Café: Clima adverso e doenças afetam safra 12/13 da América Central

Publicado em 08/05/2012 10:16 e atualizado em 08/05/2012 10:59
A produção de café arábica lavado na América Central, Colômbia e México deverá ficar estável na temporada 2012/13. A produção será limitada por condições climáticas desfavoráveis e algumas doenças que atingem os cafezais na época da florada. Na safra 2011/12, de acordo com a OIC - Organização Internacional do Café - a produção de arábica lavado dos países juntos irá totalizar aproximadamente 26,6 milhões de sacas. 

Só este ano, os futuros do café arábica negociados na Bolsa de Nova York registraram um recuo de 40% ante as máximas do ano passado, de quase 300 cents por libra-peso. Porém, a demanda pela commodity continuará crescendo e o mercado deverá, aos poucos, recuperar seus antigos patamares de preços. "O mercado vai 
começar a voltar até o fim do ano", disse Rodrigo Costa, diretor financeiro da corretora Caturra Coffee.

Na Colômbia, o principal problema são as chuvas excessivas. "Os solos estão segurando muita umidade. Não é um bom presságio para a safra do próximo ano", comentou o gerente da trading de café Ecom na Colômbia, Sam Grigg. Com isso, a safra colombiana não deve superar as 8 milhões de saca, quando, há alguns anos, as colheitas não eram menores do que 11 milhões de sacas. 

Já os cafezais guatemaltecos sofrem com a incidência do fungo roya. Por conta da doença, a Anacafé (Associação Guatemalteca de Café ) reduziu sua estimativa para uma produção de 3,45 milhões de sacas. Porém, os prejuízos maiores ainda estão por vir, haja visto que os efeitos do roya são maiores no ciclo que sucedem um surto da doença, como explicou Ricardo Villanueva, presidente da associação. 

A produção do México, por outro lado, vive um ciclo de baixa. A safra será 15% menor, de acordo com o presidente da União Nacional de Produtores de Café, Gabriel Barreda, mesmo com clima e floração favoráveis. A colheita deverá ser de 4,3 milhões de sacas. 

Em Honduras, maior produtor da América Central, ao contrário de Colômbia, sofre com a falta de chuvas. A produção é incerta em alguns locais em que a floração já começou. O esperado, ao menos, é que a produtividade alcance o registrado no ano passado, segundo o  Instituto Hondurenho de Café (Ihcafé). 
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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • ANTONIO PEDRO DA SILVA Santos - SP

    Temos ai', com esses prognosticos um quadro se'rio de duvidas e incertesas sobre a produc,ao mundial de cafe cru, fato que ao meu ver, deve levar o produtor brasileiro a tomar muito cuidado se for negociar seu cafe, ou parte dele nos meses de maio- junho, pois os prec,os estarao bem melhores em agosto- setembro.

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