Café fecha em alta, mas primeiros contratos ficam abaixo de US$ 2 em NY

Publicado em 07/03/2014 18:03 e atualizado em 07/03/2014 19:07

O mercado do café fechou em alta na Bolsa de Nova Iorque (ICE Futures US) nesta sexta-feira (7), porém, os contratos para entrega mais próxima não conseguiram recuperar o patamar de US$ 2, atingido na quarta-feira (5).

O vencimento maio fechou em 196,85 centavos de dólar por libra-peso, com alta de 130 pontos. O contrato julho fechou a 198,70, com alta de 120 pontos. Já os contratos setembro e dezembro conseguiram se manter acima dos US$ 2,00, com 200,40 cents e 202,25 cents, respectivamente. O contrato julho registrou a maior variação, de 685 pontos.  

De acordo com Anselmo Magno de Paula, gerente da Cocapec (Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas), o mercado está muito ansioso com as chuvas que estão atingindo grande parte da região cafeeira. “O mercado está se conscientizando dos estragos causados pela seca, mas ninguém sabe qual foi a real perda da safra brasileira”. 

Agrônomos afirmam que as chuvas, mesmo em quantidades suficientes, não conseguirão recuperar o que já foi perdido nas lavouras, mas apenas estancar as perdas. Para Magno, é difícil saber como o mercado irá precificar o café neste cenário. 

Além do fator climático, a especulação também é muito grande e exercendo muita influência sobre os preços. “Alguns dizem que esta alta para os US$ 2,00 foi exagerada, pois representa quase 100% de alta em relação aos patamares do ano passado”.

Segundo o analista Gil Barabach, da Safras& Mercado, cafés finos estão sendo negociados a R$ 470,00 a saca de 60kg. Cafés da safra nova já chegam a R$ 500,00.      


Na Reuters: Executivo da OIC vê déficit de 2 milhões de sacas de café em 2014/2015

O mercado global de café deve ter um déficit de pelo menos 2 milhões de sacas (60 kg) na temporada 2014/15, disse nesta sexta-feira o presidente da Organização Internacional do Café (OIC), Robério Oliveira Silva (foto: Wenderson Araújo), a jornalistas.

Mais cedo, esta semana, o diretor da OIC Maurício Galindo havia dito que se esperava o primeiro déficit global em cinco anos em 2014/15 se a seca no Brasil, maior produtor mundial, continuar.

Galindo disse nesta sexta-feira que o consumo global subiu 2,4 por cento em 2013, ligeira alta ante os 2,2 por cento de 2012.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário