Café: mercado em NY oscila com incertezas sobre a safra brasileira
Os negócios com o café arábica na bolsa de Nova Iorque iniciaram a sessão desta quarta-feira (05) com fortes ganhos atingindo para maio/14 o pico de 450 pontos de alta (189,55) mas os principais contratos perderam força com as informações sobre a volta das chuvas às regiões produtoras do Sudeste brasileiro. Porém, os preços esboçam uma reação diante das incertezas sobre as perdas no Brasil. Traders se preocuparam com o possível corte na estimativa de safra do Brasil. Mas a volta das chuvas deve estancar o agravamento da situação,embora não revertam as perdas. Em Minas Gerais, segundo a Climatempo, as áreas produtoras do estado devem receber volumes de até 70mm ao longo dos próximos dias.
Por volta das 13h (Brasília) as cotações para Maio/14 ganhavam 290 pontos a 188,35 centavos de dólar por libra-peso, Julho/14 subia 340 pontos cotado a 190,85 centavos de dólar por libra-peso e o vencimento setembro/14 registrava alta de 295 pontos negociado a 192,20 centavos de dólar por libra-peso.
Na segunda-feira, os futuros subiram mais de 7%, com o contrato maio/2014 atingindo máximas de dois anos. Nesta terça-feira(04), porém, recuaram 4% com realização de lucros.
Em entrevista à agência de notícias Reuters, a Organização Internacional do Café (OIC) apontou que o mercado global do produto deve ser deficitário em 2014/15 se a seca não der uma trégua ao Brasil.
O mercado não acredita mais em uma recuperação das lavouras atingidas pelo estresse climático. Portanto, quando os preços recuam, trata-se mais de um ajuste técnico do que propriamente um entendimento sobre uma relação equilibrada entre oferta e demanda.