30 e atualizado em 30/08/2013 15:17

A comercialização da safra de café do Brasil 2011/12 (julho/junho) fechou o mês de fevereiro em 85% do total. O dado faz parte de levantamento de SAFRAS & Mercado, com base em informações colhidas até 29 de fevereiro. Com isso, já foram comercializados pelos produtores brasileiros 28,95 milhões de sacas de 60 quilos de café, tomando-se por base a projeção de SAFRAS & Mercado, de uma safra 2011/12 de café brasileira de 47,7 milhões de sacas.

A comercialização está abaixo de igual período do ano passado, quando 87% da então safra 2010/11 estava negociada. Em fevereiro, a comercialização evoluiu 6 pontos percentuais contra janeiro, que fechara com vendas de 79% da safra.

Segue tabela com levantamento de comercialização da safra 2011/12, tomando-se por base a estimativa de SAFRAS para a produção, até 29 de fevereiro:

Evolução da comercialização de café - base produtor - safra 2011/12

— em milhões de sacas de 60 quilos — base 29 de fevereiro —

Estado

* Produção

* Comercial.

fev/12

jan/12

fev/11

Minas Gerais

24,20

20,05

83%

78%

89%

— Sul/Oeste

12,50

9,90

79%

74%

88%

— Cerrado

4,30

3,65

85%

80%

90%

— Zona da Mata

7,40

6,50

88%

84%

90%

Espírito Santo

12,30

10,70

87%

80%

79%

— Arábica

3,00

2,40

80%

75%

82%

— Conilon

9,30

8,30

89%

82%

78%

São Paulo

3,50

2,80

80%

76%

84%

Paraná

1,85

1,80

97%

94%

95%

Bahia

2,65

2,12

80%

74%

88%

— Arábica

1,95

1,50

77%

72%

90%

— Conilon

0,70

0,62

89%

79%

83%

Rondônia

2,00

1,97

99%

98%

95%

Outros

1,20

1,03

86%

78%

84%

— Arábica

0,50

0,40

80%

76%

90%

— Conilon

0,70

0,63

90%

80%

80%

Arábica

35,00

28,95

83%

78%

88%

Conilon

12,70

11,52

91%

84%

82%

Total

47,70

40,47

85%

79%

87%

Fonte: corretores e cooperativas; * Projeções Safras & Mercado

Obs: números parciais sujeitos à retificação; inclui café entregue e a entregar

 

As vendas estão travadas em Marília (SP)

A comercialização de café está praticamente parada na região da Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Marília (Coopermar), atuante no centro-oeste de São Paulo, principalmente nas regiões de Marília e Garça.

Segundo fonte da cooperativa, os preços baixos do grão travam os negócios na região, com a saca negociada na faixa dos R$ 400 nesta terça-feira, dia 13. Estima-se que cerca de 4.800 sacas de café da safra 2011 ainda não tenham sido negociadas, enquanto ainda não foram registrados negócios para o café da safra 2012.

Ainda não há uma previsão para o tamanho da próxima safra. Porém, a expectativa é de que a colheita seja maior do que no ano passado, dentro do ciclo de bienalidade da cultura, que alterna uma safra de baixa produtividade com uma safra de alta produtividade.

Queda nos preços preocupa cafeicultores de Honduras

A forte queda do preço do café no mercado internacional aumenta a preocupação do Governo de Honduras. Depois de ficar em US$ 302,00 a saca, o preço do café chegou, nesta semana, a US$ 184,85.

Os contratos futuros do café de 37.500 libras cada um baixaram e seguiram baixando na última segunda-feira no Mercado de Café, Açúcar e Cacau de Nova York e fecharam a US$ 184,85, depois de ter se mantido até em US$ 240.

Durante 2011, os preços médios do café ficaram em US$ 249,36 (68,9% de aumento com relação ao ano anterior), sendo o maior gerador de divisas para Honduras da ordem de US$ 1,24 bilhão dentro do total exportado, com uma participação de 37,4%.

Os cafeicultores também demonstraram medo, especialmente o presidente da Associação Hondurenha de Produtores de Café (Ahprocafé), Asterio Reyes, que reconhece que a queda representa um forte golpe para a economia nacional. No entanto, ele ainda conserva a confiança de compensar as perdas milionárias com o aumento da colheita de café programada esse ano, da ordem de 6 milhões de sacas de 46 quilos (4,6 milhões de sacas de 60 quilos) exportáveis, um milhão a mais que no ciclo anterior. "Isso compensará bastante, embora não tenhamos abandonado a esperança de que os preços se recuperem", disse ele.

O comportamento do mercado está relacionado com os países produtores, como Colômbia, que está entrando em sua produção e invadindo com café fresco o mercado internacional. "Nós (Honduras) temos uma grande vantagem como país, que nosso café é procurado e preferido pelas enormes características e benefícios que tem de dar uma resposta às exigências de paladar dos melhores tomadores de café do mundo".

Em Honduras, a colheita nas partes baixas e intermediárias praticamente terminou e falta apenas um mês para terminar nas partes altas. Em 1 de outubro, iniciará o novo ano cafeeiro de 2012-2013, com a meta de alcançar 7 milhões de sacas (5,36 milhões de sacas de 60 quilos) exportáveis.

Em três anos, os cafeicultores hondurenhos têm a meta de exportar 9 milhões de sacas de 46 quilos (6,9 milhões de sacas de 60 quilos). Na semana passada, os futuros do café fecharam praticamente todos os dias em baixa, em um mercado que busca novas diretrizes que marquem seu rumo, mas que tem pesado mais os fatores externos da economia mundial.

Influenciaram o caso do euro caindo a um mínimo em duas semanas contra o dólar as divisas de alto rendimento com o dólar australiano retrocedendo por causa dos temores sobre a crise de dívidas da zona do euro e o rumo da economia global, que levaram os investidores a moedas mais seguras, como o iene e o dólar americano.

Os contratos caíram, inclusive, a seu menor nível em 16 meses devido a questões técnicas (liquidações) e vendas possíveis de produtores.

Os operadores do mercado creem que a venda de café de produtores brasileiros está somando pressão no mercado desse produto. Os preços do café arábica caíram quase 40% dos picos que alcançaram em maio de 2011, com a perspectiva de uma colheita global muito maior em 2012/13 ajudando a aliviar as preocupações sobre a escassez de oferta. A reportagem é do www.latribuna.hn, traduzida e adaptada pela Equipe CaféPoint.

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Fonte:
Safras e Mercado

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